Pra Dona Maria
Ela sentou-se na cadeira em frente à janela.
Estava cansada, os olhos ardiam,
tanta paisagem se mexendo,
indo e vindo ao redor do corpo,
desejo por sete gramas
de vento no rosto,
vento do mar adiante,
de peixes infinitos,
diferentes dos que agora tem
contra proas transparentes
cortando o tempo,
de outrora na ponta dos dedos,
ou emaranhada nos pelos dos braços, tórax,
barba por fazer,
e nunca mais.
Quis levantar-se e caminhar
na praia, o cansaço,
peso nos ossos e o mais profundo dos sonos.
Ela dormiu ali mesmo,
e nunca mais.
Ela sentou-se na cadeira em frente à janela.
Estava cansada, os olhos ardiam,
tanta paisagem se mexendo,
indo e vindo ao redor do corpo,
desejo por sete gramas
de vento no rosto,
vento do mar adiante,
de peixes infinitos,
diferentes dos que agora tem
contra proas transparentes
cortando o tempo,
Por esse mar, ele levou-lhe talvez
os melhores dias, a maciez da pele de outrora na ponta dos dedos,
ou emaranhada nos pelos dos braços, tórax,
barba por fazer,
e nunca mais.
Quis levantar-se e caminhar
na praia, o cansaço,
peso nos ossos e o mais profundo dos sonos.
Ela dormiu ali mesmo,
e nunca mais.
Um comentário:
Lindo!
Sua poesia faz falta!
Grande abraço, poeta!
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