por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 26 de outubro de 2014

Por Everardo Norões

José de Alencar, imprensa, corrupção (uma leitura para o dia)
Cioso da plena liberdade do cronista, Alencar pareceu esquecido de que, neste mundo de negócios, o Correio Mercantil tinha os seus amigos, sendo Moniz Barreto, um dos proprietários do jornal, o concessionário da construção da estrada de ferro da Bahia para o São Francisco. Alencar continuou a sua luta contra os impunes especuladores: “Dantes os homens tinham as suas ações na alma e no coração; agora têm-nas no bols...o ou carteira.” Foi a gota d’água. Datado de 8 de julho de 1855, o artigo de Alencar saiu “inteiramente estropiado”, conforme a reclamação que fez à redação, responsável pela velada censura.
Voluntarioso, sensibilidade à flor da pele, Alencar não admitiu qualquer limitação à liberdade do cronista. Entre a conveniência do Correio Mercantil, infenso a que continuasse “a hostilizar os seus amigos”, e a sua independência, ele não pensou um minuto – no mesmo dia encerrou o ‘Correr da pena’, e deixou o jornal. (in A vida de José de Alencar, de Luís Viana Filho).

Nenhum comentário: