por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 14 de julho de 2013

O QUE É VALOR? A TEORIA DE VALOR DE KARL MARX E A MAIS-VALIA ESPIRITUAL: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS

O QUE É VALOR? A TEORIA DE VALOR DE KARL MARX E A MAIS-VALIA ESPIRITUAL: MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS Em 1994 iniciei a minha pesquisa de doutorado na COPPE/UFRJ. O meu objeto de estudo e tema era o trabalho pessoalmente imprescindível, ou seja, uma outra natureza de trabalho complementar ao trabalho socialmente necessário discutido brilhantemente no livre de Marx O CAPITAL. Confesso que não tenho ideologia mas adorei ler e estudar linha por linha e parágrafo por parágrafo. Em outras, palavras apesar de admirar a genialidade desse grande pensador, eu não me considero Marxista no sentido ideológico. Vejo que a maioria dos meus colegas, Marxistas do Cariri, que conheci não conseguiram compreender a grandeza de suas abstrações fantásticas. Ou seja, não sou marxista mas adoro Marx. Ele tem uma frase que estou incluindo na minha série "AS FRASES E EXPRESSÕES MAIS SIMPLES SÃO AS MAIS SÁBIAS" "A religião é a consciência de si que o homem perdeu e não adquiriu ainda" K. MARX. E outra: "A falta da verdadeira religião é o ópio do povo" K. Marx. Eu assino embaixo! Então, por que tive que ler Marx naquela época? Porque eu queria um capítulo na minha tese sobre o tema VALOR. Entende-se, aqui, valor não apenas no sentido do capital econômico, Mas, a essência da palavra VALOR. E porque escrevo não para ganhar dinheiro e nem para aparecer ser um cara inteligente, mas porque sinto um prazer imenso em refletir e divulgar gratuitamente minhas abstrações intuitivas. Isso desde 1988! Então, meu orientador (eu tive dois) Miguel de Simoni (o orientador oficial era Ubirajara Mattos - uma pessoa inteligentíssima e altamente competente) disse para mim: "Se você quer escrever um capítulo sobre o tema VALOR terá que se matricular numa universidade que tenha a disciplina Teoria de Valor em Marx em qualquer universidade do Rio de Janeiro". Assim, Miguel me ajudou a pesquisar e descobrir em qual universidade existia essa disciplina. Então, levamos algum tempo para descobrir que a Universidade Federal Fluminense (UFF) tinha essa disciplina. Eu fui lá me matriculei na disciplina. No primeiro dia de aula o professor (doutor em Teoria de Valor em Marx formado na Alemanha que leu e estudou Marx na língua alemã!) pediu que formássemos um círculo para ele arguir a gente (éramos uns dez alunos de diversas universidades). E ele perguntou para cada um o seguinte: "Qual foi o motivo ou interesse que levou cada um de vocês se matricularem na minha disciplina?". E cada um dos alunos doutorandos foi respondendo o seu motivo. Até que chegou a minha vez e eu disse: "Eu quero aprender a Teoria de Valor em Marx porque quero discutir o tema VALOR numa dimensão transcendental, ou seja, quero discutir a mais-valia espiritual". O professor ficou um desconcertado e disse:" Eu não entendi...por favor me explique a sua ideia central?". Então fiz uma explanação de uns dez ou quinze minutos. E o professor disse novamente: "Continuo não entendendo aonde você quer chegar, mas em outra oportunidade você me explicará com mais detalhes...ok?". Eu disse: "tudo bem, aguardo essa oportunidade". Então, como não acredito em casualidade, na semana seguinte cheguei, bem cedo, antes dos outros. E o professor também chegou cedo. E ele disse para mim em pé perto do quadro-negro: "pode usar o quadro-negro e me explique, pois estamos sozinhos e temos muito tempo para dialogar". Eu peguei um giz e comecei a desenhar e escrever a minha ideia central sobre VALOR. E fiz um discurso longo tentando mostrar para ele a minha ideia central sobre a mais-valia espiritual. Ele virou-se para mim e disse: "confesso que não alcancei e não compreendi nada do que você disse, peço o favor para não levar essa discussão para dentro de sala de aula...você escreve um artigo e me entregue no curso, mas desde já digo que lhe dou a nota máxima (que era "A")". E os meses foram se passando e eu assistindo as explanações abstratas dele sem entender NADA. No final do curso entreguei um artigo de 40 páginas sobre o tema VALOR. E ele me deu a nota máxima. Aqueles que quiserem ler meu artigo que depois virou um capitulo de tese de doutorado sobre VALOR, por favor envie um e-mail para mim que eu envio uma cópia no formato Word: bernardomelgaco@gmail.com.... Passado um tempo eu entreguei esse mesmo artigo, na COPPE/UFRJ, para um professor doutor em filosofia na Alemanha, Economista pela UFRJ e Teólogo pela PUC-RJ, e esse professor leu e me deu nota "A" na disciplina de doutorado que eu fazia com ele. Em outra ocasião, colocarei algumas páginas dessa minha ideia da mais-valia espiritual. Namastê para todos os meus irmãos e irmãs espirituais... Prof. Bernardo Melgaço da Silva

MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS: O QUE É VALOR? A TEORIA DE VALOR DE KARL MARX E A MAIS-VALIA ESPIRITUAL

MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS: O QUE É VALOR? A TEORIA DE VALOR DE KARL MARX E A MAIS-VALIA ESPIRITUAL Em 1994 iniciei a minha pesquisa de doutorado na COPPE/UFRJ. O meu objeto de estudo e tema era o trabalho pessoalmente imprescindível, ou seja, uma outra natureza de trabalho complementar ao trabalho socialmente necessário discutido brilhantemente no livre de Marx O CAPITAL. Confesso que não tenho ideologia mas adorei ler e estudar linha por linha e parágrafo por parágrafo. Em outras, palavras apesar de admirar a genialidade desse grande pensador, eu não me considero Marxista no sentido ideológico. Vejo que a maioria dos meus colegas, Marxistas do Cariri, que conheci não conseguiram compreender a grandeza de suas abstrações fantásticas. Ou seja, não sou marxista mas adoro Marx. Ele tem uma frase que estou incluindo na minha série "AS FRASES E EXPRESSÕES MAIS SIMPLES SÃO AS MAIS SÁBIAS" "A religião é a consciência de si que o homem perdeu e não adquiriu ainda" K. MARX. E outra: "A falta da verdadeira religião é o ópio do povo" K. Marx. Eu assino embaixo! Então, por que tive que ler Marx naquela época? Porque eu queria um capítulo na minha tese sobre o tema VALOR. Entende-se, aqui, valor não apenas no sentido do capital econômico, Mas, a essência da palavra VALOR. E porque escrevo não para ganhar dinheiro e nem para aparecer ser um cara inteligente, mas porque sinto um prazer imenso em refletir e divulgar gratuitamente minhas abstrações intuitivas. Isso desde 1988! Então, meu orientador (eu tive dois) Miguel de Simoni (o orientador oficial era Ubirajara Mattos - uma pessoa inteligentíssima e altamente competente) disse para mim: "Se você quer escrever um capítulo sobre o tema VALOR terá que se matricular numa universidade que tenha a disciplina Teoria de Valor em Marx em qualquer universidade do Rio de Janeiro". Assim, Miguel me ajudou a pesquisar e descobrir em qual universidade existia essa disciplina. Então, levamos algum tempo para descobrir que a Universidade Federal Fluminense (UFF) tinha essa disciplina. Eu fui lá me matriculei na disciplina. No primeiro dia de aula o professor (doutor em Teoria de Valor em Marx formado na Alemanha que leu e estudou Marx na língua alemã!) pediu que formássemos um círculo para ele arguir a gente (éramos uns dez alunos de diversas universidades). E ele perguntou para cada um o seguinte: "Qual foi o motivo ou interesse que levou cada um de vocês se matricularem na minha disciplina?". E cada um dos alunos doutorandos foi respondendo o seu motivo. Até que chegou a minha vez e eu disse: "Eu quero aprender a Teoria de Valor em Marx porque quero discutir o tema VALOR numa dimensão transcendental, ou seja, quero discutir a mais-valia espiritual". O professor ficou um desconcertado e disse:" Eu não entendi...por favor me explique a sua ideia central?". Então fiz uma explanação de uns dez ou quinze minutos. E o professor disse novamente: "Continuo não entendendo aonde você quer chegar, mas em outra oportunidade você me explicará com mais detalhes...ok?". Eu disse: "tudo bem, aguardo essa oportunidade". Então, como não acredito em casualidade, na semana seguinte cheguei, bem cedo, antes dos outros. E o professor também chegou cedo. E ele disse para mim em pé perto do quadro-negro: "pode usar o quadro-negro e me explique, pois estamos sozinhos e temos muito tempo para dialogar". Eu peguei um giz e comecei a desenhar e escrever a minha ideia central sobre VALOR. E fiz um discurso longo tentando mostrar para ele a minha ideia central sobre a mais-valia espiritual. Ele virou-se para mim e disse: "confesso que não alcancei e não compreendi nada do que você disse, peço o favor para não levar essa discussão para dentro de sala de aula...você escreve um artigo e me entregue no curso, mas desde já digo que lhe dou a nota máxima (que era "A")". E os meses foram se passando e eu assistindo as explanações abstratas dele sem entender NADA. No final do curso entreguei um artigo de 40 páginas sobre o tema VALOR. E ele me deu a nota máxima. Aqueles que quiserem ler meu artigo que depois virou um capitulo de tese de doutorado sobre VALOR, por favor envie um e-mail para mim que eu envio uma cópia no formato Word: bernardomelgaco@gmail.com.... Passado um tempo eu entreguei esse mesmo artigo, na COPPE/UFRJ, para um professor doutor em filosofia na Alemanha, Economista pela UFRJ e Teólogo pela PUC-RJ, e esse professor leu e me deu nota "A" na disciplina de doutorado que eu fazia com ele. Em outra ocasião, colocarei algumas páginas dessa minha ideia da mais-valia espiritual. Namastê para todos os meus irmãos e irmãs espirituais... Prof. Bernardo Melgaço da Silva

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS

TUDO QUE NECESSITAMOS É AMOR: MINHAS EXPERIÊNCIAS ESPIRITUAIS INEXPLICÁVEIS “All you need is love” (Lennon/MaCartney) Namastê para todos os irmãos e irmãs, eu acabei de postar agora um video incrível cujo titulo é I AM...após assistir (sugiro a todos que assistam...está no meu facebook...procurem) esse video senti necessidade de compartilhar com vocês minhas experiências espirituais inexplicáveis sobre a essência do Amor Divino. Confesso que não tenho a pretensão de que todos venham me compreender, mas continuo na minha vontade de semear as minhas descobertas inexplicáveis para que possamos ter e viver um mundo melhor do que esse. Em 1988 fui abençoado por uma experiência mística-espiritual com o Amor Divino e a partir dessa experiência decidi escrever e divulgar de forma científica, filosófica e espiritual e não parei até hoje mesmo doente e angustiado como estou agora. A fé de Deus me dá forças para continuar escrevendo minhas reflexões e divulgando para todos o que existe por detrás dessa palavra tão falada, mas pouco vivenciada pela humanidade: Amor Divino. E como se deu esse fenômeno? Tudo começou quando em desespero roguei para Deus que me revelasse a Verdade Dele sobre a nossa vida humana caótica, violenta, acelerada e neurótica. Isso chorando de joelhos copiosamente olhando para um quadro de Jesus, o rosto dele pintado em branco num pano de veludo preto com a coroa de espinho e o sangue escorrendo na face, numa tarde quando morava num quitinete no bairro do Flamengo na zona sul do Rio de Janeiro. Eu era engenheiro e estava começando o meu mestrado na COPPE/UFRJ. Então, numa tarde quando palestrava na minha universidade para um grupo de professores e alunos senti uma voz interior dizendo: "Você está orgulhoso". Eu respondi logo: "de onde fala e quem tu és?". A voz interior me respondeu: "Eu Sou". E eu perguntei novamente: "Eu sou quem?". A Voz interior continuou dizendo: "Eu Sou". E aí sai da universidade chorando e perguntando para mim mesmo: "Quem sou eu?". E a voz continuou respondendo a mesma frase várias e várias vezes. Passei vários dias me questionando sobre a natureza da voz interior misteriosa. Até que um dia Ela me intuiu a ir para o banheiro do meu quitinete e olhar para o espelho. E diante do espelho a Voz Interior falou: "Você quer fazer a sua transformação acordado ou dormindo". Eu respondi: "quero fazer dormindo". E a Voz interior disse: "Não...você vai ficar acordado...e depois vai fazer um trabalho na universidade". Eu não conseguia fazer outra coisa senão "orar e vigiar a mim mesmo a cada segundo". De forma que, fui intuído a buscar ajuda espiritual com uma amiga minha bem próximo de onde eu morava. E ela me deu uma orientação dizendo: "Bernardo, preste atenção...existe em todos nós, dois níveis de existência-consciência: o eu superior e o eu inferior... descubra você mesmo quem é quem em você mesmo". Eu já tinha lido alguns livros da entidade espiritual conhecida como André Luis psicografados por Chico Xavier. E nesses livros eu detectei e anotei duas frases que me chamaram minha atenção e são elas: "a intuição é a base da espiritualidade" e a outra "o pensamento é energia". Eu colei essas duas frases no papel na minha estante de compensado branco para não esquecê-las. Então, comecei uma jornada de investigação a partir desses três princípios básicos: "existe em nós dois níveis de existência-consciência : a inferior e a superior", "a intuição é base da espiritualidade", "o pensamento é energia". Assim sendo, comecei a prestar a atenção nos meus próprios pensamentos, sentimentos e desejos. Eu parti da hipótese de que a natureza (consciência) inferior era de frequência (vibração) baixa (negativa) e a outra natureza (consciência) superior (positiva) era de frequência (vibração) alta. E com muita força de vontade ferrenha vigiava os meus dois níveis de consciência separando que era inferior e superior dentro de mim mesmo. A minha amiga Ana que me orientou sobre os dois níveis de consciência, um dia me convidou para conhecer um lugar místico-espiritual conhecido como PONTE PARA LIBERDADE (até hoje existe!). E não é um templo espiritual ou centro espiritual, mas no quarto ou na sala de uma casa comum de uma pessoa que se diz CANAL dos mestres espirituais muito evoluídos que intuíam o CANAL para que todos conhecessem a Verdade da espiritualidade superior. A primeira vez que eu fui fiquei perplexo com o que eu presenciei e comecei a sentir quando a mulher (CANAL) falava sobre as hierarquias divinas e o que eles queriam que a gente fizesse para uma nova era de evolução espiritual. A mulher muita nova e bonita emitia uma energia que vibrava em mim tão forte que eu achei que ela estava num transe. E depois na segunda vez eu senti também uma energia muito estranha de calor no meu corpo. De modo que comprei um livro básico da PONTE PARA LIBERDADE: HAJA LUZ. E levei para casa esse e outros livros que comprei lá mesmo. Mas, tarde da noite desembrulhei o pacote e abri o livro HAJA LUZ e comecei a ler e o que aconteceu de extraordinário? Eu não conseguia parar de ler o livro e entrei pela madrugada assim. Em dado momento, senti que era tarde e precisava dormir, mas ao mesmo tempo sentia que estava cheio de energia estranha, mas gostosa e forte, que não me permitia relaxar para dormir. E foi aí que lembrei de perguntar a minha intuição de como fazer para conseguir dormir. A minha voz interior me disse: “vá para uma página no final do livro e leia uma oração”. E assim, fui e fiz (a oração era de um arcanjo..não me lembro mais o nome dele). E me deitei e “apaguei” (dormi) imediatamente. Antes de dormi eu pedi que quando eu acordasse de manhã eu estivesse com a mesma energia misteriosa durante a leitura do livro. E assim aconteceu, quando eu acordei estava com a mesma energia gostosa. Eu fui para o Aterro do Flamengo (perto do meu apartamento) e comecei a andar e a praticar os ensinamentos e a disciplina espiritual da PONTE PARA A LIBERDADE. A disciplina consistia em invocar uma chama violeta (ou chamar o mestre espiritual daquela chama – Saint Germain). Essa escola mística-espiritual ensina que cada ser humano vibra numa determinada cor (as setes cores do arco-íris). Eu descobri mais tarde que a minha cor era Azul do mestre El Morya – um mestre ascensionado da PONTE PARA A LIBERDADE. Os médiuns videntes já viram ele atrás de mim várias vezes! Voltando ao assunto comecei a praticar também a disciplina da chama violeta para transformar as vibrações negativas em positivas. E fiz com tanta perseverança que comecei a entrar num estado de consciência de paz interior e equilíbrio espiritual. Na minha disciplina espiritual utilizei os mantras (repetições sagradas) da PONTE PARA LIBERDADE por exemplo: “Eu sou Deus” ou “Eu sou a poderosa presença divina em ação” ou “A Vontade de Deus é o Bem, A Vontade de Deus é a Paz, A Vontade de Deus é a Felicidade, A Vontade de Deus é a Bondade”. Essas técnicas todas eu alternava, mas não deixava minha mente desocupada pensando e oscilando entre o passado e o futuro. Eu não poderia em hipótese nenhuma perder a fé e a vontade de continuar minha disciplina de purificação espiritual – durante semanas a fio sem parar! E o que aconteceu percebi em dado momento que eu tinha o domínio de dar ordem e ficar em equilibro quando quisesse. Num final de uma tarde a minha intuição me avisou que eu tinha alcançado o poder de pedir qualquer energia positiva para mim. Então, a cada ordem dada eu experimentava a energia pedida, por exemplo se eu pedisse Paz, a Paz interior se manifestava, se eu pedisse a Alegria eu ficava alegre e assim por diante. De forma que, mantive a disciplina e fui percebendo que eu era o único responsável pelo meu destino e minha felicidade interior. A partir dessa constatação meu nível de consciência já não era mais racional, havia alcançado o estado avançado da intuição. E fiquei totalmente absorvido por essa disciplina a tal ponto que fiquei mais de um mês ausente da UFRJ. Agora eu chego no momento mais fantástico da minha experiência mística-espiritual. Era de tarde do mês de agosto e eu estava fazendo minha disciplina espiritual num estado de consciência transcendental – inexplicável , ou seja, uma sensação de leveza interior, paz e serenidade...até que o telefone tocou e eu de imediato atendi. Do outro lado da linha telefônica (naquela época não existia o celular) estava minha amiga Gláucia que era também aluna de mestrado da minha turma. Gláucia me perguntou: “Bernardo, todos nós aqui estamos preocupados com sua ausência, meu amigo me conte o que está acontecendo com você?”. Eu disse: “Você tem tempo para me ouvir?” . E ela respondeu: “tenho, conte!”. Aí comecei a contar a minha história da disciplina espiritual com uma voz doce e serena, com calma absoluta. Em dado momento da história (bonita!) eu mesmo me emocionei e tive vontade de chorar. Tentei segurar as lágrimas, e de repente escuto a minha intuição falar bem alto na minha consciência: “Bernardo, solte a emoção!”. E aí comecei a chorar e soluçar, e falei para minha amiga que eu precisava parar de conversar para me controlar. Nesse instante, senti o fenômeno mais fantástico que um ser humano mortal comum possa vivenciar na face da terra! No centro do meu peito algo girava numa velocidade e frequência altíssima que me deixava num estado emocional inexplicável: era o Amor Divino! E quando fui colocar o telefone na base vertical senti uma energia gostosa muita fina tocar o meu braço direito. Nesse momento, sem entender o que estava acontecendo voltei-me para minha intuição e perguntei: “de onde vem essa energia?” . A intuição me respondeu: “olhe para o centro da sua mão esquerda”. E aí percebi que essa energia maravilhosa vinha do centro da minha mão esquerda. Em seguida a minha intuição me orientou para sentar sobre os meus calcanhares e levantar a mão direita aberta em direção ao céu. E aí descobri que essa energia vinha também do cosmo e entrava pela ponta dos meus dedos da mão direita e percorria um caminho em direção ao centro do meu peito aumentando mais ainda a velocidade e frequência da energia que saía dele. Fiquei extremamente encantado com esse fenômeno, e descobri que a energia estava em diversos pontos do meu apartamento. No dia seguinte, eu ainda estava nesse estado incomum transcendental e fui trabalhar como médium numa instituição espiritualista (IEVE) que ficava em Ipanema (bairro nobre e rico do Rio de Janeiro). Nesse dia, era uma quinta feira aconteceu algo de extraordinário: uma cura milagrosa, que foi anunciada na semana seguinte. O nosso coordenador e dono do centro espiritualista disse: “quero comunicar e parabenizar a todos vocês, porque houve um milagre aqui na quinta-feira passada, eu não sei de qual de vocês foi o responsável por essa cura milagrosa”. Esse texto, não está completo...procurei fazer uma síntese para não cansar os meus leitores...em outra oportunidade conto outros detalhes inexplicáveis que não foram colocados nesse texto. Namastê...obrigado meu Deus! Prof. Bernardo Melgaço da Silva
Zé Ramalho: Quando eu fiz esta música eu criei esta palavra. Ela significa avô e pai. É uma espécie de homenagem ao meu avô, que foi a pessoa que me criou. Ele fazia o papel de avô e de pai. Meu pai morreu muito jovem, nos açudes do sertão, morreu afogado quando eu era garotinho. Então foi meu avô que me educou, foi quem me ensinou a seguir o caminho do bem, a batalhar minhas coisas. Eu me inspirei na imagem dele. E me chegou a palavra [avohai]... Ao mesmo tempo ela é interpretada pelas pessoas que a ouvem das mais diversas formas. É uma coisa muito mística também, representa a continuidade da espécie, ou seja, passar a sabedoria de uma geração para a outra... O avô passa para o pai, que passa para o filho e aí por diante...

sábado, 13 de julho de 2013

Avôhai! - José do Vale Pinheiro Feitosa


Quase todas as semanas, às vezes duas vezes numa mesma semana, cruzamos com Zé Ramalho no Calçadão de Ipanema. Nós indo na direção do Leblon e ele em companhia de uma mulher em sentido contrário. Vem num passo firme. Alto e ereto como um caminhante destemido em conquista de alguma luta descomunal. Com os cabelos penteados para para trás, aquela cabeleireira de caboclo, ondulada com se assentada por um invisível chapéu de couro

E aquele passo de olhar para diante como se visse no horizonte o objeto de sua conquista e a presa de sua caçada. Segue sem olhar para os lados. Sem nos enxergar, não tomando fé do entorno que se multiplica em volta daquela senda de ar deslocado pelo forte caminhar dele. Zé Ramalho marcha como um soldado, mas esta marcha parece ser um atrapalho para que não se perceba muito por trás daquela aparência um caminhar de vaqueiro desmontado. 

Mas o vento que Zé empurra de calçadão adiante é aquele que gostaria de falar para o povo do meu cariri. Que deve ao Brasil ter feito em música o que Zé Ramalho fez. Rompeu a cratera do vulcão para que o magma descomunal da cultura sertaneja rompesse a mesmice da MPB.

Como este Avôhai. Acompanhando sua musicalidade pop e sua poesia rememorativa por palavras e frases, Zé Ramalho fez do velho e do presente uma permanência inevitável em todos os tempos. Assim como seu Avôhai carregando a força da musicalidade nordestina, a fala das brenhas dos sertões numa arte que toda a cidade compreendeu.

Como desejei que o Cariri fizesse o mesmo. Fizesse do mundo da memória um vulcão de expressões que compreendam as agruras desta desgraçada e complexa vida urbana. 

Avôhai.  

A Praça Deserta - José do Vale Pinheiro Feitosa

E lá venho em meu caráter renitente a esse banco vazio de uma praça da minha cidade. É noite de sábado, mas em minuto algum desta noite ela se encheu de gente como no passado.

Estão todos no Facebook, em frente às telas iluminadas das televisões, deixando vazios um, dois, três, quase todos bancos e apenas um ocupado, esse em que me sento.

Mas venho com esperança do humano. Não me falem em passado e nem em futuro. Basta ser vivo para ser presente. Acho um horror aquela frase que diz ser o jovem o futuro. Conversa de conservador querendo guardar seu privilégio de há muito que domina.

E venho como aquele personagem da canção do Milton Nascimento que todos os dias vem esperar o trem que nunca passa. Mas enquanto solitário nesta noite de sábado, o silêncio me faz ouvir o clic das pequenas sementes pretas que caem do cimo das palmas que adornam a praça sobre o mosaico do seu piso.

Um Crato inteiro sumiu desta praça. Entrou profundamente dentro das furnas onde se comunica com o mundo todo, menos com a praça. Talvez resguardando seus peitos de balas das armas apontadas que lhes surrupiam os objetos de valor. Até os tênis de marca. Como se as armas não ultrapassem os portais das furnas.

E por isso meu caráter renitente. Vim à solidão da praça esquecida. Do esquecimento que a praça tem de gente. A amnésia das estrelas que já não enxergam os dedos que lhes contavam. A lua que olvidou todas as pessoas sumidas.


Vim para solidão para não esquecer de ninguém. Ninguém que nesta praça não se encontra.  

Assim como Renan Calheiros e Henrique Alves eu também já viajei num avião da FAB - José do Vale Pinheiro Feitosa

Antes da conversa começar uma lembrança de um fato passado: alguém aí no Crato, agastado por minhas críticas políticas, andou espalhando que eu fora figura importante na saúde do PSDB e depois, por oportunismo, me aliara à oposição vitoriosa. Foram notas dissimuladas nos blogs da região, cuja verdadeira versão assim como a fonte do boato eu apenas soube por um e-mail revelador. Eu nunca fui nem do PMDB dos tempos áureos de cuja costela saiu o PSDB mas ocupei cargos de confiança em diversos governos, desde Sarney, passando por Brizola no Rio, depois com Jatene nos governos Collor e no primeiro Fernando Henrique. E foi aí no governo FHC que andei numa aeronave da FAB.

Vi o amanhecer de Brasília na Base Aérea esperando um avião do modelo Avro, um velho turbo-hélice que vinha da Base Aérea do Galeão. Destino: Marabá no Pará. Quatro horas de voo até pousar. Além de quadros de vários ministérios do governo FHC, ia um batalhão de repórteres.

Cinegrafistas, repórteres de televisão, gente do rádio, jornais e revistas. Viajava com uma quantidade imensa de rostos conhecidos da televisão. Todo mundo pago pelo governo, numa aeronave da FAB. E sim, todas as grandes cadeias de jornalismo, com a Globo à frente, Bandeirantes, SBT e outras mais além da revista Veja, Isto É os principais jornais de Brasília, São Paulo e Rio. E, claro, grandes rádios.

Eu fora enviado pelo Ministério da Saúde sem saber exatamente qual era a missão. Mas como tinha delegação para analisar qualquer demanda estava tranquilo naquele ambiente ambíguo e impreciso. Por volta de uma hora estávamos todos, autoridades e imprensa hospedados nos mesmos hotéis e à noite em rodas comuns.

Eu tinha um amigo entre os quadros do governo, a missão era do Ministério da Reforma Agrária e este amigo era assessor direto do Raul Jugmann,  então ministro e hoje destacado quadro do PPS do Roberto Freire. No dia seguinte o ministro chegou num jatinho da FAB e fomos em duas aeronaves, a elite no jatinho e o rebotalho no turbo hélice até São João do Araguaia.

Logo após o pouso foi toda a excursão até um assentamento de agricultores e ali vimos a “maravilha da obra de reforma agrária” do governo FHC. Tudo funcionava. Raul Jugmann mostrava força, uma esquadra de representantes de todos os ministérios estava ali para salvar os trabalhadores sem terra.

Depois foi um banquete com os peixes da Amazônia, carnes de gado à vontade e a presença de todos os prefeitos da região e o Raul juntando força contra alguém ou algo. Foi um discurso de união para organizar a reação. Que era previsível mas não dito às claras.

No dia seguinte, em Marabá, após o café da manhã eis a cereja do bolo. Num auditório do INCRA Raul reuniu-se com representantes do MST e na presença de toda a imprensa que viajava às expensas do governo, armou a arapuca para expor as reinvindicações dos trabalhadores com mero sectarismo.

Olhe que aquela manobra ocorreu após aquele massacre de Eldorado dos Carajás executado pelo polícia do Pará então governado por um político do PSDB. Logo depois Raul com seus assessores subiram no jatinho e rumaram para Brasília e nós almoçamos para começar a longa e demorada viagem de volta naquele turbo-hélice dos anos sessenta. Chegamos a Brasília por volta de onze horas.

O pessoal da imprensa ainda tinha energia para piadas e brincadeiras, mas sinceramente tive pena de todos nós a serviço de uma causa anti-democrática que era desmoralizar um legítimo anseio por inclusão econômica da gente do campo e que os governos vêm apenas como baderneiros. E que o agrobusinesse tem horror como tem às reservas indígenas. Como as empreiteiras têm dos terrenos que poderiam se tornar parques para o lazer nas cidades tensas e atulhadas.  


Do mesmo modo que ventríloquos nas redes sociais movem suas mandíbulas pelos mesmos cordões que fazem parte dos voos da FAB.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

"Tênue fronteira" - José Nilton Mariano Saraiva

O que se observou, nas recentes manifestações populares, é que por muito pouco não foi ultrapassada a tênue fronteira entre Democracia X Anarquia. É que, em nome de um regime que se nos apresenta como “do povo, pelo povo e para o povo”, alguns dos manifestantes extrapolaram na exteriorização do que achavam ser de direito, faltando com o respeito ao oponente e quem se lhe antepusesse à frente. Afinal, provocar e denegrir a tropa que cuida de proteger as pessoas (polícia) e posteriormente reclamar da reação; atentar contra o patrimônio público e privado (depredando a torto e a direito); impedir o ir e vir das pessoas (impossibilitando-as de ir ao trabalho e receber por isso); bloquear vias importantes por onde escoa a produção nacional, e por aí vai, não é bem um “ato democrático”. Claro que o trabalhador tem o direito (assegurado pela própria Constituição Federal) de fazer greve, de manifestar-se livremente, de exigir um melhor tratamento das autoridades constituídas, mas, tudo isso, dentro dos limites da racionalidade e da razoabilidade. E, definitivamente, não foi o que vimos. Estivemos, sim, às portas do regime anárquico, o que não é recomendável.
A propósito, confira, abaixo, texto do filósofo Platão sobre a Democracia, pela qual, tudo indica, não tinha muito apreço, embora dentro de uma argumentação razoavelmente consistente:
“...O pai se acostuma a tratar o filho como igual e a temer as crianças (...), que não têm mais respeito nem temor pelos pais, por se julgarem livres (...). O mestre teme e adula seus alunos e estes zombam de seus mestres e preceptores.  (...) os jovens vêem os velhos como iguais e os agridem, com palavras e atos; os velhos, por seu lado, para agradar os jovens, fazem-se debochados e ridículos. (...) os animais parecem-se com seus donos; e, assim, vêem-se cavalos e asnos, acostumados a passear livres e soberbos, empurrar pelas ruas os transeuntes que não lhes cedam passagem”.
Como se vê, e segundo o autor “...Platão é implacável com a democracia. Apresenta-a como o regime do abuso, da leviandade, da permissividade. Ela se acomoda a tudo: ao desinteresse dos cidadãos pelo que é comum, a instituições de qualquer outro regime, a todos os gêneros de vida. Mais que um excesso de liberdade, reina nela a licença, em todos os registros. Ela penetra na vida das famílias e contamina, segundo diz, mesmo os animais”.

E você, aí do outro lado da telinha, o que pensa ???

quinta-feira, 11 de julho de 2013

"Deboche" - José Nilton Mariano Saraiva

Como todos tiveram oportunidade de observar, as manifestações que irromperam por esse Brasilzão afora, objetivando “acordar” o Governo para demandas reprimidas, calaram fundo não só no seio da população, mas, principalmente, na seara política. Assim, não mais que de repente, os “mafiosos” com assento no Congresso Nacional (há exceções, evidente) trataram não só de por as barbas de molho, mas, também, de elaborarem às pressas uma providencial e oportunista “agenda positiva”, que consistiria em desenterrar e por em votação velhos projetos de há muito apresentados.
Entretanto, após os ânimos serenados e a poeira assentada, aqueles que vulgarizaram a nobre atividade política, transformando-a numa bem remunerada profissão, parecem ter “voltado à normalidade” e esquecido as tais “vozes roucas das ruas”. Assim, de novo legislando em causa própria, decidiram implodir a proposta do Executivo (presidenta Dilma Rousseff) de realização de um plebiscito visando processar uma reforma política de peso, que, certamente, cortaria privilégios do Legislativo, destacando-se: fim do financiamento de campanhas por parte de grandes conglomerados (que a posteriori sempre são ressarcidos através de licitações fraudulentas e outros mimos); recaal político, uma espécie de “cassação do mandado” por parte do próprio eleitor, ao constatar a mudança de rota do parlamentar, e por aí vai.
Agora, passado tão breve interregno, pra provar que aquele primeiro ato não passou de grotesca dissimulação e que não estão nem aí para o que pensa o povão, suas “excelências” se negaram, terminantemente, a acabar de vez com essa verdadeira excrescência que é a figura do “suplente de senador” (dois para cada parlamentar, normalmente parentes ou financiadores de campanha) que, sem receber um único voto, assumem a vaga e as mordomias respectivas (hoje, 17 suplentes estão lá, usufruindo o bem bom).
E o mais incrível é que, tentando sair bem na foto, sem nenhuma desfaçatez ou respeito para com o eleitor, deram “repeteco” à dissimulação ao, sarcasticamente, sacarem da cartola sem fundo, como se fora algo imbuído de seriedade e um grande sacrifício,  a possibilidade de reduzir o número de suplentes de 2 para 1 e... fim de papo; acabar coam o penduricalho, jamais.

Trata-se, como se vê, de um verdadeiro deboche para com as “vozes roucas das ruas”, passível de retaliações futuras. 

A ideologia e a geopolítica pelas mentes colonizadas - José do Vale Pinheiro Feitosa

O comércio do Atlântico morreu? É chegada a hora do Pacífico? Tais perguntas estão na ordem da emergência do Japão nos anos 80 e da China nos tempos atuais. É notório que apenas nos últimos 300 anos o comércio do Ocidente foi maior do que o da China e da Índia. Todos esperam o retorno dos negócios aos centros históricos.

Mas existe a costa atlântica africana a abrir uma grande oportunidade. A própria América Latina desponta com enorme força na economia mundial e sua face mais exuberante se encontra no Atlântico. Em outras palavras os países exclusivos da costa do Pacífico por certo têm interesse geopolítico mas a era do Pacífico não explica tudo.

Então a chamada Aliança do Pacífico em contraposição ao Mercosul ou à Unasul não tem razão na geopolítica regional, mas tem na geopolítica dos Estados Unidos da América. E a questão não é se alinhar ou não à maior nação do mundo. A questão é se teremos ou não um destino próprio e com decisões tomadas internamente e não à distância e no interesse daqueles que já ganharam muito.

Nisso reside o papel ideológico das Revistas Veja, Época, dos grandes Jornais e das grande cadeias de Televisão a sustentar as benesses econômicas do Chile e a Aliança do Pacífico. Outro dia o possível candidato do PSDB, senador Aécio Neves, foi para a Argentina e nas páginas de um jornal de oposição advogar as vantagens relativas da Aliança do Pacífico.

O Chile é um país que tem um bom comércio exterior e nisso reside a menina dos olhos dos liberais, mas o Chile ficou aprisionado a uma situação grave: ele é um exportador de produtos primários ou dependentes de recursos naturais intensivos que em conjunto representam 87% das exportações chilenas. Isso quer dizer metais não ferrosos (o cobre é sua espinha dorsal), carnes e pescados, produtos de lavoura, celulose, bebidas (o vinho) e por aí vai.

Do mesmo modo que o Brasil o Chile esteve bem quando o preço das Commodities estiveram bem. Só que o Brasil tem um mercado interno importante e uma base industrial igualmente poderosa. Em parte o sucesso das exportações do Chile se deveu ao encanto das vantagens de livre comércio especialmente estimuladas pelo velho desejo americano de criar uma zona continental de livre comércio para funcionar sobre a liderança dele e assim fazendo sombra ao crescimento Chinês, Japonês e até Coreano.

Mas tudo se torna fantasia quando a realidade da crise não sustenta os sonhos geopolíticos. O EUA já não são mais o destino principal dos produtos chilenos transferindo parte para a China e havendo crescimento do Brasil e do México. Agora fica muito difícil aquele projeto imperialista de dominar o quintal latino americano.

E principalmente se tornará se as economias da América do Sul se integrarem mais e se o bom combate ao pessoal vendido ao império for consequente. Temos que avançar mais na unidade e reduzir ao máximos provocações do tipo Aliança do Pacífico. Isso não significa perder o comércio do Pacífico. Ao contrário é apenas retirar as amarras imperiais desse comércio.


Aliás a autonomia latino americana será muito boa para a convivência com os EUA e suas interferências golpistas na vontade popular. Uma América Latina com economia forte será ruim para modelos imperialistas, mas será, por outro lado, uma relação de sustentabilidade muito mais duradoura do que este atual modelo instável e predatório, especialmente da natureza. 

Descobrindo Luís Augusto Cassas por sugestão de Everardo Norões.

O AMOR

somos um livro

está tudo escrito
no dna do espírito
nas cartas astrológicas
nos meridianos dos corpos
na íris dos olhos
no alfabeto do infinito

nosso contrato de risco
é escapar ao inaudito
(as garras do hipogrifo)
e escrever c/fogo e luz
no espaço em branco dos capítulos
o nosso mito

Luis Augusto Cassas

Se sou amado,
quanto mais amado
mais correspondo ao amor.

Se sou esquecido,
devo esquecer também,
Pois amor é feito espelho:
-tem que ter reflexo.
Pablo Neruda
Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te. Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.
Pablo Neruda


Grandes duplas!








Agora, o "Judiciário" - José Nilton Mariano Saraiva

As recentes manifestações que abalaram a República, sem que tenha sido possível identificar seus idealizadores (porquanto geradas nas redes sociais) tinham destinatário certo e endereço conhecido: a classe política, no Legislativo e Executivo, em Brasília. 
Fato é que a grita sobre a corrupção na esfera política ecoou tão fortemente nas ruas que, ao pressentirem a gravidade da situação, de pronto os Deputados e Senadores “lembraram” de um sem número de projetos que dormitavam nas gavetas e escaninhos da vida. E aí, tivemos algo inusitado: “suas excelências” participando de reuniões plenárias, grupos de trabalho, comissões disso e daquilo, e isso durante os cinco dias úteis da semana, quando o “normal” para eles - e só para eles – era comparecer ao expediente somente as terças e quartas-feiras (viajam na quinta e retornam a Brasília na segunda). 
O Executivo, por sua vez, igualmente acusou o golpe, tanto que a presidenta Dilma Rousseff se valeu da TV para sugerir, em cadeia nacional, a realização de um plebiscito objetivando uma reforma política (hoje, baixada a poeira, os congressistas já boicotaram a iniciativa presidencial). 

Estranhamente, entretanto, o outro poder constituído, o "Judiciário", não foi sequer lembrado. E o nosso Judiciário definitivamente não é flor que se cheire, tantas são as decisões em favor de uma casta de privilegiados, e em desfavor dos menos favorecidos.  Só dois fatos ilustrativos, por falta de espaço: 1) em Brasília, por falcatruas, num mesmo dia o banqueiro Daniel Dantas é trancafiado duas vezes por determinação do Juiz Federal Fausto de Sanctis; de pronto (em ambas), o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, atropelando os ritos processuais, manda soltá-lo (antes, o banqueiro já houvera confidenciado aos advogados que não se preocupassem com os tribunais superiores, porquanto lá ele resolvia); 2) em Fortaleza, o ex-presidente do BNB, Byron Queiroz, é “agraciado” pela Justiça Federal com três condenações (14 anos de prisão, em todas elas) em razão das portentosas e comprovadas fraudes quando geria o BNB; apela ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife-PE, onde é absolvido POR UNANIMIDADE.  
Partindo do pressuposto de que Juízes Federais embasam suas decisões em provas robustas e consistentes, salta à vista que por trás de tais anomalias se escondem corruptores e corrompidos por excelência.  
Assim, urge que os holofotes sejam direcionados ao “Judiciário”. Tentemos abrir essa caixa-preta. 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

11 de julho de 1973...





Eu lembro desse dia...


As luzes estão acesas. Ele voltou.
Quando chegou, seus braços se abriram para mim, como de um Cristo Redentor.
Victor  é mel!

O Ômega 3 no óleo de peixe das águas geladas - José do Vale Pinheiro Feitosa

Vá que as meizinhas de nossas rezadeiras, os chás de nossas avós, os rituais dos xamãs não se enquadrassem no script exato da racionalidade e da pesquisa científica cujas dúvidas e assertivas a maioria segue. Mesmo assim seja por rejeição ao modelo comercial vigente, seja por acreditar mais nas coisas naturais do que industrializadas ou seja pela profunda umbilicação com o tempo da cultura, a verdade é que muita gente aceita as curas tradicionais.

Em parte há uma desconfiança bastante razoável com as práticas enganadoras, de fetiche da mercadoria, da promessa da panaceia entre médicos e laboratórios, entre profissionais de saúde e a estratégia de “vender mais e melhor o seu peixe”. A febril mercantilização da saúde se tornou na patologia e na insanidade subjacente e ameaçadora a requerer mais e mais gastos diretamente do bolso das pessoas.

Revistas, programas de televisão, especialmente no horário das famílias, seja de manhã para atingir as mulheres em casa ou aos domingos no Fantástico, vivem de apresentar “estilos”, “técnicas”, “medidas”, “necessidades” de coisas novas e desconhecidas sem as quais não haverá amanhã para ninguém. É uma prática enganosa, irresponsável e sem validação externa que garanta a responsabilidade científica de tudo isso. Mas conseguem o efeito: gera uma demanda permanente nas famílias.

E pensei nisso tudo ao atravessar de barco a distância entre a ilha de Chiloé e o Continente numa região ao sul do Chile. E pensei não apenas com a dinâmica intelectual. Pensei por intenso estímulo olfativo. Um fedor de carnes apodrecidas, com olores de animal oriundo do mar que se expandia por todo o ambiente do barco e penetrava o carro, apesar dos seus vidros fechados.

Fedia como fedeu o e-mail que uma colega médica recebeu de outra profissional. Esta última enviou um e-mail indignada para um conjunto de colegas com uma reclamação que torna grave a mercantilização da medicina no Brasil. E olhem que o mal cheiro no barco da travessia vinha de uma grande carreta com enorme carroceria em forma de baú. O caminhão ficava um pouco depois do nosso carro. Era um caminhão perfeitamente legal, destes que rodam todas as estradas do mundo levando mercadoria de um para outro lugar.

Ao ler o e-mail daquela colega, minha amiga viu estarrecida que aquela denunciava a ameaça que tinha recebido de um representante de laboratório que dizia o seguinte: a nossa auditoria interna identificou que a senhora não tem prescrito o nosso medicamento e que, ao contrário, tem feito escolhas pelo medicamento do nosso concorrente. Isso não fica bem pois acabamos de oferecer um cruzeiro marítimo para a senhora.

Imediatamente me veio a comparação entre a carga podre daquele caminhão em Chiloé na travessia do Catamarã e o Transatlântico carregado de médicos às expensas de um laboratório. Tudo transpirava o mesmo odor, e a médica havia suspeitado daquilo tudo. Ela era matéria prima para o lucro da Indústria Farmacêutica. E mais revelador ainda, com uma suspeita digna de um Snowden: como a empresa tomara conhecimento da prescrição da médica? Teria controle das farmácias ou das informações geradas pelas receitas controladas para a Vigilância Sanitária?

E tudo poderia se voltar ao Xamã quando ele ainda não fora aprisionado ao “mercado” como aqueles panfletos que vendem a “Madame” que traz o namorado de volta. Acontece que o Congressos dos profissionais de saúde são máquinas dos laboratórios e da indústria de equipamentos. Não são congressos científicos, são feiras para vender produtos. Assim como as ofertas para ouvir de graça um grande especialista pago pelo laboratório e logo em seguida um bom jantar num caro lugar.

O caminhão que fedia na travessia entre Chiloé e o Continente estava com carga plena de vísceras de salmão. As vísceras iriam para uma indústria multinacional que alguns meses depois estaria com seu produto devidamente embalado e tornado atraente nas prateleiras das farmácias do Brasil. Assim como os profissionais de saúde que se imaginam dominando o processo do seu conhecimento.


Logo de manhã despeja-se na palma da mão para que possa ser enviado diretamente à boca e em seguida deglutido com um copo de água. Aquela capsula dourada do óleo de salmão. O óleo do peixe das águas frias: criado em cativeiro, comendo ração e enganado para ovular.    

Por Rosa Guerrera

 
É triste , muito triste e desolador a gente encarar o marchar dos dias atuais, quando as manchetes das tvs e dos meios de comunicação retratam a crescente onda de violência e de impunidade que assola o nosso país.
Os crimes mais hediondos , os latrocínios , os homicídios , os estupros , a falta de respeito aos velhos e a inocentes crianças são coisas rotineiras no nosso dia a dia .
O pavor de caminhar a noite por ruas desertas, de sermos mortos por um moleque qualquer , assaltos a casas comerciais , a bancos, a industrias, mulheres brutalizadas, crianças violentadas , policiais assassinados no cumprimento do dever ,infelizmente é a imagem que temos diante de nossos olhos e da nossa impotência .
Muitos afirmam que esse quadro horripilante é consequência da falta de Deus em muitos corações.
Eu diria no entanto que toda essa situação provém de uma simples "canetada " por parte de autoridades que poderia modificar as caducas leis, as ultrapassadas Leis , que urgentemente precisam ser mudadas no nosso país. Se o menor com 16 anos tem direitos como cidadão de ir às urnas e colocar o seu voto , porque não teria ele , muitas vezes assassino frio , calculista , estuprador, viciado em drogas, também ser julgado como cidadão adulto , com direito a prisão e a pena de anos num cárcere ?
É como falei antes : bastaria uma canetada e tenho certeza que muita coisa seria resolvida dentro da lei
Mas enquanto o assunto de maior importância no momento for o futebol , a Copa , as construções caríssimas das "arenas " e os bilhões gastos com toda essa ornamentação .....a saúde , a educação ,e a segurança pública vão sendo deixadas para segunda ou terceira opção .
E nós , os coitados e honrados cidadãos vamos continuar gradeando nossas casas , temendo a vida de nossos filhos, os assaltos em plenas avenidas e os mais bárbaros homicídios estampados diariamente nas grandes manchetes dos jornais .
E pensar que só bastava uma " canetada " para em grande parte começar a solucionar esse "problemão" que assola esse nosso Brasil tão lindo !