A garça branca ergue muito o pescoço
E olha do alto, solene, a vaca preta.
A vaca pasta com resignação
O capim verde à beira do mato.
Perto, com seus espinhos, um pé de limão.
A água corre escondida, não muito longe.
Um tucano passa agitado, aos gritos.
Dois coqueiros se ajeitam entre as árvores.
Nuvens brancas esparsas no céu azul
Lembram a paina das paineiras nuas
Ou a lã das ovelhas tosquiadas.
Quase as ouço balir à distância.
Os cavalos pastam sossegados:
Sabem que o verde nunca terá fim.
Os cachorros descansam à sombra
E prossegue o trabalho das formigas.
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