por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 12 de outubro de 2013

"Mistura" indigesta - José Nilton Mariano Saraiva

Ao “esquecer”, por mera conveniência pessoal, o conceito “pejorativo” que emitira a respeito dos “partidos políticos”, aliando-se a um deles (o PSB, que abriga o supra-sumo do que há de mais conservador e sectário), Marina Silva não só decepcionou os antigos companheiros da tal “rede sustentabilidade” como, também, findou por admitir tacitamente se achar disposta a “vender a alma” ao diabo a troco de uma compensação qualquer (sua candidatura a vice); ao desnudar-se por inteira, findou por mostrar que, ao contrário do que pregara e difundira ao longo da sua trajetória, não é nem um pouco “diferente” dos políticos tradicionais, porquanto neo-partícipe do mesmo jogo sujo que os caracterizam. E em assim procedendo, renegando tudo o que pregara, Marina Silva pode ter assinado o próprio “atestado de óbito”, politicamente.

É que, a partir de então, o seu “puritanismo” tenderá a sofrer um corrosivo processo de desgaste, tanto ético como moral, ao aliar-se a práticas e métodos que reprovara no passado, mas que constam do cardápio “pragmático” do novo chefe, Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB. Tanto é que este, de passagem por Belo Horizonte, ao confraternizar com Aécio Neves admitiu formalmente que o seu partido poderá se “misturar”, sim, com outras agremiações na disputa estadual, visando obter ganhos no plano federal.

E mais: na tentativa de viabilizar a qualquer custo sua candidatura à Presidência da República, Eduardo Campos admite a possibilidade de... “nos Estados dividir palanques de candidatos a governador com outros postulantes ao Palácio do Planalto”. Tanto que lá mesmo em Minas Gerais o martelo já teria sido batido, com o PSB já tendo se aliado ao PSDB, no que para ele seria uma mera... “experiência de palanque duplo”.

Em português claro e cristalino: para Eduardo Campos, as alianças estaduais entre PSB e outros “partidos” em torno de um mesmo candidato a governador serão não só toleradas como estimuladas, contanto que lhe traga dividendos mais à frente.


Terá Marina Silva estômago pra suportar tal tipo de “mistura” indigesta ???

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