por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 5 de março de 2011

ADEMILDE FONSECA- Por Norma Hauer


Ademilde Fonseca nasceu no dia 4 de março, no interior do Rio Grande do Norte; quando tinha 4 anos sua família mudou-se para Natal, onde residiu, casou-se e veio para o Rio de Janeiro em 1941. Já no ano seguinte (1942) se apresentou no programa Papel Carbono, de Renato Murce.
No mesmo ano, acompanhada pelo regional de Benedito Lacerda interpretou, durante uma festa, o choro "Tico-Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu, com letra de Eurico Barreiros.
Até então, choros, de um modo geral, não tinham letras; eram apenas musicados.
Benedito gostou tanto de sua interpretação que tomou a iniciativa de levá-la aos estúdios da gravadora Columbia, na época dirigida pelo compositor João de Barro (Braguinha).
Em agosto desse mesmo ano gravou seu primeiro disco, um 78 rotações tendo na face A o chorinho “Tico-Tico no Fubá” e na B o samba “Voltei p’ro Morro”, de Vicente Paiva, antes gravado por Carmen Miranda.
Gravou também, o samba “Racionamento”, de Humberto Teixeira e Caio Lemos. Esse samba se relacionava com o racionamento de gasolina, açúcar, carne.. que o país viveu no tempo da guerra.
A partir daí, passou a ser conhecida como a “Rainha do Chorinho” . O mais interessante é que ela cantava tão rápido , fato que outras tentaram imitar, mas não conseguiram. Era incrível (e ainda é) como tinha facilidade de cantar rapidamente, sem errar ou perder qualquer palavra.

Em 1943 foi contratada pela Rádio Tupi, atuando com o conjunto de Rogério Guimarães.
Em 1945 gravou seu maior sucesso : “O Que Vier eu Traço”, de Oswaldo Medeiros e Zé Maria. E, em ritmo de choro, a tradicional polca (ainda dos anos 10) “Rato”, de Claudio da Costa e Casimiro Rocha.

Em 1950, sua gravação para “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo e “Teço-Teco”, de Milton Vilela e Pereira da Costa foram grandes sucessos, depois de ter ficado algum tempo sem gravar.
Em 1952, acompanhada da orquestra Tabajara fez uma temporada na frança, participando, em Paris, de um espetáculo produzido por Assis Chateaubriand.

A partir de 1954 passou a fazer parte do elenco da Rádio Nacional, que era o sonho de todos os artistas da época.
Em1958 gravou um LP de nome “A La Miranda”, com músicas do repertório de Carmen e da autoria de Assis Valente,como “Uva de Caminhão”; “Recenceamento”... e em 1959, regravou “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso.
Continuou sua carreira, até que em 1961 excursionou pela Espanha e Portugal. MPB
MAR
Em 1997 ela, com as colegas “Carmélia Alves, “Ellen de Lima, Nora Ney, Rosita Gonzáles e Violeta Cavalcanti, criaram um conjunto a que deram o nome de “As Eternas Cantoras do Rádio”.
Esse conjunto participou de teatros e rádio e começou a se desfazer com a saída de Nora Ney, por motivo de doença e Rosita Gonzáles, que faleceu na época.
Hoje elas continuam cantando, mas separadamente. Exceção de Violeta Cavalcanti que se encontra gravemente doente.

Em 2010 apresentou-se no Clube Militar em um espetáculo idealizado pelo cantor Jorge Goulart.
Todos os anos (e repetirá este ano, com 90 anos) canta músicas tradicionais do carnaval, em um tablado montado em frente à Câmara dos Vereadores , na Cinelândia, que de Cinelândia não tem mais nada.

Norma

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