por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

C ompartilhando...


Ficava me achando meio fora de moda pelo fato de ser seduzido pela leitura de Vargas Llosa enquanto deixo pelo meio muitos de nossos romancistas ‘pós-modernos’. O posicionamento de um jovem e brilhante músico francês, Jérôme Ducros - cuja aula no Collège de France causou polêmica – me ajudou a respirar aliviado e sem remorso para deixar dormir na estante os ‘moderninhos'. Leiam um trecho :
« (…) Os intitulados contemporâneos são, no final das contas, retrógados. A epopéia da... arte, se nos atermos à visão darwiniana que lhe serve de história oficial, está encerrada. Os Modernos emblemáticos deram um fim a essa grande aventura que alçou o homem além de sua condição primária, que transfigurou o artesão modesto que duvidava de suas próprias mãos em artista genial e não tem dúvidas sobre o seu talento, ofereceu a nossos sentidos todos os graus possíveis da contemplação, de Lascaux à tela em branco, do cantochão ao silêncio de Cage, da escultura antiga ao mictório. Numa palavra : da obra sem assinatura à assinatura sem obra. O cimo do moderno tendo sido alcançado, escrever depois, seja o que for, é « voltar atrás». Como, pois, se espantar quando alguém coloca em causa radicalmente os dogmas do século XX em vez da perpetuar esses dogmas sob uma forma edulcorada ? "
 

Nenhum comentário: