por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 16 de abril de 2014

Mafiosas "Excelências" - José Nilton Mariano Saraiva

Agora é oficial. Não se pode ignorar ou tergiversar.

O presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), desembargador Luiz Gerardo Pontes Brígido, mostrando ser uma pessoa corajosa e destemida, declarou hoje (15.04.14) à mídia cearense aquilo que todo mundo já sabia, mas evitava imiscuir-se em razão da gravidade de que se reveste a questão e do “peso” dos atores envolvidos: a “corrupção” corria livre, leve e solta nos “plantões” de finais de semana daquela corte (e que a grana disponibilizada era coisa alta e apetitosa), face envolver bandidos de alta periculosidade.

Para se ter idéia do alcance e magnitude do problema, sabe-se que, irmanados, servidores daquela corte, advogados e até dois desembargadores participavam da perigosa quadrilha. O bem montado esquema, visando principalmente beneficiar bandidos envolvidos com o tráfico de drogas e assassinatos, constava da apresentação de “alvarás de soltura” apenas e tão somente no decorrer dos “plantões” dos finais de semana, quando à frente dos trabalhos estivessem os “sortudos” desembargadores que chefiavam o bando.

Para se ter idéia do alcance e propósitos das mafiosas “Excelências”, enquanto em dias normais a média de concessão dos tais “alvarás de soltura” se situava na faixa de 15 ocorrências, durante os “plantões” de final de semana (principalmente à noite) esse número saltava para 70 liberações (fala-se que cada liberação não custava menos que R$ 100.000,00).

Lamentavelmente, já se sabe que face à brandura das nossas leis, o tal “segredo de justiça” prevalecerá e não teremos oportunidade de conhecer quem são os corruptos (já identificados e denunciados ao Conselho Nacional de Justiça).


Agora, aqui prá nós: se tínhamos o Poder Judiciário como um fiel guardião contra os excessos praticados com os menos favorecidos, a quem agora recorrer ???

Um comentário:

Sueli de Albuquerque Sampaio disse...

Recorrer a misericórdia de Deus! É só o que nos resta!