O amor não é fome
nem sede eterna.
Não é no outro
que se busca
a fonte.
É um estado
que começa
no fogo
(o coração queima
faz cinza do passado)
Embora ainda vazia
uma concha guarda
o encanto do mar.
Um ai sem nome.
Um suspiro perdido.
Não há saudade.
Lembranças.
Memória.
O amor não foge
quando se abriga
dentro do silêncio
(um trote de vento
sobre areia da praia)
Toda fábula
(destino, acaso)
são os devassos
que cantam a tristeza
no fúnebre brilho dos olhos.
Prepare-se para o amor:
enlouqueça.
E não dependa
do próximo.
Do olhar do outro.
Do humor do outro.
Enlouqueça sobretudo
aquele que se espanta.
Um comentário:
Meu poeta,
Quanta graça nos teus versos
Poesia que mata a minha fome de vida.
Bem-vindo à casa do bem comum!
Adote essa nuvem azul como porto de paz.
Abraços
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