por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Eleições do Crato ( II ) - José Nilton Mariano Saraiva



Se a própria Constituição Federal reza que qualquer cidadão brasileiro, a partir de certa idade, tem o direito de pleitear e concorrer ao cargo maior do Poder Executivo – a Presidência da República – evidentemente que, em se tratando dos “Estados” e “Cidades” que compõem a “República”, qualquer cidadão também se acha habilitado a concorrer aos cargos de Governador e Prefeito, respectivamente.
Pois bem, Raimundo Bezerra Filho foi, durante quase todo o período (08 anos) em que a cidade do Crato foi comandada pelo atual chefe do Executivo, um vice-prefeito fiel, obediente, leal, operante e discreto, porquanto alimentava o sonho de um dia dirigir a cidade que o pai houvera dirigido anos atrás.
Mas, aí, com a proximidade do fim do mandato e a chegada do período legal de indicar para o cargo alguém de confiança para concorrer à sua sucessão, o prefeito da cidade houve por bem, certamente que depois de consultado o “grupo palaciano” (familiares e pessoas mais próximas), isolar de vez, dá um chega pra lá no seu vice, Raimundo Bezerra Filho, num sinal claro de que ele não fazia parte dos seus planos, não merecia sua confiança.
Traído espetacularmente, Raimundo Bezerra Filho não se fez de rogado e, deixando de lado a discrição e o recato, saiu atirando pra todos os lados: que nunca houvera sido consultado sobre se desejava ou não concorrer, que houvera sido vítima de uma traição inominável, que existia na administração um “grupo familiar” que não admitia largar o osso em hipótese alguma e, enfim, que se sentia traído por aquele a quem tanto fora fiel.
Hoje, Raimundo Bezerra Filho prepara-se para retornar ao cargo de vice-prefeito da cidade, já que compôs a chapa vitoriosa. Deve estar se sentindo muito bem e à vontade, já que o seu superior hierárquico, prefeito eleito da cidade, Ronaldo da Cerâmica, lá atrás houvera abandonado o partido do Prefeito (PSDB) por falta de espaço.
Como se vê, a traição em dose dupla foi vingada também duplamente. Além do que, a “visão futurista” do atual prefeito ficou por demais comprometida, evidenciando o “porquê” do Crato ter ido ao fundo do poço e se achar na situação caótica em que se encontra.  

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