por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 14 de abril de 2011

JORGE VEIGA - Por Norma Hauer


O CARICATURISTA DO SAMBA

Foi no bairro do Engenho de Dentro, aqui no Rio de Janeiro, que ele nasceu no dia 14 de abril de 1910. Recebeu o nome de Jorge de Oliveira Veiga, mas ficou conhecido JORGE VEIGA e venceu como cantor e compositor , ficando com um nome famoso durante vários anos , sendo hoje uma grande saudade, que marcou nossa música popular.
Como todo menino pobre, exerceu profissões modestas e, na de pintor de paredes, enquanto píntava, cantava o repertório de Sílvio Caldas..Assim, o dono de uma loja que ele estava trabalhando, ouviu-o e o levou para se apresentar na Rádio Educadora do Brasil.
Daí para fazer sua primeira gravação não foi difícil; gravou seu primeiro disco com Antenógenes Silva e. da autoria deste. o samba “Adeus João”, que não fez sucesso, mas abriu-lhe as portas para ingressar definitivamente na vida artística.
Em 1942 ingressou na Rádio Guanabara, onde conheceu Paulo Gracindo, que lhe deu apoio , ajudando-o a cantar frente a um microfone. Foi Paulo que lhe deu o título de “Caricaturista do Samba”.
Em 1944 conheceu seu primeiro grande sucesso: o samba “Iracema”, de Raul Marques.
“Oh Iracema, logo vamos ao cinema,.
Por sua causa, hoje não fui trabalhar
Não me dê o bolo.
Oh Iracema, você é o meu consolo...

Estamos combinados,
Nós nos vamos encontrar
Naquele ponto de bonde
Na Praça Mauá
Não quero perder a primeira sessão.
Vamos ver aquele filme
“Sempre no meu coração”

Aqui, mais uma vez, o bonde “entrou” em nossa música popular e um grande filme estava fazendo sucesso:”Sempre no meu Coração”.

Com as portas abertas, vieram outras gravações para receber outros sucessos, como “”Rosalina”; “Fui um Louco”; ou “Cabo Laurindo”,
Cabo Laurindo ficou um personagem fictício, como o herói da 2ª Guerra, logo que esta terminou.

No carnaval de 1947 ele gravou um samba de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira de nome “Eu Quero é Rosetá”. Não é que a censura cismou com esse samba, proibiu-o, mas depois o libertou ?
Afinal o que queriam dizer com a palavra “rosetá”? Até hoje é um enigma, mas o samba afinal foi libertado e obteve grande sucesso.
Em 1951, Jorge Veiga realizou o sonho de todos os artistas de sua época: foi contratado pela Rádio Nacional e, ao microfone dessa rádio lançou um recado para os aviadores:
“Alô, alô, senhores aviadores que cruzam os céus do Brasil:”aqui fala Jorge Veiga da Rádio Nacional . Estações do interior, queiram dar seus prefixos para guia de nossas aeronaves.” Será que isso ajudava ou atrapalhava?

Em 1953 gravou sua primeira composição, o samba “Boêmia”.

Torcedor do Flamengo, gravou o samba “Flamengo” e o “Hino da Torcida do Flamengo”.
Em 1959 gravou um samba de breque que. anos antes, fora sucesso com Moreira da Silva: “Acertei no Milhar”, de Wilson Batista e Geraldo Pereira. O samba voltou a ser sucesso.
Em 1955 gravou, de Miguel Gustavo, uma crítica aos então cronistas sociais: “Café Soçaite”, onde cita o nome de Ibraim Sued, então em grande evidência.

Nesse mesmo ano, obteve outro êxito:”Bigorrilho”, de Paquito e Romeu Gentil.
Em 1979 foi lançado um LP de nome “O Eterno Jorge Veiga”, com os maiores sucessos de sua carreia, que nesse mesmo ano terminaria com seu falecimento no dia 29 de junho, aos 69 anos.

Norma

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