por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
sábado, 23 de maio de 2015
Relendo" Paracuru ", lembrei dessa minha postagem , em 2008
Retrato Falado - Por socorro moreira
Estou no quarto elemento
Já me senti rocha
Já fui mar...
Já fui derrubada pelo vento
e agora me queimo, nos meus
vinte e cinco por cento
(Porque todo sentimento
é vitalizado pelo sol!)
Agora sei porque não escrevo
porque as palavras
nem escorregam , nem chegam
Sei também porque não fotografo
Quem escreve
encontra a luz no diálogo
Agora já sei
que não preciso chegar
Depois de um retrato falado ,
Toda luz do mundo ,
chegou aqui , vai parar !
Sei também
que não preciso voltar
Nada deixei por lá
Fui abduzida...
Simplesmente , seduzida !
Percorro meu sonho de entendimento
numa " bicicleta" da cor do vento
e nas miragens do tempo ,
entro e saio ,
sem que me achem !
Meu inconsciente tomou a frente
Minha vida é cristal
dissolvido pelas águas
Os ventos me penetram
com toda suavidade ...
Já não temo a tempestade
nem o mar da ansiedade.
Tudo já foi sem ter sido
Tudo
nunca deixou de ser
porque é !
" O sono do silêncio.
Sem sonho , deixou de ser ".
Agora é quase fim de tarde ...
ainda tenho duas madrugadas
pra ler você .
Nem sei
se és da terra ou das águas
Se dos ares ... ,
ou o fogo te faz criar
Acho que és a grande síntese
de tudo que no mundo há !
Uns são espelhos ...
Outros
fragmentos de nós mesmos ...
E o amor ,
precisa ser inteiro ,
no banquete elemental
de toda natureza !
É "bonzim" ...
um baião com feijão verde
temperado com queijo
manteiga da terra ,
manteiga do reino !?
Um pargo ao termidor
com camadas de bananas
desperta instintos e fome
cria o vazio no estômago
Sabores do mar
sabores da vida
Quero aquela janela
e o teu " olhar panorâmico "
Não quero a posse
sequer do nada
não quero a posse...
Salve , a liberdade !
E OS VENDILHÕES DO TEMPLO DOMINARAM A TERRA - José do Vale Pinheiro Feitosa
O grande fenômeno dos BRIC´s, entre as particularidades
nacionais, étnicas, culturais, sociais e econômicas, é essencialmente parte do denominado Capitalismo Desenfreado pelo
economista indiano Prabhat Patnaik. O capitalismo, para este economista, não
teria mais restrições sociais e políticas como a da aristocracia, do operariado
em formação e dos capitais nacionais.
A superação destas restrições acontece com a Globalização
Financeira que, praticamente, superou os contrários pela natureza universal
atingida. Assim este capitalismo global tem suas características imanentes agora
expressas numa “liberdade” sem freios. E esta liberdade destrói formas humanas
de viver antiguíssimas substituindo-as pelos seus parâmetros capitalistas de
ser.
E o economista identifica algumas de tais características do
capitalismo desenfreado: mercantilização numa escala nunca vista (saúde, educação,
cultura, religião, vida pública etc.); destruição implacável da pequena produção
(produções tradicionais, populares, pequenas empresas, riquezas nacionais,
etc.); enorme aumento da desigualdade econômica (não só em riqueza, mas também
em rendimento); aumento da fome mundial (tendência à super-produção sem
consumidores) e agressão às formas democráticas de sociedade (financiamento de
movimentos fascistas, financiamento privado das eleições, etc.).
A se considerar o que foi resumido do pensamento do
economista indiano, nestes dias uma publicação da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE – formada por 34 países que aceitam os
princípios da democracia representativa e a economia de livre mercado ou seja
Europa, América do Norte, Austrália, Japão, incluindo os países liberais da
América Latina como México e Chile) a respeito do consumo de álcool nestes
países.
A pesquisa é relevante porque revela o ambiente psicológico,
social e cultural do que seria considerado a “ponta de lança” do “capitalismo
desenfreado”. Estes países se conformam como o mais avançado modelo do
capitalismo contemporâneo, em outras palavras. E o que temos na pesquisa.
Nestes países o consumo de álcool é cerca de duas vezes a
média mundial. Do ponto de vista per capita, em média, nestes países, se
consome 9,1 litros por ano. E mais ainda, se verifica que o consumo atinge
segmentos específicos destas sociedades, quando o maior consumo se concentra em
apenas 20% da população.
A se considerar como espelho da sociedade capitalista
desenfreada, extrai-se um componente da educação mercantilizada o fato (talvez
não superável apenas pela educação) de que o consumo de álcool tende a se
concentrar nas elites bem-sucedidas ao mesmo tempo que o consumo perigoso
atinge a base da pirâmide econômica. As pessoas com mais educação e maior nível
econômico tendem a beber mais. No entanto os mais pobres tendem a maior risco
de consumo perigoso.
Isso significaria um desarranjo endógeno das sociedades
capitalistas de ponta, onde os custos decorrente do consumo perigoso do álcool
impacta 1% do PIB dos países de alta e média renda; em todo mundo é a quinta
causa de mortes prematuras, responde por 1 e cada 17 mortes, deficiências
especialmente em homens, repercute em mais de 200 tipos de agressões à saúde e
tem repercussão sobre terceiros como causa de acidentes de trânsito, violência
e afetando a gestação de crianças e o seu futuro social.
O relatório da OCDE trouxe um fato positivo uma queda
pequena na média do consumo de álcool, mas quando se observam os números por
dentro, na verdade houve um agravamento social no consumo. Nestes últimos anos
houve um deslocamento do consumo de álcool para jovens e mulheres, ambos grupos
muito mais vulneráveis. Aí neste grupo os efeitos sociais são imediatos
(trânsito, violência, doenças crônicas etc.) e afetam mais o futuro das pessoas
(ou seja, novas gerações mais enfraquecidas).
Nos últimos anos a percentagem de crianças de 15 anos que já
faz uso de álcool passou de 66% para 70% e a percentagem destes jovens que se
embriagam já de 43% para meninos e 41% para meninas. Deste modo é que o
capitalismo desenfreado (bebida alcoólica é um bem de consumo muito bem
divulgado no marketing de venda) firma o seu modo “desenfreado” de ser.
Agora considerem o seguinte: se agrotóxicos é do interesse
dos produtores, se as sementes geneticamente modificadas são do interesse da
Monsanto, se a exploração de petróleo, em larga escala, alavanca corporações,
se o desmatamento se transforma em pastagem e esta em carne, se os pesqueiros
nos mares pertencem à exploração desenfreada, por que o álcool e as substâncias
psicoativas não absorveriam o interesse capitalista?
Não nos enganemos: a chamada guerra do tráfico de drogas é
um mero jogo “mafioso” (bem no estilo americano) de troca e distribuição desta
mercadoria. As máfias não estão fora do capitalismo, elas são instituições imanentes
a ele. Por isso o ex-Presidente Mujica do Uruguai entendeu a lógica e a
transformou num jogo aberto (tentando controla-lo pelo Estado).
Enfim: a tese do Prabhat Patnaik é de que não existem formas
de amenizar os efeitos imanentes do capitalismo. A única forma é a sua
superação. E isso as novas gerações vão ter que pensar uma vez ultrapassados os
efeitos negativos do fim das experiências que tentaram superá-lo, especialmente
na União Soviética e na China.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
terça-feira, 19 de maio de 2015
Compreensão-por socorro moreira
Desfragmentando medos,
culpas,paixões...
A resultante em transcendência
É amor!
Não existem diferenças,
nem preferências...
Cada um é único,
e todos são unidade!
A propriedade de encantamento,
por alguns,permanece!
Será esse o caminho da ressurreição
e do reencontro?
culpas,paixões...
A resultante em transcendência
É amor!
Não existem diferenças,
nem preferências...
Cada um é único,
e todos são unidade!
A propriedade de encantamento,
por alguns,permanece!
Será esse o caminho da ressurreição
e do reencontro?
"MAR DE ALMIRANTE" - José Nilton Mariano Saraiva
Assim como o “céu de brigadeiro” caracteriza aquele estágio do voo em
que o avião prescinde literalmente do comando humano-manual face à
tranquilidade na rota seguida (ausência de pesadas nuvens ou turbulências), o
“mar de almirante” é sinalizador que o oceano não oferece qualquer dificuldade (ondas,
tempestades, etc) aos navios que por ele singram.
A reflexão é só para lembrar que após o insano, desonesto e intenso “bombardeio-depreciativo”
patrocinado pela “tucanalhada” e certo segmento da mídia tupiniquim (com
repercussão na mídia internacional), com o objetivo precípuo de pô-la a nocaute
(a fim de facilitar sua entrega à “gringalhada”), a PETROBRAS continua
brasileiríssima e ninguém vai meter a mão no nosso pre-sal.
Para tanto, bastaram algumas medidas
básicas:
01) enxotar de lá, vapt-vupt, os “ladrões-engravatados” oriundos da era
FHC (e quem tiver alguma dúvida é só ouvir o vídeo do presidente do grupo
Setal, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, uma das empresas abastecedoras do
propinoduto), onde afirma detalhadamente que desde 1997 o tal esquema-mafioso
vigia na Petrobras;
02) a decisão da presidenta Dilma Rousseff de “peitar”,
contra tudo e contra todos, o tal “mercado”, colocando no comando da nossa
maior empresa não um representante do dito-cujo (que certamente trataria de
entregar a Petrobras a preço de banana em fim de feira à banca internacional),
mas, sim, um “bancariozinho” entendedor de finanças, oriundo dessa outra
empresa que muito nos orgulha, o Banco do Brasil;
03) no mais, ao contrapor o
anunciado em Nova York por Fernando Henrique Cardoso, segundo o qual "esses
malfeitos vêm de outro governo, isso deve ficar bem claro; vêm do governo Lula;
começou aí", o jornalista Jânio de Freitas complementa: Se é para
"ficar bem claro", vêm de outro governo, sim. Como disse Pedro
Barusco em sua delação premiada e na Câmara, "começou em 1997" na
Petrobras do governo Fernando Henrique. Ou o que é dito em delação premiada
vale só contra adversários de Fernando Henrique?
Claro que, como o estrago foi de proporções amazônicas, a recuperação
completa dar-se-á paulatinamente, num médio prazo; mas a sinalização, que
depois de saneada a empresa corre nos trilhos, que a tormenta foi superada com
galhardia, pode ser constatada com a divulgação do balanço (auditado) do
primeiro trimestre/2015, que apresenta um lucro líquido de expressivos R$
5.300.000.000,00 (cinco bilhões e trezentos milhões de reais), quando os abusados
“especialistas” previam algo em torno de R$ 2,5 bilhões.
No mais, há que se atentar que apesar de toda a abjeta campanha encetada,
a PETROBRAS foi a empresa do ramo petrolífero que mais cresceu no mundo, ano
passado, superando portentos como a Shell, Chevron, Total e demais.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
(in)delicadeza
por Vera Barbosa
E foi assim...
Pousaste.
Quando notei, era tarde.
Quando me vi, tinhas ido.
Partiste.
Sem perceber, sem sentido.
domingo, 17 de maio de 2015
Porque aquele órgão encantador mais embriagava a dose de
Cuba Libre. Entretanto tuas emanações inebriantes a todas as minhas fibras
tremiam na angústia da urgência. Aquele momento único não podia se perder.
E teu silêncio denso, como a mais dura rocha, deixava aquele
momento grave como o irrealizado que é renúncia. O pingo de perfume na ponta de
tua orelha, a fornalha que molda uma vontade no malho do ferreiro.
E aquele órgão se desdobrava em canção. Numa língua que eu
não traduzia, mas compreendia. O fervor do teu corpo era o enigma em
decifração. Jogava-me um feito único e
toda a iniciativa a mim cabia.
Na timidez ameaçada por um escândalo no salão. Um tapa na
cara que move todas as humilhações do mundo. E a tua rocha de silêncio era um
lajedo quente no pleno do meio dia.
E os dedos do organista ocupando todo os teclados implodiu o
silêncio. Nada mais se escutava, apenas nossos corpos quentes ligados por um
cabo rijo e um anteparo que promete o encaixe.
Mas nada havia entre nós. Uma fusão organista, uma
concentração no mesmo ponto de fusão. Um momento que não diz nada, mas revela
todo o universo. Eis o salto qualitativo do momento de urgência da timidez e do
sólido silêncio de espera.
A iniciativa fora disparada. Um pleno orgástico ao som do
órgão de A Whiter Sade of Pale.
Co-autores: Gary Brooker e Keit Reid, do grupo Procol Harum.
O arranjo de órgão é de Mathew Fisher. Reid numa festa ouviu um rapaz falando para uma moça: você
se tornou a mais branca máscara pálida. Uma exótica letra que traduz toda a
leitura da educação inglesa do letrista. Parece, no estilo rock progressivo,
traduzir a sedução a dois embriagados,
que termina numa relação sexual
A canção e o arranjo são derivados do Bach e isso traduz bem
a erudição e a tecnicidade dos músicos do rock progressivo. O órgão introduz,
reaparece ao final de cada estrofe e varia durante toda a canção.
No disco apenas estas duas primeiras estrofes foram
cantadas. As demais apareceram em DVD e performances do Grupo de Rock inglês
Procol Harum.
A mais branca máscara
pálida
Nós girávamos
a luz do fandango,
Carroça tombada
cruzando o piso,
Eu me sentia
um tanto enjoado,
Mas a
desordem gritou por mais,
O quarto
zumbia forte,
E o teto
flutuou além,
Quando
chamado para mais uma dose,
E o garçom
trouxe uma bandeja.
E foi então,
que mais tarde,
Como o
moleiro disse em seu conto,
A face dela a
princípio fantasmagórica,
Virou uma a mais
branca máscara pálida.
Não há nenhuma
razão, disse ela,
E a verdade
é simples de ver,
Mas eu misturava
meu jogo de cartas
E não a
deixaria ser,
Uma das
dezesseis virgens vestais
Que saiam
para a costa do litoral,
Embora de
olhos plenamente abertos,
Eles
estariam sendo bem fechados.
Se a música
for o alimento do amor,
Então o riso
é a sua rainha,
Da mesma
forma se atrás é a frente,
Então a
sujeira é o limpo,
Minha boca
igual a um cartão,
Parecia
deslizar em linha reta ao meu coração
Então
submergimos rapidamente,
E atacamos o
leito do oceano.
UM DESERTO A SER DECIFRADO - José do Vale Pinheiro Feitosa
E foi por carregar uma criança de colo que caminharam longe
pelo deserto. Montados num jumento iam porque o assassinato dos diferentes era
a regra do governante.
Balançando no andar do muar, seguia aquele que explicitou
que todos somos iguais. Ao invés de uma coisa ou animal de trabalho, somos
humanos, pertencemos à mesma família, derivada de igual natalidade.
E aquele que seguia no deserto árido sabia que esta terra
estava lá como potência de fertilidade. Sabia que gosmas que se amoldam aos
contornos sólidos, lhes daria o beijo da traição.
Mas a questão não se encontra na gosma, nem nas rochas onde
se ergue a avareza que tudo deseja apenas para si. A questão se encontra na
humanidade traduzida em pessoas humanas que brilham num determinado natal com
todo o deserto à frente, pronto para se revelar um potencial fértil.
Mas há que somos iguais e tantos se corrompem na ilusão da
superioridade onde tudo que imaginam é um mérito a explorar os outros em
diferenças. Há aqueles que decoram sua história com frases da mensagem e sob
essa decoração luminosa, tentam ludibriar os demais com merecimentos que
dividem, discriminam.
Dois mil anos após, o deserto continua lá pronto para ser
entendido. Os chacais ainda o ronda em busca de corpos vivos. Os traficantes do
trabalho, em orações de maldita fé, continuam fazendo escravos. Os execráveis
continuam com suas vestes ornamentais a pregar anátemas aos demais, condenando-os
só para arrancar-lhes o alimento que faz humanos às suas vítimas.
O deserto é para ser atravessado, pois é nele que o relevado
se encontra. Ali onde os pilares das instituições nunca se ergueram, onde as
bibliotecas da avidez medieval e burguesa nunca foram impressas.
No deserto viverá suando junto ao suor dos demais. Sombras
para conservar os escusos que operam a ilusão do progresso não há. Assim como
não há a divisão da terra, os livros da mais avalia que acumula, os bytes que
fogem com a riqueza coletiva para entocá-las nas ruínas do livre mercado.
O deserto, dois mil anos após, diz tudo ao contrário destes alicerces
eclesiais sobre os quais se ergue a acumulação que desfaz a pessoa humana.
A pessoa humana, nós que somos iguais em natalidade.
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor à procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor à procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
Drummond
P.S Obrigada, amigo Jackson.Drummond é demais!
sábado, 16 de maio de 2015
Interrogação-por socorro moreira
A gente se ilude, quando se busca?
-Emoçao é combustível de vida
Sem brincadeira...
Como suportar o mundo
Sem artistas?
Sem artistas?
Minha inoperante arte
Busca no outro
Emocionante vida!
Busca no outro
Emocionante vida!
Poetas e músicos fragmentam
o gelo e a pedra...
o gelo e a pedra...
Desfragmentam o medo,
que em nós habita,
e conseguem trnsmutá-lo...
que em nós habita,
e conseguem trnsmutá-lo...
Sem leveza, como voar no pensamento,
e chegar, no ponto do suspiro?
e chegar, no ponto do suspiro?
(socorro moreira)
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