por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 25 de novembro de 2012

Por todas as vezes com Vieira, Cabral e Parente - José do Vale Pinheiro Feitosa

Castigo - Dolores Duran

Por todas as vezes que a facilidade de tê-lo como uma extensão do conteúdo natural, por isso mesmo equalizado e deste modo reduzido os altos do que era, simultaneamente, o mais agudo ou grave de sua personalidade. Quando somos parte da vida de um personagem assim só algum tempo depois, mas nem sempre, percebemos as verdadeiras dimensões daquele ser em plenitude. Falo do Padre Antonio Vieira, irmão de Manoel Baptista Vieira e tio do José Flávio.

Se soubesse o que sei agora, seria mais substancial tê-lo tão próximo e daí tecendo a vida ao invés de deixar simplesmente o tempo correr.

Por todas as vezes que brincava com a sua locução apressada, suprimindo sílabas, e desse modo fazendo o que toda cidade do interior costumava fazer ao criar personagens nas quais se reflete. E, no entanto, apesar de ser uma locução que fugia a todos os parâmetros daqueles tempos de impostação, não fora somente ali que sua substancial contribuição se dera. Foi no conteúdo informativo, na base constitutiva da uma história. Foi no tratamento incansável desse conteúdo, sem jamais aposentar-se do que considera o processo de viver. Falo de Huberto Cabral, irmão de Bernadete e Sara, pai de Germana a discreta e substantiva jornalista entre aqueles que pontuam no jornalismo cearense.

Se soubesse naquele tempo o mundo que Huberto Cabral transporta no curso do tempo em nome do Crato, não teria perdido tantos dias e noites a compreender o tempo que ele, pelo tanto que passou, outro que acontece já formulando o futuro consegue limpar no cascalho do esquecimento.

Por todas as vezes que não o considerava maior do que o anonimato, apesar do seu talento musical, simultaneamente surgindo e sendo posto como detalhe de um nome solar da Música Popular Brasileira. Por verdade que a posição de um emprego estável e de boa referência social o tenha relativamente acomodado enquanto Luiz Gonzaga vivia o remanso de seu caudal de sucesso num semiexílio em sua Nova Exu. De qualquer modo Hildelito Parente, no seu mundo particular, sem ter sido um músico profissional, é a força da música nordestina no que ela tem de muito verdadeira.

Se soubesse como já naquele tempo Hildelito Parente tinha a força que tinha, por certo que não o veria como um personagem da vida social na AABB ou na praça em conversa amena. Hildelito representa a ousadia que ultrapassa todas as maneiras de classificar as pessoas: é apenas aparente aquela timidez quase humilde, ele tem uma Chapada inteira a expressar sobre o tempo e o espaço.

Mas sabemos que os personagens não maiores pelo que são em igualdade sincera ao que tentamos ser e somos verdadeiramente.  

Quando eu me Chamar Saudade - Elizeth Cardoso e de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito

Um comentário:

socorro moreira disse...

Um nome comum: SAUDADE!
De Adão em diante...