por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 21 de maio de 2012

"Vitorioso", mas... "Derrotado" - José Nilton Mariano Saraiva

Embora nos anais da história do futebol já esteja gravado para a posteridade que o time do Chelsea é o legítimo campeão da Liga dos Campeões da Europa (versão 2012), a verdade é que a vitória do time inglês constituiu-se uma derrota para o futebol. Sim, porque o que vimos os “azuis” apresentaram, principalmente nas partidas contra o Barcelona (time espanhol que joga e deixa jogar) e na final contra o Bayern (esquadra alemã também por demais limitada) foi o antijogo, a anticriatividade, o antifutebol, o defensivismo desbragado, enfim, a absoluta falta de respeito aos que compareceram ao estádio, bem como aos milhões de telespectadores amantes de um “VERDADEIRO” jogo de futebol. A pequenez da postura em campo (que alguns equivocadamente confundem com humildade) e o artifício de atrasar o jogo “ad infinitum”, mostradas pelo Chelsea a cada partida disputada, depõem definitivamente contra o título conquistado, por configurarem covardia em “estado latente”. Ou alguém teria uma definição mais apropriada para um time que não tem o menor constrangimento de postar TODOS os seus jogadores, durante todo o jogo, atrás da linha divisória do gramado (ou em seu próprio campo) como se fosse proibido chutar uma mísera bola em direção ao gol adversário, ao tempo em que não permite que quem esteja disposto a jogar, o faça ???  Alguém poderá advogar seja esse um esquema eficiente, já que findou por levar o time à vitória final. Só que, ganhou sem convencer (porque nada jogou) e,  principalmente, porque mostrou ao mundo uma filosofia e uma postura de incompetência, de derrotado, de covarde, já que sempre à espera que um lance fortuito, um aborto do destino para que a coisa fosse resolvida (e infelizmente isso aconteceu) em cobranças de penalidades máxima (onde nem sempre vence o melhor). Uma coisa ficou demonstrada: as sofríveis e magérrimas vitórias dos ingleses representam, em verdade, a derrota da essência do futebol, do gol, da alegria de ver a rede balançar, da explosão de alegria de toda uma torcida.                                                              Enfim, trata-se de um “VITORIOSO”, MAS... “DERROTADO”.        

2 comentários:

socorro moreira disse...

Tô me viciando em futebol...Tardiamente! rs

Adorei o texto!

Abraços, amigo

José de Arimatéa dos Santos disse...

Com as devidas ressalvas, e bote ressalvas, essa edição da Liga dos Campeões da Europa me pareceu muito com o que acontecu com o Brasil na Espanha em 1982. Brasil jogava um futebol bonito, show de bola e eis que de repente é eliminado pela Itália de um futebol burocratizado e que acaba sendo campeã no final da Copa frente a Alemanha.
Neste ano de 2012 o Barcelona era favoritíssimo e tem o melhor futebol no momento e eis que mais que de repente o Chelsea elimina o todo poderoso time Catalão de Messi e companhia.
E na final da Champions apresenta o mesmo futebol feio e retranqueiro que eliminou o melhor futebol do momento e vence nos pênaltis o Bayen. Bayen que também pediu para perder quando desperdiça uma penalidade no segundo tempo da prorrogação.
O Chelsea é o campeão, mas sempre será lembrado que times melhores que ele ficaram no meio do caminho. Só os deuses do futebol para explicar.