Pai e mãe de
si mesmo
Por Jayme
Panerai
Nossas faltas de afeto, carinho e amor
marcaram nossos corpos físicos e emocionais com um retraimento do nosso ser
provocado pela contração do organismo, que necessita e não é saciado. Nós,
humanos, possuímos estas faltas. Temos que, adultos, reconhecê-las e cobrir
essas lacunas de afeto, carinho, cuidado e atenção conosco próprios.
Algo como ser pai e mãe de nós mesmos nos dando tudo o que nos faltou. Então, cuidar de todos os aspectos de nossa vida pode se tornar hábito do cotidiano. Para amar o outro, temos que aprender a nos amar.
Essa prática do amor dirigido a nosso ser pode parecer um tanto estranha no início, mas somente até pegarmos a essência. Aí passa a ser prazer e até diversão, senão vejamos algumas práticas que podemos incluir no dia a dia:
. Tomar banho - em que sintamos realmente a água correndo em nossos corpos. Pescoço, planta do pé, dobra do joelho e cotovelos. Porque muitas vezes tomamos banhos mecânicos. Saímos da ducha e nem lembramos que experimentamos o conforto da água. Aproveitar e refletir sobre todas as águas e líquidos em nossa vida, a que bebemos, as lágrimas, o suor, a chuva, o mar etc.
. Passar creme no corpo - de preferência diariamente, após o banho ou antes de dormir. Isso porque muitas vezes nossos pais não puderam nos dar todo toque e contato de que necessitávamos ou porque tinham que trabalhar ou porque já havia um irmãozinho que lhes tomava o tempo. Contato afetivo para nossa pele, que é a parte mais extensa que temos.
. Amigos - buscar e resgatar amizades antigas, recentes e não descuidar das amizades futuras que estão nos chegando hoje. Chamar para um café, almoço, visitar, enviar e-mail, incluir nas redes sociais, enfim reconectar com amigos, mantendo-os como vínculos de saúde.
. Pequenos presentes - dar-se livros, discos, pulseiras, brincos, colares, cremes, cinema, sorvete. Presentear-se sob pena e risco de nos tornarmos eméritos presenteadores dos outros. E a arte de presentear inicia com os presentes que somos capazes de nos dar.
. Livros - que não sejam profissionais, mas romances, aventuras, autoajuda, espirituais. Poder ler um livro significa entrar em contato com a essência daquele autor. Como se cada livro fosse uma pessoa com quem travamos conhecimento pelos seus escritos. Preencher-se de pessoas, de escritores. Até quem sabe, um dia você se estimular para escrever e publicar o seu.
. Caminhadas e exercício - nada exagerado. O mínimo, mas que se tenha 20 minutos de caminhada diária, para que os poros se abram e seja jogado fora o lixo orgânico acumulado. Lembrar que caminhar significa, na visão da medicina chinesa, massagear os pontos nas plantas dos pés, que correspondem aos órgãos principais do corpo humano. Além de permitir a ocupação plena do pulmão pela respiração advinda, olhar o mundo, as pessoas, a natureza à medida que caminhamos. Perceber que a cada dia existem diferenças consideráveis no mesmo trajeto. Que é o novo de cada dia.
. Contemplação - aqui o silêncio ocupa o espaço. Silenciar a mente. Entrar no lugar interno que possui respostas que muitas vezes buscamos fora, no exterior, e que estão bem dentro de nós, no mais profundo do nosso ser.
Assim, podemos nos entregar alguns cuidados simples e acessíveis a todos para nos dar e suprir o que pode ter faltado quando éramos crianças. Cobrindo essas faltas, poder então seguir como adultos no caminho árduo, pedregoso, acidentado que é a vida, para buscarmos o horizonte, o futuro, a longevidade, com saúde e esperança.
Algo como ser pai e mãe de nós mesmos nos dando tudo o que nos faltou. Então, cuidar de todos os aspectos de nossa vida pode se tornar hábito do cotidiano. Para amar o outro, temos que aprender a nos amar.
Essa prática do amor dirigido a nosso ser pode parecer um tanto estranha no início, mas somente até pegarmos a essência. Aí passa a ser prazer e até diversão, senão vejamos algumas práticas que podemos incluir no dia a dia:
. Tomar banho - em que sintamos realmente a água correndo em nossos corpos. Pescoço, planta do pé, dobra do joelho e cotovelos. Porque muitas vezes tomamos banhos mecânicos. Saímos da ducha e nem lembramos que experimentamos o conforto da água. Aproveitar e refletir sobre todas as águas e líquidos em nossa vida, a que bebemos, as lágrimas, o suor, a chuva, o mar etc.
. Passar creme no corpo - de preferência diariamente, após o banho ou antes de dormir. Isso porque muitas vezes nossos pais não puderam nos dar todo toque e contato de que necessitávamos ou porque tinham que trabalhar ou porque já havia um irmãozinho que lhes tomava o tempo. Contato afetivo para nossa pele, que é a parte mais extensa que temos.
. Amigos - buscar e resgatar amizades antigas, recentes e não descuidar das amizades futuras que estão nos chegando hoje. Chamar para um café, almoço, visitar, enviar e-mail, incluir nas redes sociais, enfim reconectar com amigos, mantendo-os como vínculos de saúde.
. Pequenos presentes - dar-se livros, discos, pulseiras, brincos, colares, cremes, cinema, sorvete. Presentear-se sob pena e risco de nos tornarmos eméritos presenteadores dos outros. E a arte de presentear inicia com os presentes que somos capazes de nos dar.
. Livros - que não sejam profissionais, mas romances, aventuras, autoajuda, espirituais. Poder ler um livro significa entrar em contato com a essência daquele autor. Como se cada livro fosse uma pessoa com quem travamos conhecimento pelos seus escritos. Preencher-se de pessoas, de escritores. Até quem sabe, um dia você se estimular para escrever e publicar o seu.
. Caminhadas e exercício - nada exagerado. O mínimo, mas que se tenha 20 minutos de caminhada diária, para que os poros se abram e seja jogado fora o lixo orgânico acumulado. Lembrar que caminhar significa, na visão da medicina chinesa, massagear os pontos nas plantas dos pés, que correspondem aos órgãos principais do corpo humano. Além de permitir a ocupação plena do pulmão pela respiração advinda, olhar o mundo, as pessoas, a natureza à medida que caminhamos. Perceber que a cada dia existem diferenças consideráveis no mesmo trajeto. Que é o novo de cada dia.
. Contemplação - aqui o silêncio ocupa o espaço. Silenciar a mente. Entrar no lugar interno que possui respostas que muitas vezes buscamos fora, no exterior, e que estão bem dentro de nós, no mais profundo do nosso ser.
Assim, podemos nos entregar alguns cuidados simples e acessíveis a todos para nos dar e suprir o que pode ter faltado quando éramos crianças. Cobrindo essas faltas, poder então seguir como adultos no caminho árduo, pedregoso, acidentado que é a vida, para buscarmos o horizonte, o futuro, a longevidade, com saúde e esperança.
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