por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 18 de junho de 2022

PARQUE PARREÃO I - “DÉJÀ-VU” - José Nílton Mariano Saraiva


O PDT (onde quem manda e desmanda, apita e silencia, pinta e borda, faz e desfaz é o Ciro Gomes) se prepara para lançar o ex-prefeito de Fortaleza, senhor Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, à governadoria do estado, independentemente do acordo firmado lá atrás pelos irmãos Ferreira Gomes com o então governador Camilo Santana, de que o candidato seria a senhora Izolda Cela (que substituiu Camilo Santana quando da sua desvinculação para concorrer ao Senado Federal).

Portanto, para se conhecer um pouco do “modus operandi” do senhor Roberto Cláudio, atente para o abaixo:

Nas administrações (sucessivas) de Juraci Magalhães e Antônio Cambraia a cidade de Fortaleza experimentou um surto de desenvolvimento inquestionável, tanto que, para corroborar isso, à época a muito bem bolada propaganda oficial anunciava que para se constatar o progresso vigente na cidade bastava “abrir a janela” e lá estavam viadutos, parques, novas ruas, praças, etc.

Uma dessas obras e de grande utilidade foi o PARQUE PARREÃO I, localizado no Bairro de Fátima (vizinho à Rodoviária, entre as avenidas Borges de Melo e Eduardo Girão) porquanto um local destinado a prática de caminhadas, recitais, concertos, atividades físicas, reencontro de amigos e por aí vai; enfim, um agradável e aprazível local para onde acorriam os moradores não só do Bairro de Fátima, como também de diversos bairros circunvizinhos, principalmente nas manhãs e finais do dia (de segunda a domingo), sob a vigilância da Guarda Municipal.

Compreensivelmente, a fim de registrar para a posteridade sua marca, a administração de então (Juraci Magalhães) fincou numa das laterais do parque um modesto pedestal, encimado por uma placa onde registrado estavam os nomes do prefeito e secretário responsáveis (Juraci Magalhães/Antônio Cambraia), a data da inauguração (03 DE SETEMBRO DE 1993) e outras informações básicas.

Vida que segue, após a saída da dupla Juraci/Cambraia, o PARQUE PARREÃO I, por descaso e falta de manutenção, enfrentou um desgastante e corrosivo processo de degradação, com o consequente afastamento daqueles que o frequentavam, tendo em vista a invasão do pedaço por marginais de alta periculosidade (em razão da repentina ausência da Guarda Municipal).

Eis que, quando assumiu a cadeira de prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio houve por bem empreender a “recuperação” do PARQUE PARREÃO I, só que com um detalhe ESTARRECEDOR e de uma DESONESTIDADE a toda prova: mantido o pedestal original, a placa com os nomes de Juraci Magalhães e Antônio Cambraia foi substituída incontinenti por uma outra, onde (até hoje) os frequentadores tomam conhecimento que o PARQUE PARREÃO I foi “INAUGURADO” EM 16 DE SETEMBRO DE 2014, na administração do prefeito Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, tendo como secretário da prefeitura um tal Samuel Antônio Silva Dias e chefe da regional IV o senhor Francisco Airton Morais Mourão (ou seja, entre setembro/1993 e setembro/2014 – longevos e incríveis 21 anos - o PARQUE PARREÃO I nunca existiu e nunca foi usado pela população; tudo foi apenas um sonho de verão, uma simplória lembrança, espécie de “DÉJÀ-VU” (sensação de que uma cena ou experiência que se está vivendo nesse momento já aconteceu).

Além do desrespeito patente a um dos maiores prefeitos de Fortaleza (já falecido), tal atitude simbolizou uma irresponsável e abusada tentativa de APROPRIAÇÃO INDÉBITA, porquanto os fortalezenses que usam o PARQUE PARREÃO I (ainda hoje) sabem que o próprio foi idealizado, projetado e inaugurado pela dupla Juraci Magalhães/Antônio Cambraia (no dia 03 de Setembro de 1993, é necessário que se repita).

Conclusão: do jeito que está, temos configurada uma situação ilegal, imoral e amoral e, se resta uma nesga de honestidade ao senhor Roberto Cláudio, a placa original (com os dados corretos) teria que ser reposta e, ao seu lado, aí sim, um outro pedestal e uma outra placa informariam da REINAUGURAÇÃO (e não “INAUGURAÇÃO”) do PARQUE PARREÃO I, na administração Roberto Cláudio, como prefeito da cidade. É o mínimo que se poderia esperar de pessoas com um átimo de ética, sensatez, bom senso, honestidade e clarividência.

Afinal, a persistir tal proceder (registrar como se fosse suas grandes obras realizadas por administradores passados) se atingir o governo do Estado Roberto Cláudio se sentira à vontade para detonar de vez com a memória da cidade, já que dentro em breve uma simples reforma de um hospital, de uma ponte sobre um rio qualquer, dos viadutos, túneis e elevados que proliferam pela cidade, e por aí vai, terão “INAUGURADOS” e terão sua paternidade desonestamente atribuída ao senhor Roberto Cláudio.

O PARQUE PARREÃO I está aí mesmo pra quem quiser comprovar; é só lá comparecer e constatar o que foi exposto.

Nenhum comentário: