Paracuru, 6 de maio
Oh! Deus do tempo,
Do espaço criado,
Dos vivos colocados,
Dê-me o silêncio dos ventos,
O frio das vésperas da noite,
O farfalhar das folhas,
O rumorejar da água,
O canto da cigarra,
O latido do vira lata,
O choro da criança,
Sedenta do amor materno,
Oh! Deus da narrativa,
Cale a voz do carro de som,
Com seu grito de voto,
Genecias Federal,
Tão banal como a axé music,
O forró desfibrado,
A mentira descarada
Federal, estadual,
E com pouco a municipal.
Oh! Deus do mundo,
Não cale a voz da política,
Emudeça o grito dos farsantes,
Silencie a palavra vazia,
Abra o coração dos enganos,
Chute os templos vendidos,
Solte a consciência do mundo,
O pássaro do claro dia.
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