por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 20 de junho de 2014

Eles "USAM" black tie - José Nilton Mariano Saraiva

Ao contrário do comportamento-padrão daqueles que nada têm a temer  ou esconder, mas, sim, sentem orgulho e satisfação em propagandear os feitos da agremiação a que pertencem, nas eleições presidenciais de 2002, 2006 e 2010 a “tucanalhada” (PSDB) fugiu como o diabo foge da cruz de qualquer referencia ou citação à gestão de oito anos (1995-2002) do tucano-mor Fernando Henrique Cardoso.

Como se sentissem vergonha e considerassem aquele nefasto e sombrio período uma espécie de nódoa irremovível na elitista elegância “black tie” tucana, permitir a presença de FHC no palanque nem pensar, porquanto representaria verdadeira afronta, perigosa sinalização de chuvas e trovoadas, adiante. Assim, a ordem foi enfática e contundente: “deletar” o chefe dos palanques de campanha e/ou de qualquer aparição pública. Foi o que aconteceu. E isso tem um nome, desaprovação.

É que, constatado restou, através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, posteriormente publicizadas, (foram inúmeras) existia uma “quadrilha tucana” instalada no gabinete do então presidente do BNDES (Mendonça de Barros) que obtivera autorização expressa do “chefe-maior” pra usar seu nome (do Presidente da República) em transações prá lá de suspeitas, durante o processo de privatização (doação) do setor telefônico nacional, objetivando beneficiar, via fundos de pensão estatais, nada menos que o maior bandido do Brasil, senhor Daniel Valente Dantas. Foi o que aconteceu. E  isso tem um nome, corrupção.

Uma outra imoralidade que desnudou o mafioso modus operandi tucano de administrar à época FHC e que veio a público, foram as declarações espontâneas dos então deputados federais acreanos Ronivon Santiago e João Maia, confirmando terem recebido (assim como outros três colegas da bancada acreana) R$ 200 mil reais, cada, a fim de votarem pela reeleição de FHC. Foi o que aconteceu. E isso tem um nome, corrupção (um adendo: teriam sido “comprados”, a esse preço, 150 deputados, de diversos estados e siglas, segundo o senador gaúcho Pedro Simon).

Eis que agora, certamente que confiando na memória curta do povo brasileiro, o candidato do PSDB que irá disputar as próximas eleições presidenciais, o playboy Aécio Neves, à falta de um projeto para o país, resolve “fazer justiça” (palavras dele), ressuscitando FHC como se houvesse sido um grande administrador. Não foi o que aconteceu. E isso tem um nome, desonestidade.

O que podemos deduzir, é que ao espelhar-se num homem que deixou a ética de lado e corrompeu Deus e o mundo objetivando ganhos pessoais (nem que naquele momento o país literalmente estivesse afundando, tanto que valeu-se do famigerado FMI em três oportunidades), o senhor Aécio Neves implicitamente compactua e chancela toda a sujeirada e corrupção praticada pelo chefe.

Sinal de que, se algum dia chegar lá (e não será dessa vez), adotará idêntico proceder ???   


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