por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 14 de dezembro de 2024

 ATÉ QUE ENFIM (UFA !!!) – José Nílton Mariano Saraiva

Até que enfim (ufa !!!) conseguimos concluir a leitura das 884 (oitocentos e oitenta e quatro páginas) do Relatório da Polícia Federal, tratando sobre a tentativa de Golpe de Estado engendrada por Jair Messias Bolsonaro e seu séquito de “generais(zinhos) de estimação”.

Minucioso e detalhista, ali se encontram todas as provas necessárias à prisão da cambada de milicos insurgentes (Jair Messias Bolsonaro, Braga Neto, Augusto Heleno, Cesar Cid, Alexandre Ramagem, Mário Fernandes e por aí vai).

Vejam abaixo alguns detalhes do Relatório: 

Página 359 de 884: Ao ler o referido documento, o General FREIRE GOMES confirmou que o conteúdo da minuta de Decreto apreendida na residência do ex-ministro da Justiça ANDERSON TORRES era o mesmo das minutas apresentadas nas reuniões no palácio da Alvorada pelo Presidente da República JAIR BOLSONARO e no ministério da Defesa, pelo General Paulo Sérgio, no dia 14/12/2022. 

Página 370 de 884 - QUE em uma das reuniões dos Comandantes das Forças com o então Presidente da República, após o segundo turno das eleições, depois de o Presidente da República, JAIR BOLSONARO, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de algum instituto previsto na Constituição (GLO ou Estado de Defesa ou Estado de Sítio), o então Comandante do Exército, General FREIRE GOMES, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o Presidente da República; 

PAGINA 425 DE 884 - Nesse contexto, a investigação, com base nas medidas cautelares probatórias deferidas pelo juízo, avançou em identificar que a organização criminosa planejou e executou ações clandestinas para prender/matar o ministro ALEXANDRE DE MORAES. A ação final foi realizada no dia 15 de dezembro de 2022, data em que a consumação do golpe de Estado ficou mais próxima de se concretizar. Além disso, o planejamento operacional previu o assassinato do então presidente da República eleito LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, por envenenamento, e do vice-presidente eleito, GERALDO ALCKIMIN, com a finalidade de extinguir a chapa vencedora das eleições presidenciais de 2022. 

Página 845 de 884 - Na manhã seguinte - 07 de dezembro de 2022-, após ter realizado pessoalmente ajustes na minuta do decreto presidencial, JAIR BOLSONARO convocou os Comandantes das Forças Militares no Palácio da Alvorada para apresentar o documento e pressionar as Forças Armadas a aderirem ao plano de abolição do Estado Democrático de Direito. Os comandantes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contrários a aderirem a qualquer plano que impedisse a posse do governo legitimamente eleito. Já o comandante da Marinha, ALMIRANTE GARNIER, colocou-se à disposição para cumprimento das ordens. Diante da recusa dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica em aderirem ao intento golpista, o então presidente JAIR BOLSONARO, no dia 09 de dezembro de 2022, reuniu-se com o General ESTEVAM THEÓPHILO, comandante do COTER, que aceitou executar as ações a cargo do Exército e capitanear as tropas terrestres, caso o então presidente JAIR BOLSONARO assinasse o Decreto.

PAGINA 880 DE 884 - As ações descritas no documento denominado “PUNHAL VERDE AMARELO” evidenciam que os investigados estavam dispostos a ir além da simples detenção do ministro. Os métodos que seriam empregados na ação clandestina demonstram que o resultado morte era quase inevitável e aceito pelos criminosos. Ademais, o planejamento ainda acresceu de forma direta a previsão de ações para assassinar o presidente LULA por envenenamento e o vice-presidente GERALDO ALCKMIN para extinguir a chapa vencedora.

PAGINA 881 DE 884 - No entanto, apesar de todas as pressões realizadas, o general FREIRE GOMES e a maioria do Alto Comando do Exército mantiveram a posição institucional, não aderindo ao golpe de Estado. Tal fato não gerou confiança suficiente para o grupo criminoso avançar na consumação do ato final e, por isso, o então presidente da República JAIR BOLSONARO, apesar de estar com o decreto pronto, não o assinou.

Nenhum comentário: