por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mulher e Flor- Maria José Zanini Tauil




MULHER E FLOR

Romantismo é amor exuberante, exageros, sonhos e endeusamento da mulher amada.
Gonçalves Dias, além do indianismo, expressou, como todo poeta romântico, o sentimento amoroso na maior parte de sua obra.



(...) podia chamá-la -rosa
De musgo ou de Alexandria
Rosa de amor de poesia
Mais lhe não dava que o seu
Porque se essa flor mimosa
Já chegaste ao teu retrato,
Havias ver como a rosa
De repente esmoreceu!(...)

O eu-lírico, nesse caso rejeita a comparação da mulher amada à rosa. Continuando o poema, ele diz que é o amor que a musa sente por ele, que faz dela a mais bela
de todas as mulheres.

A comparação da mulher com a flor, talvez seja a mais utilizada pelos homens, graças ao perfume, beleza e delicadeza de ambas. Que mulher não gosta de ouvir tal galanteio?

Chamar mulher de flor virou lugar comum e caiu na banalidade. Evitando ser redundante, Drummond escreveu: "Minha prímula, meu pelargonio, meu gladiolo, meu botão de ouro. Minha peônia, Minha cinerária, minha calêndula, minha boca-de-leão. Minha gérbera, minha clívia..."

Quem não lembra de Cartola em " As rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti"?

E você, minha amiga, já foi chamada de flor?

E você, meu amigo, estabelece essa comparação entre a mulher e a flor, ou, mais ousado, dá esse nome a uma pequena parte do corpo dela?



Maria José Zanini Tauil.

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