Empresas em Comunhão 19:54 @ 02/11/2008 Empresas em Comunhão Aliando o princípio espiritual “Que todos sejam Um” à doutrina da Economia de Comunhão, que envolve já oitocentas empresas em todo o mundo, o Movimento dos Focolares reúne hoje mais de quatro milhões de seguidores. Em Portugal, dez empresas trocam a “cultura do Ter” pela “cultura do Dar”, seguindo preceitos éticos de uma gestão responsável 2 comentários | publicado por Riozo CAMINHAR SOBRE A ECONOMIA COM CORAGEM 22:35 @ 24/10/2008 (http://www.grupos.com.br/blog/economiadecomunhao/permalink/27302.html) A reflexão a seguir deseja mostrar a necessidade de se criar um espaço para dar condições de formar as pessoas, particularmente os executivos que participam da Economia de Comunhão. Diante dos grandes desafios que esse Projeto propõe é necessário que o executivo seja formado nesta visão, para que seja ao mesmo tempo conceitual e prático. Que consiga bons resultados, ser excelente técnico e possa desenvolver todos os aspectos da espiritualidade da unidade nos processos humanos de desenvolvimento. Evidencia-se esta falta de formação, quando observamos o uso de frases como estas: “ninguém é perfeito”, “cada um tem o seu estilo”, “todo mundo faz assim”, “não há clima em nossa empresa para falar essas coisas”, “isso é fora da realidade”, “no nosso país não dá...”, “na teoria, tudo parece bonito, mas no chão da fábrica isso não funciona”, e assim por diante. Ou conclusões como esta: “Ele é um gênio técnico, mas é intratável como ser humano”. Tais premissas muitas vezes são usadas como pretexto, para não optarmos pela experimentação dos princípios da EdC, no dia-a-dia do mundo do trabalho; outras vezes servem para justificar falhas de formação e deficiências administrativas. Essas lacunas na formação geram conflitos internos nas pessoas, porque elas acabam vivendo valores diferentes nas várias atividades do ser humano, dificultando assim o desenvolvimento completo da experiência de Economia de Comunhão. Desse modo, acabamos nos acomodando com essas “deficiências normais” que prejudicam o desenvolvimento da experiência da EdC e tambem o nosso, como pessoa. Por isso precisamos descobrir uma maneira de crescer continuadamente, em formação e educação. Essa formação deve ir além da aquisição de conhecimentos técnicos, que são importantes e indispensáveis, mas não é suficiente; devemos formar a “pessoa por completo”, particularmente o “executivo” a fim de que seja competente em todos os aspectos da vida da empresa, que, na realidade, não deixa de ser uma conseqüência da sua vida pessoal. Essa conscientização e formação contínua nos dariam a sabedoria para implantar os aspectos da espiritualidade da unidade no mundo do trabalho, envolvendo todas as dimensões da vida empresarial, das mais simples, que podem parecer inexpressivas, até as mais complexas. Existirão as dúvidas porque estamos à procura da “verdade”. Na vivência do dia-a-dia da EdC, notamos que o grande inimigo para seu desenvolvimento não é a dúvida e sim o medo. Nós nos sentimos pressionados constantemente pelo medo! Medo de perder as coisas que pensamos que podem nos proporcionar a felicidade; medo de errar, medo de perder a imagem que outras pessoas fazem de nós, ou daquilo que pensamos ser, medo de perder nosso capital, nossas idéias e tudo aquilo que sonhamos ter. Lembro-me que quando nós fizemos essa escolha, de viver a fraternidade na nossa empresa, ou seja, quando optamos por fazer a experiência de EdC, senti medo. Medo e angústia, porque, como um alarme, me vinham idéias que haviam ficado registradas em minha memória, idéias de coisas que vivenciei em outra época. Embora esse medo fosse real, ele foi acionado por coisas que não existiam mais, por fatos registrados em minha memória. Então, não foi a nova escolha que me deu insegurança, mas foram lembranças de um passado que não existia mais. E a coragem de fazer essa escolha me fez observar esse fenômeno com clareza e constatar que havíamos escolhido o caminho certo. Isso me libertou de temores repletos de falsas idéias. Uma das grandes virtudes da Economia de Comunhão é a abertura, que trará liberdade para que essa experiência venha a ser renovada como qualquer organismo vivo que evolui. É importante lembrar também que o grande propulsor dessa experiência é a fé, e as dúvidas que surgem, são elementos que irão fortalece-la e criar vida nova, eliminando o passado e nos colocando no momento presente. Questionemo-nos! É necessário que nos questionemos continuamente e nos desapeguemos de todos os conceitos, de todas as coisas e ideologias, para estarmos abertos à verdade contida na essência da Economia de Comunhão, que tem suas raízes na Fraternidade Universal. Um outro ponto importante para a Economia de Comunhão é o acompanhamento daquilo que acontece nas empresas para que não haja um distanciamento entre a vida e a teoria. Devemos lembrar que todos os trabalhos acadêmicos e teóricos, também são importantes porque nos indicam o caminho, e são necessários para provar premissas diferentes das aceitas pela sociedade. Mas tudo o que acontece nas empresas e nos pólos é o grande instrumento que irá mostrar a possibilidade de uma vida econômica nova porque contém o poder de transformação pelo exemplo. Podemos ilustrar isso com o que aconteceu com Galileu Galilei (1564-1642) no início da Idade Moderna. Ele convidou a sociedade da época a olhar pelo telescópio que havia inventado (era uma luneta montada num tripé). Com isso Galileu foi um dos protagonistas na criação de uma nova física, segundo a qual a Terra girava ao redor do Sol e que era a gravidade que nos mantinha presos à Terra. Entretanto, muitos relutaram a olhar pelo telescópio porque tinham medo de colocar em questionamento aquilo que acreditavam, ou seja, na antiga física que afirmava que a Terra era o centro do universo. Relutaram porque a constatação de que a Terra gira em torno do Sol os obrigava a mudar a concepção que tinham do Universo.
por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Leão
22/07 a 22/08
Elemento: Fogo
Estrela Regente: Sol
Palavra-chave: Eu sou
Afinidades: Áries, Gêmeos, Libra, Sagitário
Dia da semana: Domingo
Cor: Dourado
Pedra: Diamante
Metal: Ouro
Planta: Crisântemo, Girassol
Órgão: Coração
Função vital: Visão e Cegueira, sentimento
Incenso: Mirra
Anjo: Michael - Salmo 51
O signo de Leão representa a clareza, a firmeza, a nobreza e a vitalidade. Os leoninos são autoconfiantes, honestos, criativos, extrovertidos e conscientes de seus direitos.
Negativamente podem ser orgulhosos, presunçosos, inflexíveis e egocêntricos.
Os leoninos são afetuosos, generosos e gostam de demonstrar seus sentimentos. Têm grande necessidade de aprovação e são suscetíveis à lisonja. Precisam estar em evidência, gostam de ser o centro das atenções.
Têm um forte senso de integridade e presumem que ao outras pessoas sejam iguais. Por isso são muito confiantes e sinceros, e estas características podem provocar dificuldades interpessoais. Também podem ser muito impacientes e, com freqüência, obstinados e irritadiços nas discussões. Quando os leoninos não são autênticos e não satisfazem seu desejo por brilho e reconhecimento, podem desenvolver características de indolência, preguiça, falta de coragem e impetuosidade.
Profissionalmente os leoninos atuam bem em posições de responsabilidade, comando e administração. Podem trabalhar em áreas ligadas à política, bolsa de valores, relações públicas, entretenimento, direção de empresa, ensino e pedagogia. Trabalham bem em áreas que requeiram criatividade, confiram distinção e reconhecimento.
A falta de afeto e a timidez podem diminuir seu alto grau de vitalidade. Com isso podem surgir problemas no coração, na coluna, nas costas e na visão. Os leoninos também são propensos a sofrer acidentes, terem febres altas e doenças súbitas.
Como são muito amorosos e afetuosos, os leoninos gostam de se apaixonar e sentem grande atração pelo sexo e o prazer. No amor são calorosos, românticos e generosos. Conduzem a relação como uma peça teatral, como algo mágico e suntuoso. Amam com classe e sem inibição, certos de que sempre agradarão.
® Mulher Virtual - Todos os direitos
Deserto é miragem
Temos pão e temos alma
Meus olhos é que não sabem chorar
A dor fica cristalizada...
Incomoda como pedra no sapato
Mas o dia está tão azul...
A tristeza arranjou uma rede
Pra se acalentar
“Canto triste” deixou de rolar
Momento de choro
João Pernambuco e Hermínio Bello,
Em “Estrada do sertão”...
Traz gente que vem do mar.
socorro moreira
domingo, 22 de julho de 2012
Hermínio Bello de Carvalho é demais!!!!!!!!!!!!
Áurea Martins
Autor: Hermínio Bello de Carvalho
Álbum: De Ponta Cabeça
Estilo: Música Brasileira
Gravadora: Biscoito Fino
Ano: 2010
Teu desapreço por mim
Foi algo bem doloroso
Feito um pubhal me cravou
A alma, um olho o pescoço
Arranhadura mais forte
Provocou esse desprezo
E gostei menos de mim
E me unhei pelo avesso
Nem sobrou dentro de mim
O tal cachorro travesso
E o que restou para mim
Nem data, nem endereço
E agora pergunto
Mereço?
Mereço?
Mereço?
Mereço?
Minhas esperas são impacientes... Ainda!
E a Paciência é um dos grandes atributos na perfilação de uma pessoa sábia.
Que ainda me reste tempo pra aprender a ter o que preciso ser!
Adianto-me no desejo de que ele viva o amanhã, no alegre festejo de uma nova idade.
Que Deus lhe cubra de graças!
O maior contentamento das mães é a felicidade dos filhos.
Mireille Mathieu
Mireille Mathieu (Avinhão, 22 de julho de 1946) é uma famosa cantora francesa, tendo interpretado canções em diversos idiomas.
sábado, 21 de julho de 2012
Ernest Hemingway
Ernest Miller Hemingway (Oak Park, 21 de Julho 1899 — Ketchum, 2 de Julho 1961) foi um escritor norte-americano.
Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola e a experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial se instalou em Cuba
quinta-feira, 19 de julho de 2012
O futebol no Brasil - Por José de Arimatéa dos Santos
No dia do Futebol, mesmo a saber que todo dia tem futebol seja no PV ou no campinho ali da esquina ou na rua mesmo...
Todos nós somos sabedores dos graves problemas sociais causados pela grandiosa desigualdade social no Brasil, porém o escape da maioria dos brasileiros é o futebol que faz a alegria de todos nós com o futebol arte e as jogadas de encher olhos dos amantes do futebol.
O futebol no Brasil significa alegria e muito brasileiro acompanha seu time diariamente através dos vários noticiosos esportivos que jorram informações futebolísticas. Quem não sabe o jogador que fez o gol da rodada ou o goleiro que fez uma defesa espetacular?
E quanto a seleção brasileira, por enquanto em baixa, significa o futebol arte em que o espetáculo todo brasileiro espera ver sempre. A seleção mais estrelada no mundo do futebol campeã em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002 sempre brilhou nos campos e com grandes jogadores como Pelé, Garrincha, Rivelino, Romário, Ronaldo Fenômeno e muitos mais como Zico, Rivaldo, Bebeto,... E quem sabe Neymar em 2014 entre nesse time cheio de monstros sagrados do futebol mundial.
Futebol a alegria do brasileiro e orgulho de todos nós. Verdadeira arte que integra todo um país. E transforma cada brasileiro em um técnico que sabe escalar seu time e cheio de esperança de mais um caneco aqui no Brasil.
MARINO PINTO-Por Norma Hauer
Foi aqui no Rio de Janeiro que ele nasceu em 19 de julho de 1916. Seu nome: MARINO PINTO, um compositor que obteve grandes sucessos em nosso cancioneiro.
Começou compondo em 1938, com Ataúlfo Alves, sendo que sua primeira gravação, na voz de Aracy de Almeida, já "estourou" . Foi o samba "Fale Mal, Mas Fale de Mim".
No ano seguinte,conheceu Wilson Batista e com ele compôs um dos sucessos, no ano seguinte, de Carlos Galhardo:"Deus no Céu e Ela na Terra".
Já um nome consagrado, passou a conhecer vários sucessos, com parceiros e cantores diversos.
Com Alberto Ribeiro, em 1941, compôs para Orlando Silva, o samba "Preconceito". Também com Alberto Ribeiro, um grande sucesso no carnaval de 1941, nas vozes dos "Anjos do Inferno":"Nós os Carecas"...
"Nós,nós os carecas,
Com as mulheres somos maiorais,
pois na hora do aperto
É dos carecas que elas gostam mais".
Foi um carnaval que os carecas ADORARAM.
No ano seguinte, em uma excursão pelo Norte e Nordeste, Orlando Silva lançou um samba de Zé da Zilda,com Marino Pinto, até hoje regravado por vários cantores:"Aos Pés da Cruz".
Luiz Vieira, quando comenta esse samba, gosta de dizer que a cruz não tem "pés"e sim um único pé.
Nesse mesmo ano, Isaurinha Garcia gravou "Teleco-Teco" e Carlos Galhardo, o samba "Largo da Lapa".
"Foi na Lapa, que eu nasci
Foi na Lapa que eu aprendi a ler.
Foi na Lapa que eu cresci
E na Lapa eu quero morrer".
Nos anos seguintes, novamente Carlos Galhardo gravava Marino Pinto, com "Seis Meses Depois" e "Desacordo", ambos Marino teve Waldemar Gomes com parceiro.
Mais uma vez com Wilson Batista, agora na voz de Déo "O Ditador de Sucessos", como foi designado por César Ladeira, gravou "A Morena que eu Gosto". Este samba projetou bem o nome de Déo.
Um grande sucesso de Dalva de Oliveira, foi composto com Herivelto Martins, de nome "Segredo"
. Este samba foi explorado por Dalva durante seu "affaire" com Herivelto, apesar deste ser co-autor da composição.
Nessa época da separação de Dalva e Herivelto, os compositores apoiaram um ou outro. David Nasser, por exemplo, apoiou Herivelto e foi cruel com Dalva, em uma coluna que escrevia no "Diário da Noite".
Já Marino Pinto ficou ao lado de Dalva e, com Paulo Soledade, compôs outro grande sucesso, que também marcou o "affaire" : "Calúnia".
Este foi "forte"..."deixe a calúnia de lado se de fato és poeta...". Mais outro, este com Mário Rossi:"Que Será?", que também foi sucesso na voz de Dalva.
Em 1951 Getúlio Vargas regressou ao poder eleito que fora no final de 50 e Marino Pinto, seguindo a onda, compôs para Francisco Alves gravar, o samba "O Retrato do Velho"
"Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar..."
Marino Pinto ainda fez parceria com Haroldo Lobo e Dalva gravou "Foi Bom"; com Tom Jobim "Aula de Matemática", gravação de Carlos José; outra com Paulo Soledade "Cidade de São Sebastião", gravação dos Anjos do Inferno e com Mário Rossi, gravação de Jorge Goulart, "Quem ainda não Pecou" e "Decisão".
Em 1959, João Gilberto "redescobriu" e regravou "Aos Pés da Cruz".
Encerrando, com chave de ouro, sua carreira, em 1965, Marino Pinto compôs uma obra-prima "Valsa de Uma Cidade", em mais uma parceria com Mário Rossi.
Nesse mesmo ano faleceu, no dia 28 de novembro, deixando uma grande bagagem musical.
Lições de Tsunamis e Maremotos
Diante de todas as críticas, ante
tantos detratores, temos que concordar, amigos: a EXPO/Crato tem demonstrado uma pujança impressionante
nos seus mais de sessenta anos de existência. Encravada estrategicamente nas férias de meio de ano, quando incontáveis
filhos da terra acorrem com saudades do Cariri, a Exposição tem se fortalecido ano a ano, batendo todos recordes de público , se comparada
com outros eventos do Sul Cearense. Falar mal da Expocrato já se tornou quase
um divertimento por estas bandas , já faz parte do cotidiano da nossa cidade e,
a história tem demonstrado, apesar do olho de seca pimenta dos nossos conterrâneos,
a Expô só tem prosperado. Sendo assim, diante da imunidade absoluta aos
impropérios da população, me sinto à cavaleiro para também pinicar o oratório
da nossa mais tradicional festa. Sei que pouca coisa há de mudar, que a
festividade continuará com um público invejável e que os organizadores estarão
se lixando para minha visão pessoal e realista. Mas que jeito, né? De tanto
gritar no deserto a gente termina por se acostumar ao monólogo e a
perceber miragens de um tempo mais
bonito e menos caótico.Pois aí vão algumas elucubrações de um velho meio
ranheta—a quem interessar possa -- e que nas duas últimas Exposições se recusou
a participar da pantomima.
Continuo
visceralmente contrário às terceirizações dos shows do Palco Principal. Parece-me de uma imensa preguiça política a
terceirização. Sob o pretexto de baratear a programação ao Estado, se obriga a
população a engolir shows de péssima qualidade e a preços abusivos . E mais, o estado se imiscui da sua função básica de promover Política Cultural. É possível sim,
trabalhar com projetos e fazer uma grade gratuita de shows de ótima qualidade
como o Festival de Inverno de Garanhuns vem fazendo há vários anos. O que há
por traz das negociatas das terceirizações ?
Não
existe nenhuma justificativa plausível para a total exclusão dos artistas
caririenses na programação principal da Exposição do Crato. Quem decide pela
imolação de tantos valores ? Os mesmos que nos palanques enchem a boca
chamando “Cidade da Cultura ? Que
homenageiam o grande Gonzagão com o Forró de Plástico: sem Dominguinhos, sem
Flávio Leandro , sem Waldonis, sem Flávio José ?
A
mais popular das festas caririenses loteia o Parque Estadual a preços caríssimos e que termina sendo
bancados pelo povo. Houve shows em que
os ingressos chegaram a ser vendidos a mais de cem reais. As barracas do Palco
principal cobravam mesas a cinqüenta reais, fora o consumo normal, um pratinho
de petiscos vendia-se a quarenta e cinco pilas. Alguns visitantes propunham
inclusive trocar o nome do evento para
Explora/ Crato. Espaço público utilizado numa festa pública com tantos
envolvimentos do setor privado, como é feita a prestação de contas ?
É
de uma total irresponsabilidade a
sujeira do Parque. Sem depósitos adequados e sem a educação necessária, o lixo
é jogado no chão e vai se acumulando dia após dia. No sábado aquilo já parecia
um grande Lixão. Por que não há coleta sistemática e diária? A higiene da maior
parte das barracas era de fazer engulhar. Quem deu o alvará para o
funcionamento? Quem fiscaliza o uso e manuseio dos alimentos a serem
preparados?
Ficou
para mim mais que provado que o atual Parque de Exposição não tem mais
estrutura nenhuma para abrigar um evento de tamanha magnitude. O trânsito ficou
extremamente caótico, o fluxo no próprio local , no penúltimo dia, estava
praticamente impossível e o som das bandas infernizou a vida de toda uma
população circunvizinha. A cidade cresceu muito nos últimos sessenta anos, é
preciso sim, repensar o espaço. Vamos construir um outro fora da Cidade e
pensar em utilizá-lo durante todo o ano em outras atividades. O atual pode se
transformar num parque florestal urbano para os deleites de lazer do nosso povo
e continuará, sim, presente nas nossas vidas e nas nossas tradições.
Sei
perfeitamente que escrevo essas palavras
sobre as águas. Têm a força de um instante líquido e fugaz. Mas
deixem-me sonhar que terão o poder de chegar aos tímpanos do tempo com lições de
tsunamis e de maremotos.
J. Flávio Vieira
Colaboração de TL- Teka L Maia
A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.
A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha.
Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.
Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas..
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava
nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa.. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Coisa à toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.
Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas".
ENTENDEU O ESPÍRITO DA" COISA" ?
(autor desconhecido)
(autor desconhecido)
,_.___
.
__,_._,___
Carrossel - Emerson Monteiro

Qual nos acontecimentos
fervilhante dos dias, quem gira e passa são as coisas. As dez mil coisas, que
vêm e vão rumo do monumental desconhecido. O tempo, esse ente abstrato, permanecerá
indeclinável, eterno. O desejo da perpetuação mora, sim, nos objetos e nos
sujeitos. Apelos em forma de vontade ainda para permanecer vive no âmago das
peças que somos em atividade constante, que vagueiam pelos ares em torno dos
eixos, dos centros, das ilusões lá de fora.
O Amor, por exemplo, equivale,
com isso, à completa ausência do ódio, da antipatia. O Silêncio, à inexistência
dos ruídos. Paz, à exclusão absoluta das guerras, dos conflitos, querelas, desavenças.
Esse mergulho ao fundo
último da gente representa a ação que salvará o princípio original, continuação
da espécie através da descoberta providencial do Eu verdadeiro. Envolvimentos outros
com estilhaços que voam nos territórios em permanente queda livre arrastam a
desfiladeiros mortos do passado.
A presença de tudo que
se esvaia fala do prazer dos perdidos desesperos, conquanto o expresso da
sequidão invade vales de solidão, ressacas, saudades imensas, doses que sucedem
alegrias, nos instantes seguintes do gozo físico.
Portanto o ritual da
salvação significa o respeito das leis do firmamento, da Lei. Domar o touro
bravo da fome de carregar cacarecos ao lombo, escolher o pólo inefável das emoções,
do melhor para nós sempre. Conter o infinito em Si, a chave, a porta.
Pisar devagar,
concentrar o pensamento e fustigar as alturas. Viajar ao País dos Mistérios
através do longo tempo eterno, inevitável, que nos contém perpendicular,
frontal, a escorrer cá bem dentro a subjetividade. E sair pelas vaidades,
quando quiser abandonado aos ventos o calendário.
Assim, no foco quente do
presente queima o carvão aceso do futuro e forma fogueiras de brasas apagadas no
passado aqui junto dos pés, horas mal digeridas, inaproveitadas, matérias
orgânicas em matérias inorgânicas dos ponteiros dos relógios que não param,
oxigênio em carbono, todo tempo até os estertores da máquina da vida na carne; vidas
que voam, que voam em busca de novas vidas.
Nessa lenda de que o
tempo passa, quem passa são os objetos e as pessoas. Nem o piso onde pisa desliza,
pois o palco do Universo habita o âmago do permanente no tudo com destino ao
Nada finalmente.
O BRASIL AINDA TEM MAIS PÚBLICO DO QUE POVO!
Em 2003 o Ceará era o terceiro Estado com maior número de analfabetos. Lembro que ao ler esta triste estatística fiquei muito triste, mas como não conseguia dimensionar o estrago que isso representava para o nosso Estado pensei, cá com meus botões: A conivência é para a corrupção, o que a compaixão é para o amor. Meu sendo prático-político hoje não mais aceita apontar culpados, embora a polêmica em torno da educação seja inevitável. Sei que não tenho tempo de vida suficiente, nem os responsáveis por essa bagaceira pedagógica, para um dia ver meus irmãos brasileiros lendo estampado nas manchetes de primeira página: AGORA TODOS OS BRASILIANOS SABEM LER E ENTENDER. Nossa utopia invalidará nossas ações? O cio de ensinar vencerá o cansaço?
O fato é que as estratégias neoliberais fracassaram. Foi uma ação inconscientemente intencional? Esse desprezo pelo pobre, pelo suburbano, pelo favelado, enfim, esse abandono total em relação as pessoas que vivem à margem e abaixo da linha da pobreza está documentado e evidenciado em outra estatística entristecedora: 8 milhões de analfabetos funcionais no Nordeste.
Qual a estratégia de ação? Sim, pois agora vamos ter que repensar tudo! Bem que o governo federal poderia adotar o slogan: BRASIL, TUDO POR FAZER! Seria bem mais honesto com todos nós professores e educadores. Acho que nenhum professor deveria ter medo de falar. É preciso dar voz e vez para os educadores, já que o sujeito da educação é uma entidade coletiva, ou pelo menos deveria ser.
Não quero mais falar sobre educação, o que já foi escrito sobre esse tema já é o suficiente para resolver uma boa parte dos problemas. O que cabe agora é agir! Mas como agir se tudo está fragmentado? A greve dos professores das universidades federais do Brasil inteiro está passando completamente desapercebida pela mídia e boa parte da população sabe que o Corinthias é campeão e que um tal de Cachoeira é um corrupto convicto. Afora esses fatos corriqueiros, tudo continua seguindo o ritmo de Abrantes que as classes dominantes querem em relação as mudanças essenciais e pertinentes. A coisa é tão ridícula que hoje temos em no Ceará dois sindicatos de professores. Existe atualmente um sindicato que é visivelmente ligado ao governo do Estado, e o outro atrelado a outra corrente dos gritos de protesto do tipo "o povo unido jamais será comido!". Tudo que é fragmentado se tranforma em uma anomalia.
Parei! Não falarei mais desse assunto. Quando observo a paisagem política de meu país dá vontade de elouquecer. Paulo Freire morreu triste, Dom Helder morreu triste! Eu os vi e senti na pele o quanto foi pesaroso para os dois que tanto amavam nosso país e que tinham a exata medida de tudo o que se passou e se passava com a nossa gente que inventou o samba, o baião, o chorinho, o maxixe, enfim, essa gente humilde das peladas que reinventou o futebol.
O certo é que temos que investir na nova geração para que ela não venha a ser corrompida. Só tenho fé na juventude. É preciso entender Paulo Freire e superar, como ele mesmo disse, a nossa raiva frustrando nossos inimigos na dominação que eles estabeleceram sobre nós.
Mas como "frustrar nossos inimigos" diante de tanta corrupção institucionalizada? A solução que eu encontrei foi criar um partido político em que eu pudesse me filiar. Um partido político muito parecido com o espírito de nossa Padaria Espiritual, a Constituição Federal desconcertante de Capistrano de Abreu, o humor nordestino de Quintino Cunha misturado com Barão de Itararé, Henfil... Foi assim que surgiu em Fortaleza no ano de 1996 o PARTIDO DAS QUESTÕES PERTINENTES (P.Q.P). Um partido humorístico mais sério até hoje criado no Brasil. Um partido político que luta pela sua clandestinade, já que apoia publicamente o VOTO NULO como ação revolucionária para reverter este quadro absurdo que dá voz e vez a um Maluf, um Collor e tantos outros ícones de nossa falta de vergonha que eu não tenho como listar. Um partido político que não tem filiados e sim engredientes, pessoas pensantes numa composição para o preparo de nossas utopias.
O dia 9 de julho de 2012 na cidade do Crato-CE. (só no Crato, mesmo) aconteceu a primeira reunião não oficial do Partido das Questões Pertinentes que gerou esta ata fresquinha que segue abaixo.
“O
BRASIL NÃO TEM POVO, O BRASIL TEM PÚBLICO” Lima
Barreto
Aos dias nove de julho de 2012 DC, em Crato de Açúcar -
Ceará, por volta de 15:38, lua minguante, a diretoria do Partido das Questões
Pertinentes (P.Q.P.) sem atas, só com caqui, nós da confraria novo sol temos pressa, pouco como nós , matutamos
as implicações jurídico constitucionais a cerca do voto nulo, que tem como
estofo a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Escorçamos
aqui a democracia como cerne da facultabilidade votal nos dando suporte para
proclamarmos legitimamente o voto nulo.
Em segundo momento dessa reunião ponderamos sobre as
cores do símbolo maior do Partido das Questões Pertinentes (P.Q.P.). O fundo
amarelo ovo representa, veementemente, os que estão nos acentos do Congresso
brasileiro. O losango, ostentando a cor azul turquesa molhada, representa a
fragilidade dos elementos vitais da subsistência humana. As letras que compõem
a sigla do P.Q.P. tem como cor frontal o vermelho desbotado, representando a
falácia ideológica, e nos seu contornado o verde musgo ressapiado,
representando a não dimensão cuidante do homem com sua casa ou planeta Terra. A úvula palatina representando o grito que
deve ser gritado e a seu lado o siso careado representado a Antropofagia Banguela.
Sobre a confecção da camisa flâmula terá os seguintes
destaques no seu anverso e verso. No anverso a bandeira do Partido das Questões
Pertinentes, e no verso a citação do filósofo brasileiro Lima Barreto: “O
Brasil não tem povo, o Brasil tem público”, e a nossa proposta da campanha
eleitoral de 2012 – VOTE NULO.
Crato de Açúcar,
09 de Julho de 2012.
Presentes nesta reunião Ulisses Germano Leite Rolim
(Presidente Vitalino – Educaducador); Ezelita Girão de Menezes Magalhães
(Professora BR.); Beethoven Simplício Duarte (Secretário de missões especiais
do partido).
O BRASIL AINDA TEM MAIS PÚBLICO DO QUE POVO!
Ulisses Germano
quarta-feira, 18 de julho de 2012
José Augusto Maropo- Grande músico - Ilustre visitante!
Jose Augusto Maropo
Professor, Médico, Músico!
Estudou na instituição de ensino Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Mora em João Pessoa.
De Nova Olinda, Ceara Brasil!
Quanta gente boa ainda desconhecemos... Quanta coisa ruim, em termos musicais, nos são impostas pela mídia.
Quem explica?
Luar de julho !
Noite acontecida com muita boa sorte!
Presenças musicais (Peixoto, Abidoral...),artistas, amigos, iluminados pela noite cratense, e unidos pelo amor à Música!
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
( Ferreira Gullar )
Folha de um diário- socorro moreira
Hoje meu menino confessou-me: to com tantos pensamentos ruins... Tristes, mórbidos, descoloridos... E eu respondi-lhe: só penso o que quero.Só desejo o luminoso.Quando uma notícia triste me surpreende ( e isso acontece sempre), inverto a energia e nem culpo a vida...Culpo a forma de entender a própria vida. Fico uns dias de molho, sem vontade de olhar as estrelas, depois pinto as unhas de vermelho e faço a sangria da minha própria alma para que a vida insista em ser viva. A morte é a perda do sangue nas veias, num rebuliço constante. Quando ela circula harmoniosamente o bem estar é a recompensa.
Escuto de longe Ferreira Goulart falando na TV. Adoro as suas falas. Ele me parece àquela pessoa que tudo já descobriu, mas continua insaciavelmente questionador.
Quero aprender a escrever sem me envolver. Quero ainda fazer poesias líricas acreditando no amor real, platônico, e até aquele inventado, que a gente espera materializar um dia.
Sinto falta dos poetas e escritores que movem minha gira poética, mesmo que seja uma ciranda triste.
Voltem meu povo!
Poesia é vida!
Essa é demais!
Não Tem Tradução
Noel Rosa
O cinema falado é o grande culpado da transformação
Dessa gente que sente que um barracão prende mais que o xadrez
Lá no morro, seu eu fizer uma falseta
A Risoleta desiste logo do francês e do Inglês
A gíria que o nosso morro criou
Bem cedo a cidade aceitou e usou
Mais tarde o malandro deixou de sambar, dando pinote
Na gafieira dançar o Fox-Trote
Essa gente hoje em dia que tem a mania da exibição
Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês
Tudo aquilo que o malandro pronuncia
Com voz macia é brasileiro, já passou de português
Amor lá no morro é amor pra chuchu
As rimas do samba não são I love you
E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny
Só pode ser conversa de telefone..
CONVERSA DE BOTEQUIM!
Já estamos nos articulando para o show de Abidoral Jamacaru que homenageará Noel Rosa.
Dia 16 de agosto será apresentado no SESC CRATO ( um sempre grande parceiro!), e dia 18 de agosto no Terraçus (espaço maravilhoso comandado pelo mago das produções culturais: Kaika!)
Logo, logo vocês já poderão comprar ou reservar ingressos. A renda beneficiará os músicos participantes, e o tratamento ótico do nosso amigo e grande artista Abidoral Jamacaru.
O espetáculo trará de volta os clássicos de um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos.
Não percam!
CONVERSA DR BOTEQUIM!
Sonhos coloridos
Ontem chegou um pacote junto com o meu sono. Estava numa cidade de artistas e um mutirão organizava a casa de alguns. Lembro com nitidez as casas de Abidoral Jamacaru e João do Crato. Qualquer criança se deliciaria com os brinquedos em madeira, tecidos estampados e guloseimas nas prateleiras. Não sei onde meu subconsciente foi buscar tanta informação, detalhes...
A nossa cidade bem que podia ter um bairro de artistas com feira de artesanatos, palco, cafés.
Os convivas exigem tabaco, bebidas alcoólicas, mas elas nem deveriam existir. A arte tem o seu próprio êxtase!
Eu queria um mundo zen. A paz comporta o vazio que instiga o processo criativo. Vamos tomar chá e beliscar biscoitinhos integrais. Vamos cultuar um lugar sagrado onde a arte seja consumida, expandida, valorizada. Eu queria aquele sonho num pedaço de terra do Crato.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Billie Holiday
Billie Holiday (Filadélfia, 7 de Abril de 1915 — Nova Iorque, 17 de Julho de 1959), por vezes, mais conhecida como Lady Day, é por muitos considerada a maior de todas as cantoras do jazz.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Colaboração deZélia Moreira
Para Woody Allen, com amor
MARTHA MEDEIROS
Tinham me dito que seu novo filme era meio bobinho, com piadas requentadas e que não acrescentava grande coisa à sua carreira. Querido cineasta, quem o julga com severidade o faz por amor também – admira tanto sua obra que não se contenta com menos do que um Match Point ou um Meia Noite em Paris –, porém ganharíamos mais se julgássemos você pelo seu estado de espírito, que tem sido transparente e inspirador. Espero não estar sendo pretensiosa, mas percebo que, depois de muitos anos procurando entender e diagnosticar as neuroses humanas – as suas, inclusive –, você deu o serviço como feito e agora está apenas se divertindo enquanto seu lobo não vem.
Não vejo maneira mais inteligente de envelhecer. Deixar de lado a obsessão por originalidade e dar seu recado com as ferramentas que domina é uma forma de se libertar, e a liberdade é um dom para poucos. Você sabe que um dos assuntos do seu novo filme, a de que as pessoas perderam a noção do ridículo ao valorizarem a vida íntima dos “famosos” (e os “famosos” mais ainda ao se deixarem seduzir por essa falácia), já está datado. No entanto, filmando em Roma, terra dos paparazzi, como não aproveitar a piada?
Acreditar-se especial nos torna patéticos. Somos todos uns pobres diabos tentando enfrentar a morte iminente com alguma ilusão tirada da cartola. Você é um homem talentoso com uma extensa folha de serviços prestados ao cinema mundial, mas o fato de se reconhecer comum o torna ainda maior.
Outro dia ouvi do grande Gilberto Gil, ao completar 70 anos: “Me dou cada vez menos importância”. Ah, que presente para si mesmo. Somos todos geniais cantando no chuveiro – quando passamos a acreditar seriamente que merecemos veneração, lá se vai um pouco da nossa essência.
Como diz o personagem de Alec Baldwin, maturidade talvez não seja sinônimo de sabedoria, e sim de exaustão. Quanto mais o tempo passa, mais se torna necessário simplificar a vida. O que não impede de estarmos abertos para algumas surpresas. Escutar mais do que falar, aprender mais do que ensinar, enxergar mais do que aparecer – não seria o ideal? Lutar contra o próprio ego não é fácil, mas é o único jeito de mantermos uma certa sanidade e paz de espírito.
Caro Woody, minha admiração segue gigantesca. Não só por todos os filmes brilhantes já realizados, mas também por você ter alcançado essa visão desestressada e zombeteira da vida maluca que levamos todos.
Por você conseguir, a despeito de todos os elogios e prêmios recebidos, ter a dimensão exata do seu tamanho no mundo. De não trocar seus prazeres pessoais pela ânsia de ter mais visibilidade. Por filmar em diferentes cidades do planeta, extraindo delas sua beleza genuína, mas sem deixar de unificar as fraquezas e grandezas humanas, que são iguais em qualquer lugar.
O resto é gordura desnecessária. Longa vida aos que conseguem se desapegar do ego e ver a graça da coisa.
Zero Hora
11/07/2012
Por Vera Barbosa
Minha intensidade lhe incomoda porque tem a medida exata da sua indiferença. O inverso das reações são razões diretamente proporcionais. A questão é que sou transparente e não demonstro apatia ao que me intriga nem ao que me incomoda; penso demais, gosto de profundidade, questiono; não sou do oba-oba, não conduzo minhas relações com desinteresse; e considero a superficialidade o grande mal das relações modernas.
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
domingo, 15 de julho de 2012
Prazeres hediondos
Pedro saiu cedo de casa e cedo chegou ao trabalho. Cigarro
no bico digitou por horas na redação do jornal. Detestava chavões e por
isso evitava beber café por ali embora gostasse. Era uma vaidade besta,
uma tentativa de ser diferente entre os diferentes. De poucas amizades
pouca falava e era conhecido como um idiota arrogante.

Em poucos segundos viu todos os defeitos de sua esposa e toda uma
retórica de Cícero emperrar em sua garganta comprometendo-lhe a
respiração. Pagou e não esperou o troco. Em uma tragada a vermelhidão do
fumo resumia o estado de seu cérebro. Narinas dilatadas entra no carro e
arranca. Ainda sabia fazer as irresponsabilidades que há anos
recusava-se, como homem responsável, a fazer.
Passou dois faróis vermelhos e acompanhava o carro dela de vista. Quase
atropelou um ciclista que, com o susto jogou-se para o lado de um posto
de gasolina. Indiferente como um cego prosseguiu. Nesse instante já
estava mais calmo, já tinha a situação sobre controle e a traição
sofrida já lhe era quase um prazer. Sorria dentro do carro e olhava-se
pelo retrovisor sorrindo e dizendo: - Putinha barata. Aliás, nem tão
barata. O seu caso transa contigo de graça e eu quem te pago comida,
roupa lavada e viagens. Enfatizava com ódio: Viagens!
Na esquina, próximo a um retorno o carro para e estaciona em uma galera
e descem os dois. Ela nunca parecera tão alegre. Os cabelos ao vento
lembram uma propaganda de xampu. Isso o indignava ainda mais. Entraram
em uma perfumaria e Pedro em uma floricultura ao lado. De lá ouvia as
gargalhadas e palavras entrecortadas:
- Amor olha este.
Pensava Pedro: - Ele está sentindo algum perfume que ela sugere.
A morena baixa de seios pequenos da floricultura atalha:
- Senhor, posso ajudar?
-Sim sim! Hortências por favor!
Hortências eram as preferidas de Amanda. Lembra quando aos vinte anos
pintara um quadro dela com um ramo delas ao colo. Achava aquilo meio
brega, mas cedera embriagado de amor. Pensava com ódio quantas vezes
cedera por amor. Uma promoção na Europa recusada, viagens não feitas,
diversões amputadas em troca de quê?
Apanhou a compra medíocre e ainda conseguiu ouvir a última frase deles na botica:
- Não posso chegar com um perfume desses em casa. Isso é caríssimo,
meu... – Baixou a voz e sussurrou no ouvido do amante: - Ele ia notar. É
caro demais. Teria que dar satisfações.
Nesta frase ele gozou de um prazer estranho. Embora sofresse pela
traição era mínimo tudo isso. Iria tripudiar de seus sentimentos de um
modo que lhe chamariam de mostro. Correu para a botica e comprou o
presente recusado pelo cálculo dela. Ainda seguiu-os e viu quando
pararam em um restaurante.
Sorriam em uma alegria que era uma afronta. Ela tinha os olhos
reluzentes e ele, este estranho canalha de unhas bem feitas. Devia ter
menos de trinta e cinco anos. Ela bebia um vinho branco e depois algo
que ele não conseguia identificar de longe. Achou por bem ir para casa.
Abriu a porta do guarda roupas e no maleiro colheu a câmera nova que
nunca usara. Ligou-a escondida em uma tralha de livros e bonecas de pano
em uma estante sobre a TV. Ás seis e meia ela chegara. Tinha uma mesa
feita, lindíssima. As velas brilhavam nos castiçais e casa cheirava, no
ar uma fronteira entre um incenso de acácias e as ervas finas do molho
carne. Ela entra surpresa com olhos arregalados e um sorriso preso no
canto da boca. A palavra amor arrasta-se no ar:
- Amor? O que isso tudo?
Ele quase feliz com o teatro armado fala cínico:
- Já respondeste meu anjo! É amor.
Pedro falava a palavra amor em um sadismo inacreditável. Ele mesmo dizia para si: - Estou um espetáculo!
Ele a arrastou para sua cadeira e pediu:
- Não diga nada meu anjo. Apenas prove.
Ela feliz com a surpresa obedeceu. Provaste a carne que quase derretia em sua boca:
- Delícia. Mas amor por que tudo isso?
Ele olhando em seus olhos apenas repetia:
- Coma coma!
A sua frente pôs-lhe o presente. O perfume que não comprou ele a dera.
Estava ali, encaixado e com fitas verdes. Ele sabia que ela adorava
verde. Ela de imediato apanhou o presente e abriu como uma criança.
Olhava-o e sorria. Nem desconfiava. Deu a volta na mesa e o beijou. As
palmas das mãos postavam-se em seu rosto.
Ele sorria ao vê-la feliz. Pensou: - É muita felicidade para uma
prostituta não? Imagina seu pai Amanda. Seu Leopoldo. Trabalhou feito um
remador de Bem-Hur para te educar e você se mostrar uma prostituta.
Ao dizer isso ele sorria e diz olhando nos olhos dela:
- Eu te amo!
Sabia que declarações assim ditas logo após tê-lo enganado talvez a
angustiasse. Isto é, caso ela ainda tivesse um senso moral mínimo.
Quando já estava alta do vinho e gargalhando entre conversas diversas
ele perguntou sóbrio:
- Amanda meu anjo. Mulher dos meus filhos...
Ela, como quem se deixasse levar por um roteiro implícito conduzido por ele falava:
- Diga Pedro, meu eterno amor!
E ele disse:
- Por que escolheu a si como puta?
Após dizer isso ele sorriu. Cravou o garfo em um pedaço de carne e
esfregou-o na porcelana branca manchada de molho. Era o seu último
pedaço. Agora queria comê-la viva.
- Que palhaçada é esse Pedro? Está bebendo?
Ele que era só sorriso mostrava sua taça límpida. Não gotejou nada na
mesma e ela por sua vez estava já tomada pelo calor do álcool do vinho.
Pensou consigo: - Dominei-a. Idiota.
- Não meu anjo – insistia na palavra anjo como quem usasse um cálculo
preciso – não estou bebendo como pode ver. Diga-me, por qual motivo
você, educada em escolas de freiras escolhei essa nobre profissão de... –
parou para por o vinho em sua taça. Ergueu-a de encontro à luz e soltou
as sílabas como música no ar: Pros-ti-tu-ta!
Sentiu a cabeça pesar repentinamente. Parecia que as palavras de Pedro,
soletradas assim era cada sílaba uma rajada de metralhadora. Sentia
lâminas nas palmas das mãos. Os olhos turvos viam a imagem de Pedro mais
jovem, quando trocaram os primeiros olhares, o crucifixo em cima da TV.
Via o Cristo sangrando e a lembrança do padre Adalto, em sua missa
crisma pregando: - Leiam em Crônicas, capítulo dois, 23: 13! Ela
lembrava as últimas palavras frescas em sua mente: Traição, traição!
- Pedro eu não fiz nada. Eu te juro!
- Você não me traiu anjinho caído! Você traiu a Deus, os seus pais, os
nossos... Ou melhor, meus, pois você não tem e nem os liga, amigos!
- Não vou ficar aqui ouvindo suas lições de moral! Quem é você? Já não estou me sentindo bem.
Ela entrou no banheiro e chorou copiosamente. Agarrada ao vaso soluçava
e sentir a fermentação do vinho com a carne vibrar em seu estômago.
Sentia de fato uma meretriz. Nunca havia sido tão humilhada, mas ao
mesmo tempo percebia que Pedro é quem era vítima de tudo. Ele não a
humilhara. O que fizera ela de sua vida. Uma vida de mentiras e
hipocrisia. De prostituição em cada ato, em cada vez que cedia a um
prazer barato em troca da obrigação, em cada deslize em troca da
edificação da própria alma. Lembrava dos livros que seu pai comprara
desde a infância, dos cursos pagos, das missas intermináveis, e como
tudo isso não passava de um teatro barato. Ela era de fato uma
prostituta tão barata quanto às das boates noturnas.
Pedro colheu a fita no gravador e foi ao escritório. Era de fato uma
obra de arte. Mas tudo aquilo era muito sujo. Era imunda a face de sua
esposa, assim como era indizível seu ato, seu teatro. Pensou que bem
melhor poderia ter sido uma surra. Ela choraria calada, mas, uma surra
não emenda um caráter perverso. Além disso, ele perderia sua razão,
seria um bárbaro, e não mais uma vítima. Pensou no amor que ainda sentia
por Amanda. Em cada gesto que ela lhe dedicara e ele a ela. Como podia
aquilo. A mesma mulher que lhe cortava o cabelo aos domingos, que lhe
comprava passagens, que lhe tirava aborrecimentos, era a mesma pessoa
que lhe traíra. A palavra traíra sova-lhe nos ouvidos como um cantochão
de barítonos. Chorou. Chorou e via os cabelos dela ao vento. O sorriso
límpido, que era sua posse, sua conquista mais satisfatória, era mera
ilusão. Não a possuía senão por empréstimo, por algumas horas fugidias
tinha em suas mãos seu corpo. Mas o corpo é uma miséria, pensava. Um
corpo tão somente é tão somente um pecado.
Voltou para cansado. Parecia que tinha a alma pisoteada por elefantes.
Abriu o portão que dava para o jardim. A ferrugem nas dobradiças rangeu.
Subiu os degraus e ao abrir a porta, de frente à escada viu o sangue
escorrer pela escada. Subiu e a achou no chão com os pulsos cortados.
Olhou-a e sentiu dó, não queria que tudo terminasse assim. Há poucas
horas estava feliz sentindo a brisa do mar, mas, a vida tinha disso,
tinha do livre arbítrio quando por fraqueza a alma torpe fala para si: -
Eu quero o pecado. O gozo nos erros. Será que Amanda tivera prazer
naquele teatro todo?
Ao seu lado um bilhete ensangüentado. Teve a esperança de ser um pedido
de desculpas. Certamente se arrependera e não suportava a culpa. As
mãos calmas puseram-se trêmulas quando leu:
- Pequei. Traí e não foi a primeira vez, porém foi a última. Espero que
esteja feliz, pois no pecado eu fui feliz.
Olhava pela janela que dava para o porto. O sol parecia-lhe maravilhoso.
sábado, 14 de julho de 2012
Paulo Moura
Paulo Moura (São José do Rio Preto, 15 de julho de 1932 [1] - Rio de Janeiro, 12 de Julho de 2010) foi um compositor, arranjador, saxofonista e clarinetista brasileiro de choro, samba e jazz.
Moura era considerado um dos principais nomes da música instrumental do Brasil
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