por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 20 de maio de 2012

Chico Feitosa (Chico Fim de Noite) - Compositor, Cantor, Violonista - José do Vale Pinheiro Feitosa

Chico Feitosa numa entrevista feita em conjunto com Durval Ferreira ainda no anos 90.

No dia primeiro de janeiro de 1935 nascia no Rio de Janeiro Francisco Libório Feitosa. Uma das estrelas da Bossa Nova. Dos primórdios, a bossa nova não foi apenas Garota de Ipanema, muito mais do que faixas de disco, uma voz e um violão, foi um movimento telúrico vindo da consolidação da classe média do pós-guerra, mas sobretudo, das raízes profundas do Rio de Janeiro. Não por acaso Chico Feitosa nasceu na rua do Riachuelo, onde a cidade viu João Pernambuco, por onde os músicos passavam. A vida da cidade corria.

Não sei se o Crato sabe, mas este homem, que era carioca da gema e aqui faleceu, que deu vida à cidade tinha uma banda vinda do nosso Ceará, dos Inhamuns. Chico Feitosa era filho de Alain Libório Feitosa, irmão de Pedro Libório Feitosa, pai, entre tantas pessoas destacadas da cidade, de Salete Libório. Salete é prima em primeiro grau de Chico Feitosa. Alain saiu da Aiuaba e veio fazer a vida por aqui, onde se tornou policial e quando o conheci estava na Polícia Federal. Alain tinha uma irmã que morava por aqui também e aqui faleceu, era a mãe de uma pessoa muito conhecida no Crato, caracterizada por um humor excelente e um grande brincalhão e gozador: Liborinho, casado com Diva ambos tinham um pequeno comércio em casa mesmo.

Chico Feitosa tem uma canção feita em parceria com Ronaldo Bôscoli que foi tão expressiva para sua carreira de músico que passou a ser chamado de Chico Fim de Noite a partir de uma brincadeira de Menescal. Era música na expressão da palavra e tinha uma voz muito boa. Já em 1956, Chico Feitosa frequentava as reuniões musicais no apartamento de Nara Leão, amigo de Ronaldo Bôscoli com quem fez vária canções. Neste ano foi assistente de produção do "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes, de quem também era secretário.

Em 1958 foi repórter do caderno de variedade do jornal Última Hora e participou do show de bossa nova no auditório do Grupo Universitário Hebraico, ao lado, entre outros, de Sylvinha Telles, Nara Leão, Carlos Lyra e Roberto Menescal. Neste ano sua música "Sente" em parceria com Ronaldo Bôscoli) é grava por Norma Bengell. O Coral de Ouro Preto gravou "Fim de noite", daí advindo seu apelido de Chico Fim de Noite. Dóris Monteiro gravou Fim de Noite. Trabalhou na revista "Sétimo Céu", participou dos shows de bossa nova realizados no Rio de Janeiro. Esteve no famoso "Festival da Bossa Nova" realizado em 1962 no Carnegie Hall (Nova York, EUA), interpretando a canção "Passarinho", de sua parceria com Marcos Vasconcelos. Ainda nesse ano, sua canção "O amor que acabou" (c/ Lula Freire) fez sucesso na gravação do Tamba Trio.

Em 1966, gravou o LP "Chico Fim de Noite apresenta Chico Feitosa", lançado pelo selo Forma. Suas canções feitas em parceria com Bôscoli, Luiz Carlos Vinhas, Nonato Buzar, Marino Pinto, Marcos Vasconcellos, entre outros compositores foram gravadas por Sérgio Mendes, Luiz Bonfá, Baden Powell, Pery Ribeiro, Alaíde Costa, Elza Soares, Wilson Simonal, Tim Maia, Maysa, Elza Soares, Maria Creuza, Marisa Gata Mansa, Tamba Trio, Sérgio Mendes e Maria Bethânia.

Algumas canções de Chico Feitosa: Fim de Noite, Meu Jeito Novo de Amar, O Amor que Acabou, Amor incopado, Bom barquinho, Canção do olhar amado, Castigo, Cheirinho, Complicação.

Faleceu no dia 31 de março de 2004.

PS - Existe um outro músico chamado Chico Feitosa, nascido em Oeiras no Piauí.


De todas as versões da Fim de Noite e foram tantas, esta foi uma das melhores na voz de Maysa Matarazzo. 

Na rádio azul


"Chega de saudades"- socorro moreira



Saudades presentes
Meu pai, minha mãe
Saudades recentes
Você, meu irmão

Sinto-me viva
Embora um tanto estranha
È que mudo a cada dia
Ou me acrescento de sonhos


Quero a eternidade já...
Antes que a chuva caia e me adormeça
Antes que eu encontre a rua lavada
O mato crescido...
- Caminho sem direção

Quero muito viver o presente do destino:
Amor sem separação.

A "construção" de um candidato - José Nilton Mariano Saraiva

Assim como o “LEITOR” expedito há de ter a perspicácia de encontrar “detalhes” incertos nas entrelinhas de um texto a fim de compreender o conjunto da obra, ao “ELEITOR” cabe a tarefa de entender que na “construção” de uma candidatura política se escondem inusuais nuances. Sim, porque como no serpentário que é a arena política vige a desfaçatez, a hipocrisia e o cinismo, com toda a gama de conseqüentes resultados propiciados, o terreno torna-se fértil para variadas elucrabações ou à semeadura de culturas às mais exóticas.
Aqui em Fortaleza, por exemplo, todos os dias surgem especulações sobre se será mantido ou não o acordo que já vige há anos entre a atual prefeita da cidade (Luizianne Lins) e o Governador do Estado (Cid Gomes), cujos grupos se apoiaram mutuamente nas respectivas eleições pretéritas (para a Prefeitura e para o Governo), o que foi fundamental para o sucesso de ambas as empreitadas.
Só que, agora, às vésperas das eleições municipais, a cultura endógena foi posta de lado e surgiu um fator exógeno, uma célula cancerígena por demais perigosa, que poderá “melar” a união governador/prefeita: é que, como está desocupado já há bastante tempo, o irmão do Governador, Ciro Gomes, arranjou com o próprio para que fosse nomeado “consultor” do PSB (regiamente remunerado) embora ninguém saiba o que na prática isso significa.
Fato é que, como não existe detalhamento ou exigências do que fazer na nova função, o governador acabou por ganhar um “inimigo-íntimo” com potencial para lhe criar sérios problemas.  Explica-se: pressentindo que o irmão mais novo começa a afrouxar o laço, que as rédeas da coleira de repente folgaram, o irmão mais velho resolveu obstar tal perspectiva, não permitindo que o “caçula” liberte-se do seu jugo (já que responsável pela “construção” política de todo o clã Ferreira Gomes: a ex-mulher e mais dois irmãos lhe devem o acesso à vida publica e, por extensão, aos polpudos salários que recebem).
Autocrata de primeira hora, prepotente, arrogante e não acostumado a ser cobrado ou questionado, Ciro Gomes entende que, mesmo sendo Cid Gomes o presidente do PSB, ele é que tem que mover a peça determinante do xeque-mate que definirá que o partido lance candidatura própria à Prefeitura de Fortaleza; portanto, o acordo entre o PT e PSB estaria a equilibrar-se no fio da navalha. E a sinalização do Governador, por excesso de respeito ou por reconhecer a ascendência do irmão sobre todo o clã, é de que entendeu o recado, já que teria baixado a guarda e passivamente admitido as novas regras impostas. 
Isso posto, num primeiro momento, enquanto fala de “fidelidade” e faz juras de amor no tocante à aceitação do candidato do PT e da Prefeita, Cid Gomes trata de lançar “balões de ensaio” de uma possível candidatura do PSB, borrifando a discórdia e embaralhando o quadro sucessório. Primeiramente, se falou no nome de Camilo Santana como candidato preferencial (que parece não ter entusiasmado); depois, surgiu o nome do neófito Deputado Roberto Cláudio, atual presidente da Assembléia (e outros virão).
Só que tais figuras não passam de “bucha de canhão”, autênticos “bois-de-piranha”, porquanto o verdadeiro “queridinho” dos irmãos Ferreira Gomes parece ser o senhor Ferrúcio Feitoza, até outro dia um ilustre desconhecido de gregos, cearenses, troianos, moicanos e por aí vai.  O que fazer para tentar viabilizá-lo junto à mídia e à população, já que um desconhecido ??? Ora, como Fortaleza será uma das sedes da Copa do Mundo, em 2014, simplesmente colocá-lo como Secretário Estadual Especial para a Copa do Mundo, encarregá-lo de cuidar da reforma do Estádio Castelão (única e exclusivamente), delegar poderes para que represente o Governador em reunião da FIFA e, mui principalmente, abarrotá-lo de dinheiro, muito dinheiro, dinheiro a perder de vista, a fim de que, em tempo recorde, surja como o primeiro do Brasil a cumprir o cronograma da FIFA, entregando a “Arena Castelão” antes do prazo. A partir daí, usar de forma competente a mídia (onde o Secretário tem amigos em postos chaves) objetivando mostrá-lo como um gestor jovem e competente, um administrador sagaz e dinâmico e, portanto, capaz de gerir a própria cidade de Fortaleza. Tai, como se constrói um candidato, vapt-vupt.  Ou será que se o senhor Ferrúcio Feitoza fosse responsável pela esquálida Secretaria da Agricultura ou da Pesca, teria o mesmo destaque, o mesmo generoso espaço midiático ???
Mas...será que administrar uma cidade complexa e do porte de Fortaleza, guarda alguma similitude com o se administrar a reforma de um mero estádio de futebol ??? Ou, ainda, será que outra pessoa, um técnico, colocada na mesma função hoje exercida pelo “queridinho” dos Ferreira Gomes, não teria feito igual ou melhor, em lhe sendo garantida a mesma montanha de dinheiro, o mesmo oceânico fluxo monetário, a mesma exposição na mídia  ???
Ante o exposto, não tenham dúvidas: a aliança PT/PSB dificilmente vingará aqui em Fortaleza, de vez que o candidato do Governador à Prefeitura de Fortaleza tende a ser o agora “midiático” Ferrúcio Feitoza. A não ser – e prestem atenção nesse “detalhe” - que o ex-presidente Lula da Silva e a atual presidenta Dilma Rousseff entrem no jogo e convençam Cid Gomes a não participar da “conspiração” arquitetada pelo mano Ciro Gomes (ainda hoje um pote até aqui de mágoas por não ter conseguido ocupar o Ministério da Saúde, seu objeto de desejo).
Agora, uma particularidade: existem rumores de que o PT aceitando o candidato imposto pelos Ferreira  Gomes, aqui em Fortaleza, o Governador (ou o PSB) abdicaria de lançar candidato no Crato, apoiando “full time” o candidato que o PT cratense indicar. E agora, José ???   

Por José do Vale Pinheiro Feitosa


Ânfora

Quando revolveres os guardados delas,
Lembre-se de tudo acontecer no singular,
Elas não gostam de generalidades,
São únicas, especialmente ela,
Não apenas ela,
Sobretudo ela,
Monoteísta,
Ela
A

Por Socorro Moreira



A compreensão da vida está para a morte

Assim como

A compreensão do amor está para a vida.

Agora , nesta quase madrugada ,

nem choro nem vela ...

Apenas uma tristeza amarga

com relação à morte que me espera.

Morrer é perder a consciência humana,

e ganhar a consciência eterna ?

Morrer é viver a inconsciência

É ficar em tudo e em todos

Pontos do universo.

Um foco maior nos atrairá

Um foco menor mantém a esperança

de reencontro e iluminação.

Namorar-te !- por Socorro Moreira

No passado eu derramei meu lirismo
Hoje sou empática com os enamorados,
na qualidade de errante...

Enamorados do mundo , da vida ,
da lua , e de toda casta ...
No fundo , e na superfície,
queremos paz na emoção

Namorar é um estado de graça
- Namorar-te ... É arte !


Escutei do Nicodemos :
Sou um homem fiel
Meu desejo é infiel.

Por Socorro Moreira


Não vasculhes o coração de uma mulher
Sentimentos perdidos podem ressurgir ...
Laços que apertam papéis amarelados
Podem asfixiar o coração de uma mulher
Não vasculhes o momento passado
Fique com o olhar de encanto que ela te dedica ...

Ela é o  agri-doce da lágrima
Água doce estrelada
A bolsa e a mulher ...
É também a mulher e a vida !

Genial.


Endogenia
gera
Eu gênias?

(Nicodemos)

sábado, 19 de maio de 2012

Por : Socorro Moreira


A luz
seja do olhar
seiva do luar
seja difusa
nesta vida confusa
seja fria
lâmina que arbitra
seja forte
mesmo na hora da morte
seja opaca
quando o amor se apaga ...
- Conseguir descobri-la
na escuridão do nada.

Grande Nelson Cavaquinho!


ZECA IVO- Norma Hauer


Em 19 de maio de 1894 nasceu, aqui no Rio de Janeiro, José Ivo da Costa, que adotou o nome de ZECA IVO e assim ficou conhecido como compositor. Embora não marcasse muito nosso cancioneiro popular, foi autor de alguns sucessos, como “Tristeza de Gaúcho”, isso porque, embora carioca, viveu muitos anos no Rio Grande do Sul.

Com temas gaúchos, ainda compôs “Gaúcho Velho”; ”Luar do Sul” e “Proeza de Gaúcho” . .

Regressando ao Rio de Janeiro, aqui fez parceria com Jota Machado compondo “Mês de Maria”, gravado por Francisco Alves; “Ondas Curtas” , com João Freitas (sendo esta a primeira gravação de Orlando Silva); “Jardineiro do Amor, com Custódio Mesquita e “Última Carta de Amor”, com Benedito Lacerda. Ainda com tema gaúcho compôs, com Ary Barroso, “Meu Pampa Lindo”.

Zeca Ivo gravou também com Pedro Celestino (irmão de Vicente), “O Guasca” e “A Vida é um Inferno, onde as Mulheres são os Demônios”, um fado-toada feito em parceria com Lamartine Babo. Com Laís Areda, uma cantora que foi companheira de Vicente Celestino, antes de seu casamento com Gilda de Abreu, Zeca Ivo gravou a canção ´”Órfão de Amor”. Com Sílvio Caldas, gravou o samba “Última Carta de Amor” e com Augusto Calheiros a valsa “Quero-te Cada Vez Mais”.

Visitou vários estados do Brasil integrando grupos teatrais ou sozinho, realizando recitais de poemas e canções.

Podemos considerar “Mês de Maria”, gravada, por Francisco Alves, a música mais conhecida de Zeca Ivo aqui no Rio de Janeiro, quiçá no Brasil.

Zeca Ivo faleceu aqui no Rio de Janeiro no dia 19 de fevereiro de 1964, sem completar 70 anos.

JOÃO DA BAHIANA- Norma Hauer



Foi há 124 anos que nasceu ,no dia 17 de maio de 1887, João Machado
Guedes, que ficou conhecido como JOÃO DA BAHIANA.

Como outros de sua época, deixou sua marca em nossa música popular.

Sua família era da Bahia (daí o nome como ficou conhecido) mas ele, de todos os 12 filhos, foi o
único que nasceu aqui no Rio. Desde criança freqüentava rodas de samba e,no final dos anos 10 passou a relacionar-se com Pixinguinha e outros bambas da época, sendo convidado por Pixinga para ir à Europa, com os"Oito Batutas".

Negou-se por estar, naquele momento, ocupando um cargo de Fiscal da Marinha; isso em 1922.

No ano seguinte começou a compor. Trabalhou no rádio (provavelmente a Clube do Brasil, a segunda emissora a funcionar no Rio) e em 1928, já compondo, passou a ritmista e daí a fazer parte de alguns conjuntos foi um passo.

Dois desses conjuntos foram importantes nos acompanhamentos dos cantores que começaram a gravar a
partir do final dos anos 20:"Guarda Velha" e "Diabos do Céu".

Fazia parte do grupo que freqüentava a Casa de Tia Ciata na Praça 11, com Pixinguinha, Donga, Sinhô e outros sambistas. Esse mesmo grupo se reunia na antiga Pedra do Sal uma escadaria na subida do Morro
da Conceição,que hoje tem o nome de Largo João da Baiana, mas que não deixa de ser uma escadaria toda torta.

Ficou algum tempo afastado até que Almirante,em 1950,convidou-o para um novo "Grupo da Velha
Guarda" e, em 1968 gravou, com Clementina de Jesus e Pixinguinha um LP denominado "Gente da Antiga", dirigido por Hermínio Bello de Carvalho.

As composições mais famosas de João da Baiana
foram: "Pelo Amor da Mulata";"Mulher Cruel"; “Pedindo
Vingança";"O Futuro é uma Caveira"e"Batuque na
Cozinha".

Porém a música que
mais o projetou e teve inúmeras gravações, foi "Cabide de Molambo".

João da Baiana
faleceu em 12 de janeiro de 1974, aqui no Rio de Janeiro, sem completar 87
anos.

Norma Hauer

sexta-feira, 18 de maio de 2012



por socorro moreira


Um chinelo sem pés denunciam a tua ausência
Um chinelo sem pés firmam a tua presença.

Arrumo pequenas coisas
Procuro cheiro nos cantos
Na fronha do travesseiro
Encontro!

Panela no fogo, arroz sete grãos
Cadeira vazia, e as horas passando
Esperas serenas... Faltam  muitos anos?

Reviro a casa pra fazer barulho
A porta do quarto acorda a distância
O vício de amar é quase instantâneo.

Crato nublado
Nuvens perderam o branco
Chuvisco na roupa
Meus sonhos em pranto
Sorrindo sozinha...
Por que sofro tanto?

- Penélope esperou vinte e tantos anos...

Eu quero que o tempo corra
E quero que ele pare
Como não mando no tempo
Espero que ele passe...



Daqui a pouco chegam as eleições. Quem são os nossos candidatos?
Pergunta de Zé do Vale prestes a ser respondida. As definições serão anunciadas, mas já temos alguns avisos. Nosso blog tem natureza artística, mas existe arte sem engajamento político?
Viva a democracia!