por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 6 de agosto de 2015


Esta manhã, há setenta anos, em Hiroshima.

E pensei, setenta anos,
E os netos do Enola Gay ainda riem da vida!

E ouvi o distante barulho dos motores,
Entre as nuvens com seus alados rancores.

E pensei em Vinícius,
Silabando o apocalipse de uma única bomba.
.
São setenta anos de ameaças,
A nuvem radioativa, esquelética, neoplásica.

O carimbo na calçada,
De corpos reduzidos a manchas nos batentes.

E daquela gente,
Arrancando a pele como fatias de papelão.

Do lento despertar,
Naquela manhã rotineira antes do fim.

Foi há setenta anos,
Não espere as dores, foram deles.

Não espere o desespero, foram eles.

Não espere o desencontro, eles se perderam.

Não cite a esperança, eles já não sabem as palavras.

Apenas a nuvem radioativa,
Assassina, controversa, daquela manhã em Hiroshima.

Chegou sobre Hiroshima,
O anjo negro na altura de nove mil metros de covardia.

Como se acende um cigarro,
Às oito horas e nove minutos Paul Tibbets armou a bomba.

No ponto de oito horas e quinze minutos,
A bomba lançada levou quarenta e quarto segundos em silêncio.

Na altura de quinhentos e oito metros,
Liberou todos os castigos sobre Hiroshima.

Onde o experimento,
Deu esperanças de mais sobrevoo da morte a Nagasaki

Eles sabiam o resultado de Hiroshima,
E não pararam.

Continuaram.

Jamais pararam.


Fogo-fátuo

                                                                                                                     

                                                                                                                               J. Flávio Vieira

Elpídio , depois de tanto desprezo, resolveu abandonar de vez a Expocrato. É que nos últimos anos foi se sentindo, pouco a pouco, relegado a um terceiro plano. Percebeu-se, por fim, como uma mosca dentro do Centro Cirúrgico.  Certo que nunca fora chegado à Pecuária e aos mistérios da Agricultura, encantava-se, no entanto, com aquela muvuca de sempre: a possibilidade de encontrar velhos amigos, a música , o filhóis , o paraíso que ali carrega  o nome enganoso de Inferninho, a paquera . Sem falar no Whisky que o transformava, facilmente, numa mistura de Leonardo de Caprio e Bill Gates.  De repente, teve a sensação de que chegara em Marte. Música ruim, cerveja quente e cara , estacionamento a preço de Avenida Paulista. Os próprios companheiros dos velhos tempos começaram a rarear, tangidos, possivelmente, pelos mesmos fantasmas que agora o atormentavam. As pretensas e prováveis paqueras já não tinham idade para aguentar Wesley Safadão  gritando no ouvido , ou sertanejos se derramando em lágrimas . E as  novas gerações estavam numa outra dimensão, não se interessariam , nunca, por um goiabão da sua marca, sexy ( mas aquele tipo de Sexy à Genário)  com cheiro de Brilhantina Glostora e perfume da Avon.  Não tinha mais o que fazer na Expocrato.
                                   Este ano, no entanto, uma novidade balançou suas estruturas. Soube da vinda do “Rei – Roberto Carlos”.  Voltaram, como por encanto, as longas costeletas à Elvis, a calça Boca-de-Sino, o medalhão no pescoço e o cabelo  black-power. Roberto escrevera a trilha sonora da sua juventude, cada música o transportava, imediatamente, para uma sensação única : o cheiro de jasmim  da menina de pastinha, a lombra do primeiro baseado, o gosto do beijo roubado no portão...  Além de tudo, com certeza, toda aquela geração estaria reunida no show do “Rei”.
                                   Elpídio quebrou, então, a jura que fizera dois anos atrás: “Nunca mais pisarei  na porcaria dessa Exposição!” . Comprou, ainda relutante, o Ingresso Ouro e se preparou, ansiosamente,  para  os “Detalhes tão pequenos”. E foram muitas e muitas “Emoções”... Música a música foi como se projetassem , caleidoscopicamente, fragmentos da sua vida. A plateia , educada e atenta, compunha-se de  incontáveis companheiros dos velhos tempos. Todos ávidos em apreender, junto a cada canção, estilhaços felizes da existência que se foram partindo ao longo do caminho. Elpídio percebeu em todos a mesma dupla sensação: a hipnose com  o brilho baço de momentos e sentimentos afogados  em meio às cinzas e a angústia disfarçada de não mais ser possível refazer o cristal que se esfacelou. Era como se todos estivessem ofuscados com o brilho de uma chama , sem perceber que era um  mero  fogo fátuo.
                                   Elpídio , então,  voltou o corpo para a outra extremidade da estrada. Parecia escura e tenebrosa, mas era sua única possibilidade de seguir em frente. Poderia permanecer postado em meio ao caminho apenas contemplando , saudoso, o fogo fátuo: mero esboço da ardente fogueira  de outrora. Despiu-se, calmamente, jogou longe os chinelos e partiu nu , na vereda desconhecida ,  aproveitando a fosca luz que vinha de trás,  pra não sei onde, pra até quando, pra quem sabe um dia...   


Crato, 06/08/15

A "DESMORALIZAÇÂO" da "ÓIA" (Revista VEJA)


Senhor Presidente, Senhoras Senadoras, Senhores Senadores,

Eu vim aqui relatar um episódio que aconteceu nos últimos dias. Tive uma amostra, embora essa não tenha sido a primeira, do que há de pior no jornalismo, que se manifesta quando alguns profissionais pensam que detêm a exclusividade da informação e da verdade. Este pensamento arrogante, aliado ao mau-caratismo e movido por interesses escusos, pode ter efeitos devastadores na vida de qualquer cidadão, especialmente, quando praticado por um grande veículo de comunicação.

Há duas semanas, os jornalistas Leslei Leitão e Thiago Prado – da revista Veja – me procuraram alegando ter em mãos o extrato de uma conta minha no Banco BSI, na Suíça, com o saldo de 7 milhões e meio de reais. Fui enfático ao responder. Disse que não tinha a conta mencionada e nenhuma relação com aquele banco, consequentemente, o extrato não poderia existir. Mas eles insistiram na veracidade do documento. Eu, então, ironizei: se o dinheiro for meu, eu vou buscar.

Mesmo diante da minha negativa, os jornalistas não tiveram a prudência de investigar e apurar com afinco a veracidade do documento. Eles resolveram publicar uma matéria mentirosa e difamatória, baseados unicamente num documento falso, sem nenhuma comprovação, intitulada: “O Mar não está para peixe!”

A publicação rapidamente se espalhou, foi reproduzida por inúmeros jornais no Brasil e no mundo. Recebi milhares de questionamentos – não pela origem do dinheiro, porque graças a Deus, tenho uma condição financeira confortável fruto do meu trabalho fora da política – mas pelo fato da quantia não ter sido declarada à Receita Federal. Diante da grande repercussão e do meu compromisso público com milhões de brasileiros, peguei um avião e viajei até a Suíça pra passar a limpo a história, obviamente, pagando todas as despesas do meu bolso.

Naquele país, constitui dois advogados em Genebra, onde cheguei acompanhado por minha ex-mulher Isabella, hoje amiga, que é fluente em francês e pode auxiliar com o idioma. Nessa reunião os representantes do BSI confirmaram que o extrato é falso e que eu não tenho nenhum vínculo com a instituição financeira, muito menos uma conta. Imediatamente comuniquei a todos, por minhas redes sociais, a veracidade dos fatos.

Hoje recebi do banco suíço BSI a confirmação definitiva de que o extrato da suposta conta bancária – com o saldo de R$ 7 milhões e meio de reais – em meu nome, é falso. Com essa constatação de grave delito penal, o banco também me comunicou que fez uma queixa penal no Ministério Público de Genebra para que eles possam apurar o crime.

Paralelo a isso, o Ministério Público Federal do Brasil também emitiu uma certidão comprovando que não há no órgão nenhuma apuração dessa suposta conta bancária mantida por mim na Suíça. Desmentindo, mais uma vez, a revista Veja.

Diante destes fatos, volto aqui a questionar os métodos de reportagem da revista. O jornalismo, quando exercido com responsabilidade e profissionalismo, é um dos mais importantes pilares da nossa democracia. Mas não podemos aceitar que crimes sejam cometidos, disfarçados de jornalismo.

Eu sou uma pessoa pública e graças a Deus tenho os recursos para me defender. Mas muita gente não tem. Esse tipo de irresponsabilidade não pode passar em branco. Estou processando a revista Veja e os jornalistas que escreveram a matéria, cobrando uma indenização por danos morais no valor de dez vezes o que eles disseram que eu tinha na Suíça.

Serei sempre a favor da liberdade de expressão, mas, neste caso, se trata de um fato criminoso, e por isso, eles terão que esclarecer à justiça brasileira e suíça quem falsificou esse extrato.

Ser vítima de injustiça é muito ruim, mas, por outro lado, isso serviu para mostrar a falta de ética da Veja, uma revista sem credibilidade, que já sofreu diversos processos e, mesmo assim, não deixa de fazer publicações sem provas. O que ficou bem claro, pela repercussão do assunto, é que as pessoas não consomem mais mentiras sem reagir.

Aos que estão me vigiando, peço que continuem o trabalho. Porque estou servidor público e devo satisfação aos cariocas e brasileiros. Como bem disse Thomas Jefferson: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. E eu prezo muito pela minha.

Diferente do que disse a revista Veja, o mar sempre esteve, está e continuará para peixe.

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QUI, 06/08/2015 - 09:52
ATUALIZADO EM 06/08/2015 - 09:52
O banco suíço BSI entrou com pedido de queixa penal no Ministério Público de Genebra

Jornal GGN - Na noite desta quarta-feira (05), a Veja publicou uma nota pedindo desculpas ao senador Romário "por ter publicado um documento falso como sendo verdadeiro". A ação ocorreu após o banco suíço BSI emitir em nota a falsidade do extrato utilizado pela revista para afirmar, em reportagem, que o parlamentar teria R$ 7,5 milhões. O banco ainda entrou com uma queixa penal no Ministério Público de Genebra.

"Esse pedido de desculpas não veio antes porque até a tarde desta quarta-feira ainda pairavam perguntas sem respostas sobre a real natureza do extrato, de cuja genuinidade VEJA não tinha razões para suspeitar. A nota do BSI dissipou todas as questões a respeito do extrato. Ele é falso", disse a nota do site da revista.

A Veja insistiu que continuará investigando a legalidade do extrato, "revisando passo a passo o processo" que, segundo eles, não teve "nenhuma má fé" e que a publicação do documento falso como verdadeiro é um "evento singular que nos entristece".

Após a publicação da revista há duas semanas, Romário decidiu viajar até Genebra para verificar as informações. O senador descobriu que os documentos eram falsos. Uma carta do BSI desta quarta-feira (05) comprova: "nós estabelecemos como certo que este extrato bancário é falso e que o Sr. Romário de Souza Faria não é o titular desta conta em nosso banco na Suíça", diz a correspondência endereçada aos advogados contratados por Romário em Genebra. 

O banco disse, ainda, que abriu uma "queixa penal na Procuradoria Geral de Genebra no dia 4 de agosto de 2015", contra "um desconhecido", podendo "estabelecer com certeza que o extrato da conta é falso e que o sr. Romário de Souza Faria não é, portanto, titular de dita conta em nosso banco na Suíça" ao procurador responsável. A instituição financeira considera que os atos "constituem diversos delitos penais graves, em especial a falsificação de documentos"



CRIATIVIDADE

Lembrete espalhado pelas principais avenidas de Fortaleza em vistosos OUTDOORS:

CONSUMIU ÁLCOOL E ESTÁ DIRIGINDO  ???

TEM TATUAGEM  ???

ÓTIMO... FACILITA A IDENTIFICAÇÃO. 




quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Em algum lugar no Parazinho - José do Vale Pinheiro Feitosa



Em algum momento e lugar,
De um passado deixado,
Vulgar perda, ato desleixado,
Minha pele suada esqueceu-se
No espaldar da peça junto à cama,
Naquele lago de farta despesca,
Peixe tratado, salgado, ao sol,
Tato a seiva e apenas é ressecada,
Múmia centenária na poeira da praia,
Sentimento desidratado no banco da praça.

No cimo do Alto Alegre,
Rota de fuga das dunas de soterramento,
Desta vila perdida na planície desbragada,
Onde a cavalgada de areias deixa montes,
E minhas pernas bambas e apavoradas,
Carregando cacos, garfos e teréns,
Vai além da enseada que me fez porto,
Escondendo-se na curva o topo dos mastros,
Apaziguando-me as palmas de coqueiros marinhos,
E meus pés, então, se molham na travessia do riacho.

E, agora, onde via ondas quebrando na praia,
Apenas ouço o barulho do mar,
Tudo se tornou uma belíssima e ampla paisagem,
Abraço continental da visão em panorama,
O que era embarque se tornou verde esmeralda,
Empuxo de marés é apenas quebradas franjas brancas,
O horizonte que alinhava mais acima da areia,
Foi rebaixado além do terceiro degrau da escadaria,
Desta escadaria onde meus músculos de esticam e retraem,
Para que, novamente, molhe meus pés no mar.

Sonhador, tenho o horizonte das alturas,
Onde dele uma misteriosa luz toma o céu,
Nasce lua como um plano de eventos a acontecer,
Pelo qual permaneço no banco da praça,
Sem planos próprios a não ser aqueles da lua,
Seu risco luminoso, cinético arranjo em claros e sombras,
A cada passo no céu e visto-me com nova epiderme,
Hidratando-me com os humores da lua e estrelas,
Que criam o céu de pontos brilhantes com espaços alados,

Levando-me a algum lugar no futuro. 

terça-feira, 4 de agosto de 2015

ANJOS CAÍDOS

Eis que filho, sou o mesmo que o pai, de onde minhas entranhas se originaram. E em nome do pai segui pelos campos construindo outras casas semelhantes à dele. E em nome dele lutarei. Até mesmo morrerei pois onde na terra ele não houver, nada mais de mim haverá.

Eis que no mundo os filhos do filho nascerão e ao descendente jurarão obrigação de vida e morte. E neste passo entre uma geração e outra, uma fenda abismal haverá. Nas duas margens o dilema de Babel se revelará.

De cada lado novas palavras substituirão as antigas. E as margens de ambos os lados do abismo serão cultivadas e os rebanhos se multiplicarão. Enquanto criação dividida se esquecerão.

Até que um liame dará passagem de uma margem à outra.

Neste dia Lúcifer decairá lá do alto, bem no centro deste encontro dos descendentes. E sobre eles implantará o apocalipse de tal maneira que tudo é justificativa, eu serei Pai e o outro Demônio. Não interessará a verdade, apenas a pregação, que interpreta este encontro ao outro como a luta entre o bem e o mal.

E dançarão o rito macabro como polos oposto onde ora se é o bem e ora se é o mal. E tanto tempo o redemoinho de poeira se levantará, sem que por muito tempo percebam, que a jura de luta e morte ao pai é a fornalha desta falsa dualidade.

Uma vez que nos campos, apenas novos canteiros floresceram.  

EXPULSÃO DO PARAÍSO

E tu que te engasgastes com os pedaços deste fruto proibido. E pelas veredas do paraíso andastes sem destino. Do plenilúnio à face escura da lua. De nascente a poente. De verão à primavera.

Tantos passos.

E o suor do teu rosto escorreu.

Escorreu pelas depressões da face até revelar-se salino no sentido do paladar. E assim compreender outro sabor, que não aquele do fruto proibido. E diante da nomenclatura de todas as coisas, compreendeu, pela primeira vez, que seu próprio ser seria capaz de captar o movimento das partes nomeadas.

A este movimento, entre o sabor do fruto proibido e a salga de teu próprio suor, chamou-se a virtude da expulsão do paraíso. E também compreendeu o verdadeiro sentido da virtude.

Compreender a virtude deste movimento coloidal, que permanece continuamente relacionando os nomes a predicativos, das engrenagens do paraíso.


O paraíso do qual não houve expulsão, apenas teoria sobre a realidade, ao invés de ser ela própria.  

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Sou elas e eles - José do Vale Pinheiro Feitosa

Passado algum tempo e ainda não fechei a conta que abri para logo a seguir a preguiça e o visgo da rotina me afastar. Ela se encontra lá, nunca a fechei, para meu azar, pois amigas, amigos e parentes se propõem a ser parte e nunca respondo. Corro o risco de me quererem mal.

Falo do Facebook.

E foi assim que me dei conta de quanta gente saiu dos blogs e se refugiou no Instagram, Face, Twitter e outras facetas. Mas por pura comodidade continuei por aqui. Além da preguiça de retornar ao Face e fechar a conta que nunca usei.

E por isso corro o risco de Tia Almina não tomar conhecimento que hoje lembrei dela. Que é um daqueles pilares que mantem a nossa coerência com a própria história. E que não são apenas saudades.

Tia Almina é como o relevo da Chapada do Araripe, o leito do Rio Batateira, a feira do Crato, as passadas pela Rua Dr. João Pessoa, as inúmeras casas de uma história derrubada, uma a uma, para se transformar em enormes prédios comerciais. Com suas Macavis e outras fachadas da bolha imobiliária.

Mas se derrubam e erguem outras paredes, surge como marca da realidade a sombra irremovível de uma narrativa permanente. Como afeto, como uma margem que configura o lago ou como as águas do lago que enverdece de vida a paisagem.

Como marco do inesquecível, há pouco mais de 25 dias, estava num restaurante em Fortaleza entrevistando um dos ícones do forró cearense dos anos 70 e 80. E durante a conversa sem que ele soubesse das minhas ligações afetivas, mas sabendo-me cratense, ele fala de Maria Alice e Dr. Alfredinho.

E de repente as marcas da permanência tomaram a minha atenção. Naquele momento todo mundo sentou-se comigo, Maria Edite, Joaquim, Zé Almino, Mélia, Bida, Tóin, Alfredo, Maria José, Everardo, Ciano, Fernando, Maria Benigna, Ana, Zé, Gusto, Guel, Marcos e Maurício, Nena, as perguntas infindáveis de Lula então criança.

Tio César, o primeiro entre irmãos, aquele que pelo riso silencioso, enquanto algo de incomum eu fazia naquele destrambelhado do aprendizado da vida, deu-me uma imagem imanente deste mundo. E uma imanência que supera os pontos finais de qualquer período.

Assim como os textos de José Saramago, sem pontos finais: Tio César na companhia de Tia Almina. Não lembro deles separados. Como tia Almina hoje é indissociável da vida de todos nós.


E na entrevista, no restaurante Caravelle, perto do aeroporto Pinto Martins o forrozeiro Messias Holanda falava de suas andanças desde que saiu de Missão Velha onde nasceu. Que em criança morou com Dona Maria Alice e Dr. Alfredinho na companhia da mãe que trabalhava para a família.    

A quebra programada - José do Vale Pinheiro Feitosa

Todas elas. Apenas que a melhor grife é a evidente Apple. Estão pelo design e funcionalidades programadas para a obsolescência.

O próximo modelo é puro fetiche. Mas fetiche com arapucas além do feitiço: novas funcionalidades apenas serão apresentadas no modelo seguinte, quando o comprador, com o suor do seu rosto, se sentirá um passado e discriminado na porta do novo modelo “S”, alguma coisa, algum código para encantar parvos.

Mas tem coisas muito piores. Quase toda a parafernália de eletrodomésticos e outras mumunhas mais, fazem tanta falta que vivem ociosos nas prateleiras, têm um coração em circuito impresso. E tais coisas já estão programadas para quebrar e serem substituídas.

São empacotados numa peça de plástico de modo a se ter que trocar todo o equipamento ou quase o valor dele na simples troca de um componente da falcatrua. A coisa é tão clara e desonesta que o governo da França já tem legislação para pegar os envenenadores da bolsa do povo.

Já leram, ouviram ou falaram no novo “aplicativo” chamado UBBER? Um serviço “paralelo”, além da concessão pública, de táxis nas grandes cidades do mundo? A sede fica na Califórnia, define um padrão de veículo e assim como as vendas do chamado “Mercado Livre” existem estrelas a qualificar usuários e prestadores de serviço.

É isso mesmo. Táxis é prestação de serviço. Não importa se vinculado ao capitalismo globalizado, monopolista, bilionário da Califórnia. Pois o serviço que é público e até municipalizado, iria evoluir para o controle desta empresa de aventureiros californianos que pretende usar a internet como um raio atrator de tudo que gera lucros para eles.

Aliás se querem saber a fronteira do século XIX mais aventureira da história moderna, foi a da ocupação do Oeste Americano. Usurpando o México, destruindo os índios, moendo gente na ambição do ouro e das grandes ferrovias, aventurando-se pelo pacífico como piratas e gerando milionários comprometidos apenas consigo mesmo.

A mais pura seiva da Califórnia é simbolicamente destrinchada na obra genial de Orson Wells, Cidadão Kane. Ele fala do milionário, dono de imprensa e diversão William Randolph Hearst.


Em San Simeon, entre Los Angeles e São Francisco, foi erguido o Hearst Castle, localizado sobre uma colina, da qual o magma derretido de uma civilização perdulária, com obsolescência programada, destrói os lírios do campo. Uma orgia destrutiva com quebra programada.   

Mauro Santayana: A NOVA MARCHA DOS INSENSATOS E A SUA PRIMEIRA VÍTIMA - Texto integral

Mauro Santayana: A NOVA MARCHA DOS INSENSATOS E A SUA PRIMEIRA VÍTIMA - Texto integral

Feliz Aniversário, Dona Almina!


domingo, 2 de agosto de 2015

TUDO PODERÁ SER PIOR POIS ANTES ERA APENAS UMA FESTA COM O ESTOQUE DA DESPENSA - José do Vale Pinheiro Feitosa

A Europa, tensa, por tantos problemas de ordem econômica, tem um enorme espinho na garganta. O progresso, a partir dos anos 60 até a crise, se fez junto com uma sólida migração de pessoas qualificadas ou não vindas de países em desenvolvimento.

Hoje a notícia é que nas duas portas do Eurotúnel, que atravessa o Canal da Mancha, teve ação francesa de um lado e inglesa no outro. Grandes operações para que migrantes acumulados no Porto de Calais não cheguem até a Inglaterra.

O principal problema da migração globalizada se encontra no EUA, mas na Europa as notícias são mais ou igualmente dramáticas. A rota DO Mediterrâneo não deixa de afogar pessoas diariamente.

Onde acontece o princípio e fim? De um ciclo? A grande migração rural e urbana impulsionou a economia mundial com os mercados globalizados ávidos para criar estruturas urbanas que albergassem tanta gente nova nas cidades.

Por isso todas as bolhas da atual crise do capitalismo, de ponta a ponta, indo dos EUA até a China, incluindo Europa e Brasil se encontra nalguma escala no pivô da Construção Civil e da população mudando de um país para outro em todo mundo.

As fabulosas taxas de crescimento chinesa também fizeram pivô no furacão da Construção Civil e na crença que o crescimento levaria mais tempo do que afinal levou. A Construção Civil, criando cidades e bairros, ampliando serviços e consumo de energia, criando vias e enchendo-as de veículos, levantando edifícios, abastecendo as moradias com eletrodomésticos e mobiliários, girou uma roda descomunal do capitalismo.

E esta roda está parando com o que se chama bolha imobiliária. Pois é ficção dos bancos e suas carteiras, que a realidade puxa por gravidade aqueles derivados descomunais para a base real de uma economia deprimida.

Thomas Pikkety já advertira que taxas de crescimento muito elevadas são irreais. Elas apenas revelam o quão atrasado estavam os povos antes ou o esforço para recompor anos de perdas materiais para afinal chegar-se ao mesmo padrão de anos passados.


Vamos entrar numa fase da história humana onde o “otimismo do crescimento” dará lugar a outras formas de viver as sociedades. Aquele sonho de que tudo será melhor no futuro, parece entrar numa fase em que tudo pode ser até pior, pois o que antes era melhor fora apenas uma festa na qual se gastou todo o estoque da despensa. 

EVANDRO x EVANDRO - José Nilton Mariano Saraiva

O presidente do Ceará Sporting Club, Evandro Leitão, deveria ter mais cuidado com o “apaixonado-torcedor’ do clube, Evandro Leitão. É que, enquanto aquele (o presidente Evandro Leitão) deixou-se picar pela “mosca azul” da política e literalmente abandonou o clube à deriva para dedicar-se “full time” à nova atividade (muito mais rentável e carreadora de poder e prestígio, tanto que nem bem ingressou e já é líder do governo na Assembléia Legislativa), este (o torcedor Evandro Leitão) a cada jogo do Ceará Sporting Club passa por graves e recorrentes surtos hipertensivos que podem redundar em algo mais sério, tudo em razão da mediocridade de um time formado por jogadores bonzinhos e sofríveis, refugados por outras agremiações, mas “encaixados” em Porangabussu por empresários espertalhões e descompromissados com a seriedade.

E não é necessário se ser nenhum “expert” para constatar que tudo isso está a ocorrer por falta de comando, de alguém que se imponha e exija resultados, que se possível dê o necessário grito de alerta, já que o clube paga bem e em dia. Enfim, tá faltando respeito.

Aliásquando assumiu pela primeira vez as rédeas da agremiação, o senhor Evandro Leitão fez uma gestão primorosa, digna de encômios e lantejoulas, porquanto moralizou o clube, valorizou seu patrimônio,  reformou-o física e administrativamente, saneou suas finanças, levou-o à primeira divisão e o fez respeitado em todo o Brasil. Enfim, um presidente nota 10.

Lamentavelmente, entretanto, pelo andar da carruagem tudo isso pode agora se desfazer paulatinamente ou ir por água abaixo, já que o atual time marcha célere rumo à série C, enquanto suas finanças tendem a “avermelhar” em razão do dinheiro jogado fora com mercadoria de má qualidade.

Assim o tão sonhado patrocínio da Caixa Econômica Federal não passará de quimera ou sonho de verão, enquanto os atuais patrocinadores tenderão a migrar para uma camisa de maior visibilidade para seus produtos (séries A e B).

Haverá tempo pra reversão do quadro ??? Ou teremos que deixar no fundo do baú aquela camisa que nos acostumamos a usar com tanto orgulho, informando a um certo rival que “nunca fui da série C” ???

EM TEMPO: como o Magno Alves não vingou no Fluminense e dificilmente terá vez com a chegada do Renato Gaúcho. não será surpresa se retornar ao clube como “salvador da pátria”, até porque o clube carioca concordará em pagar a metade do seu salário.  A conferir.


sábado, 1 de agosto de 2015

"GANGSTERISMO" EXPLÍCITO - José Nilton Mariano Saraiva

Meses atrás, quando, ao vivo e a cores para todo o Brasil, o mafioso Deputado Federal Roberto Jefferson resolveu “abrir o bocão” e denunciar o então todo poderoso Chefe da Casa Civil do Governo Federal, José Dirceu, como comandante de uma suposta quadrilha que assaltava os cofres públicos (no presumível esquema que ficou conhecido como “mensalão”), talvez não tivesse avaliado bem as conseqüências que poderiam advir de tal ato; como resultado, dias após o senhor Roberto Jefferson apareceu de público com o rosto bastante deformado (um dos olhos inchado e roxo), característica maior que sofrera uma agressão pontual e violenta; no entanto, inquirido sobre, desavergonhadamente e por certo temeroso de algo pior, preferiu creditar a repentina transformação facial “frankesteniana” a um mero “acidente doméstico” (houvera “trombado” com um móvel, em casa, desconversou).

Embora um silêncio sepulcral e conveniente tenha sido a resposta da mídia tupiniquim sobre, sabíamos todos, intimamente, que uma espécie de “corretivo” houvera sido providenciado por quem se achou prejudicado (presumivelmente, o próprio Dirceu). Mas, na impossibilidade de se provar tal assertiva, a coisa morreu aí e o desfecho todos sabemos: por conta da denúncia de Jefferson, Dirceu acabou mesmo sendo condenado e preso com mais uma “ruma” de gente, com base num tal “domínio do fato”, novidade importada da literatura jurídica alemã (que dispensa o uso de prova e privilegia a simples denúncia, indo, pois, de encontro ao que preconiza a nossa Constituição Federal).

A reflexão tem a ver com o quadro atual: todos sabemos, de cor e salteado, que o Deputado Federal e atual Presidente da Câmara  Eduardo Cunha é um bandido da mais alta periculosidade (é só acessar a sua caudalosa e extensa “folha corrida” para constatar) com o agravante de se achar um “messias” que salvará o Brasil do caos. Ele e somente ele, será capaz de colocar de novo o país nos trilhos. E para tanto, todos os métodos são válidos, inclusive e principalmente a intimidação, a ameaça, o jogo sujo e pra lá de pesado. E com um requinte de “cosa nostra” (máfia) implícito: a “terceirização” de tudo isso, via colegas Deputados Federais, que dele receberam favores e propinas e se prestam a tão infame papel.

E, como no momento atual brasileiro, os “delatores-bandidos” são os “heróis” de uma mídia corrupta e desonesta, o recente depoimento de um deles, o senhor Júlio Camargo, foi fundamental para confirmar o que de antanho já sabíamos: que o “violento” Presidente da Câmara dos Deputados, senhor Eduardo Cunha, exigiu e foi um dos beneficiários da enxurrada de dinheiro que jorrou das transações ilegais praticadas por meia dúzia de bandidos no âmbito da Petrobrás (exigiu e levou 05 milhões de dólares).

Como quem o orientara a “abrir o jogo” fora a advogada Beatriz Catta Preta, esta e a família agora se acham no “olho do furacão”, já que ameaçada pela “tropa de choque” do senhor Eduardo Cunha. E o “recado” foi tão brabo e violento que a causídica em questão anunciou sua intenção de “pendurar as chuteiras” e se mandar do país, embora relativamente jovem e no auge da fama profissional.

O difícil de entender em todo esse processo é o “porquê” dos senhores Eduardo Cunha (Presidente da Câmara) e Renan Calheiros (Presidente do Senado) ainda não terem sido “convidados” para uma conversa com o “astro global” momentâneo, juiz Sérgio Moro, já que comprovadamente envolvidos até o pescoço (como beneficiários) nessa bagunça toda.


Particularmente, entendemos que a prisão de todos os políticos envolvidos, independentemente da filiação partidária e posição hierárquica, constitui-se uma necessidade imperiosa, objetivando mostrar para a sociedade que depois desse vendaval não restará pedra sobre pedra (como, aliás, lá atrás já previra a presidenta Dilma Rousseff).      

sexta-feira, 31 de julho de 2015

CEARÁ: "CAPITANIA HEREDITÁRIA' SOBRALENSE - José Nilton Mariano Saraiva

Dias atrás, em razão do Senador Eunício Oliveira ter emplacado o genro-advogado Ricardo Felenon Júnior numa das Diretorias de certa estatal federal (ANAC-Agência Nacional de Aviação Civil), o senhor Cid Ferreira Gomes usou sua página na Internet para baixar o malho no Senador, por suposta prática de favorecimento imerecido. 

Se não confiasse tanto na “memória curta” do povo cearense, bem que o cara-de-pau e ex-mandatário do Estado poderia lembrar que em 1992 seu irmão, Ciro Gomes, então governador do Ceará, nomeou o outro irmão, Lúcio Ferreira Gomes, para a Diretoria Econômico-Financeira da então estatal de comunicações do Estado. Depois, sempre e sempre indicado pelo irmão, referido senhor ocupou funções nos executivo estadual e federal, até tornar-se Chefe de Gabinete do próprio.

Recentemente, antes de deixar o governo, o próprio Cid Gomes conseguiu com que os fiéis e amestrados "deputados-cordeirinhos"  da base de sustentação do seu governo aprovassem a indicação (feita por ele) da sua ex-cunhada, a inoperante, apagada e incompetente Patrícia Sabóia Gomes (ex mulher do Ciro Gomes) para o CARGO VITALÍCIO de Conselheira do Tribunal de Contas do Estado, com faturamento de cerca de R$ 30.000,00 mensais, mesmo sem ter a qualificação técnica exigida e necessária para tal mister.

Eis que agora, o “governador-afilhado” dos Ferreira Gomes, o cratense Camilo Santana, resolve nomear (por sugestão do Cid Gomes), o senhor Lúcio Ferreira Gomes (ele, de novo, outra vez, novamente), para Secretário de Governo (em substituição ao outro irmão, o demissionário Ivo Ferreira Gomes, que também houvera sido indicado).

Conclusão; a sede de poder fez com que os Ferreira Gomes transformassem a política em abrigo e rentável meio de vida de toda a família, daí faltar autoridade moral ao senhor Cid Ferreira Gomes para reclamações da espécie.

No mais, a inevitável e irrecorrível constatação é que eles (os Ferreira Gomes) conseguiram transformar todo o Estado do Ceará numa espécie de “capitania hereditária” sobralense.



quinta-feira, 30 de julho de 2015

Cinismo do tamanho do EUA - José do Vale Pinheiro Feitosa

Não tenho nenhum problema com a idade. Nunca tive com nenhum estágio da linha do tempo.

A lua cheia, tantas voltas dá e os meus olhos nunca deixarão de admirá-la. Além de seu foco luminoso, algo maior me encanta com a capa de luminescência com a qual cobre cada detalhe revelado ou sugerido no revelo da noite.

Mas tenho grandes problemas com pessoas humanas qual o é o dentista americano Walter Palmer. 

Um caleidoscópio de cinismo, arrogância, suficiência, autonomia liberal e aventureirismo sob o manto protetor do vasto capital que aquela sociedade lhe deu em moral, ética e valor simbólico material sob a forma do dólar. O dólar que é a sustentação oferecida pelo povo que gerou e fez crescer pessoas como Walter Palmer.  

Walter Palmer um caçador de grandes animais selvagens.

Clandestino, pagou 55 mil dólares para que mercenários atraíssem um leão no Zimbábue a um arco, com que Palmer acertou uma flecha que o deixou em agonia por horas a fio.

Foi Theo Bronkhorst, com aqueles sobrenomes do apartheid, o caçador, trabalha para uma empresa de safaris, que deu o tiro de misericórdia na agonia do Leão que se chamava Cecil.

O corpo do Leão foi encontrado decapitado e sem a pele.

Só que Cecil era um raro espécime de Leão com juba preta. Símbolo do Zimbábue. Era um animal estudado pela comunidade do parque onde vivia. Parecia gostar do contato com humanos.

Diante da revolta a explicação Palmer expõe este tipo de gente: “Eu não tinha a menor ideia de que o leão que eu matei era conhecido, que fazia parte de um estudo, até o momento final da caçada. Me arrependo profundamente”.


Digo, a humanidade se arrepende profundamente de ter criado uma sociedade capaz de gerar cínicos como estes. De gerar lhes proteger.  

sexta-feira, 24 de julho de 2015

ESSA NOSSA IMPRENSA... - José Nilton Mariano Saraiva

Assim como foi um dos artífices na conquista do pentacampeonato do Brasil na Copa do Mundo realizada na Coréia-Japão em 2002, Luiz Felipe Scolari foi o principal responsável pela decepcionante participação da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo aqui realizada em 2014, quando conseguiu a proeza de, bovina e humilhantemente, cair de 7 x 1 ante os alemães, ao escalar mal a equipe e adotar um sistema de jogo prá lá de ultrapassado.  Depois de demitido sumariamente recebeu um caminhão de dinheiro de indenização da CBF (legalmente, já que por interrupção aleatória do contrato), que certamente lhe possibilitaria viver o resto da vida deitado numa rede e peidando pra humanidade.

Mas, como quem tem muito sempre deseja mais e mais, não resistiu a um convite do Grêmio de Porto Alegre e findou assinando um polpudo contrato para dirigir o ex-time.  No entanto, desatualizado e sem a mínima disposição para se reciclar, foi um fracasso total e absoluto. Saiu antes do tempo, com o rabo entre as pernas.

Eis que recebe novo convite para voltar a ativa, dessa vez pra dirigir um tal de Guangzhou Evergrande, lá do outro lado do mundo (na China) onde o futebol ainda engatinha; escondido e longe dos holofotes, fato é que hoje fatura o que nunca imaginou faturar na vida, com a vantagem de não ter uma imprensa crítica ao seu trabalho (além do que, aproveita pra indicar contratações de medalhões do futebol brasileiro, que lhe ajudem a enganar o povo dos olhos puxados).

Eis que, nesses dias de pré-temporada européia, a equipe alemã do Bayern de Munique resolveu angariar alguns milhões de dólares em amistosos insossos mundo afora, findando por desembarcar na China. E no confronto com o Guangzhou Evergrande (do Felipão) não passou de um modorrento 0 x 0. Na cobrança de pênaltis, displicentes como foram durante o jogo todo, os jogadores alemães conseguiram o “feito” de perder por 5 x 4.

Foi o bastante e suficiente para a que a venal e corrupta mídia esportiva brasileira entrasse em cena, ao tentar valorizar um jogo onde os alemães reconhecidamente não estavam nem aí, porquanto foram apenas faturar e fazer turismo. E haja saudações laudatórias à “proeza” do técnico Scolari, através de manchetes do tipo “Felipão, enfim, vence os alemães” (e por aí vai). Pronto, a esperada “vingança” brasileira foi concretizada.

Aqui pra nós, só há uma denominação pra rotular tudo isso: “cretinice ao cubo”. Essa nossa imprensa...