por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Que bonito é viver! - José do Vale Pinheiro Feitosa


Que saudade do meu Rio dos anos setenta. 
O Canal 100 abrindo o sorriso de milhares de dentes do nosso fio Maravilha a engolir uma multidão de gritos nas arquibancadas do Maracanã. A incendiar de alegria as imensas torcidas que enfeitam as arquibancadas. Os closes das cortadas dos craques da pelota. A narrativa majestosa e sintética do futebol na telona.
As sessões de cinemas. Todas as tardes, noite e meia noite. As luzes da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. O Gordon. Eram tantos cinemas que nem chego a acreditar que apenas existam as três salas de cinema de rua do que foi um dia a maior tela, cinerama, do Rio de Janeiro: o Roxy.
O Ricamar em plena Avenida Atlântica, tão luxuoso e amplo quanto o Cine São Luis em Fortaleza. Tinha noite de sábado sobrando no gosto pela novidade. E Canal 100 ao som de Waldir Calmom e aquilo que era samba deu-se por gêmeo do futebol: Na Cadência do Samba de Luiz Bandeira.
Haja tempo bom vivido e tempo bom por viver.