por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 13 de maio de 2012

O Prefeito do Crato faz toda a Diferença para a Região - José do Vale Pinheiro Feitosa


Qual a importância do Prefeito do Crato? Ser maior do que o passado e igual ao presente para afrontar o futuro que os povos do litoral impuseram à região. Quando falo em maior do que o passado não é bem o que logo nos vem à mente: não falo em abandonar o passado, é justamente o contrário, é não desistir do núcleo político, cultural e social que formou a região e entender que as famílias tradicionais que estiveram na origem do desenvolvimento territorial,  hoje perderam a identidade para ser isso.

Quando falo em ser igual ao presente é para dizer que esse núcleo precisa retomar sua jornada e sua liderança, construindo o desenvolvimento sustentável do ponto de vista ambiental e social e dando vigor à região. Afrontar o futuro é ter o próprio eixo de desenvolvimento independente da burocracia do Estado que só pensa em atrair turismo e galpões industriais para montar produtos que tanto poderiam ser produzidos aqui como em qualquer parte do mundo.

Fora o mito político em que se transformou, poucos se dão conta do que foi Miguel Arraes para Pernambuco. Ele simplesmente recolocou Pernambuco na referência nacional e ao criar um caráter de resistência ao velho modelo de desenvolvimento para meia dúzia, se tornou o principal líder nordestino a apontar a sociedade de massa em que o Brasil se transformaria.

Por isso o prefeito do Crato tem tanta importância para o Cariri e toda a bacia sedimentar do Araripe, incluindo parte importante de Pernambuco, Piauí e do Ceará, como os Inhamuns. E qual a importância deste prefeito e não de qualquer outra cidade?

Em primeiro lugar por derrotar a própria resistência do Crato ao viver uma eterna política oligárquica. Núcleos familiares que apenas se renovam para se aproveitarem da evolução malsã da política nacional: o compadrio, o fisiologismo, a compra do voto, lideranças forjadas para serem bajuladores da oligarquia e servir a ela ao invés do grande conjunto da sociedade sem representação real nos poderes políticos da cidade.

Em segundo lugar olhar além dos arranjos administrativos e dos “por-baixo-do-pano” da maioria na câmara e o empreguismo sem norte. Olhar além significa ser parte da política ambiental e se meter nos órgãos federais e estaduais até para lhes dar força. Se tornar irmão siamês das Universidades e Escolas Isoladas para juntos pensarem a região e seus problemas.

Ser o verdadeiro porta voz das massas dos bairros populares para lhes dar um padrão de qualidade negociado em políticas de educação, saúde, segurança, saneamento ambiental, vias públicas e áreas de lazer e cultura. Criar políticas que sejam verdadeiras revoluções no mundo moderno: universalização digital, centros de conteúdo para reflexão pública, observatórios para acompanhar as modificações no comportamento democrático, nas transformações ambientais, em fatores de risco para as políticas públicas, detectar populações em situação de risco.

Ter o ser humano como o centro e o palco da construção das políticas públicas, significando o reforço da manifestação pública e dos agentes sociais e subordinando a tecnocracia e a burocracia a ser um meio sem qualquer poder a não ser servir ao povo. As grandes questões econômicas, como a atração de empresas com seus capitais, o exercício de como hoje estas empresas operam na região, devem se subordinar ao bem comum e a um modelo de ser próprio da região mediante suas vulnerabilidades e potencialidades. A questão do pequeno produtor, da pequena e média empresa deve se colocar no centro do desenvolvimento da renda regional e da geração de emprego.  

O prefeito do Crato tem um papel central, só os eleitores da cidade é que não conseguiram se libertar, até agora, do padrão secular de uma política doméstica que não avança além do terreiro enquanto suspira no fundo do quintal. Volto à referência de liderança: Miguel Arraes soube entender Pernambuco porque foi além da inerte e decadente oligarquia da zona canavieira.

E por falar nisso quem são os candidatos a prefeito da cidade? Alguém tem porte para revolucionar a cidade e se tornar um líder regional?    
     

Cantar
Beto Guedes

Se numa noite eu viesse ao clarão do luar
Cantando e aos compassos de uma canção
Te acordar
Talvez com saudade cantasses também
Relembrando aventuras passadas
Ou um passado feliz com alguém

Cantar quase sempre nos faz recordar
Sem querer
Um beijo, um sorriso, ou uma outra ventura qualquer
Cantando aos acordes do meu violão
É que mando depressa ir-se embora saudade que mora no meu coração

Aparecida Silvino


Intérprete, compositora e regente, Aparecida Silvino tem sido presença constante no cenário musical de Fortaleza há vários anos. Ela começou sua carreira artística até mesmo antes de saber ler, quando aos 5 anos de idade tomou aulas de canto. Depois de receber aulas de Hans Joachin Koellreutter, ela foi aos Estados Unidos, onde aperfeiçoou mais ainda sua voz. Ao retornar a Fortaleza, ela decidiu seguir a carreira musical. Lá ela se envolveu com diversos grupos musicais e corais locais ao mesmo tempo em que fazia a carreira solo. Seu primeiro álbum saiu em 1992, mas foi apenas em 2001 que ela lançou seu primeiro CD, Presente. Trata-se de um trabalho com carinho desde o cuidadoso repertório e arranjos e ainda incluindo diversos membros de sua família em participações especiais neste bom lançamento.

Presente traz músicas de Chico Buarque, Ronaldo Bastos, Lô Borges, Fagner, Dominguinhos, Milton Nascimento, Fausto Nilo, Davi Duarte e outros talentos. Aparecida foi a responsável pelo conceito geral deste trabalho e deu a direção musical ao arranjador e guitarrista Mimi Rocha. Além dele, o resto do grupo que apóia os requintados vocais de Aparecida incluem membros da Marimbanda (Luizinho Duarte e Heriberto Porto) e ainda o extraordinário violão de Manassés e a mágica do acordeon de Valdonis. Como esperado, com este time de craques e o meticuloso talento de Aparecida, o trabalho só poderia ser de grande qualidade. A oportunidade que tive de vê-la em show ao vivo quando do lançamento deste disco foi uma experiência maravilhosa. A presença dela no palco é encantadora.

A faixa que abre o disco, "Papo Novo", foi escrita por Aparecida e seu irmão. Trata-se de um blues onde a guitarra do arranjador Mimi Rocha se destaca. A canção sutilmente fala da busca de coisas novas, de novos valores e novas criações. Com base nisso, Aparecida canta o que quer e se mostra competente em qualquer estilo. Sua voz cristalina e afinadíssima é sempre precisa. A faixa que dá nome ao CD foi escrita por Davi Duarte. Trata-se de um reggae onde o amor e a sensualidade estão presentes em grande força. A canção é contagiante. Outras interpretações marcantes aparecem com "Desenlace", "Modinha" e "Contrato de Separação". Estas três baladas dão a Aparecida a oportunidade de ir bem ao fundo da sua alma e apresentar os melhores momentos deste trabalho. Especialmente em "Contrato de Separação", onde Aparecida tem simplesmente o acordeon melancólico de Valdonis ao fundo, a combinação da voz e instrumento é celestial. Esta interpretação é comovente e fará qualquer ouvinte sentir emoções vibrantes. A letra fala da saudade e dor que um coração sente ao fim de um relacionamento, onde a separação é a única saída.

Aparecida mostra competência na escolha do repertório e domínio absoluta nas suas interpretações. Ela é uma artista para ser descoberta por todos. Para ler mais sobre ela, visite seu blog. Também se quiser, pode baixar todo o CD pela internet, incluindo capa e letras. Basta visitar este site. Você merece este Presente que Aparecida criou.
MB
Egídio Leitão
Agosto 2004

Ontem, no Teatro Municipal do Crato, aconteceu Aparecida Silvino.
Bela voz!
Canções autorais, incluindo outras de grandes compositores, como "cantar" de Godofredo Guedes.
Aplaudimos!  





Dia das mães sem Mãe...
Ano passado eu comprei seu presente com esperanças de que não fosse pela última vez.
Hoje ela é lembrança e saudade.
13 de maio de 2012... Dia de todas as mulheres, em todos os planos!



sábado, 12 de maio de 2012


Na Rádio Azul


Lançamento do Livro - Água pra que te quero! Caderno de Viagem






Aconteceu noShopping Cariri,dia 10, quinta-feira passada.Entre livros e pessoas queridas, Nívia  apresentou seu trabalho de tantos meses, projeto/ideia de alguns  anos!
O livro apresenta cds, encarte com fotos, e o registro de um belo e pedagógico trabalho.
Caderno de Viagem é uma excursão pelo interior do Ceará, ilustrado pelo olhar poético de Nívia Uchôa.
-"Água pra que te quero"! 
- Vale a pena conferir!

Mais um abraço para esta incrível profissional das artes!

Sobre pedras e flores - José do Vale Pinheiro Feitosa


Desde a marreta estalando na pedra,
A onda de choque o mesmo nos músculos,
As juntas esmagadas de tantas repetições,
O suor queimando a face como um ácido,
Restava-lhe um sonho de paraíso inalcançável.

Uma floraria sob a frondosa copa de uma árvore,
Compondo as cores de um buquê primaveril,
Aparando os excessos para o alinhamento de ramos,
A divina função de separar os odores das múltiplas fontes,
Com os dedos se educando na maciez de camadas de pétalas.

Olha para os dedos pinicados de tantos espinhos de rosa,
Os calos crônicos das tesouradas aparando ramos,
Este odor envelhecido e disperso como cravos nas bordas de túmulos,
As águas podres e turvas dos jarros que retardam a degeneração floral,
Entre a pedra e a flor a paga do salário traz semelhanças.    

Sorvete de "chuchu" - José Nilton Mariano Saraiva

Sujeito de sorte esse tal Ciro Ferreira Gomes. Quando foi contundentemente rejeitado pelo povo, que lhe impingiu uma humilhante, vexatória e acachapante derrota numa dessas eleições da qual participou como candidato, de pronto em seu socorro veio o amigão do peito, Arialdo Pinho, então um dos donos do Beach Park, que o distinguiu com uma função remunerada, espécie de “relações públicas” do empreendimento, onde não tinha hora de chegada ou saída (e como aquela velha história do “nada melhor que um dia atrás do outro com uma noite no meio” sempre teima em se fazer presente, eis que agora a “gentileza” do senhor Arialdo Pinho foi devidamente retribuída, através da sua indicação para a principal pasta do Governo do Estado, capitaneado pelo irmão Cid Gomes, onde, atualmente, se acha sob suspeita de “tráfico de influência”, na questão dos empréstimos consignados; que, aliás, parece que não vai dá mesmo em nada, embora as evidencias sejam cristalinas, já  que a  “blindagem” parece ser feita de material muito resistente ).
Na quadra atual, novamente desempregado após uma passagem prá lá de melancólica e improdutiva de quatro (04) anos na Câmara Federal, onde faltou muito e teve uma produtividade zero elevada ao cubo, não é que em seu socorro vem o irmão Governador do Estado e Presidente do PSB e lhe oferece a função muito bem remunerada de “consultor” do partido, onde, também, não é obrigado a cumprir horário ou bater ponto ou poderá divertir-se “trocando figurinhas” com o ex-patrão.
Um sorvete de chuchu, com cobertura de vaselina, para quem adivinhar quando recebe o senhor Ciro Gomes no novo emprego.
Ô sujeito de sorte.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bacharel em Letras


Certamente, nos  ficou como nesgas da Monarquia esta tendência tão brasileira de distribuir títulos honoríficos às pessoas , sem quaisquer outros atributos agregados além do massageamento de egos e a fermentação de vaidades por vezes adormecidas. Lembro-me ainda de uma infinidade de Coronéis da Guarda Nacional, títulos por vezes comprados e outros tantos distribuídos entre senhores feudais aqui do Nordeste. Empavonavam-se tanto com o galardão nossos avós e bisavós, mesmo que à suposta patente nenhuma honra militar se lhe anexasse. Aqui, qualquer médico, dentista, advogado imediatamente é elevado ao  título de Doutor.  A  Diretoria da mais simples Associação Comunitária elenca um número vultoso de cargos(  presidentes, diretores executivos, Vice-diretores, superintendentes, tesoureiros, secretários, etc) ; uma maneira política de resolver grandes conflitos envolvendo os mais rasteiros degraus da escada do poder. Boa parte das Instituições Brasileiras têm por hábito distribuir , periodicamente,  Prêmios, Medalhas e Troféus ; uma medida barata , cômoda e direta de  --- inflando a auto-estima do agraciado--- corrigir injustiças , fazer política de boa vizinhança, preparar o tráfico de influência futuro. No fundo, bem lá no fundo, qualquer um de nós facilmente é entronado no topo máximo da profissão. É que a vaidade humana é o mais profundo abismo da nossa alma. Não há trena ou balança neste mundo capaz  de medir e pesar a importância que o mais simples mendigo da nossa rua se dá. Há um Príncipe Ribamar e um Senador Epifânio dormentes em cada um de nós.
                                               Há, no entanto, em meio à  sensibilidade envaidecida do nosso povo, aqueles raros que têm o pé no chão e que não pegam corda como relógio de parede. Pois vou contar duas histórias do passado, relembrando ilustres figuras aqui do  Cariri  que terminaram engolidas pela voracidade do tempo. Espero que adociquem um pouco o fim de semana de cada um de vocês.
                                               A primeira envolve uma figura queridíssima em toda região e que fez vida política no Potengi, por muitos e muitos anos. Chamava-se Luiz Gonzaga  Alconforado, mas era conhecido por todos pelo dulcíssimo apelido de LUZIM. É o pai de um renomado Cardiologista da nossa terra : Dr. Orestes Guedes. Sério, digno, probo, orador inspirado, nosso personagem é de uma estirpe de políticos que não mais existe; desses que nunca se molhariam em qualquer Cachoeira. Seu Luzim estudou aqui no Crato, no Colégio Diocesano e , na época, a conclusão da 4ª. Série Ginasial, que hoje representa o término do  Ensino Fundamental , era motivo de uma Festa de Formatura de grandes proporções. Quem finalizava o Curso, na época, recebia inclusive um Título : “Bacharel em Letras”. Após a festa de conclusão, devidamente intitulado, seu Luzim foi passar as férias de final de ano no Potengi e receberam-no com festas, orgulhosos do desempenho do parente. O próprio Seu Luzim contava a história, com a sisudez e o bom humor que lhe acompanharam toda trajetória,: lá chegou vaidoso e serelepe com tantas honrarias. Lá para o meio do festa, seu avô, agricultor eirado e homem  simples do campo, empossado de todo pragmatismo que as dificuldades do dia a dia lhe foram proporcionando, resolveu, o velho . saber mais detalhes das culminâncias que o neto tinha alcançado.
                                               --- Meu filho, você é doutor mesmo de quê ?
                                               Luzim empertigou o peito e impávido respondeu:
                                               --- Sou Bacharel em Letras, vovô !
                                               --- Ah, já sei ! --Fitou-o o velho com olhar tranqüilo --  você agora vai receitar o povo , passar meizinha e encanar braço.
                                               --- Não, vovô ! Não sou médico , não ! Sou Bacharel em Letras !
                                               --- Ah, Luzim, já sei, agora você vai celebrar missa, casar e batizar!
                                               --- Vovô, não sou padre, não ! Sou Bacharel em Letras !
                                               --- Ah, compreendi ! – Saltou o avô. Você agora vai soltar gente da cadeia, lavrar petição  , tomar partido em questão de terra e briga de marido e mulher!
                                               --- Não , vovô, nada disso, não sou advogado, não ! Sou Bacharel em Letras !
                                               O velho, então, impacientou-se e feito o diagnóstico, providenciou o esporro:
                                               --- Bacharel em Letras ! Você não fique aí cagando goma , não, seu moleque ! Você num é porra nenhuma, tá ainda como peito de homem: não tem serventia prá nada! Vá estudar que esse tal de Bacharel em Letras é uma formatura muito da mucufa ! Tome tento, menino !
                                               A outra história envolve um grande professor cratense : José Fernandes Ribeiro Castro. Conterrâneo do nosso Patativa, o mestre veio ensinar no Colégio Diocesano nos anos 40 e se tornou o primeiro professor de Educação Física do Cariri e um dos primeiros do Ceará. Segundo o HD do Cariri,  Huberto Cabral, Fernandes fez-se o primeiro Diretor da Liga Cratense de Desportos. Vaidoso, vestia-se no mais fino linho e perfumava-se como um Dândi e terminou casando numa das mais tradicionais famílias da região: com uma filha do Dr. Antonio Teles.  Um dia, nosso gentleman invadiu a Livraria Católica de propriedade de dois outros amigos professores: Zé do Vale e Vieirinha e parecia radiante. Trazia na mão um telegrama do Governo do Estado, informando-o  da  boa nova :  acabava de ser nomeado  para um cargo de nome pomposo : Inspetor de Ensino. Os colegas prontamente o parabenizaram pela conquista, alguns mais desconfiados julgaram que ali haveria interferência política por parte do sogro que era Deputado Federal. Depois das tapinhas nas costas e da epidemia de congratulações, nosso mestre dirigiu-se diretamente a um barnabé antigo , Quinco Pinheiro, que , em meio à enxurrada  de cumprimentos, terminou-se sabendo já ter assumido a importantíssima função, em anos passados.
                                               --- E aí, Quinco ? Quanto levo, meu amigo ? Qual é o salário que se esconde por trás de  um Inspetor de Ensino ? --- Quis saber Fernandes.
                                               ---- F ernandes, rapaz. Esse cargo que você vai assumir é importantíssimo. Toda solenidade na região você vai ser imediatamente lembrado. Em todo comício você sobe no palanque do Governo. As Escolas vão a todo momento pedir sua interveniência junto ao estado para resolver suas demandas. É ótimo! Só tem um probleminha: É cargo  de alta relevância, mas não remunerado!
                                               José Fernandes, decepcionado, ainda perguntou umas três vezes, para ter certeza:
                                               ---Como? Como? Como? Só firula? Não tem dinheiro nesse negócio , não, é ?
                                               Calmamente  dobrou o telegrama nomeatório e o rasgou, pedacinho por pedacinho. Depois, jogou a pedaceira no cesto do lixo e proclamou:
                                               --- Acabo de ser demitido por justa causa !
                                               Terminei aprendendo. Diante dos elogios dos amigos, dos prêmios auferidos e dos títulos que vão caindo nas nossas mãos vida afora, refreio todo o empavona mento fácil , o orgulho besta e a vaidade contagiosa. Sei que não passo de um simples e reles Bacharel em Letras.

J. Flávio Vieira

Um "pequeno grande gesto" - José Nilton Mariano Saraiva

E de repente, de uma área não muita afeita a manifestações da espécie, porquanto povoada por “machões sarados”, aparentemente embrutecidos e ainda por cima praticantes de um esporte onde o contato físico forte e ríspido é uma constante, uma atitude inusitada, um laivo de ternura e afeto, um “pequeno grande gesto”, que parece ter passado despercebido pela maioria dos que o vivenciaram, ao vivo ou via telinha (pelo menos não se ouviu ou se leu nada, a respeito).
Deu-se na frienta noite londrina, no novo e monumental estádio de Wembley, por ocasião da partida final da Copa dos Campeões da Europa (ano passado), quando se enfrentaram as tradicionais e caras esquadras do Barcelona (Espanha) e Manchester United (Inglaterra), dois dos maiores expoentes do mundo futebolístico da atualidade.
Aos fatos.
Quase ao final do aguardado confronto, que mobilizou adeptos do futebol em todo o mundo (aos 43 minutos do segundo tempo) com o jogo já definido e o título assegurado em favor do excepcional Barcelona (3 x 1), o técnico Guardiola (ex-jogador do próprio clube), numa atitude de grandeza e desprendimento, resolve prestar uma justa homenagem ao seu correto “capitão”, o aguerrido zagueiro Puyol, que, lesionado, não tivera condição de adentrar ao gramado, de início; então, faltando dois minutos para o término da pugna, convoca-o a substituir um companheiro, com o claro intuito de, naquele momento maior, no ápice daquela gloriosa jornada, braçadeira de capitão no braço, fazê-lo erguer o troféu de campeão e, consequentemente, aparecer para a posteridade nas TVs de todo o mundo, ao vivo e a cores, e na primeira página dos principais jornais do mundo, dia seguinte.
Providenciada a substituição, daí a pouco o juiz determina seu término. E foi então, no momento da premiação, ante um batalhão de fotógrafos e centenas de canais de televisão de todo o mundo, que se deu o inusitado, aquilo que denominamos um “pequeno grande gesto”, pela espontaneidade e nobreza do ato: o guerreiro Puyol, evidentemente que fugindo do script armado pelo técnico-amigo Guardiola, mostra toda a sua humildade e excelência de caráter, ao abdicar de tamanha honraria e delega ao discreto companheiro Abidal (lateral esquerdo), o privilégio de erguer o troféu, como se fora o verdadeiro “capitão” da equipe catalã.
Explica-se: meses atrás, Abidal fora desenganado pelos médicos, em razão da descoberta de uma grave e normalmente letal enfermidade (“câncer” no fígado) e fora afastado sumariamente das atividades esportivas; agora, após um tratamento pra lá de penoso, ali, ante um estádio ocupado por 80 mil pessoas e com a partida sendo transmitida pra bilhões de telespectadores em todo o mundo, além da confiança do técnico Guardiola em escalá-lo e mantê-lo durante toda a partida, Puyol, o “capitão” de todos eles, que entrara ao final do jogo unicamente pra “exercitar o que lhe conferia a patente de capitão”, humilde e simbolicamente transferia pra ele, Abidal, o privilégio de erguer o troféu de campeão.
Uma cena de cortar corações e levar qualquer um às lágrimas (e embora alguns teimem em afirmar que “homem que é homem não chora”, acreditem, não resistimos à cena e, ante os dois filhos adolescentes, também emocionados, “abrimos o berreiro”.
   



Fluminense ganha do Internacional pela Libertadores



Fluminense x Internacional jogaram no Engenhão nesta qquinta-feira (10) pelas oitavas de final da Taça Libertadores 2012. Com a vitória o Flu segue para as quartas de final, o próximo adversário será o Boca Juniors.
Fluminense 2 x 1 Internacional
10 de maio de 2012, Futebol
Por Bagarai

Fluminense x Internacional jogaram no Engenhão nesta qquinta-feira (10) pelas oitavas de final da Taça Libertadores 2012.
Fluminense x Internacional (foto: Nelson Perez/FluminenseF.C.)



No jogo de ida no Beira Rio a partida ficou no empate sem gols (veja como foi a partida). Nesta partida de hoje, no Engenhão, os dois times chegam com fome de gol. O vencedor passa para as quartas de final e terá o Boca Juniors como adversário.

O Fluminense de Abel Braga entra em campo com Fred e Rafael Sobis no ataque, pelo esquema 4-4-2. O Inter de Dorival Júnior entrou em campo nesta quarta com o esquema 4-5-1, tendo Leandro Damião no ataque.

Primeiro tempo

A partida no Engenhão começou com Thiago Neves errando passe aos 4′, Oscar puxou o contra ataque, mandou para Leandro Damião que chutou mal. Aos 13′ Leandro Damião abriu o placar para o Inter. A resposta do Flu chegou aos 15′com Thiago Neves cobrando falta, Leandro Euzébio chegando sozinho para empatar o jogo.

Aos 29′ Oscar recebeu de Tinga, ficou na cara do gol, mas perdeu a chance e o bandeira já marcava impedimento. No finalzinho da primeira parte do jogo, aos 45′Fred desempatou o jogo, Thiago Neves levantou e o atacante mandou de cabeça para o fundo do gol de Muriel, virando o placar e terminando o primeiro tempo com vantagm para o Flu por 2 x 1.
Segundo tempo

Na volta o inter chegou metendo pressão, aos 4′ Fabricio pegou sobra, girou e chutou, mas Diego Cavalieri estava atento e defendeu. Aos 19′ Fred manda de cabeça, sozinho, mas a bola vai para fora.

Com a partida chegando próxima do fim, bateu o desespero e o Inter começou a meter pressão no Flu. Aos 38′ Dagoberto recebeu bem e chutou fora, aos 41′ Leandro Damião manda uma bomba na entrada da área, a bola passou tirando tinta da tarve, a pressão do Inter seguia forte.

O Fluminense resiste a Pressão do Inter e segue para as quartas de final, o próximo adversário será o Boca Juniors.


Bidu Sayão



Balduína de Oliveira Sayão, mais conhecida como Bidu Sayão, (Itaguaí, 11 de maio de 1902 — Rockport, Maine, 13 de março de 1999) foi uma célebre intérprete lírica brasileira.

Carlos Lyra



Carlos Eduardo Lyra Barbosa (Rio de Janeiro, 11 de maio de 1936) é um cantor, compositor e violonista brasileiro. Junto com Roberto Menescal, era uma das figuras jovens da bossa nova. Mais tarde, se juntou fez parte de uma bossa nova mais ativista, propondo o retorno do ritmo às suas raízes no samba.

Dentre suas canções mais famosas estão "Maria Ninguém", "Minha Namorada", "Ciúme", "Lobo bobo", "Menina", "Maria moita" e "Se é tarde me perdoa".



quinta-feira, 10 de maio de 2012

Será o amor o mesmo que eternidade? - José do Vale Pinheiro Feitosa

Fly me to the moon aqui cantada por Nat King Cole pois achei a versão mais doce. O maior sucesso da canção foi na voz de Frank Sinatra. Foi composta por Bart Howard em 1954 e teve tanta importância na carreira do compositor que as pessoas esqueceram de outras canções dele que também tiveram muito sucesso. A canção é postada junto com este texto ao recordar-me que é este o desejo que me leves para a lua: Leve-me até a lua / E deixe-me brincar entre as estrelas / Deixe-me ver como é a primavera / Em Júpiter e Marte / Em outras palavras, segure minha mão /  Em outras palavras, querida, beije-me / Encha meu coração com música / E deixe-me cantar para sempre
Você é tudo o que eu desejo / Tudo o que eu cultuo e adoro / Em outras palavras, por favor, seja verdadeira / Em outras palavras, Eu te amo.


Será o amor o mesmo que eternidade? 

Está no mundo e brota sem qualquer explicação. Desabrocha impreterível e ocupa o vazio que sentido algum tinha. E tomando o vazio se espalha por todos os cômodos e como uma névoa esconde os incômodos. Logo se encontra no vão principal e trata de inventar o solene onde antes tinha sombra. Brilha intenso a ponto de esconder as estrelas, a lua e o sol. Desdobra os tons de verde e azula o azul com as possibilidades dos números naturais. Antes mesmo que o sossego advenha, ocupa o rés da vida e a eleva como um altar, onde se põe a ser unicidade de toda a atenção.

A isso cantam amor. A fusão dos distintos. Este gradar de saliências. Polimento de desencontros. A maciez dos encontros movidos à gravidade. Esta afinidade criada no exercício das intempéries que agravam. Como a aliança a unir as margens e um pacto a compreender o leito por onde corre a vida. A contagem do tempo que minuta os segundos de violência numa ternura substituta. Esta centelha de desejo de fusão carnal. Este conjunto de pulsões de vida que torna o encontro num terceiro. A pulsão de Eros a fremir a declaração do amor.

Mas acontece que tantas queixas se murmuram. Quantas traições apunhalam a integridade que antes do encontro havia. A ruptura de juras que o encontro demonstrara. Um repentino e inexplicável fogo fátuo quando antes era um magma incandescente do mundo. Esta divisão das partes fundidas. A ruptura das alianças a expor fossos inexplicáveis. Uma realidade tão fatal que a fatalidade não apenas acontece por certo, como também se torna a desgraça onde tudo fora graça. Este encontro latino entre o amor e a repulsão.

Mas a vida não é uma canção. Ilusões como artefatos que cegam a materialidade burguesa. O amor não se conjuga com traição. A junção do amor com a traição promove o Ibope desta fatalidade que, no entanto, passa longe do mover-se da realidade. Um grito de gol não substitui o próximo jogo. Um grito de gol é aquela fração onde a torcida se justifica. É a torcida que antecipa a vitória. Assim como este encontro cuja sina é ser a justificativa de viver. Pois viver é esta eternidade agradada entre faces. Não faz sentido lamentar-se por ser a vida um momento da história e isso não é uma traição da eternidade. A eternidade não é contável assim como os minutos, ela é um momento agradado das diferenças. Não o que podia antes do universo, mas o que pode com o acontecer deste.         

Nesta data os nazistas queimaram livros - José do Vale Pinheiro Feitosa


Hoje 10 de maio de 2012 se completam 79 anos que os nazistas fizeram fogueiras com livros em várias partes da Alemanha. Naquele remoto maio de 1933 obras de Thomas Mann, Albert Einstein, Sigmund Freud, Stefan Zweig, Erich Maria Remarque entre tantos formaram a pira que a centelha ideológica de Joseph Goebbles espalhava sobre a consciência, corpos e prédios da Alemanha arrasada e vencida doze anos depois.

Quando escuto ou leio certos argumentos que desvendam desejos ainda escondidos bem sabemos das sinapses erráticas de certos raciocínios. Há um liame essencial entre o que a mente elabora, a história traduz e move e a estrutura da ação política do ser humano. A ação que resulta do seu teatro no coletivo desde as raízes da produção até os frutos da cultura.

As sinapses erráticas não se sustentam no físico, nas posturas, na moral e nem na realidade material. Elas, como vimos no caso do nazismo, são capazes de se projetarem nas massas, pela condução de um líder e a corte de assemelhados conduzindo todo um povo numa insustentabilidade destrutiva.

As escolhas temática destas sinapses precisam ser simbólicas, pois não refletem a realidade envolvente. Pelo mesmo motivo precisam construir inimigos e investir contra eles. As sinapses erráticas inventam inimigos que constituem questões irrelevantes para a vida social e econômica, mas eles as tornam bandeiras de purificação como fizeram com o fogo queimando obras relevantes para a humanidade. Obras muito além daquele arreganhar de dentes do pálido e desprezível comportamento da burguesia e da pequena burguesia alemã.

Antes de chegar onde quero: a queima dos livros em 10 de maio de 1933 com as mãos da juventude hitlerista e com a mente de Goebbles tem a mesma dimensão de certas sinapses erráticas da mídia e de grupos aqui no nosso país de porrete a expressar sua homofobia, seu preconceito de raça, de classe, se apegando ao secundário quando o principal pertence ao coletivo.

Afinal onde quero chegar? À natureza desconexa destas sinapses erráticas, pois são capazes de grandes pirotecnias, de exuberantes ameaças e controle de massas, mas são como o chorume que se drena do lixo orgânico, diante das questões in extremis como, por exemplo, enfrentar o juízo dos seus atos.

Só um paralelo. Jesus Cristo que afrontou a elite judaica e o Império Romano na mesma pregação diante dos homens. Que fez discípulos e os orientou quanto aos riscos da missão, inventou uma linguagem em parábolas para criar consciência revolucionária sobre a realidade do povo. Expôs, como poucos fazem em vida, toda a sua visão dos homens num sermão que não importa que sobre um morro ou uma montanha, pois a altitude são de suas palavras.

Este homem vai às últimas consequências de suas sinapses, pois elas guardavam, independentes da ameaça da cruz, uma estreita ligação entre corpo, consciência e a realidade histórica. Adolfo Hitler e Joseph Goebbles decrépitos, covardes em suicídio a demonstrarem o que eram: sinapses erráticas do pensamento patológico.

        

MENINO CAÇADOR - Marcos Barreto de Melo


Vou falar de peito aberto
Da maldade que já fiz
Porque fui menino esperto
E também muito traquino
A minha melhor brincadeira
Foi caçar de baladeira 

Matei tanto passarinho
Que nem me lembro da conta
Alguns até foi no ninho
Na chegada pra dormida
Outros matei no riacho
Quando vinham pra bebida 

Com a minha baladeira
Matei rolinha e campina
Quase fiz uma chacina
Pois também a lavadeira
Que serviu Nosso Senhor
Morreu de atiradeira 

Até mesmo a sabiá
Tida como a majestade
Sofreu a perseguição
Pois lhe matei sem piedade
Por troféu ou vaidade
Sem ter fome ou precisão

Hoje ando arrependido
Desse tempo de horror
Por ter morto o passarinho
Que cantava inocente
Descuidado, alegremente
Atraindo o caçador

Por Rosa Guerrera


SER FELIZ É ...
Acordar e saber que está atrasado...
Mas ter certeza de que tem um emprego!

Ver a caixa do correio cheia de contas...
Mas receber uma carta do amigo!

Ter um monte de recados na secretária...
Mas no meio deles, um que diz: "Tô morrendo de saudades!"

Ver que no almoço a mãe fez salada de beterraba...
Mas o prato principal está apetitoso e é o seu preferido!

Estar num engarrafamento...
Mas ligar o rádio e ouvir a sua música predileta tocando lembrando de alguém especial!

Brigar com o cachorro porque ele comeu seu sapato...
Mas ser recebido por ele com uma festa todos os dias quando você chega em casa!

Ser feliz é chegar em casa exausto...
Mas ainda assim ser arrastado pra balada por uma porção de amigos!

Ser feliz é reconhecer que temos pessoas especiais ao nosso lado. . .
Mesmo estando a kilometros de distância.

Enfim, ser feliz é ter um monte de problemas, Mas ser capaz de sorrir com as pequenas coisas do dia-a- dia !!!

Ser Feliz Sempre!!
 rosa guerrera

Lançamento do Livro - Água pra que te quero! Caderno de Viagem



Logo mais, às 19 h, no Shopping Cariri

Parabéns, Nívia Uchôa!

"Igual cê fez com a gente na VEJA" - José Nilton Mariano Saraiva

Trata-se de um verdadeiro poço sem fundo e, se duvidarem, capaz até de arrancar comovedoras lágrimas de uma estátua de pedra. Pelo menos essa é a sensação que se apossa das pessoas de bem e de caráter, ao ouvir, atônitos, a cada dia que passa, novas e graves conversas (gravadas com autorização da Justiça) entre o tal Cachoeira e membros da sua quadrilha de “graduados-engravatados”, disponibilizadas ao distinto público. Ali, fica mais que evidenciada a alta periculosidade de todos eles, assim como o descaso absoluto para com a ética, com a honra, com o respeito e, enfim, retrata a assombrosa desfaçatez como atuavam (e aqui se faz necessário um parêntese: como – e a troco mesmo de quê - é que alguém, pomposamente rotulado de “magistrado”, com assento num desses Tribunais Superiores, da Justiça, autoriza a remoção-transferência de um presídio de segurança máxima (em Mossoró-RN) para um presídio comum (em Brasília-DF), de alguém que comprovadamente prima pela periculosidade, por uma desassombrada atuação marginal ??? Será pelo fato do "distinto" não ter se dado bem com o "rango" (comida) oferecido na prisão, a ponto de perder 15 quilinhos ??? Ou será pelo fato do próprio se achar "carente", em termos de sexo, e necessitar "descarregar o óleo" - como presumivelmente  já o fez no novo endereço, depois da visita daquele "avião", autentico "monumento-louro", que com ele divide as cobertas, no dia-a-dia ??? Para o mortal-comum é difícil acreditar que tal "autoridade" não tenha sido regiamente recompensada).
Mas, retomando o fio da meada: para quem tinha alguma sombra de dúvida sobre a ativa, determinante e incisiva participação da Revista VEJA em toda essa cafajestada, atentem só para o texto abaixo (contendo data, hora e local) e reflitam, a posteriori.
José Nilton Mariano Saraiva
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Da Carta Maior
“Igual cê fez com a gente na VEJA”.
Brasília - A construtora Delta pediu ajuda ao contraventor Carlos Cachoeira para abafar uma reportagem do jornal Folha de São Paulo que investigaria a empresa. “Igual cê fez com a gente na Veja” (sic), disse o diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, a Cachoeira, em conversa telefônica interceptada pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), às 19:07 horas do dia 24 de agosto de 2011. Cachoeira tomou ciência das investigações do jornal através do senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido). Às 10:24 horas do mesmo dia 24, o senador disse ao bicheiro: “Me ligou uma repórter da Folha, fazendo uma investigação em cima da Delta em Goiás. Então... por conta do negócio lá do Rio... então eles espalharam repórter no Brasil em cima da Delta. Me ligaram perguntando se eu sabia alguma coisa, eu falei que não sabia de nada.”
À época, a Folha de São Paulo questionava os contratos, muitos deles sem licitação, assinados entre a empresa e o governo do estado do Rio de Janeiro. Cerca de dois meses antes, um acidente de helicóptero evidenciou a proximidade do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do proprietário da Delta, Fernando Cavendish.
Logo após ser informado por Demóstenes, Cachoeira repassou as informações a Cláudio Abreu que se desesperou e, rapidamente, buscou providências. Às 10:36 horas, Cláudio retornou a ligação para o contraventor: “Já avisei aqui, rezei o pai nosso pra todo mundo... nunca viu vocês, não conhece, não trabalha essas pessoas aqui, nem você, nem Wlad, nem político vem aqui, nem nada.”
Em nova ligação, às 10:57, Claudio quer saber quem é o jornalista que procurou Demóstenes para tentar abafar o caso: “Quem que é o cara da Folha que manteve contato? Quem que é o cara? Porque nós tamo bem com a Folha lá. Tamo trabalhando lá... saber quem que é o cara aqui pro chefe lá tentar abortar isso aí, né.”
Cachoeira respondeu que era uma mulher, mas que iria procurar saber mais detalhes. Em outras duas ligações, ainda no dia 24, Claudio volta a cobrar informações do bicheiro. “CÊ NÃO TEM NENHUM CAMINHO PRA GENTE ENTRAR DENTRO DA FOLHA PRA FAZER UMA INTERFACE DENTRO LÁ NA FOLHA NÃO, CARA?”, DISSE E COMPLETOU:
“IGUAL CÊ FEZ COM A GENTE NA VEJA”.

Para Ignês - socorro moreira


Ah, os esquecimentos!

Os amores entram como um flash
Instantâneos
Sementes de afeto
Germinam, brotam pés de saudade.

Crescem dentro da gente
Saem nos rasgando
Como um parto
Depois vão se acomodando em algum canto
Deixam de incomodar,
Adormecem!

Em qualquer tempo podem acordar
Revisitam-nos como o luar
Clareiam a nossa vida
Mas parecem indefinidos
Não sabemos se duram
Não sabemos se ficam
- Completam um círculo.

Amor que fica é amor sem caminho
Chega numa nuvem de emoção
E ficam gotejando ternura
Na terra  do coração.

(socorro moreira)


Na Rádio Azul


Só Lembranças- Ignez Olivieri



Não sei mais da cor de seus olhos
Só sei que eram profundos
Cheios de segredos, de esperanças e de mistérios
Brilhavam para mim como o sol.
Neles sonhei, amei, me entreguei inteira
E me perdi dentro deles e sem volta sofri.
Sofri tanto que me esqueci do seu brilho
Sua luz intensa que me iluminava para a vida
Esquentando meu coração cheio de amor e paixão
Então sequei as lágrimas para ver as estrelas e a lua.
Hoje já não sofro, sou gente, sou viva,
Sou inteira, reconhecida pela vida e por mim.
A força e o amor que te dei são meus agora
E me sinto tão grande e tão amada
Que sua lembrança vaga se desfaz.
Perdi o sol, ganhei as estrelas e a lua
Que brilham tanto iluminando meus dias
Minhas noites, a madrugada e a rua
Onde caminho agora para frente com Deus.
Em direção da paz.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

JOSÉ MOJICA - José do Vale Pinheiro Feitosa


Cantada por José Mojica Jurame (1884-1951) da compositora mexicana Maria Grever, a primeira grande personagem feminina internacional daquele país. Estudou na Espanha e em Paris foi aluna de Debussy e Franz Lenhard. Com o registro de Maria Joaquina de la Portilla Torres, recebeu o sobrenome Grever por ter se casado em Nova York onde morou a maior parte de sua vida. Compôs grandes sucessos da música latina, fez banda sonora para o cinema americano, inclusive operetas. Maria Grever compôs entre outras canções conhecidas Muñequita Linda, Alma Mia, Despedida entre outras. Este Jurame foi um dos seus primeiros sucesso e foi gravado na ocasião pelo desconhecido José Mojica. Em visita ao México a puseram em contato com o ainda jovem Agustin Lara, ficaram uma tarde de animada conversa e quando ela saiu, ele se deu conta de um bilhete que discretamente ela havia deixado: : “De todas las canciones mexicanas que llegaron a Nueva York, inconscientemente elegí sólo cinco de entre ochenta de ellas y fue una sorpresa ver que eran todas del mismo autor: Agustín Lara. Es mi convicción que tienes un gran porvenir, pues tu inspiración es purísima y espontánea. No tardarás mucho en ser una gloria nacional”.


Socorro Moreira postou um vídeo com Solamente una Vez de Agustin Lara. Uma das grandes canções do século XX. Grandes intérpretes a gravaram: Nat King Cole, Julio Iglesias, Plácido Domingo, Andrea Bocelli, Luiz Miguel, Trio los Panchos, Sarita Montiel, Javier Sollis, Pedro Vargas, Roberto Carlos, Nana Caymmi e posso seguir por mais cinquenta ou mais nomes. 

Solamente una vez / Ame en la vida / Solamente una vez / Y nada mas. A música foi dedicada por Agustin Lara ao cantor lírico e popular, artista de cinema e uma das grandes figuras do século XX Mexicano. José Mojica. A ele Agustin Lara dedicou Solamente uma vez. Mojica surgiu no cinema americano na metade do século XX quando a indústria cinematográfica necessitava de artistas latinos para o emergente mercado. Fazia carreira lírica entre a ópera de Nova York, Chicago e Los Angeles. 

Foi contratado pelos estúdios e atuou em diversos filmes, entre os quais um que pretendia ser a sua biografia. José Mojica, apesar de cultuado e bonito, não teve grandes amores. Não era uma figura a fazer parte nos amores de devaneios da época de ouro de Hollywood. E quando Agustin Lara lhe dedica esta canção do amor único logo tendemos a pensar nela como uma história singular do homenageado. 

Era muito ligado à mãe. Ela esteve na companhia do artista a vida toda. Tinha um peso enorme na personalidade dele. Quando morreu ele ficou desesperado a ponto de praticamente abandonar a carreira artística e a se recolher num mosteiro franciscano no Peru. Ali se tornou monge até a sua morte. O túmulo dele é considerado um lugar de veneração de fieis. 

José Mojica tinha sucesso no Brasil e de tal forma sua história transitava pelo país que na inauguração da primeira televisão brasileira, a Tupi de São Paulo foi ele quem celebrou a missa inaugural e cantou ao vivo para o público presente diante das câmaras da televisão que começava sua transmissão.