(Para Luiz Arraes)
O sentimento das pedras
entoava em nós
o cântico
de tua presença.
De dentro de suas paredes
as igrejas recitavam a promessa
de algum hino.
E as casas
rimavam cadeiras nas calçadas,
alpendres, sobrados, quintais.
Cidade sem muros:
só morada.
Aqui e ali,
pé de jasmim, fruta-pão,
fícus-benjamim.
Ninguém se atrevia
a duvidar do vento,
a incomodar a chuva.
O sol era mais sol
a fustigar nossa pele.
E as ruas,
com nomes de coisas,
mais humanas.
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