por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 16 de junho de 2019

NÃO ESQUEÇAMOS O TAL "SUPREMO" - José Nilton Mariano Saraiva


Ante um Supremo Tribunal Federal leniente, frouxo e passivo, o juiz de primeira instância, Sérgio Moro, de par com a turma do Ministério Público Federal do Paraná, usaram e abusaram de transgredir nossa Carta Maior (Constituição Federal) sem que fossem obstados por aquela Corte Superior.

A esfarrapada desculpa apresentada na oportunidade foi a de que, dada a “excepcionalidade” de que se revestia a tal Operação Lava Jato, o interesse da população se sobreporia às leis e à própria Carta Maior do país (pelo menos foi isso que declarou um dos ilustres Desembargadores que trataram da causa).

Eis que agora, com a entrada em cena do jornalista Glenn Greenwold (The Intercept), a “trama mafiosa” arquitetada pela quadrilha do Sérgio Moro para condenar Lula da Silva revela-se em toda a sua plenitude e desfaçatez.

Temos, então, a dolorosa constatação de algo vexatório, aético e imoral: membros do Ministério Público (Dallagnol e outros) sendo devidamente instruídos e orientados pelo próprio juiz da causa (Sérgio Moro) de como proceder e que caminhos seguir, a fim de que a peça acusatória (a lhe ser dirigida) tenha a consistência desejada por ele, juiz.

A irrefutabilidade da denúncia do The Intercept se constata a partir do instante que nenhum dos citados contesta o que foi denunciado, já que centraram seu descontentamento no “como” tais informações foram obtidas.

Assim, bradando sobre a “ilegalidade” (mas não sobre o conteúdo) das escutas veiculadas por The Intercept, Sérgio Moro e parceiros “esqueceram momentaneamente” que foram eles os “pioneiros” em tal tipo de procedimento, quando por quase cinco anos grampearam gregos e troianos, chegando ao cúmulo de gravar a própria Presidenta da República e findando por influir decisivamente no resultado de uma eleição presidencial.

O resultado é essa tragédia que está aí, com um grupo de milicianos à frente do país, “desconstruindo” tudo o que foi feito até aqui (conforme promessa de campanha).

Portanto, nessa hora gravíssima que atravessamos, tem o Supremo Tribunal Federal a oportunidade ímpar de se redimir perante a nação, ao reconhecer as arbitrariedades e abusos perpetrados pelo juiz Sérgio Moro, anulando “in totum” a sentença condenatória e, consequentemente, libertando de imediato o ex-presidente Lula da Silva.




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