por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 19 de março de 2015

Fim de caso

por Vera Barbosa




"Esquece o nosso amor,  vê se esquece. Vai sofrer, vai chorar, e você não merece. Mas isso acontece." Cartola, elegantemente, disse à moça que acabou. Mas, nem sempre, há sutileza. Normalmente, o fim é conturbado, em alguns casos agressivo e, se bobear, violento. E vem a perguntinha básica de quem sofre de amor: como é que alguém que me fez tão feliz, de repente, pode me fazer tão triste? Porque no amor é assim, quando começa e quando acaba. Ou não. Há quem saiba enfrentar o fim de uma maneira, digamos, mais... madura? Não sei. Equilíbrio, maturidade, inteligência emocional, chamem como quiser. O fato é que, quase sempre, dói. E dói muito. E a gente se vê meio perdida, sem rumo, como se nada mais pudesse ser bom. Entretanto, procure observar o comportamento das pessoas, a fim de aproveitar as lições diversas do desamor. Porque há quem saiba fazer do fim uma grande brincadeira, mesmo quando tudo está ruindo. Dizem que quem ama consegue absorver o impacto do golpe e deixar ir, ficando consigo mesma o tempo necessário para se recompor. Será? Não sei. Apenas torço para que, no fim, reste alguma poesia. Ainda que haja saudade, muita saudade.

4 comentários:

socorro moreira disse...

Não gosto da expressão: fim de caso.
Gosto dos começos que permanecem e se transformam num caso sem fim.
O que liga no início, aperta mais no decorrer do tempo, quando é tudo verdadeiro.
Um final feliz não convence.
Uma linha sem fim, intercalada de paradas, destarte todas as esperas, é opção de quem ama , e nunca esquece.

Vera Barbosa disse...

Acredito no encontro de almas afins e no inusitado. Tb sei que é possível reviver um grande amor, embora comigo não funcione. Costumo dizer que café requentado dá dor de barriga, rs. E não ignoro que o que começa pode acabar. Embora não me imagine vivendo o amor, intensa e dedicadamente, já pensando no fim. Seja como for, só peço que, se for amor, que seja infinito eqto durar. Se for pra sempre, melhor. Um beijo!

socorro moreira disse...

Reviver um amor nem sempre funciona, mas com certeza fecha o ciclo.
Eu aposto nas coisas sem fim. Quero-as pra mim, mesmo desapegadamente.
Amizade é um perfeito exemplo de amor. São raras, mas existem!!
Seu texto " fim de caso" é ótimo!
Esqueço qualquer trauma...

Vera Barbosa disse...

Acredito no encontro de almas afins e no inusitado. Tb sei que é possível reviver um grande amor, embora comigo não funcione. Costumo dizer que café requentado dá dor de barriga, rs. E não ignoro que o que começa pode acabar. Embora não me imagine vivendo o amor, intensa e dedicadamente, já pensando no fim. Seja como for, só peço que, se for amor, que seja infinito eqto durar. Se for pra sempre, melhor. Um beijo!