por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 30 de outubro de 2011

Antenógenes Silva - por Norma Hauer



Ele nasceu em 30 de outubro de 1906, em Uberaba- Minas Gerais. E daí? Daí que estudou música, virou acordeonista e compositor.
Seu nome : ANTENÓGENES SILVA. Para onde ia levava aquele pesado acordeon e gostava de contar histórias de sua vida.
Conheci-o em 1976 no programa "Sala de Visita", que Raul Maramaldo apresentava na Rádio Rio de Janeiro.
Foi quando contou uma história referente à melodia de "Saudades do Matão", gravada por Carlos Galhardo e em cuja etiqueta do disco de 78 rotações constam os nomes de Jorge Galatti e Raul Torres, como autores. O mesmo ocorrendo no LP "Carrossel de Melodias", de 1958, também com Carlos Galhardo
.
ATENÓGENES contou que compusera essa música em 1920, quando vivia em São Paulo. Afirmou que costumava executá-la nas festinhas infantis, por não ser, ainda, músico profissional.
Anos mais tarde, soube que ela havia sido gravada como sendo de Raul Torres (autor da letra) e Jorge Galatti, como compositor da música.
Entrou na luta pelos direitos autorais, provando ser o verdadeiro autor da música e que Jorge Galatti nunca compôs nada. Em gravações posteriores de “Saudades do Matão” aparece seu nome como autor.

Dentre as músicas de Antenógenes que receberam letra, a que considero mais bonita é "Uma Grande Dor Não se Esquece", gravada por Gilberto Alves.

Antenógenes Silva foi casado com Léa Silva, uma das pioneiras do rádio, onde apresentava um programa para mulheres, tal como outra pioneira, Sagramour de Scuvero o fazia.

No final dos anos 30 eram as únicas mulheres locutoras de rádio , mas Léa Silva, que também era química, lançou um produto "de beleza" de nome "Creme Marsília", por sinal,muito bom.
Era um creme bastante agradável que deixava a pele fresca, limpa e hidratada...mas se deixava "bela" é outra história.
Mesmo após a morte prematura de Léa Silva nos anos 50, Antenógenes formou-se em química e continuou produzindo o produto

Em homenagem à Léa, ele gostava de distribuí-lo em suas apresentações em "shows", sempre acompanhado por seu acordeon
A última vez em que o vi, ele estava com mais de 80 anos, firme com seu instrumento.

Faleceu em 9 de março de 2001 , em seu estado natal, no ano em que completaria 95 anos.

Norma

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