MINHA ALMA ESTÁ EM BRISA (Mário de Andrade)
NÓS TEMOS DUAS VIDAS E A SEGUNDA COMEÇA QUANDO VOCÊ PERCEBE QUE VOCÊ SÓ TEM UMA...
MINHA ALMA ESTÁ EM BRISA (Mário de Andrade)
NÓS TEMOS DUAS VIDAS E A SEGUNDA COMEÇA QUANDO VOCÊ PERCEBE QUE VOCÊ SÓ TEM UMA...
“PISTOLEIROS DE ALUGUEL”
“Pedirei ao STF cópia de todos os diálogos para avaliar providências legais. Se forem verdadeiros, comprovam o incesto havido na Lava Jato e revelam um BANDO DE PISTOLEIROS DE ALUGUEL recebendo uma encomenda de assassinato de reputação”, declarou o ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União, em resposta ao plano de ataque de Deltan Dallagnol.
ESTADÃO CLASSIFICA BOLSONARO COMO "NANICO MORAL E POLITICO"
O jornal Estado de S. Paulo classificou o ex-presidente Jair Bolsonaro, em editorial publicado neste domingo, como um "nanico moral e político", após sua tentativa de liderar uma rebelião contra a reforma tributária. "Sempre houve especulações sobre o real tamanho que Jair Bolsonaro teria na vida nacional após deixar a Presidência da República. O tema ganhou novo destaque após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos. Qual será de fato o papel do ex-presidente na política brasileira? Sem poder se candidatar, qual será sua influência na vida nacional? Nesta semana, o assunto saiu do campo da especulação e pôde ser observado na realidade", aponta o texto, que trata da tentativa de sabotar a reforma tributária.
"A voz do autoproclamado grande líder da direita nacional – que se apresenta como representante do liberalismo e dos interesses do empresariado – deveria produzir alguma consequência sobre tema tão fundamental para o desenvolvimento social e econômico do País. No entanto, a oposição de Jair Bolsonaro à reforma tributária não gerou rigorosamente nenhum efeito. Nem no seu partido nem também naquele que é considerado um dos principais sucessores do bolsonarismo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas", acrescenta o editorialista.
"Bolsonaro nunca foi capaz de articular politicamente setores e grupos da sociedade. Basta ver sua trajetória de trocas contínuas de legendas e o fracasso, mesmo estando na Presidência da República, na hora de criar seu próprio partido. Uma coisa é organizar motociatas ou ter muitos seguidores (e robôs) nas redes sociais. Outra, bem diferente, é exercer uma efetiva liderança política, congregando interesses por meio de ações políticas coordenadas", prossegue o autor. "Se é triste constatar a diminuta dimensão moral e política de quem ocupou a Presidência da República por quatro anos, é alvissareiro reconhecer que Jair Bolsonaro volta a ter agora o exato peso que sempre mereceu ter. A mais cabal e rigorosa irrelevância", finaliza.
"SAYONARA" (O Filme) - José Nilton Mariano Saraiva
Se você, aí do outro lado da telinha ainda não sabe, a palavra japonesa “Sayonara” significa “adeus” e serviu pra titular um dos grandes filmes românticos já rodados (vencedor de três Oscar’s). Tanto que naquela oportunidade a imprensa foi pródiga em elogios, destacando: “Um gigante entre os filmes” (The Film Daily), “Um filme de beleza e sensibilidade” (Variety), “Uma encantadora história de amor; um dos melhores filmes do ano” (Los Angeles Mirror News).Obs: trata-se de texto da nossa lavra, postado anos atrás.
DO “RUGIR” DO LEÃO AO “MIAR” DO GATINHO – José Nílton Mariano Saraiva
Durante meses, antes da eleição presidencial de 2022, nos palanques da
vida o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, tal qual um leão
ensandecido foi pródigo e incisivo em rugir desafiadoramente contra o
constitucionalmente estabelecido, ao ameaçar colocar na rua o “meu exército”
(sic), para quem ousasse desafiá-lo ou sequer contestá-lo.
Investindo sem qualquer escrúpulo contra tudo e contra todos, o psicopata que na oportunidade estava Presidente da República se detinha, entretanto, em dois alvos preferenciais: o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, na sua versão, seriam os principais responsáveis por questionar os seus descalabros, as suas diatribes, os seus excessos, as suas irresponsabilidades.
Como integrantes das duas cortes citadas, os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes foram seus alvos prediletos, quando aventou, inclusive, a perspectiva de se mover um processo de impeachment contra os mesmos (embora sem nenhuma prova das acusações que proferira contra eles).
Já em particular, usando sua condição de Presidente da República, chegou a convocar e receber, em palácio, uma reunião extraordinária com os embaixadores de diversos países que detinham vínculos com o Brasil, onde mentiu desbragadamente sobre as urnas eletrônicas usadas em nossas eleições, já que, na sua opinião, seriam passíveis de fraudes ao final da apuração de cada uma delas (embora ele e os filhos mafiosos hajam sido eleitos com os votos advindos delas, em mais de uma oportunidade).
Enfim, enquanto estava no trono e cercado por uma camarilha de generais golpistas, reacionários, ultrapassados e comprovadamente mercenários, rugiu em alto e bom som (Braga Neto, Villas Boas Correia, Augusto Heleno, Pazzuelo, dentre outros).
Covarde de primeira hora, medroso, inconfiável e frouxo, ao perder uma eleição onde gastou bilhões de dinheiro público na tentativa de reeleger-se, abandonou a Presidência da República e fugiu do país na calada da noite para os Estados Unidos, onde assistiria de camarote o desfechar de um golpe de estado arquitetado por ele e seus medíocres generais reacionários, cujo objetivo seria reassumir na marra o poder (tanto que Braga Neto chegou a afirmar para os vagabundos acampados em Brasília, em frente ao quartel do Exército, que tivessem paciência que algo ia acontecer em breve).
E a prova disso tudo foi materializada quando a Polícia Federal achou com um dos seus principais assessores (Anderson Torres, então Ministro da Justiça) uma minuta detalhada de como se daria o golpe de estado (só que, após 04 meses preso, alegando depressão, saudades das filhas e saúde debilitada, foi incompreensível e esdruxulamente liberado pelo Supremo Tribunal Federal para cumprir prisão domiciliar).
Em resumo, agora que a tentativa de golpe foi definitivamente descoberta e esclarecida, Bolsonaro deixou de rugir feito um leão e passou a miar como um gatinho, alegando não ter feito nada de errado, mas que em algumas oportunidades simplesmente estava “brincando” ao incitar o seu “gado”.
Com o julgamento sobre a sua inelegibilidade em andamento (em razão das “cabeludas” mentiras e inverdades proferidas quando da reunião extraordinária com os embaixadores estrangeiros), espera-se que não pare por aí; assim, levando-se em conta que está incurso em diversas ações judiciais, é imperioso e necessário colocá-lo na prisão, se possível de segurança máxima (face a alta periculosidade que apresenta), a fim de pagar pelos muitos e graves crimes cometidos.
Afinal, e até prova em contrário, para quem atua à margem da lei o lugar
apropriado, merecido e correto é mesmo uma prisão de segurança máxima.
PORNOGRAFIA TEM NOME E NÚMERO: TAXA SELIC A 13,75% - José Nílton Mariano Saraiva
Entre
risos e aplausos dos comensais, numa conferência fechada do BTG Pactual, em 25.10.2021,
com filhos de grandes empresários (future leaders), André Esteves, dono do BTG
Pactual, afirmou de forma peremptória e categórica que sempre é consultado pelo
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre qual seria o limite (lower
bound) para a queda da taxa de juros no Brasil, atualmente em 13,75% (qualquer
dúvida, existe o vídeo na Internet, a quem interessar possa).
Com
o barco (Brasil) literalmente à deriva e aparentemente “perdido” sobre o rumo a
tomar sobre, o presidente do Banco Central, teria perguntado: “Pô, André, o que
você está achando disso, onde você acha que está o lower bound (limite
inferior) ??? Ao que o André Esteves sarcasticamente
respondeu: “Olha, Roberto, eu não sei onde que está, mas eu estou vendo pelo
retrovisor, porque a gente já passou por ele” (ipsis litteris).
Prepotente
e arrogante, pra delírio da seleta plateia de endinheirados André Esteves
também afirmou que teria recebido uma ligação do todo poderoso Presidente da
Câmara Federal, Arthur Lira, procurando saber qual fora a repercussão no
mercado sobre a saída de quatro (04) dos principais assessores do Mistério da
Economia, por discordarem das decisões do então ministro Paulo Guedes.
Consultado
posteriormente, Roberto Campos Neto não só reconheceu as afirmações do dono do
BTG Pactual, Luiz Esteves, ao tempo em que argumentou ser essa uma atitude absolutamente
“normal” no mercado (ou seja, um “abutre” e potencial beneficiário dos juros
altos sugerir ou ditar qual a taxa que quer para as suas aplicações e da sua
corriola, inclusive banqueiros internacionais).
Não
satisfeito, André Esteves afirmou também ter conversado com Ministros do STF, os
quais teriam sido “educados” por ele sobre a importância de um Banco Central
independente, ao tempo em que ainda exercitou sua veia humorística ao dizer que
“afinal, ninguém é obrigado a nascer sabendo” (ou seja, os senhores ministros
do STF eram jejunos no trato da questão e, pois, influenciáveis pelo papo furado
de qualquer espertalhão atuante no tal “mercado”).
Fato
é que, se fosse séria e quisesse realmente desvendar o mistério da teimosa manutenção
de uma taxa de juros pornográfica (já que com a inflação em queda), a mídia
tupiniquim não mais deveria dirigir-se ao Roberto Campos Neto, mas, sim, ao
André Esteves, sobre qual a política do Bacen em relação à Selic (deixemos de
intermediários).
Aliás,
também seria interessante e por demais aceitável, procurar se saber quantos BILHÕES
de reais o BTG de André Esteves e sua corriola do mercado financeiro têm investido
em títulos do governo federal, já que a taxa Selic é determinada por ele (André
Esteves) e, pois, quanto mais alta, mais ele e os seus são beneficiados (ou o
Brasil seria um país tão surreal que os pobres também detêm portentosas aplicações
no mercado financeiro ???).
Alfim,
e definitivamente, é chegada a hora de acabar com tanta hipocrisia: André Esteves
para a presidência do Banco Central, já.
O BANDIDO ERA O JUIZ - José Nílton Mariano Saraiva
Dada à cristalina obviedade, não é necessário que aqueles inseguros e que guardam uma certa reserva no trato da língua pátria recorram aos dicionários da vida a fim de concluírem que, entre outras referências, a palavra “marginal” cognomina ou batiza aqueles que atuam à margem da Lei (elementar, meu caro Watson).
Partindo de tal pressuposto, não há como desconsiderar que a procuradora da república Monique Cheker desde sempre considerou Sérgio Moro um potencial marginal, ao peremptoriamente afirmar, sem papas na língua, que... "Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados; desde que eu estava no Paraná, em 2008, ele já atuava assim e alguns colegas do MPF do PR diziam que gostavam da “proatividade” dele, e que inclusive aprendiam com isso" (ipsis litteris).
Pois foi assim, sempre atuando ousada e irresponsavelmente à margem da Lei, que Sérgio Moro aterrorizou o Brasil durante anos, ao encaminhar às calendas gregas a presunção de inocência, ao não considerar a obrigatoriedade da existência de provas para se condenar qualquer pessoa, ao ignorar a necessidade de preliminarmente se notificar alguém antes de conduzi-lo coercitivamente, ao banalizar as prisões temporárias para os infelizes que presumivelmente houvessem cometido algum ato ilegal (mesmo sem qualquer prova mas, tão somente, por convicção do Juiz), ao, enfim, autorizar a escuta telefônica ilegal (inclusive da Presidenta da República) e seu posterior vazamento para a mídia, e por aí vai.
Em resumo, e em português curto e grosso, a intimidade da república foi, sim, devassada e estuprada por um oportunista e megalomaníaco juiz de primeira instância no curso da tal Operação Lava Jato, onde, comprovado restou, a posteriori, que O BANDIDO ERA O JUIZ.
Para tanto (e é duro, mas absolutamente necessário reconhecer), Sérgio Moro e seus comparsas (Dallagnol à frente) contou com a covardia e incompreensível omissão do Supremo Tribunal Federal, porquanto, desde o nascedouro da Operação Lava Jato, ele (Moro) foi useiro e vezeiro em – valendo-se do apelo popular propiciado pelo tema “corrupção” – ousada e conscientemente transgredir diuturnamente o que reza a Constituição Federal, sem que nossa Corte Maior (em tempos outros galhardamente conhecida como guardiã da Constituição Federal), sequer tenha ensaiado alguma admoestação ao próprio (simplesmente porque receosa em desagradar a população, àquela altura embevecida pela propaganda morista).
Foi preciso, então, que uma escuta telefônica clandestina (tantas e tantas vezes usada pelo próprio Sérgio Moro e demais integrantes da quadrilha), e agora captada por um hacker, fosse divulgada na Internet por um blog independente, para que tomássemos conhecimento, atônitos e perplexos, que na 13ª Vara Federal da cidade de Curitiba fora instalado um perigoso ajuntamento de pessoas de índole duvidosa, que, num conluio imoral, promíscuo e ilegal (embora integrantes do Judiciário), objetivavam a tomada do poder (tendo à frente, repita-se, Sérgio Moro e procuradores de justiça adeptos do seu modus operandi, naquilo que ficou conhecido como a “República de Curitiba”).
Descoberta a falcatrua, e presumivelmente já antevendo um futuro um tanto quanto complicado quando eclodisse a sujeirada da qual foram os “atores principais”, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol trataram de fazer o que antes disseram que jamais fariam: ingressar na política (aqui, o Moro na condição de Ministro da Justiça do governo Bolsonaro, que ele houvera ajudado a eleger) tendo, para tanto, renunciado (ambos) aos anos de vínculo no poder judiciário (na verdade, preventivamente buscavam se escudar na tal “imunidade parlamentar”).
Na realidade, e isso o próprio Bozo confirmou posteriormente (ao bateram de frente), o ousado e sonhado “objeto de desejo” de Sérgio Moro seria queimar etapas e “pular” da primeira instância para ministro do Supremo Tribunal Federal.
Fato é que hoje, eleitos Senador e Deputado Federal por alienados eleitores paranaenses, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol estão sob os holofotes: Dallagnol teve seu mandato cassado por tentar obstruir a Justiça, renunciando ao Ministério Público mesmo antes de candidatar-se, a fim de fugir das diversas ações em curso contra ele (é, pois, um FICHA SUJA); e Sérgio Moro está às vésperas de ter o mesmo destino, percorrer o mesmo caminho, porquanto seríssimas e múltiplas (com provas) são as denúncias contra seu modus operandi quando no comando da tal Lava Jato.
Alfim, o que se espera é que, ao entardecer desse imbróglio, não tenhamos que se contentar apenas com a sumária cassação dos dois; A CADEIA, SIM, SERÁ O JUSTO E MERECIDÍSSIMO PRÊMIO QUE DEVEM RECEBER por parte do Supremo Tribunal Federal (para o bem de todos e felicidade geral da nação).
DALLAGNOL: O “FICHA SUJA” (ou AS DUAS FACES DE UM CRIME) – José Nílton Mariano Saraiva
Se a tal Operação LAVA JATO serviu para a mídia nacional apressadamente catapultar do anonimato o então desconhecido juiz curitibano Sérgio Moro, transformando-o da noite pro dia numa espécie de herói nacional, sua antônima, a Operação VAZA JATO serviu para que essa mesma mídia, posteriormente, fosse obrigada, literalmente, a desnudar e mostrar a periculosidade do próprio, porquanto comprovadamente um ativo integrante de uma organização criminosa judicial (ORCRIM), sediada em Curitiba, à qual chefiava com desembaraço e mão de ferro.
Fato é que, só após o surgimento da VAZA JATO (com um cenário político nacional já bastante negativo e acentuado, por conta da LAVA JATO), estarrecida, atônita e perplexa a nação tomou conhecimento, porque em viva-voz (através de interceptações telefônicas) dos métodos nazistas adotados por Sérgio Moro objetivando autopromover-se (prisões preventivas “sine die”, que só seriam findas quando o preso se mostrasse disposto a fazer uma “delação premiada” de acordo com o que fosse ditado pela dupla Moro/Dallagnol, conduções coercitivas sem a devida notificação e por aí vai).
E foi aí, a partir do início da série de reportagens da VAZA JATO, que o Brasil começou a descobrir que a imagem do ex-juiz Sérgio Moro já não era das melhores mesmo entre os próprios procuradores do Ministério Público Federal com quem trabalhou (por mais paradoxal), já que os colegas constataram que aquele juiz violava constantemente a lei, por ter uma agenda pessoal e política. Para eles, Moro infringia sistematicamente os limites da magistratura para alcançar o que queria.
Vejam os relatos:
01) procuradora Monique Cheker: "Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados; desde que eu estava no Paraná, em 2008, ele já atuava assim e alguns colegas do MPF do PR diziam que gostavam da “proatividade” dele, e que inclusive aprendiam com isso";
02) procuradora Jerusa Viecili, integrante da força-tarefa em Curitiba, ao comentar a decisão de Moro de integrar o governo Bolsonaro, escreveu no restrito grupo “Filhos do Januário”: "Acho péssimo. Só dá ênfase às alegações de parcialidade e partidarismo, porquanto ao aceitar o cargo (algo que ele havia prometido jamais fazer), Moro colocou em eterna dúvida a legitimidade e o legado da operação” (afinal, os óbvios questionamentos éticos envolvidos na ida do juiz ao ministério poderiam dar maior credibilidade às alegações de que a Lava Jato teria motivações políticas);
03) procuradora Laura Tessler, também da força-tarefa, concordou com a avaliação: "Tb acho péssimo. Ministério da Justiça nem pensar… além de ele não ter poder para fazer mudanças positivas, vai queimar a Lava Jato. Já tem gente falando que isso mostraria a parcialidade dele ao julgar o PT. E o discurso vai pegar. Péssimo”.
Convém lembrar que tais procuradores (e demais) tinham a chefiá-los o procurador Deltan Dallagnol, que muito cedo aliou-se ao então Juiz Sérgio Moro. Carne e unha, íntimos mesmo, Dallagnol recebia orientação de como proceder, elaborar, redigir e quando encaminhar os processos/ações que versassem sobre a Lava Jato, a serem encaminhados... ao próprio Moro (em legenda postal teríamos: De: Sérgio Moro – Para: Sérgio Moro).
A promiscuidade do Juiz e o Procurador chegou a um nível tal que, no auge do imbróglio da Petrobras, tentaram, por baixo dos panos, surrupiar R$ 2,5 bilhões daquela estatal e mais R$ 6,5 bilhões da Odebrecht, supostamente para constituírem uma “fundação”, sem fins lucrativos, a ser administrada por Deltan Dallagnol, e cujo objetivo seria obter poder a qualquer custo, através da política.
Resumindo: após prender o ex-presidente Lula da Silva baseado em inexplicáveis “fatos indeterminados” e com isso abrir caminho para a eleição do Bozo, Sérgio Moro foi premiado com o Ministério da Justiça, bem como com a promessa de ascender ao Supremo Tribunal Federal (STF) na primeira oportunidade (para tanto, teve que antecipadamente renunciar de forma definitiva à magistratura).
Mas, como dois canalhas não se beijam, no primeiro “tête-à-tête” com o chefe, acabou sendo humilhado e escorraçado do governo sumariamente, restando-lhe o “olho-da-rua”; e então, desempregado, despreparado para enfrentar algum concurso na área jurídica e vislumbrando um futuro complicado por conta dos inúmeros processos que certamente passaria a responder pelas arbitrariedades perpetradas na época de Juiz, resolveu concorrer ao parlamento brasileiro, onde adquiriria a malfadada “imunidade parlamentar” (artigo 53 da Constituição Federal: Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos). Acabou sendo eleito Senador, pelo Estado do Paraná.
Na outra ponta, Deltan Dallagnol, seu velho e querido comparsa, enveredou pelo mesmo caminho de busca da “imunidade parlamentar”, tendo, para tanto, que renunciar à função de Procurador da República; é que existiam (existem) quase duas dezenas de processos aos quais teria (terá) que responder; acabou sendo eleito Deputado Federal pelo Estado do Paraná.
Hoje, considerado “FICHA SUJA” por unanimidade dos membros daquela Corte, o Tribunal Superior Eleitoral resolveu cassar seu mandato, no pressuposto de que a tal “renúncia” não passou de uma manobra desonesta para fugir dos diversos processos que lhe aguardam.
A expectativa, agora, é que Sérgio Moro também seja considerado “FICHA SUJA” e tenha seu mandato cassado (afinal, foi ele que magnanimamente ensinou tudo ao Deltan Dallagnol).
A dúvida é: cassados, irão parar atrás das grades ???
ORELHAS – Doutor Demóstenes Ribeiro (*)
No final dos anos sessenta, a ditadura militar sentindo crescente insatisfação da classe média buscou agradá-la facilitando aos jovens o acesso indiscriminado à universidade. Era o tempo dos excedentes e toda a semana aumentava o número de alunos. As aulas eram precárias, auditórios e laboratórios não comportavam tanta gente e a formação do pessoal, inevitavelmente inadequada.
E foi assim, que Florisvando, um dos últimos excedentes, chegou lá. Da zona rural de Salgueiro, era baixinho e míope, de barba rala, cabeludo e muito calado. Magro e pálido, ocasionalmente, nos sobrados do Recife Velho ou da Rua do Rangel, buscava prostitutas gordas e logo ficou conhecido por “Taradim”, pois era também um dos mais entusiastas praticantes do vício solitário.
Ele almoçava no restaurante universitário e morava na Casa do Estudante, onde jantava um dia macarrão com farofa e no outro, farofa com macarrão – não tinha outra escolha, o cardápio era assim mesmo. Tomava o ônibus da reitoria para chegar à faculdade. Nesse transporte gratuito, superlotado, sempre entrava mais um e o motorista nunca conseguia fechar a porta.
De todo jeito, a moçada ia em frente, pois outro ônibus do Derby à Cidade Universitária, só bem depois de meia hora. Então, com muito mais gente em pé do que sentada, no percurso era um esfrega-esfrega geral, tolerado e sem muita reclamação: fazer o quê? Uma ou outra freada brusca variava a arrumação e fazia a alegria dos tarados.
Naquele dia, seu aniversário, Florisvando entrou no ônibus com a braguilha aberta, e logo se aproximou de Orisvalda. Ela, estudante de Enfermagem, evangélica e muito compenetrada, sentara na cadeira junto ao corredor, com a bíblia nos joelhos e os olhos fixos no “Apocalipse de São João”. Trajava vestido azul-marinho, de mangas compridas, e que ia do pescoço até abaixo dos joelhos. Maquiagem discreta, em tudo lembrava uma senhora.
O ônibus seguia: Madalena, Caxangá, Várzea, Cordeiro... E de repente, sem ninguém se dar conta, num furor diabólico de guerreiro enfurecido, a espada de Florisvando subiu pelo ombro Orisvalda, foi ao pescoço e a face, e avançou progressivamente até àquela orelha que o deixara maluco e incontrolado.
A certa altura, ele explodiu em espasmos convulsivos, e então veio o grito fanhoso e esganiçado de Orisvalda: Socorro! Motorista pára o ônibus, um tarado encheu o meu ouvido com uma gosma branca !
Aparentemente, somente eu assistira toda a cena. Florisvando, sem mais ninguém perceber, esgueirando-se como um fantasma entre a moçada atônita, saltou na Caxangá e fugiu em direção ao cemitério da Várzea. À noite, na Casa do Estudante, pediu-me por tudo no mundo, que eu não contasse o acontecido a ninguém.
Anos depois, calvo e gordo, quase irreconhecível, eu o reencontrei num supermercado: Taradim, quanto tempo! Como vai a vida, rapaz?
Extremamente formal, me respondeu: devo-lhe um favor imenso, mas nunca mais me chame assim. Depois de muitos anos, me formei em direito e hoje sou oficial de Justiça. Tenho mulher e filhos, e somente uma orelha ou outra ainda me deixa agoniado.
(*) Dr. Demóstenes Ribeiro é natural de Missão Velha-CE e hoje, médico- cardiologista, reside e exerce a profissão em Fortaleza-CE.
J. Flávio Vieira
“Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se foi assim, assim será
Cantando me desfaço e não me canso
De viver nem de cantar”
Milton Nascimento / Fernando Brant
Uma das canções mais belas de Milton, com letra de Fernando Brant, fala sobre a magia da profissão itinerante dos cantores e instrumentistas, morando nas estradas do mundo e levando o enlevo da música ao coração do seu povo. Fascinante esta trajetória das bandas, emoldurando os bailes da vida, cifrando a trilha sonora de muitas gerações de pessoas, criando, cuidadosamente o clima romântico para a paquera, para o namoro, para a paixão. Cada um de nós tem em si a trilha pessoal do filme da nossa vida, a dos momentos mais amorosos, dos mais tristes, dos mais alegres e felizes. Ouvir tocar uma canção no rádio ou no celular nos remete, imediatamente, como num bólido, para aquele instante único e eterno vivenciado e que nos acompanha ao longo de toda existência: uma dança , um beijo, uma perda, um desejo, um fascínio, uma farra. Houve um momento, menos tecnológico, em que as festas, os bailes, as tertúlias , os saraus, vesperais e matinês dependiam diretamente das bandas e dos seus instrumentistas. Os Conjuntos Musicais viviam comendo a poeira da estrada, em carros improvisados, por estradas esburacadas, carregando seus instrumentos e amplificadores precários de vila em vila, de arrabalde em arrabalde: tinham que ir aonde o povo estava. E tocavam nas praças, nas palhoças, nos cinemas, em pequenos clubes, em bares, em casas, em sítios, em latadas, onde houvesse público ali eles estavam, estimulados por pequenos cachês que mal cobriam os custos da viagem. E , como os palhaços dos circos, os especialistas em itinerância, deviam estar sempre alegres, com alta energia, com som leve e solto, independentemente do estado de espírito de carregassem. A amargura e a tristeza, os problemas pessoais tinham que ser deixados nas pensões de beira de estrada onde se arranchavam, não podiam subir ao palco.
Esta semana o Cariri perdeu um desses monstros sagrados das estradas da vida e da magia dos palcos improvisados: Hugo Linard. Tecladista inspirado, músico intuitivo desde a mais tenra infância, ele encabeçou as bandas mais seminais da nossa região. Eclético, tocava todos os ritmos, passeava galhardamente pelo clássico, pelo Nordestino, pela MPB, pelo frevo, pelo música latina, francesa, italiana, pelo blues e pelo jazz , sem quaisquer sobressaltos. Apenas não condescendia com o mal gosto. Tê-lo no palco era a certeza absoluta de que teríamos poesia em movimento. Hugo carregava consigo um compêndio inteiro de histórias desse safari sonoro de setenta anos pelas veredas do mundo, muito se perdeu quando, nesta semana, as peças do teclado emudeceram. Levando uma roupa encharcada e uma alma repleta de chão, o artista deixa uma obra imorredoura: criou a música incidental propícia à paixão, à sedução e ao afeto dos corações caririenses. Quantos olhares apaixonados propiciou? Quantos beijos ardentes favoreceu? Quantos amassos facultou , entre uma e outra nota, entre um e outro acorde, entre uma e outra frase musical escolhidos, cuidadosamente, para a construção do clima necessário a meteorologia do romance?
O céu agora perderá aquela morosidade e silêncio etéreos, Hugo vai mostrar que só com música um lugar pode merecer o nome de paraíso.
Crato, 12/05/2023
Se você, aí do outro lado da telinha, já tá de saco cheio de assistir filmes com os tais “efeitos especiais” do diretor americano Steven Spielberg, ou mesmo aqueloutros onde humanos pensantes batem papo alegremente com animais irracionais, convido-os a voltarem a um autêntico faroeste americano (em qualquer aspecto), digno de ser visto e revisto tantas e tantas vezes. Refiro-me à série GODLESS, na NETFLIX. Simplesmente portentosa, impressionante, imperdível.
Abaixo, uma “tentativa” de
resumo.
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“LA BELLE” – José Nílton
Mariano Saraiva
Esquecida pelo poder público,
nos confins do território americano a pequenina cidade de “LA BELLE” vivia
quase que exclusivamente em função de uma mina de prata que garantia sua
própria sobrevivência.
Tanto, que todos os homens em
condição de trabalho viviam o dia mergulhados em suas profundezas (só retornando
à noite), enquanto as mulheres cuidavam dos afazeres domésticos e das crianças.
Mas, de repente, tudo mudou radicalmente,
em função de uma tragédia inimaginável: uma explosão no interior da mina
soterrou todos os homens da cidade (à época no total de 83). A partir de então,
LA BELLE, passou a ser conhecida como a “cidade das mulheres”.
Eis que, na perspectiva de
tomar de conta da mina, e vindo de um outro extremo do país, senhores falantes
e teoricamente persuasivos, acompanhados da “casca grossa” (bandidos violentos)
se apresentam como capazes de desenvolver a cidade, desde que lhes permitam
explorar a mina; para tanto, 90,0% do lucro ficariam com eles retidos e 10,0%
seriam destinados às mulheres. Claro que não tiveram receptividade, mas, mesmo
assim tomaram de conta da cidade, na marra.
Paralelamente, uma viúva não
muito querida pelas demais mulheres, que vivia num rancho isolado, contíguo à
cidade (junto com o filho e a sogra, uma índia sorumbática), na madrugada é
acordada por um barulho suspeito; sai e, de rifle em punho, dispara na
escuridão e fere alguém que viera à procura de ajuda. À base da luz de candeeiro,
sensibilizada acolhe o forasteiro (que já chegara ferido à bala) e na manhã
seguinte encarrega a sogra a dele cuidar.
Durante a convalescença e após
recuperar-se, o estranho mostra ser um exímio domador de cavalos selvagens; é
que, como no curral do rancho existem vários, ele começa à paciente tarefa de
domesticá-los. Aproveita e ensina o filho da viúva, de maneira persistente e
insistente (monte de novo, monte de novo), a não só montar como também domar os
quadrúpedes; de longe, a viúva e a sogra (a índia sorumbática) embora não verbalizem,
mostram extremo contentamento.
E aí começa a “pintar um clima”,
quando ele manifesta o desejo de aprender a ler e escrever (era zerado em tudo);
assim, enquanto ensina o filho da viúva a domar os cavalos, ele aprende com ela
a arte das letras e de gostar das pessoas (a essa altura já houvera posto as
fichas na mesa ao identificar-se como um famoso pistoleiro procurado pela Lei).
Entrega-se ao “xerife” da
cidade, que voltara de uma perseguição infrutífera a bandidos, mas logo é solto
pela própria viúva, que sentira sua falta.
Fato é que, ao ter-se
transformado num famoso pistoleiro, fora capaz de romper com aquele que, num
passado não tão distante o houvera lhe criado e ensinado tudo; tanto que foi
capaz de arrancar-lhe o braço com um tiro de fuzil e roubar-lhe o produto
milionário de um assalto a um trem-pagador; e, por essa razão, agora era incessantemente
caçado pelo próprio e sua quadrilha, que já descobrira seu paradeiro.
E assim, as mulheres de LE
BELLE se organizam e travam um confronto de proporções épicas com aquela
bandidagem selvagem; derrotados inexoravelmente, o chefe da quadrilha, que
viera se vingar do filho-adotivo (agora um famoso pistoleiro) e recuperar a grana,
foge e é perseguido por ele; alcançado, travam um duelo de titãs, que é vencido
pelo filho.
Alfim e como o duelo fora assistido
pelo filho da viúva, este o traz de volta, onde ele se despede do garoto e daquela
que poderia ter sido sua para sempre.
Antes, pede ao delegado (de
volta à cidade e que o cientifica que houvera comunicado às autoridades que ele
houvera sido morto no duelo), pois bem, ele o orienta a recomendar à viúva a
ajeitar uma estaca da cerca de sua propriedade que estaria por cair; e quando ela
lá chega e começa a escavar, dá de cara com um alforge de cavalo repleto de
dinheiro, muito dinheiro (produto do roubo ao trem-pagador).
E num singelo bilhete, que ele
houvera aprendido a escrever com ela, simplesmente um “THANK YOU” (OBRIGADO).
Quando crescer, eu vou pro Ceará. Repeti esta frase um sem número de vezes. Desde menino estou indo...
O Ceará de minha infância está na voz de meu pai que cantava lindas valsas de Augusto Calheiros e dizia palavras que não estavam no repertório local. Estava nas músicas de Luiz Gonzaga que minha mãe e e meu pai cantavam. Estava no beju de tapioca, no prato de baião de dois que mamãe tentava imitar, com sua cozinha amineirada (muito boa também). Fazia pra agradá-lo. E nos agradava a todos também. Seu sotaque, a melodia em sua voz, um misto de vaqueiro e de tenor, principalmente quando ficava bravo, tinha uma voz forte, em um corpo franzino e valente. Nunca o vi descansando, ou esperando algo, sempre ativo, indo e vindo com ligeireza juvenil, mesmo aos sessenta anos. Me contou algumas histórias de sua vida no ceará, que nos anos de 1950, seu pai levara a família para morar no Crato. Fora um comerciante e, no pós-guerra, as condições em Brejo Santo não eram boas. Disse que sua família morou na rua Nelson Alencar e, ainda hoje, tento adivinhar o número, se a casa ainda existe. Mas existe no meu coração, na minha memória um Ceará só meu, de minha imaginação infantil. Estou no Ceará. Estou indo pro Ceará!
A “MISOGINIA” EM QUESTÃO - José Nílton Mariano Saraiva
Por volta dos 19/20 anos de idade, Michelle de Paula foi mãe de uma menina a quem batizou como Letícia Firmo, fruto de um relacionamento proibido (o parceiro, o engenheiro elétrico Marcos Santos da Silva, de Brasília, já era casado e pai de família); assim, quando conheceu Jair Bolsonaro, em 2006, Letícia Firmo já tinha 04/05 anos de idade, Michelle de Paula 24 anos e ele 51 anos.
À época, Michelle de Paula era secretária na sala de liderança do PP e, como “pintou um clima” no momento em que os olhares se cruzaram, foi imediatamente requisitada para trabalhar no gabinete do próprio; dois meses depois – vapt-vupt – se assumiram.
No entanto, Michelle de Paula só se tornou Michelle Bolsonaro dois anos depois (2008) quando, por imposição dela, se casaram no civil, “em regime de separação de bens”; em 2010, nasceu uma menina, Laura, hoje adolescente (posteriormente, já exercitando e verbalizando em todo o esplendor sua reconhecida porção misógina, o próprio afirmou ter sido uma “fraquejada” de sua parte o fato de gerar uma filha mulher, já que os filhos anteriores, de outras mulheres, foram todos do sexo masculino). Só faltou culpar a Michelle de Paula por isso...
Assim, e certamente que cansados de ouvir o pai afirmar preconceituosamente que houvera casado com uma “mãe solteira”, (existem vídeos que comprovam) os filhos dos casamentos anteriores (já adultos) não fizeram nenhuma questão de aproximar-se da “madrasta”, tendo em vista a comprovada ascendência desta sobre o marido; pelo contrário, nutrem um certo desprezo e guardam uma certa distância regulamentar da “madrasta” (de idade parecida com a deles). O tal "Carluxo" que o diga...
De família pobre e nascida em Ceilândia, cidade paupérrima vizinha a Brasília, Michelle de Paula cursou até o ensino médio e tinha como única experiência trabalhos administrativos na Câmara Federal, onde conheceu o futuro marido. Os dois têm uma diferença de idade de 27 anos – ele, hoje, está com 68 anos (à época 51 anos) e ela com 41 anos (à época 24 anos).
Esta, uma resumida amostra de quem seja a “evangélica” Michelle de Paula Firmino Reinaldo Bolsonaro, hoje – quem diria – cotada para substituir o marido nas próximas eleições à Presidência da República, na perspectiva que o próprio seja legalmente impedido pela Justiça de concorrer, como tudo leva a crer.
A pergunta que não quer calar: será que o “gado” referendará o que o partido decidir ???
UM PASSADO QUE (PRECONCEITUOSAMENTE), CONDENA – José Nílton Mariano Saraiva
A surpreendente ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República teve o condão de desnudar ou nos por frente a frente com uma das facetas mais abjetas que um ser humano pode carregar: o preconceito visceral contra um seu semelhante.
É que, lá atrás, ao assumir o relacionamento com a então “mãe solteira”, Michele, e dar-lhe o seu sobrenome (Bolsonaro) esta, de pronto, passou a ser rejeitada preconceituosamente pelos três (03) filhos-numerais (Eduardo, Flávio e Carlos) resultantes de um relacionamento anterior do pai.
Arrogantes, mal-educados e prepotente até hoje, os irmãos Bolsonaro nunca fizeram nenhum esforço para demonstrar/esconder o constrangimento pela situação criada pelo pai, principalmente pelo fato de a filha de Michele (sua meia-irmã), oriunda de uma relação não convencional (com outro), já ser, à época, uma jovem adolescente, e que passou a morar com o padrasto (ou seja, dividendo a atenção do próprio).
Fato é que, hoje, embaixo das asas do padrasto, embora sem qualquer formação superior a filha de Michele Bolsonaro, de nome Letícia Firmo, foi aquinhoada com um salário de R$ 13.000,00 na função de assistente de gabinete da Secretaria de Articulação Nacional do atual governador do Espírito Santo, Jorginho Mello (PL-SC) e exercerá a função em Brasília, onde mora com a mãe e o padrasto (ou seja, a população de Santa Catarina pagará pra alguém que talvez nem conheça o Estado).
E para provar de forme definitiva e inquestionável seu “prestígio” com o marido (e provocar ainda mais a ira demoníaca dos três irmãos-numerais), Michele Bolsonaro ainda arranjou para que o namorado de Letícia Firmo, Igor Matheus Oliveira Modtkowski, ganhasse um emprego no gabinete do senador do PL catarinense Jorge Seif Júnior (enquanto isso, sem a influência de Michele, o filhote 04, de Jair Bolsonaro, Jair Renan, também prestará serviço no mesmo gabinete).
Por outro lado, dois irmãos de Michele Bolsonaro também se deram bem com a influência da irmã sobre o marido: Diego Torres Dourado ganhou um cargo como assessor especial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no qual receberá um salário de R$ 19,2 mil, enquanto que Geovanna Kathleen Ferreira Lima (também irmã de Michelle), foi empregada no Senado, no gabinete da ex-ministra de Direitos Humanos, Damares Alves.
A dúvida é: e o coitado do eletricista de Brasília, Marcos Santos da Silva (à época um homem casado e pai de família), mas que envolveu-se com Michele (que ainda não era Bolsonaro) e tiveram a Letícia Firmo, será que não arranjou nada durante o tempo em que a “ex” esteve como primeira dama ??? Michele Bolsonaro teria sido tão ingrata com o “ex” ???
O “MODUS OPERANDI” MILICIANO - José Nílton Mariano Saraiva
"DECEPÇÃO OCEÂNICA" - José Nílton Mariano Saraiva
Lá, sem ter o que fazer e enfiando bufa no cordão, passou a cuidar dos preparativos finais para um pretenso golpe de Estado visando voltar ao poder (já que houvera sido derrotado em eleições livres), golpe este que seria materializado quando seus comparsas de governo (os milicos apátridas, traidores e mercenários que lhe deram sustentação quando no exercício da função) dessem o “sinal verde”.
Tanto que houvera dito a acompanhantes, dias antes, que “o melhor está por vir”, ou seja, a bandalheira e selvageria ocorrida em 08.01.23, quando seus adeptos quebraram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, foi, sim, coisa pensada e arquitetada por ele e seus reacionários e improdutivos generais de pijama.
Tanto, que milhares deles já integravam a folha de pagamento do governo, com salários exorbitantes e sem ter o que fazer, cujo exemplo maior é o arquejante e semimorto general Villas Boas Correia (aquele que, segundo o psicopata, fora um dos principais responsáveis por sua vitória) e que ainda se deu ao luxo de arranjar uma “boquinha” numa instituição governamental para uma filha idosa e desempregada).
Fato é que, em Brasília, incontestavelmente os milicos permitiram que uma turba de malfeitores e desordeiros, potencialmente violentos, pagos e alimentados por meses, acampassem em espaço do próprio Exército, onde foram orientados, insuflados e protegidos de como agir na hora do quebra-quebra, que assustou não só os brasileiros, mas todo o mundo civilizado (uma autêntica barbárie).
E então, após o animalesco modus operandi dos marginais sob seu comando, durante o 08.01.23, e ante a recorrente desaprovação dos povos nos mais longínquos rincões do planeta Terra, lá do seu exílio, nos Estados Unidos, o psicopata reconheceu que realmente houvera cometido uma série de graves “arbitrariedades” durante o seu (des)governo.
Imaginou-se, por aqui, que tal reconhecimento criminal por parte do próprio seria o necessário e suficiente para que o Supremo Tribunal Federal tomasse medidas correspondentemente duras e inflexíveis sobre, na perspectiva da volta de referida figura ao Brasil; ou seja, que um camburão da polícia fosse gentilmente recepciona-lo na saída do avião; e que, do aeroporto, seguissem diretamente para o presídio da Papuda, em Brasília.
Em vão.
Desembarcou falante, abraçou e distribuiu beijinhos para alguns gatos-pingados presentes, foi recepcionado na sede do partido e, como se sentiu à vontade, ali mesmo já se autoproclamou líder da oposição ao governo federal.
Não há como se negar que uma decepção oceânica se apossou da maioria da população brasileira ante a omissão do Supremo Tribunal Federal, já que, de viva voz, o psicopata houvera admitido explicitamente, ou enunciado de forma categórica e definitiva, ter cometido as tais arbitrariedades (sem contar outros crimes).
E agora, José ???
ESSES NOSSOS GESTORES...- José Nílton Mariano Saraiva
Nesse período chuvoso, o que não
falta na TV são imagens do estrago causado pelas águas, principalmente em paupérrimas
cidades interioranas.
Hoje, 28.03.23, por exemplo,
no telejornal do meio-dia da TV Verdes Mares, tomamos ciência do estrago
considerável ocorrido na cidade de Milhã-CE e o compreensível apelo feito à
população pelos seus gestores, traduzido num grande e colorido cartaz orientando-a
a se afastar de uma certa área próxima a um açude.
Mas, aí, a mensagem mais confunde
que expõe a real situação, quando chama a atenção para o EMINENTE
RISCO de rompimento da barragem do açude.
A pergunta é: seria um
simplório erro de digitação do funcionário da prefeitura que preparou o tal
aviso (devem alegar isso), ou (mais provável) despreparo dos gestores
responsáveis que a redigiram (prefeito ou secretário) ???
Particularmente, fico com a
segunda opção.
TORTURADORES
(RICARDO BOECHAT, em abril/2016, em resposta a Jair Bolsonaro, que ousara defender no plenário da Câmara, um dos piores torturadores da ditadura militar brasileira, o milico Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do DOI-Codi do Exército de São Paulo, onde 50 pessoas foram assassinadas e outras 500 foram torturadas, entre 1970-1974, entre as quais Dilma Rousseff).