por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 20 de dezembro de 2014

LUTANDO AS CAUSAS REAIS - José do Vale Pinheiro Feitosa

O que segue é surpresa para muita gente. E apenas o é por algumas questões de vícios de conhecimento, preconceito, ignorância de mudanças e assim por diante. Não é incomum que pessoas de classe média, supostamente informadas digam que a educação brasileira é uma desgraça, assim como a saúde pública brasileira. E têm tanta convicção que são incapazes de raciocinar até com as próprias palavras.

Ouvindo um médico vaticinando sobre a “inexistência” da saúde pública brasileira (para ele o que interessa é o equipamento de sua especialidade, ressonâncias, tomografias etc.) acaba se traindo. Lá pelas tantas diz que no Brasil ele, como médico, é obrigado a atender uma pessoa passando mal. Pelo menos as primeiras medidas, aí telefona para o SAMU completar o atendimento (só que até então o SAMU não existia).

Olhem estes dados divulgados pela OCDE sobre o Brasil após a realização da Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizagem (TALIS). São dados coletados em 2013. O estudo abrange vários países, entre os que fazem parte da OCDE e que aqueles que são associados. Na média do conjunto de países analisados, 89% dos professores dos anos finais do ensino fundamental tinham curso superior. O Brasil deve ser um horror, não?

Ao contrário. Ele é superior à média, 94% tem curso superior. E com outra característica: 95% acredita que pode ajudar os seus alunos a pensar de forma crítica. Mas isso é apenas uma parte pois na média dos países os professores levam 7 dias por ano fazendo treinamento em organizações externas às escolas. Esta “merda” de nosso país não deve ter um dia de treinamento.

Peraí gente fina. No Brasil os docentes passaram em média 21 dias em treinamento externo. E nem por isso deixamos de ter muitos problemas. Mas não aqueles da inexistência e nem da demagogia política. É preciso ter o mais possível de professores em contrato de tempo integral e por tempo indeterminado. É preciso reforçar a avaliação externa e brigar pela escola de tempo integral.


Agora lutem pelo certo. Para dar universalidade aos valores do ensino. Com ignorância dos fatos, preconceitos, e informações defasadas perdemos muito da contribuição de cada um.    

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