por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 5 de março de 2013


divagações


Perdas e ganhos
Balança em equilíbrio
Energias transformadoras
Aprender mais com todos
Procurar as pessoas disponíveis
Acolher pessoas que nos procuram...
Recriar pensamentos e sentimentos
Cuidar se, sobretudo!
Inventar a novidade
Ou apreciá-la!
Namorar amigos, família...
Deslembrar o que não pode voltar
Que a  saudade seja brisa
Sopro leve, que espalha suavidade
Fugir da inquietação
Não esperar...
Receber com razão e o coração
A vida ainda é presente
O temporal agora é sereno
E a noite, nesta solidão,
Traz consigo a mágica esperança

Viver é nunca sentir o fim
É contar com possibilidades
Até que o simples nos surpreenda
E nos arranque um sorriso de paz!


Começo de semana
Começo de mês
Recomeço de vida.
Enquanto arrumo e expurgo papeis
Agendo novas prioridades
O bem querer vai se transformando em carinho
Assim são os vícios e as compulsões...
O desligamento afetivo é possível
O desligamento de um hábito impróprio
(como fumar...) Implica em liberdade
- Ser livre é superar-se!

socorro moreira






segunda-feira, 4 de março de 2013

No Diário de Pernambuco de hoje. Com uma...
CD Baião de Nós 3 de março de 2013 19:50
No Diário de Pernambuco de hoje. Com uma desinformação, pois não se trata de show e sim de uma noite de autógrafos com exibição de documentárfio musical sobre o Lira Paulistana.
Tiago Araripe mostra disco novo nesta segunda-feira | Viver: Diario de Pernambuco
www.diariodepernambuco.com.br
O cantor e compositor cearense Tiago Araripe faz show de lançamento de seu novo disco, Baião de dois...


domingo, 3 de março de 2013


Assim escrevo... Pedacinhos de mim...Pedacinhos de vida...Pedacinhos de um livro que fala de amor, aromas, paixão e saudade...

"Ainda sinto o cheiro das frutas frescas de minha infância e o perfume das flores dos jardins que minha mãe cuidava com carinho. Lembranças eternas e suaves que me fazem sonhar e relembrar momentos que não voltam mais. Acho que tudo isso já me fez um pouco poeta desde criança."...

"O sol poente lentamente parecia rasgar o mar em meio a nuvens avermelhadas transmitindo uma beleza sem par vista pelas janelas da casa.
Lírios e rosas perfumavam os cômodos dando a impressão de um jardim mágico onde os sonhos se realizam.
Da cozinha, vinha um cheirinho de quitutes preparados com esmero."...

Ignez Olivieri

sexta-feira, 1 de março de 2013

A "estranha diligência" de um Magistrado - José Nilton Mariano Saraiva


Qualquer trabalhador que tenha algum vínculo empregatício, do humilde empregado da bodega da esquina ao mais alto executivo de uma grande corporação, sonha com o dia em que poderá oficialmente jogar tudo pro alto, livrar-se da ditadura do relógio, tomar umas e outras sem maiores preocupações, dormir até tarde, viajar por aí, esconder-se em algum recanto inóspito e de acesso se possível impossível, enfim, sonha em entrar de férias, evidentemente que levando a “mobília doméstica” (família) a tiracolo. Pelo menos esse é o entendimento das pessoas consideradas “normais”.

No entanto, como os integrantes do nosso Poder Judiciário não se consideram pessoas normais, mas, sim, o “supra-sumo de uma casta de iluminados”, a viverem num mundo particular, só deles, eis que, no Judiciário cearense surge uma situação curiosa: é que, embora em pleno gozo de férias, o desembargador Rômulo Moreira de Deus, integrante de um dos nossos Tribunais Superiores, deixou-se localizar facilmente e, procurado pelos empresários-dirigentes do Sindiônibus, sem maiores cerimônias houve por bem emitir, em caráter de urgência, liminar favorável aumentando o preço da passagem do transporte coletivo de Fortaleza de R$ 2,00 para R$ 2,20 prejudicando, assim, milhares de usuários do transporte coletivo (a troco mesmo de quê ???).

Questionado publicamente pelo jornalista Fábio Campos, do jornal O POVO, sobre se seria legal tal atitude, Sua Excelência publicou no mesmo jornal, dia seguinte, um extenso arrazoado sobre, onde enumera pareceres de eminentes juristas assegurando não haver nenhum impedimento em tal ação (trabalhar nas férias, concedendo liminar). Não convenceu, tanto que seus próprios colegas de Tribunal não concordaram com o seu posicionamento. Agora, que ficou esquisito, ninguém tem dúvida.

A pergunta é: e se ao invés do forte Sindiônibus, fosse o ilustre magistrado procurado pra conceder uma liminar em favor de algum pobre indigente necessitado, que estivesse dependendo da liberação de alguma grana prá salvar a própria vida, será que Sua Excelência teria sido tão diligente ???

Você, aí do outro lado da telinha, teria opinião formada a respeito ??? 

Papa dando sopa



O Grupo Escolar Capistrano Landuá, em Matozinho, ganhara fama ,na região ,por se tratar de uma escola bastante ortodoxa, destas de dar pesqueiro em Piaget e chulipa em  Paulo Freire. Os matozenses contavam orgulhosos  a grande quantidade de ex-alunos que ganhou importantes cargos em todo o estado, forjada nas rígidas regras do Capistrano. Comerciantes importantes, barnabés e até deputados ! D. Eufrazina, uma das pioneiras da educação na cidade, tinha sido a fundadora do Grupo e devia-se muito a ela a seriedade disciplinar da instituição,  nos muitos anos que a dirigiu. Com a partida da educadora para os campos celestiais, a escola foi, pouco a pouco , livrando-se dos velhos tempos e investiu-se de um certo ar de liberalidade, com os novos diretores que foram se sucedendo. Falamos em liberalidade, mas é importante dizer que era com os freios de disco matozenses, nada para além do que seria permitido num convento ou numa mesquita. Mesmo assim, a tradicional família de Matozinho malhava o pau nas mudanças  e vivia a recordar os bons tempos do quartel de Eufrazina:
                                    --- Aquilo sim é que era escola e não essa putaria: mistura de cabaré com Circo de Cavalinhos !
                                   Reclamava a cidade que o Capistrano já não tinha o mesmo desempenho dos anos gloriosos. Nem lembravam que o acesso à escola havia se ampliado nos últimos anos e não só a classe média estudava, mas adentraram as classes os mais desfavorecidos, com todos seus imensos problemas. Assim, caiu como uma notícia auspiciosa a nomeação do novo diretor do Grupo : Prof.  Bento de Assis. O mestre tinha fama de durão, fora coroinha de igreja, membro da TFP e um dos mais famosos anticomunistas e dedos-duros na época da ditadura  militar. Os bons tempos do Capistrano tinham tudo para retornar. 
                                   Bento fez valer a sua fama de duro como beira de sino. Fez uma reviravolta na Pedagogia. Implantou a velha Gramática de Carneiro Ribeiro, o ensino do latim e do Grego na grade curricular, a matemática tradicional com sua tabuada ( nada de maquininhas) e a velha palmatória como professor adjunto. Geografia e História,   só antigas e com o seu decoreba incluso. Nada de figurinhas, cartazes e muito menos diabo de computador. Mudou ainda a farda,  com a necessidade dos homens usarem calças compridas, sapatos fechados e ceroulas e as mulheres saias longas, com toda a proteção interna :califon, anágua e combinação. Proibiu ainda os homens usarem cabelos longos e as mulheres , curtos. Brinquinho em macho, piercing em moça era motivo imediato de expulsão. Não bastasse isso, Bento modificou totalmente a merenda escolar, trocando o velho mingau de aveia,  por uma sopa de coentro que ele tentava convencer os alunos ser mais saudável, mas confidenciava aos professores que aquilo diminuía o tesão dos meninos, em plena fase perigosa de explosão hormonal.  As solenidades na escola eram uma sucessão de rezas e mais rezas todas, necessariamente, em latim.
                                   Bento tinha ainda uma profunda preocupação com os possíveis desvios dos alunos em fase de formação. Encheu a escola de beatas tentando ensinar os meninos que sexo só depois do casamento; que camisinha era uma passagem pro inferno. Amedrontavam ainda os guris lembrando que o pecado solitário era um assassinato em massa, pior do que no nazismo, pois milhões e milhões de espermatozóides eram sacrificados.
                                   Semana passada, depois de uns oito meses de mandato, estranhamente, Bento renunciou ao cargo. Reuniu os alunos no grande pátio, na hora da merenda,  e explicou que estava velho e cansado e que precisava passar a diretoria para alguém mais novo e disponível.  Os matozenses, depois, comentaram que a desilusão dele teve outros motivos. Mais de dez alunas tinham engravidado no último ano, para seu desespero. Os meninos viviam no Cyber da cidadezinha , criticando-o no Facebook. O estado abriu ainda sindicância por conta de um enorme   desvio na verba da merenda escolar por uma quadrilha montada dentro da escola por pessoas do Núcleo Gestor, da sua mais inteira confiança. Não bastasse isso vários alunos colocaram no You Tube vídeos de transas entre eles ,em festinhas promovidas por eles mesmos,  em fins de semana, sob o nome : “As Taradas do Capistrano”. A gota d´água, no entanto, parece ter sido a divulgação de pretensas cartinhas de amor do nosso sério diretor ,  dirigidas a um servente da escola chamado Valdemarzão.
                                   Enquanto o Diretor avisava, solenemente, os motivos da sua renúncia, os alunos , ouvidos de mercador,  engolindo a contragosto a insulsa sopa de coentro, começaram a gritar em uníssono:
                                   --- Queremos papa! Queremos papa  !

J. Flávio Vieira

Zodíaco – Março – poema de Daniel Lima

                               Março vem
                Quando menos se espera.
 Março é pássaro avoante
                é ave de arribação.

Há de repende uma escuridão no céu
                               Como de chuva urgente.
                Levantam-se cabeças.
          Não há nuvem de chuva,
               Não é escuro do ar.

São pássaros que passam em revoada,
                               é março que flutua,
                é março no seu tempo e no teu céu.

Março é fluido e fluente
                    como o rio de Heráclito.
Mas ao cair da tarde,
                à chegada da noite
março firma-se no chão
como o ser de Parmênides,
é terra em que se pisa, solo firme,
vontade de ficar.

                Fluir, ficar.
Às vezes, penso:
                março fundou a dialética
(a verdadeira, não a nossa,
                a triste pobre nossa
                dialética da consumição).

Março é essa perpétua interrogação    
                               suspensa no ar.
É a resposta não percebida
                senão quando passou.

Março é a véspera
                (não aconteceu ainda).

 Março é o dia seguinte
                (acontecerá sempre amanhã).

Março é o intervalo,
                               a pausa,
                a ansiosa espera,
o olhar perdido na distância,
                               quase desesperado,
                mas o teimoso coração
                              a se dizer: “Ele vem!”

Quem que vem? Quem março espera?
Ele, ela, o amor, a paz,
                a boa serenidade,
                               o calmo desencanto,
                o alegre imprevisto,
                               a vida afinal
                (que nem sempre acontece).

Março é o travo
 que dá sabor à vida
                e elimina
a nauseante doçura original.
A amargura de março.
               Sem ela
ninguém suportaria a vida
medíocre feliz e doce vida demais.

A felicidade é fruta
     que tem sabor e cica.
   Março é fruta e é feliz.

Aprende a saborear com volúpia
a vida e seu travor.

É março que te diz.
                Ama a fruta e seu travo.

Março semeia,
                Março não colhe.

O milharal de março
                Será o milho que assarás
Nas fogueiras de junho.

    Março tem a humildade, a grandeza
da fonte cujas águas te abastecem
    e que te matam a sede
    e de que nem te lembras
                e que até desconheces.

Março é a paixão que olha para si mesma
    e se queima no próprio fogo
                como uma vela.

É preciso traduzir março
                para entendê-lo.

Ele é o gesto
                o código
                     o enigma.

Traduze-o vivendo.
                Simplesmente vivendo.
(Não compliques).

Março é a oculta mão,
                               No entanto estendida
                e que não apertas
porque não a vês, a oculta mão
                               a ti sempre estendida.

               Março é a altura da tua alma.
Cresce para colheres sempre mais
                               no alto,
                a amarga, a saborosa fruta
                    que é março em tua vida.

                           (Daniel Lima in POEMAS. Recife 2010)

 

 

               

Uma mente "arejada" - José Nilton Mariano Saraiva


Está mais que provado que uma das causas determinantes do “festival pedófilo” que permeia na Igreja Católica tem tudo a ver com a insistência da manutenção do ultrapassado dogma do celibato (dentre outros). Em sã consciência, é difícil imaginar que um homem “normal”, mas que instruído a “evitar olhar nos olhos da mulher”, não sinta o sexo manifestar-se vez por outra (mesmo que involuntariamente). Se até os animais irracionais possuem o instinto do sexo, o que dizer do racional ser humano, ante a profusão de beldades que desfilam por aí, inclusive nas Igrejas ??? E aí não dá pra segurar (literalmente) ou refrear o desejo, daí a monstruosa e bestial busca por satisfazer suas necessidades sexuais com crianças inocentes (e aí o pecado passa a ser hediondo, com direito a passaporte vip para o Inferno).
Configura-se, pois, ato grotesco e incompreensível, por parte da Igreja Católica, a absurda exigência que aqueles que com ela “contraem matrimônio”, assumam o compromisso de lhes ser fiel, inclusive via celibato, até mesmo porque, em outras seitas, religiões ou ajuntamentos religiosos, os pastores, padres, ou seja lá o que for, têm permissão pra paquerar, namorar, casar, ter filhos e por aí vai. Então, por qual razão não na Igreja Católica ??? Por que castrar aos seus integrantes a benção de ser pai ??? Não foi o próprio Senhor que ordenou o “crescei e multiplicai-vos” ???
Eis que de repente, em pleno Ceará, como se fora “um estranho no ninho”, um dos mais fervorosos e ortodoxos defensores da Igreja Católica, num átimo de sinceridade e certamente depois de muita reflexão, resolve expor publicamente seu sonho de adoção de uma espécie de “abertura lenta, gradual e segura” dessa mesma Igreja, ao colocar na mesa as seguintes ponderações (ipsis litteris): “Por que não colocar para os papas uma regra já existente para os bispos? A aposentadoria automática aos 80 anos. Afinal, dirigir uma organização com mais de um bilhão de seguidores é uma tarefa que, além das qualidades espirituais e intelectuais exige também muita aptidão física. E esta última condição torna-se difícil de ser encontrada numa ancião”... “A renúncia do Papa Bento XVI me encheu de esperanças para o futuro. Não custa sonhar em grandes mudanças para a Igreja. Em primeiro lugar, sonho com a extinção do celibato. Isto permitiria a ordenação de maior número de sacerdotes, que estariam mais presentes no meio das comunidades carentes”... e “Desejo também a ordenação de mulheres. Quantas Teresa de Calcutá poderiam surgir?”. 
De parabéns, pois, o conterrâneo e católico praticante Carlos Eduardo Esmeraldo por, sem abrir mão das suas convicções religiosas, ter a coragem de expor sem temores o que muitos outros católicos pensam, mas se recusam a extravasar.
No mais, é esperar e torcer para que o substituto do Benedito XVI consiga INSERIR a Igreja Católica no mundo real, contemporâneo, cibernético, atual, através da paulatina revisão dos seus dogmas milenares. Para tanto, a “demolição” do celibato já seria um bom começo.  

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

R$ 86.000.000,00 - José Nilton Mariano Saraiva


Você, que com muito sacrifício paga em dia os escorchantes impostos cobrados pelo Governo do Estado do Ceará, não pode deixar de lavrar seu protesto veemente, de manifestar-se de alguma forma, de exercitar sua cidadania. É que, segundo dados oficiais disponibilizados pelo valente Deputado Heitor Ferrer, um dos poucos na Assembléia Legislativa do Ceará que não tem rabo preso, o Governo Cid Gomes, no período 2008 a 2012, literalmente “jogou fora” o montante de R$ 86.000.000,00 (oitenta e seis milhões de reais) via pagamento a seresteiros, sertanejos, forrozeiros e por aí vai.
Para um Estado onde tudo falta, onde a população interiorana passa fome e sede, onde não existe saneamento, habitação, postos de saúde, etc,  gastar em média R$ 17.200.000,00 (dezessete milhões e duzentos mil reais) por ano com esse tipo de promoção, no mínimo configura falta de respeito para com o contribuinte.
Mas, como pimenta nos olhos dos outros é refresco, um dos Tribunais Estaduais (certamente que estimulado pelo Governador) decidiu que o Ministério Público Estadual está proibido de questionar números ou solicitar qualquer documentação relacionada a gastos governamentais.
Assim, resta-nos torcer para que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal se sensibilizem e procurem um jeito de examinar essa autentica farra com o dinheiro público por parte de um governo que se diz sério, mas que, por baixo dos panos, pratica manobras pra lá de suspeitas. 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Horda de marginais - José Nilton Mariano Saraiva



Ao raiar do ano 2000, de férias no Rio de Janeiro, tivemos oportunidade de ver em ação a tal torcida organizada “Gaviões da Fiel”, do Corinthians. E podemos garantir: trata-se de uma coisa assustadora, de arrepiar qualquer um, fazer tremer estátua de pedra. Aos hurros, proferindo palavras de ordem, aquela horda descontrolada de marginais penetrou na estação do metrô em Copacabana e, literalmente, passou como um rolo compressor, verdadeiro redemoinho, por sobre o que encontrou pela frente; catracas, os parrudos seguranças e torcedores do time adversário e por aí vai (ainda bem que os seguranças, pós-passagem e refeitos do susto, num átimo de coerência, nos recomendaram – torcedores do Vasco da Gama - que, se não quiséssemos ser trucidados, tirássemos imediatamente a camisa do time, adversário do Corinthians naquele jogo da final do Campeonato Mundial, dali a pouco, no Maracanã.
Dali até aqui, foram muitas (mas sempre suportadas) as confusões patrocinadas pela “Fiel”, mas eis que, agora, 13 anos depois, os marginais que se dizem torcedores (e que são financiados pelo clube, sim, em suas andanças pelos estádios de futebol por esse mundo afora), chegaram às raias do absurdo: assassinam de forma violenta e covarde um jovem adolescente e, ainda por cima, em um outro país.
 E aí, temos a palhaçada, verdadeira canalhice, patrocinada pela principal emissora de TV do país (Rede Globo), de par com a CBF e torcedores corintianos integrantes de segmentos da mídia esportiva: ante a perspectiva real de o clube ser penalizado com a exclusão de uma competição internacional, dada a repercussão mundial do fato e em sendo o Corinthians um chamariz de audiência e, conseqüentemente, patrocinadores, imediatamente deram um jeito de arranjar um “menor de idade” (acompanhado da mãe), que, orientado com perguntas e respostas devidamente ensaiadas, prestou depoimento exclusivo àquela emissora, em horário nobre, garantindo ter sido o responsável isolado pela barbárie (na realidade, não exista prova nenhuma de que realmente estava presente ao estádio, mas, só em alegar tratar-se de um “menor de idade”, a Globo se previne, na perspectiva de que nada lhe acontecerá; quanto à família, será regiamente “recompensada”, a posteriori).
A matéria foi reprisada nos dias seguintes, nos diversos telejornais da emissora (manhã, tarde e noite), de forma que se firme na mente dos incautos e desprovidos de consciência crítica que tudo não passou de uma fatalidade, que o “coitadinho” não tinha consciência do que estava fazendo, que não direcionou a bomba para a torcida contrária e, enfim, que a vida segue e nada adiantará ficar remoendo coisas da espécie; a Globo continuará bancando o Corinthians, ad infinitum, e arrecadando milhões com os patrocinadores, enquanto os marginais das “organizadas” continuarão impunes e aprontando (covardes e ridículos, alguns dos bandidos que foram presos, portando e exibindo “santinhos” do Cristo, tiveram até a desfaçatez de se dirigir, claro que pela Globo, à presidenta Dilma Roussef, solicitando que o governo brasileiro intervenha para a sua soltura).
O que mais revolta nisso tudo é que, embora todos saibamos tratar-se de uma farsa grotesca, visando não prejudicar os ganhos futuros da Globo, os formadores de opinião de outros veículos de comunicação não questionam, não se interessam no aprofundamento da questão, portam-se como verdadeiros cúmplices da barbárie.
Mas... por que estranhar: afinal, Obama não disse que matou Osama e, embora ninguém tenha visto o corpo, até hoje muitos acreditam seja aquela a verdade verdadeira ???