por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

PEDRO ESMERALDO, cratense até pelo avesso - José Nílton Mariano Saraiva


Desconhecemos alguém que ame tanto o Crato como o Pedro Esmeraldo, membro de tradicional família da cidade. Pelo Crato, o Pedro é capaz de enfrentar gregos e troianos, sem nenhum temor; pelo Crato, Pedro perde as estribeiras e topa qualquer coisa, independentemente de onde esteja; pelo Crato, o ordeiro e passivo Pedro transmuta-se num ativo militante político, capaz de elaborar comoventes, longos e sinceros arrazoados, via imprensa e na defesa da cidade.

Enfim, e já tivemos a oportunidade de verbalizar isso aqui e alhures, se a cidade do Crato tivesse pelo menos uns dez combativos Pedro Esmeraldo, certamente não estaria na situação de penúria que hoje está. Pedro é um cratense não só da gema, mas da clara também. Ou seja, um cratense completo, autentico, insuspeito, acima de qualquer um outro (em termos de amor à terra-mãe). Se tiver igual, desconhecemos. Verdadeiro paradigma. Exemplo para as novas gerações.

Reservou o destino, entretanto, ao Pedro Esmeraldo, já na fase crepuscular da vida, algo desconfortável e que certamente o deixará profundamente abalado: nascido e criado na aprazível localidade conhecida por São José, Pedro Esmeraldo poderá, dentro de muito pouco tempo, ter que alterar na sua Carteira de Identidade, o local de nascimento; é que, em tramitação no desonesto e mercantil meio político, existe um projeto que desmembra certas áreas do Crato em favor de municípios vizinhos; e por esse projeto, segundo comentários, a área que abriga o São José passará a pertencer ao município de Juazeiro do Norte. Ou seja, Pedro, que abomina a cidade vizinha, por vias tortuosas será considerado um seu cidadão.


Quanta maldade do destino para com esse nosso guerreiro, Pedro Esmeraldo.

2 comentários:

Carlos Eduardo Esmeraldo disse...

Caro José Nilton

Não há nenhuma razão para que haja apropriação indébita em áreas que há mais de cem anos foram do Crato. Nada mais do que simplesmente a supervalorização dos imóveis ao longo da avenida e o desejo desenfreado de expansão da área de Juazeiro, que não tendo mais para onde se expandir deseja tomar na "marra" terras que sempre pertenceram ao Crato. Barbalha, ao que parece já cedeu mais uma grande área. Esse assunto agora parece voltar a ser requentado. O liomite dos dois municipios sempre foi uma linha reta a partir da ponte ferroviária para o Distrito cratense da Santa Rosa e da referida ponte numa linha em direção à mata dos Rolins. Acomodados como são nossos conterrâneos, é bem possivel que cedam até o Grangeiro.

jose nilton mariano saraiva disse...

Prezado Carlos,

Esse "desejo desenfreado de expansão da área de Juazeiro" não é "assunto requentado". É vero, mesmo que seja "na marra". Os adeptos do charlatão Cícero Romão Batista não têm nenhum escrúpulo. Com relação à sua observação de que "é bem possível que cedam até o Grangeiro", agregaríamos: a própria Chapada do Araripe, que divide o Ceará do Pernambuco, poderá mudar de identidade.