Que saudade do meu Rio dos anos setenta.
O Canal
100 abrindo o sorriso de milhares de dentes do nosso fio Maravilha a engolir
uma multidão de gritos nas arquibancadas do Maracanã. A incendiar de alegria as
imensas torcidas que enfeitam as arquibancadas. Os closes das cortadas dos
craques da pelota. A narrativa majestosa e sintética do futebol na telona.
As sessões de cinemas. Todas as tardes, noite e
meia noite. As luzes da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. O Gordon. Eram
tantos cinemas que nem chego a acreditar que apenas existam as três salas de
cinema de rua do que foi um dia a maior tela, cinerama, do Rio de Janeiro: o
Roxy.
O Ricamar em plena Avenida Atlântica, tão luxuoso e
amplo quanto o Cine São Luis em Fortaleza. Tinha noite de sábado sobrando no
gosto pela novidade. E Canal 100 ao som de Waldir Calmom e aquilo que era samba
deu-se por gêmeo do futebol: Na Cadência do Samba de Luiz Bandeira.
Haja tempo bom vivido e tempo bom por viver.
Um comentário:
Muito massa!
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