por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 25 de setembro de 2017

É A DELAÇÃO”… CORRUPÇÃO ??? - José Nílton Mariano Saraiva

Se a corrupção” (ativa) é o ato de pagar” ou “conceder” benefícios para obter algo em troca (o lugar numa fila, a liberação de um contrato vultoso, a gorjeta ao guarda de trânsito pra se livrar de uma multa e por aí vai), será que poderíamos considerar a “colaboração/delação” premiada um ato de “corrupção” ??? Afinal, o fundamento básico da “delação” não é exatamente o de comprar, premiar ou induzir alguém (prioritariamente um bandido) a “dedurar” ou trair outrem, em troca de um mundo de vantagens ???

Se há alguma dúvida sobre, basta ver que, por terem firmado a tal “delação” premiada com membros do Judiciário, Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Sérgio Machado, Pedro Barusco, Alberto Youssef e outros bandidos de alta periculosidade, estão aí, livres, leves e soltos, a torrar a estratosférica grana que roubaram (e sem maiores preocupações com o futuro). 
 
Fato é que, incerta no ordenamento jurídico vigente no Brasil (Lei 12.850, de 02 de agosto de 2013), a tal “colaboração premiada” (vulgarmente conhecida por “delação” ou “deduragem”) tem certas atipicidades, a começar pelo modo como é obtida. Afinal, de acordo com o determinado por tal lei, tal procedimento somente dar-se-ia através da manifestação livre e espontânea do meliante, após acordado com a autoridade competente. Mas, definitivamente, não é isso que acontece.

É público e notório, que nas masmorras de Curitiba e da Polícia Federal, em Brasília, a coisa funciona mais à base da forçação de barra, do emprego sistemático da coação e até da “tortura em dose dupla”: psíquica e física.

Na “psíquica”, num primeiro momento o preso é isolado por dias e dias em uma cela, a fim de “meditar” sobre o que fazer para dali sair; para tanto, é “orientado” a respeito do que a autoridade competente deseja ouvir na sua “delação”, nem que isso signifique abrir mão de princípios morais, éticos, familiares, religiosos e por aí vai. 
 
No entanto, caso não consiga “produzir” a contento o que o Juízo deseja (e a se emprestar credibilidade ao pretenso delator, como sói acontecer), nada melhor que o depoimento à Revista Piauí, do ex-senador Delcídio do Amaral (hoje em liberdade) para se constatar que a “tortura física” também é usada a fim de se conseguir o desejado. 
 
Narra o ex-senador, que na sede da Polícia Federal (Brasília) ele teria ficado trancado em um quarto sem luz, vizinho à casa de máquinas/gerador do prédio, e... “aquilo encheu o quarto de fumaça, e eu comecei a bater, mas ninguém abriu. Os caras não sei se não ouviram ou se fingiram que não ouviram. Era um gás de combustão, um calor filho da puta. Só três horas mais tarde abriram a porta. Foi dificílimo” (ipsis litteris). Depois disso, é claro que o ex-senador entregaria a própria mãe, se isso lhe assegurasse o passaporte para a liberdade(como de pronto aconteceu, ao acusar Lula da Silva, sem provas). 
 
Assim, ante tão grave constatação, há que se questionar, com absoluta pertinência: a colaboração/delação” premiada (tendo como agente ativo/indutor/beneficiário o próprio Estado), pode ser considerada ou não um ato de corrupção” ???















ALGUÉM TEM SAUDADE DESSE TEMPO ???

"Fomos levados diretamente para a Oban. Eu vi que quem comandava a operação do alto da escada era o coronel Ustra. Subi dois degraus e disse: ‘Isso que vocês estão fazendo é um absurdo’. Ele disse: ‘Foda-se, sua terrorista’, e bateu no meu rosto. Eu rolei no pátio. Aí, fui agarrada e arrastada para dentro. A primeira forma de torturar foi me arrancar a roupa. Lembro-me que ainda tentava impedir que tirassem a minha calcinha, que acabou sendo rasgada. Começaram com choque elétrico e dando socos na minha cara. Com tanto choque e soco, teve uma hora que eu apaguei. Quando recobrei a consciência, estava deitada, nua, numa cama de lona com um cara em cima de mim, esfregando o meu seio. Era o Mangabeira [codinome do escrivão de polícia de nome Gaeta], um torturador de lá. A impressão que eu tinha é de que estava sendo estuprada. Aí começaram novas torturas. Me amarraram na cadeira do dragão, nua, e me deram choque no ânus, na vagina, no umbigo, no seio, na boca, no ouvido. Fiquei nessa cadeira, nua, e os caras se esfregavam em mim, se masturbavam em cima de mim. A gente sentia muita sede e, quando eles davam água, estava com sal. Eles punham sal para você sentir mais sede ainda. Depois fui para o pau de arara. Eles jogavam coca-cola no nariz. Você ficava nua como frango no açougue, e eles espetando seu pé, suas nádegas, falando que era o soro da verdade. Mas com certeza a pior tortura foi ver meus filhos entrando na sala quando eu estava na cadeira do dragão. Eu estava nua, toda urinada por conta dos choques. Quando me viu, a Janaína perguntou: ‘Mãe, por que você está azul e o pai verde?’. O Edson disse: ‘Ah, mãe, aqui a gente fica azul, né?’. Eles também me diziam que iam matar as crianças. Chegaram a falar que a Janaína já estava morta dentro de um caixão."


MARIA AMÉLIA DE ALMEIDA TELES, ex-militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), era professora de educação artística quando foi presa em 28 de dezembro de 1972, em São Paulo (SP) pela ditadura militar no Brasil.

sábado, 23 de setembro de 2017

CRÉDITOS ÀS “EXCELÊNCIAS” TOGADAS - José Nílton Mariano Saraiva

Desde tempos imemoriais, enfática e peremptoriamente temos manifestado neste espaço que a barafunda jurídica vigente no país nos dias vigentes deve ser creditada única e exclusivamente às preguiçosas, prolixas e medrosas “excelências” togadas com assento no Supremo Tribunal Federal.

Não tivessem de forma vergonhosa se omitido naquele momento extremamente grave e delicado no qual se armou o golpe parlamentar capitaneado por um marginal visando o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, hoje não estaríamos a experimentar tamanha desventura (há, inclusive, a suspeita que sabiam de tudo antecipadamente e que se aliaram aos executores, conforme se depreende do diálogo Romero Jucá/Sérgio Machado).

Tanto é verdade que, lá adiante, as “excelências” de novo cruzaram os braços e puseram venda nos olhos ao permitir que, impunemente, um juiz de primeira instância atropelasse a própria Constituição Federal ao divulgar conversas da mandatária maior do país, afora outros abusos flagrantemente ao arrepio da lei.

Fato é que, adepto dos holofotes, incensado pela mídia desonesta, picado pela mosca azul e vislumbrando que os covardes integrantes do STF não se manifestariam com medo da reação popular (já que teoricamente tratando de um tema de tremendo apoio popular, qual seja a corrupção), referido juiz é hoje quem manda e desmanda no país e, inclusive, determina a própria agenda daquele tribunal.

Assim, há que se prosseguir o golpe, com uma “ruma” de ladrões de alta periculosidade instalado no Planalto Central a “liquidar” com o Brasil, a preço de banana em fim de feira (o retrato emblemático é o pré-sal”, nosso outrora passaporte para o futuro, que está sendo literalmente “doado” às grandes petrolíferas internacionais), enquanto que, sob o comando de um juiz de primeira instância, a “República de Curitiba” trata de impedir, por cima de pau e pedra e mesmo que inexistam provas contra, que o candidato francamente favorito às próximas eleições, Lula da Silva, se viabilize como presidenciável. Apenas e tão somente pela “convicção” de um juiz pop-star deslumbrado.

Portanto (e rememorando), às “excelências” togadas, (prolixas, medrosas e covardes) com assento no tal Supremo Tribunal Federal (que de “supremo” não tem nada) devem ser dirigidos, sim, todos os créditos pelo iminente “extermínio” de um país que tinha tudo pra dar certo.

Definitivamente, o “complexo” de vira-lata voltou. Que pena.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

SUGESTAO AOS DEPUTADOS - José Nilton Mariano Saraiva

Prezado Deputado Chico Lopes (dep.chicolopes@camara.gov.br)

Tomamos a liberdade de fazer-lhe uma simplória sugestão: que você advogue aí na Câmara Federal (sòzinho ou junto à turma da esquerda), que a sessão plenária que irá votar o sonhado impeachment do Temer, seja realizado num dia de domingo, de sorte que toda a população brasileira possa acompanhar via TV (lembremos que a primeira denúncia contra Temer foi realizada providencialmente em um dia útil e, portanto, muitos deixaram de acompanhar e, em consequência, a "pressão" sobre os mafiosos deputados não foi a que se esperava).


Afinal, não custa lembrar, esse foi um dos trunfos do marginal Eduardo Cunha para literalmente fulminar a nossa presidenta Dilma Rousseff (no domingo todos estarão em casa e poderão acompanhar o voto do seu deputado, que assim pensará duas vezes antes de proferir  um possível voto no Temer).

Acreditamos que se viabilizada tal pretensão certamente o resultado da votação será surpreendente.


Receba o nosso abraço

José Nilton MARIANO Saraiva
(Aposentado do BNB)
Fortaleza-CE


Post Scriptum
Se alguém tem interesse, autorizo usar tal mensagem pra ser enviada a outros Deputados que conheçam. 

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Para que serve a Matemática?


Por Carlos Eduardo Esmeraldo


Esta é a pergunta mais difícil que os alunos do ensino fundamental e médio fazem a qualquer Professor de Matemática. E a resposta a ser dada é praticamente impossível. Há enormes dificuldades para satisfazer a curiosidade das pessoas sobre as finalidades da matemática. Uma resposta que não satisfaz é a de que, mais tarde, quando o estudante estiver cursando uma faculdade ou na pós-graduação vai utilizar todo aquele conhecimento obtido, este ou aquele teorema. Muitos alunos poderão argumentar que pretendem estudar medicina, letras ou direito e, que, portanto, não irão precisar aplicar aquele monte de equações e fórmulas que lhes são apresentadas como importantes. Do mesmo modo, dizer que a matemática é necessária para medir as  grandezas existentes à nossa volta, não será a resposta esperada pelos alunos. Nem todos estão preocupados com isso. 
   
Afirmar que a matemática desenvolve habilidades de cálculo e ajuda a abrir a mente, torna-se aparentemente irrelevante num mundo em que nossos jovens estão familiarizados com os microcomputadores, tablet e outros aparelhos eletrônicos. 

Conforme nos ensina o Professor Geraldo Ávila, membro da Sociedade Brasileira de Matemática - SBM: "existe consistência na afirmação de que a matemática ajuda a expandir o raciocínio, pois ela muito tem contribuído para o desenvolvimento de outras ciências e o progresso da humanidade." E ele nos acrescenta ainda: "O pensamento matemático vai muito além do raciocínio lógico. A intuição é a faculdade mental que nos permite obter o conhecimento de maneira direta, sem intervenção do raciocínio." Todo o conhecimento matemático teve início com o uso da intuição, essa extraordinária capacidade que tem o cérebro humano de desvendar possibilidades e, graças a ela, se chegou às grandes descobertas científicas. A matemática está por trás dos avanços tecnológicos recentemente postos à nossa disposição, tais como a eletricidade, os telefones celulares, calculadoras eletrônicas, microcomputadores, televisão digital e os modernos aparelhos para diagnosticar doenças à disposição da medicina, que têm possibilitado tantas curas e ajudado a prolongar a duração da nossa vida. 
 A Matemática está presente em todas as áreas do conhecimento humano: na pintura, na arquitetura, na música, como suporte da Física, Química e Astronomia. Na Administração de Empresas ela ajuda a controlar a gestão de estoque com redução de custos, otimizando receitas e conseqüentemente o lucro. A Matemática e principalmente a Geometria Euclidiana desenvolve importante papel na expansão do raciocínio lógico, fornecendo-nos deste modo, o desenvolvimento da nossa percepção visual e a possibilidade de melhor entendermos a realidade que nos cerca. 
Ainda segundo o professor Geraldo Ávila, "a maior dificuldade em se perceber os reais objetivos do ensino da matemática, encontra-se no fato de que qualquer pessoa poderá se tornar um artista, escritor, advogado, ou médico, prescindindo dos conhecimentos matemáticos." Mas fica claro que nenhum deles poderá ser um profissional completo sem um conhecimento mínimo da Matemática, da Psicologia, da Sociologia, de Relações Humanas, assim como um bom engenheiro ou matemático não poderá prescindir dos conhecimentos mínimos de História, Administração, Psicologia, Sociologia, Direito, Biologia, Relações Humanas, e tantos outros. 
Sempre que alguém se deparar com uma pergunta desse tipo, deverá satisfazer a curiosidade dos seus interlocutores com os argumentos acima expostos. Talvez seja uma tentativa para satisfazer às expectativas para a razão do estudo matemático.

sábado, 9 de setembro de 2017

"PARA O PÁSSARO CANTAR ÊLE TEM QUE SER ENJAULADO" - José Nílton Mariano Saraiva

Ainda com relação à “deduragem” do Palocci, permitimo-nos reeditar uma nossa postagem de mais de um ano atrás, que tem tudo a ver com o quadro atual.

Independentemente da canalhice praticada por Palocci, seria interessante se saber se o “modus operandi” usado com ele pelo juiz Sérgio Moro foi o mesmo posto em prática com outros bandidos, lá atrás.
Vejam, abaixo, a postagem antiga e tirem suas conclusões.

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A “RESSURREIÇÃO” - José Nilton Mariano Saraiva

Como o juiz Sérgio Moro e seus procuradores se tornaram uma espécie de “heróis nacionais”, e os “bandidos delatores” da Lava Jato uma espécie de “Maria Madalena”, já que passíveis de perdão e dignos de toda a credibilidade, urge atentar para a gravíssima declaração prestada pelo ex-Senador Delcídio do Amaral a repórter Malu Gaspar, da Revista Piauí, quando narrou o “método de convencimento” utilizado contra ele, a fim de estimulá-lo a iniciar, incontinente, o processo de “deduração”. 
 
Conta Delcídio, que na PF de Brasília teria ficado trancado em um quarto sem luz, que ficava vizinho ao gerador do prédio e que... “aquilo encheu o quarto de fumaça, e eu comecei a bater, mas ninguém abriu. Os caras não sei se não ouviram ou se fingiram que não ouviram. Era um gás de combustão, um calor filho da puta. Só três horas mais tarde abriram a porta. Foi dificílimo”. Desnecessário dizer que dali saiu direto para o colo do Sérgio Moro, onde entregou o Lula.

Isso parece verossímil, já que é do conhecimento público que o juiz Sérgio Moro, numa clara forçação de barra e a fim de forçar o preso a delatar, ignora a presunção de inocência, prende sem provas, rebola o sujeito no fundo de uma cela (deixando-o praticamente incomunicável) e literalmente baratina a mente do indigitado.
 
E foi um próprio procurador da Lava Jato, Manoel Pastana, que tratou de confirmar tudo isso, ao enaltecer o modus operandi morista: “PARA O PÁSSARO CANTAR ELE TEM QUE SER ENJAULADO”.
 
Ante o exposto, e face a credibilidade que boa parte da população empresta aos “respeitáveis bandidos delatores”, cabe indagar: temos aí, no método utilizado contra o Delcídio, em pleno século XXI, uma espécie de “RESSURREIÇÃO” das câmaras de gás dos campos de extermínio nazista (só que aqui individualmente), ou tudo não passa de mera coincidência ???

Afinal, a confirmar-se o que foi atribuído ao Delcídio do Amaral (mesmo sendo um bandido), em português cristalino e contundente, ele afirmou com todas as letras ter sido vítima de TORTURA.
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Terá acontecido o mesmo com o Palocci ???