por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 12 de junho de 2015

O UNIVERSO NÃO DÁ MARCHA A RÉ - por José Almino Pinheiro

Das extraordinárias qualidades que Deus dotou o mundo, uma das  principais foi a de que nada tem volta, o universo não tem freio nem marcha a ré, ele gira, explode, expande, encolhe, mas não para, segue sempre em frente. Com esta simples constatação a vida fica mais simples, a convivência melhor compreendida. Como a vida faz parte do mundo, também não para nem dá marcha a ré, o jeito é tocar para a frente. Assim as decisões e escolhas ficam limitadas, mais fáceis de serem tomadas. Recomeçar qualquer coisa que deu errado, provavelmente também não dará certo.  O que precisa é melhorar o que já foi feito. Se brigamos ou sofremos algum acidente não tem como apagar, tem que sarar e tocar pra frente.
A humanidade começou a vida de uma maneira simples, sem muitas complicações além daquelas necessárias para a sobrevivência. Pena que Adão e Eva tenham atrapalhado o idílio Divino. Alguns milhares de anos depois, chegamos aos dias de hoje com guerras, dilúvios, pestes, escravidão, sacanagens de toda ordem para justificar a conseqüente exploração de uns por outros.  
Uma  lição que tiramos disso é que no início, e ainda hoje, nos aglomerados humanos um pequeno grupo de privilegiados manda e explora a imensa maioria, usufruindo e acumulando praticamente sozinho o resultado do trabalho da maioria. Mas, como o mundo não para e a luta pela sobrevivência continua, sempre ao custo de desesperadas lutas por uma divisão mais justa do produto do trabalho e das riquezas, a classe dominante, a contragosto, tem que ceder privilégios. Países antes com monarquias absolutistas, para sobreviverem, tiveram que mudar para monarquias parlamentaristas. Lembrando que algumas delas perderam a parada e hoje são repúblicas.
Infelizmente o avanço não é uniforme, mas não para. Por exemplo, no caso do Brasil, a escravidão foi extinta oficialmente em 13 de maio de 1888; após 55 anos, em primeiro de maio de 1943, veio a CLT - Consolidação das Leis do Trabalho - que alguns especialistas consideram como as primeiras leis “complementares” à Lei Áurea. A CLT aos poucos se aprimora como com a Lei de 19 de dezembro de 2000 que proíbe o trabalho infantil, e mais recentemente, em 26 de março de 2013,  com a  aprovação da Emenda Constitucional nº 66, a chamada PEC das Domésticas. De forma que passaram 125 anos para que, finalmente pelo menos na lei, todos os trabalhadores tenham os mesmos direitos.

Como mostra a história, não é difícil imaginar que o esforço das classes dominantes para manterem sozinhas os privilégios é uma luta perdida. Nessa guerra, no máximo ganham tempo. 

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