por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A fala do "precursor" do mensalão - José Nilton Mariano Saraiva

No Congresso Nacional, o “baixo clero” representa aquela parcela significativa de parlamentares que, sem poder de influência e/ou brilho próprio, se dispõem a “negociar” o voto a fim de aprovar medidas de interesse dos parlamentares “graduados”.

O exemplo emblemático de tal situação deu-se na gestão Fernando Henrique Cardoso (FHC), quando os parlamentares corruptos integrantes do “baixo clero” foram acionados para aprovar uma emenda à Constituição Federal instituindo a reeleição para a Presidência da República (espécie de precursor do “mensalão”, só que pluripartidário). O preço pago foi de R$ 200 mil per capita, conforme depoimento dos deputados acreanos Ronivon Santiago e João Maia, dois dos felizardos agraciados.

Ainda à época de FHC, comprovado restou terem as empreiteiras e os grandes bancos exercido papel decisivo no apoio financeiro ao seu projeto de manter-se mais quatro anos no poder, através de doações vultosas àquele projeto.

A reflexão acima tem a ver com a recente passagem de FHC por nossa capital, a fim de participar de um evento político, quando, fiando-se na famosa “memória curta” do povo brasileiro, afirmou sem qualquer constrangimento: a) que eleição no país hoje é “compra de voto”; b) que no financiamento da campanha “quem dá para um, não pode dar para outro”; c) que “a democracia hoje é financiada por empreiteiras, pelos bancos e por quatro ou cinco empresas”. Ou seja, exatamente o que houvera praticado lá atrás (pena que a nossa mídia não o tenha inquirido sobre o ocorrido em seu governo);  d) de sobra, afirmou que a presidenta Dilma Rousseff "merece um Nobel por arrebentar o setor de petróleo, do etanol e da energia" (esqueceu de que no seu (des)governo a "Petrobras" quase vira "Petrobrax", a fim de tornar-se palatável aos ouvidos gringos) 

Agora, o mais incrível nisso tudo é que ainda exista alguém que se disponha a “pagar” caro para ouvir uma figura reconhecidamente corrupta, já que além da compra de votos para a reeleição, entregou a “preço de banana em fim de feira” a determinados grupos, boa parte do patrimônio nacional (Daniel Dantas está aí mesmo pra comprovar isso), sem que se saiba até hoje onde foi parar a grana arrecadada.


Lamentável ainda é tomar conhecimento de que “a fala de FHC contra Dilma foi bastante aplaudida pela platéia” (conforme depoimento de quem esteve presente ao citado evento).  

2 comentários:

jflavio disse...

Grande Nilton, há gosto pra tudo nesse mundão. FHC é falecido junto com seu partido que agoniza e está de malas prontas a partir do próximo domingo. Por que ele não sobe ao palanque do (Abominável homem) "das Neves" e tenta reverter a tragédia em Minas e no Brasil? Vai passar o restinho dos dias catando migalhas em palestras para seus poucos apaniguados , a mesma elitizinha que vem sugando o país desde Cabral. É pouco para um sociólogo uspiano.

jose nilton mariano saraiva disse...

Zé Flávio,

Agradecemos pelo comentário. Vamos torcer para que a presidenta Dilma Rousseff leve logo no primeiro turno.
E que aqui no Ceará o povo remeta os Ferreira Gomes ao ostracismo aqui no Ceará; entretanto,é preciso muito cuidado, haja vista a última eleição pra prefeito de Fortaleza, quando na noite anterior ao pleito deu-se uma derrama inimaginável de dinheiro nos bairros periféricos, o que acabou por reverter o resultado que todos consideravam definido.
Torçamos para que não aconteça em termos de Estado.