por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 5 de junho de 2012

Paisagem triangular- socorro moreira



Juazeiro está cada vez mais luminoso. Agora tem fonte luminosa no “Giradouro” – Praça de entrada da cidade. O Shopping, ampliado, atende as necessidades de uma grande metrópole. Aguardamos as salas de projeção. Cinema no escurinho faz a maior falta.

Nos problemas sociais talvez estas cidades se identifiquem, e seja tudo quase a mesma coisa.

Depois é pegar a estrada que liga Juazeiro a Barbalha. Impactante! Sempre surpreendendo com novas construções, restaurantes interessantes. Barbalha nestes dias está especialmente linda. Igreja de Sto. Antonio super decorada; ruas enfeitadas de bandeirolas e balões.Até chegar neste cenário percorremos 22 km.
Crato embora apagado, sem opções de quase nada é a cidade que amamos, e na qual desejamos morar.
Falta tanta coisa, que até perdemos a vontade de sonhar. O momento político se aproxima, mas sinto no povo em geral, uma certa apatia, falta de entusiasmo e paixão.
Seja o que Deus quiser?
Espero o milagre da animação, da vontade esperançosa de nossas melhoras. Não sinto unidade neste sonho. Não sinto o interesse de investir num reduto decadente com poucas perspectivas de revitalização.
O silêncio nas calçadas conta-nos baixinho que o nosso povo está dormindo.

Julho trará nossa festa de Exposição.Afora os reencontros com os cratenses que moram distante, o resto é desencanto. Quando penso na programação musical começa minha frustração. Possuímos grandes músicos, e nenhuma orquestra. Os shows que se apresentam importam bandas de forró, grupos de pagodes, e até duplas sertanejas... É uma pena!
Minha geração não se diverte. Ela aos poucos vai se acomodando na alcova, frente à televisão. Melhor se tivesse continuado na poltrona da sala, ou nas cadeiras da calçada.
As salas ficaram despovoadas. O calor humano transita entre o quarto e a cozinha. Sim, eu acho que se foram os bons tempos, que tudo hoje é diferente, mesmo curtindo a magia da vida, e sendo inexplicavelmente, quase feliz.
Sofro do desencanto... Quem sabe são os meus 60 anos?


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