Ela nasceu em 31 de agosto de 1922, aqui mesmo no Rio de Janeiro .
Em virtude de sua mãe trabalhar no Cassino da Urca, passou a freqüentá-lo ainda menina, e ali conheceu Carmen Miranda, que lhe deu apoio para ingressar no meio artístico.
E foi assim que nasceu, para deleite de quantos a admiraram, a “minha, a tua, a nossa EMILINHA BORBA.”
Mas não foi logo reconhecida como cantora; antes, fazendo amizade com Bidu Reis, poetisa e compositora (que atuou até os 90 anos) fez parte da dupla “As Moreninhas”, que se desfez em 1 ano, mas abriu caminho para sua carreira vitoriosa.
Nessa época, apresentou-se na Rádio Mayrink Veiga, onde César Ladeira a cognominou “Garota Nota 10”, mas foi como “Favorita da Marinha” e a “Eterna Rainha do Rádio” que ficou marcada sua vitoriosa carreira, não só no rádio, como no cinema.
Começou no Cassino da Urca como “crooner” da orquestra daquele cassino, levada que foi por Carmen Miranda, que a apresentou a Joaquim Rolas, proprietário do mesmo Cassino.
Daí, o resto seria gravar, mas em sua primeira gravação :”Pirolito”, seu nome não apareceu na etiqueta do disco, constando apenas o de Newton Paz.
Era assim:
“Ioiô dá o braço p’ra Iaiá,
Iaiá dá o braço p’ra. Ioiô...
O tempo de criança já passou”...
Ioiô era Newton Paz e Iaiá era EMILINHA BORBA.
Esse disco abriu as portas para os que vieram depois e ela foi logo reconhecida como uma das maiores cantoras de nossa música popular.
Muitos foram seus sucessos, principalmente depois que ingressou, definitivamente, na Rádio Nacional em 1943. Foi uma figura constante e importante no Programa César de Alencar.
Seus maiores sucessos são desse tempo, como “Barnabé”(ainda hoje os funcionários públicos (“barnabés”) são assim denominados. Claro que não os “empistolados”, (os que ingressam com QI -quem indicou) mas os concursados.
São muitos seus sucessos, mas citaremos apenas os que mais marcaram sua carreira, como “Cachito”;”Chiquita Bacana”;”Se Queres Saber”;”Paraíba”;”Baião de Dois” e Dez Anos”, dentre muitos outros.
Sua atuação no cinema começou em “Astros em Desfile”(1943) e”Tristezas Não Pagam Dívidas”(1944), continuando em filmes que marcaram a época das “chanchadas” em nosso cinema, como “Barnabé, Tu és Meu”;” Aviso aos Navegantes”:”É Fogo na Roupa”; “O Petróleo é Nosso”;”Entrou de Gaiato”;”Folias Cariocas” e inúmeros outros.
Sendo famosa no rádio, obviamente era chamada para trabalhar no cinema, não como atriz,mas como cantora. E eram os cantores que atraíam público para tais filmes.
EMILINHA BORBA foi a intérprete de “Jerônimo”, música da série “Jerônimo-Herói do Sertão”, de grande sucesso no tempo áureo da Rádio Nacional.
Por tudo que ela representou em nosso rádio, nosso cinema e em nossa música popular, recebeu, em 1991, na Câmara dos Vereadores, o título de “Cidadã Benemérita do Rio de Janeiro” e, em 1995, em São Paulo, o de “Cidadã Paulistana”.
Nos últimos anos de sua vida, apresentava-se, anualmente, no Carnaval, em um palanque erguido frente à Câmara dos Vereadores, no qual interpretava famosas marchinhas, que marcaram nosso carnaval.
Isso aconteceu até o carnaval de 2005.
Mas ainda temos a saudade de Emilinha no espetáculo da Maison de France.
Sua última apresentação (já meio cansada) foi em 2005, ano em que faleceu, no dia 3 de outubro, mas deixou, como os bons, um rastro de SAUDADE.
Norma
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