por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 19 de julho de 2011

JAIR AMORIM- Norma Hauer


Foi no dia 18 de julho de 1915 que nasceu no Espírito Santo o locutor jornalista e e compositor Jair Pedrita de Carvalho Amorim, que ficou conhecido como JAIR AMORIM.
Começou a trabalhar muito cedo primeiro como jornalista em sua terra e em 1940 , recebeu convite para dirigir a Rádio Clube do Espírito Santo, onde produziu vários programas e lançou-se como locutor de noticiários.
Em 1941, já no Rio de Janeiro, passou a escrever nas revistas “Carioca” e “Vamos Ler”, sendo em seguida contratado pela Rádio Clube do Brasil como locutor, onde conheceu o pianista e compositor José Maria de Abreu. Este, havia perdido seu parceiro mais constante (Francisco Matoso) e estava desinteressado em fazer novas composições.
Jair Amorim ofereceu-se como letrista para fazer parceria com José Maria de Abreu que não estava muito interessado, mas acabou cedendo, quando viu Jair Amorim fazer a versão do bolero Maria Helena, que acabou sendo gravado por Arnaldo Amaral.
". Em 1945, teve a primeira composição com José Maria de Abreu gravada: o fox canção "Brigamos outra vez", na voz de Orlando Silva na Odeon.
A partir daí vários foram os sucessos da dupla.,
Em 1948, depois de sair da Rádio Clube do Brasil, foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Quatro anos depois, retornou à Rádio Clube, onde passou a apresentar o programa "Discos na Vitrina".
Em 1949, teve gravados os sambas "Ponto final", por Dick Farney,"Não me pergunte", por Sílvio Caldas, e "Um cantinho e você", por Radamés Gnatalli ao piano, todos parceria com José Maria de Abreu,
. Em 1951, teve outra de suas parcerias com José Maria de Abreu gravada por Dick Farney, o samba "Sonhar". Ainda em 1952, compôs a valsa canção "Se ela perguntar", com Dilermando Reis, gravada por Carlos Galhardo.

Em 1956, teve gravadas, entre outras composições, os sambas "Hino ao samba", parceria com José Maria de Abreu, por Francisco Carlos e, "Conceição", parceria com Valdemar de Abreu, o Dunga, pelo Conjunto Farroupilha. Este último samba receberia ainda regravações de Dircinha Batista e Cauby Peixoto.
E foi com Cauby Peixoto que “estourou” em todas as paradas, sendo até hoje o “carro-chefe” de Cauby..
CONCEIÇÃO

Conceição
Eu me lembro muito bem
Vivia no morro a sonhar
Com coisas que o morro não tem
Foi então
Que lá em cima apareceu
Alguém que lhe disse a sorrir
Que, descendo à cidade, ela iria subir

Se subiu
Ninguém sabe, ninguém viu
Pois hoje o seu nome mudou
E estranhos caminhos pisou
Só eu sei
Que tentando a subida, desceu
E agora daria um milhão
Para ser outra vez
Conceição .
Em 1958 conheceu Evaldo Gouveia, na sede da UBC. No mesmo dia compuseram a primeira composição, "Conversa" de uma série de parcerias. A música foi gravada por Alaíde Costa, pela RCA Victor naquele mesmo ano.
Em 1959, com o mesmo parceiro compôs o bolero "Só Deus", gravado por Maysa na RGE. Em 1960, compôs com Evaldo Gouveia o samba-canção "Cantiga de quem está só", gravada por Agostinho dos Santos. Em 1962, a dupla compôs "Poema do olhar", que o cantor Miltinho gravou.;
Daí foram muitos os sucessos com seu novo parceiro:Evaldo Gouveia.
Em 1975 uma música marcou a carreira de Ângela Maria, como um de seus grandes sucesso até hoje: “Tango p’ra Tereza”, da parceria com Evaldo Gouveia.
JAIR AMORIM faleceu em 15 de outubro de 1993, em São Paulo, aos 78 anos.

Norma

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