A corruíra na raiz da velha figueira.
A maritaca no alto do telhado.
O leque da pomba abana o tempo.
O homem se encontra, como num espelho,
Ruga a ruga, no tronco da figueira.
O sol estrala refletido nas folhas verdes.
À frente a paineira despida, seca, nua
Como se fosse morrer. A maior nudez
É a nudez da morte.
A estrada esburacada perde-se ao longe.
Ninguém vai, ninguém vem. Solitária,
Conversa com seus próprios buracos.
Os cactos partem-se ao sol, com sede.
Um cão chega, cheira e urina num cacto.
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