por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 2 de maio de 2013

A "face oculta" do patrocinador - José Nilton Mariano Saraiva


Até a “pedra da batateira” (lá no Crato) tem plena consciência (pedra, pensa ???) que na partida final da Copa do Mundo de Futebol, de 1998, realizada na França, a seleção brasileira atuou (não necessariamente em termos numéricos) desde o princípio, com um jogador a menos, daí a atuação ridícula e a conseqüente acachapante derrota por 3 x 0 para os anfitriões. É que o jogador Ronaldo Nazário (vulgarmente conhecido por o “Gordo”), que houvera sofrido convulsões minutos antes, foi escalado para aquele jogo meia-hora antes, sem que tivesse a mínima condição para tal (e aí, faltou um “doutor” arrochado, com um mínimo de ética e dignidade, para diagnosticar isso). Tanto é que, momentos antes da pugna se iniciar, no documento oficial disponibilizado para a imprensa de todo o mundo, figurava o nome do seu então reserva eventual, Edmundo, como titular do ataque brasileiro. O que aconteceu para que um jogador sem a mínima condição (e durante todo o jogo isso ficou comprovado) tenha sido posto, de forma até temerária, para disputar uma final de Copa do Mundo, após um suposto ataque epiléptico ??? Por que motivo a expectativa de milhões de pessoas foi prematuramente relegada a um plano secundário, frustrando-as de forma irremediável, porquanto com um jogador a menos em campo ??? À época, sem maiores contestações, desculpas sem pé nem cabeça foram ventiladas por parte de dirigentes, equipe médica e por aí vai, mas que nunca convenceram a ninguém. Posteriormente, restou comprovado que a razão determinante fora obliterada: o jogador entrou em campo literalmente dopado por um coquetel de possantes remédios. Pois foi em função da atipicidade daquele momento e em circunstâncias até dramáticas, que o Brasil conheceu, em toda a sua desfaçatez e crueza, a “face oculta do patrocinador”, e que a mercantilização desbragada chegara com força ao futebol: é que a Nike, patrocinadora não só da Seleção Brasileira, mas, também, do próprio jogador, teria “exigido”, “imposto”, “determinado”, por cima de pau e pedra, que ele fosse escalado, independentemente do comprometimento da sua condição físico/clínica. Como as quantias envolvidas eram dignas de algum desses príncipes árabes que nadam em petróleo, a “ordem” foi obedecida sem qualquer contestação e, assim, a seleção brasileira apresentou-se de forma pífia, naufragando de forma vergonhosa. E não se falou mais nisso, petê saudações (talvez se o jogador tivesse “batido as botas”, em pleno gramado, a verdade surgiria cristalina). Fato é que, de lá pra cá, a força do patrocínio-mercenário se solidificou a cada dia, e isso se reflete na “invasão” dos antigos “mantos sagrados” (camisas da seleção e dos clubes, às quais tínhamos orgulho de envergar), que se transformaram em autênticos outdoors ambulantes, já que descaracterizadas por propagandas de qualquer espécie. Ou será que algum torcedor do Vasco da Gama, por exemplo, algum dia imaginou ver o time entrar em campo com uma camisa azul e branco, que não tem nada a ver com a tradição do clube; ou que um flamenguista tenha que suportar o time envergar um uniforme amarelo e azul, tudo isso imposto e bancado pelo patrocinador ???. No mais, a badalada escolha do melhor jogador do mundo não passa de um jogo de cartas marcadas, uma farsa patrocinada pelo tal patrocinador que, inclusive, chega até a determinar os resultados das partidas (inclusive em Copas do Mundo) dependendo das suas conveniências. É a “face oculta do patrocinador” em toda a sua pujança, que muitos teimam em não ignorar. 

Um comentário:

jose nilton mariano saraiva disse...

É a “face oculta do patrocinador” em toda a sua pujança, que muitos teimam em não ignorar. (DELETE-SE O "NÃO").