por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

JACÓ DO BANDOLIM- Norma Hauer






Foi a 14 de fevereiro de 1918 que nasceu, aqui no Rio de Janeiro, Jacob Pick Bittencourt, que ficou conhecido no meio musical como JACÓ DO BANBOLIM.

~Desde pequeno interessou-se por instrumentos musicais, primeiro o violão, depois o violino e, por úlyimo, aquele que representou sua vida:o bandolim. Sendo autodidata, aprendeu a tocá-lo sozinho.

O primeiro choro que lhe chamou a atenção e fê-lo interessar-se por esse ritmo,foi o “È do Que Há”, de Luiz Americano, gravado pelo autor. A partir daí fundou o conjunto “Época de Ouro”, ainda existente, embora sem sua presença, mas com vários “chorões” que semanalmente se apresenta na Rádio Nacional..

Podemos citar como de sua autoria, os choros “Noites Cariocas” e “Doce de Coco”

Em um espetáculo realizado no Teatro João Caetano, em benefício do Museu da Imagem e do Som, no ano de 1968, apresentou-se com Elizeth Cardoso, Zimbo Trio e o conjunto “Época de Ouro” Esse espetáculo foi gravado em dois LPs em edição limitada, o que é pena porque merecia uma edição comercial..



Atuou até o fim de sua vida no programa “ Jacob do Bandolim e seus Discos de Ouro”, na Rádio Nacional sendo que o último foi ao ar na véspera de seu falecimento ocorrido no dia 13 de agosto de 1969.

Nesse dia, chegando em casa, acompanhado de Pixinguinha, com quem acertara a gravação de um LP só com músicas do compositor, teve um infarto fulminante, sem mesmo conseguir entrar em sua casa.



Após seu falecimento, seu filho Sergio Bittencourt, também compositor, compôs “Naquela Mesa”, que gravou com Elizeth Cardoso, ficando tão emocionado que não conseguiu cantar o último verso.



NAQUELA MESA



Naquela mesa ele sentava sempre e me dizia sempre
O que é viver melhor

Naquela mesa ele contava estórias
E hoje na memoria eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente e contava contente
O que fez de manhã e nos seus olhos era tanto brilho
Que eu mais que seu filho eu fiquei seu fã



Eu não sabia que doía tanto uma mesa no canto
Uma casa um jardim

Se eu soubesse o quanto doi a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguem mais fala no seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele e a saudade dele
Está doendo em mim.


Norma

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