por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 10 de março de 2011

Em torno de nós mesmos - Emerson Monteiro



Fugir para onde, ninguém sabe das direções disponíveis, pois há, sempre, que acontecer o movimento só esse que se conhece, em torno do próprio eixo, isto que resulta da interpretação constante dos sítios que mostram suas fisionomias a todo instante, determinando marcas definitivas no direito ansioso dos que invadem o desespero e regressam exaustos das esperas de respostas diferentes, sem, contudo, garantir que, noutros lugares, que não sejam este aqui, existam meios de achar dois presentes, o atual e um outro, ou mais outros que revelem multiplicidade do eu. Almas de momentos, aqui e lá, desenvolveriam, com sobra, projetos independentes de liberdades potenciais.
Pois bem, examinar isso provável ocasionou a vontade monumental das grandes constatações. Andar em circunstâncias do território da alma da gente. Circunferências que buscam distância correspondente aos volteios de um carrossel, na determinação de centros imaginários da pessoa em si, na essência. Luzes que girassem velozes, nas sucessões de imagens a tocar vistas, indicando lugares e fios condutores de mudanças de lugar, chances das individualidades em festa noutros universos paralelos.
Quantas vezes, no entanto, se perdem as longas estiradas quilométricas de viagens infinitas, sem rever o ponto inicial das jornadas quase vida em mundos longitudinais, invés de concêntricos. Isso angustia, causa vertigens, porquanto deixar parecer morar em fitas desconexas o sonho da circunvolução em referência aos traços imaginários do centro do si mesmo, que corremos atrás para reunir e estabelecer, na concentração mental.
Uma molécula representa melhor a nucleação da esfera do ser do que lençóis voando ao vento, esgarçados painéis de texturas inúteis, jornais passados e cartazes envelhecidos, nas estradas pela vida. Blocos de tempo agregados em bólides que comprimem dias, soldas, emoções, sentimentos, pensamentos e ações, camadas sucessivas que confrangem a semente original objeto dos desejos e sonhos. No âmago das movimentações fervorosas de tais planetas espalhados na eternidade dos milhões das coisas gravitacionais, um comando de personalidade opera seus instrumentos de sobrevivência e continuidade, espécie de voo livre rumo às estações da felicidade; cá vamos nós.
E nessa excursão sideral o anelo de Deus, resposta maior do mistério ao ente dos começos e dos fins. Querer saber contém a efervescência do confluir das partidas, pomo fundamental das indagações oficiais da lógica primária. Portas e janelas que se abrem nas possibilidades dos novos êxitos e sucessos, alimentos de continuação dos passos pela trilha palpável das manhãs, tardes e noites, nos dias claros, roteiros grandiosos, sóis incendiários...

3 comentários:

Luís Eduardo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luís Eduardo disse...
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Luís Eduardo disse...

Intérpretes equilibrados centrifugam de nosso próprio eixo, sem julgamento. Convivemos na busca paciente, autônoma, da comunhão universal.

Somente podemos colaborar nosso máximo a partir da própria integração. Os objetivos permitem dedicação máxima – exigem -, mas essa não requer esforços extraordinários, apenas a atenção simples focada, naturalmente, no momento atual.

Uma parte representa o todo. A natureza plena criativa pulsa a vida no ritmo do coração.

A simplicidade nos une. O amor imana na nossa respiração.


Abraços,
Luís