por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 7 de abril de 2021

A "CIDADE MARAVILHOSA" - José Nilton Mariano Saraiva

A “CIDADE MARAVILHOSA” - José Nilton Mariano Saraiva

Cidade litorânea, agraciada com uma “beleza natural” ímpar, por anos a fio o Rio de Janeiro funcionou como a “capital” do Brasil e, portanto, sede do Governo Federal, com toda a sua estrutura ministerial, administrativa e de segurança reforçada e, por conta disso, recepcionadora de delegações do mundo inteiro, advindo daí uma economia pulsante e pujante.
Embora à época o marketing não tivesse ainda uma atuação tão determinante como nos dias atuais, a verdade é que a inexcedível “beleza natural” da cidade se impôs por si só, e os “alienígenas” que lá aportaram exerceram papel decisivo na sua propagação mundo afora, quando da volta às respectivas origens. Assim, o Rio de Janeiro tornou-se uma cidade segura, cosmopolita e logo (re)batizada de “cidade maravilhosa” (tantas eram as opções ofertadas, em qualquer segmento/atividade).
Mas, como todo processo desenvolvimentista tem seus ônus e bônus, no Rio de Janeiro não foi diferente; assim, descobriu-se que à beleza natural da cidade poder-se-ia acrescer um handicap poderosíssimo, que decerto atrairia mais e mais gente: surgiu então um tal “carnaval”, festa profana, de produção cinematográfica, com suas estonteantes mulheres seminuas, capazes de atrair e deixar a “gringarada” endinheirada de queixo caído e no mais alto e perene estado orgástico. Tanto é, que passou a figurar e tornou-se opção obrigatória nos “cardápios” das agências de turismo do mundo inteiro (era algo imperdível, garantiam os experts). E assim, ano após ano, eles nos propiciaram suculentas divisas (bônus).
Em contrapartida, tal enxame de turistas estrangeiros cheios do vil metal (que lhes permitia extravagâncias sem fim), potencializou o complexo de inferioridade de boa parte dos seus habitantes e propiciou um profundo sentimento de revolta dos “excluídos da festa”, oriundos não só da sua paupérrima periferia, mas, também, de outros estados brasileiros; iniciava-se ali a gestação do “ovo da serpente”, que mais tarde se materializaria em todo o seu terrificante e apavorante esplendor: as milícias (ônus).
Mas eis que, cumprindo promessa de campanha de que se vencedor do pleito presidencial “relocalizaria” a capital do Brasil para o centro do seu território continental, Juscelino Kubitschek (eleito) do nada erigiu no planalto central do Brasil uma bela, nova, planejada e moderna cidade, Brasília, que desde então tornou-se a capital de todos os brasileiros e, também, admirada por gregos e troianos.
Em decorrência, toda a estrutura governamental (e seus milhares de funcionários e respectivas famílias) tiveram que se mandar da “cidade maravilhosa”, a fim de assegurar a manutenção do emprego na nova capital. O Rio de Janeiro dançou solenemente (principalmente no tocante ao quesito segurança) e aí, literalmente, os “milicianos” tomaram de conta do pedaço, decretando o começo da decadência da outrora “cidade maravilhosa”.
Frustrados e talvez por vingança (perderam o status de capital do Brasil e a “segurança reforçada” da qual desfrutavam), os moradores da cidade decidiram (equivocadamente) que não mais se preocupariam quando das eleições do executivo e legislativo; e, assim, passaram a eleger figuras menores e medíocres, tais quais Negrão de Lima, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Eduardo Paes, Sérgio Cabral, o índio Juruna, Pezão, Agnaldo Timóteo e, mais recentemente, os Bolsonaros.
Expulso do Exército por insubordinação e terrorismo, o paulista Jair Bolsonaro viu na atividade política a oportunidade para “se fazer” na vida, e assim, apoiado por periféricos, elegeu-se Vereador pelo Rio de Janeiro; antes de concluir o mandato virou Deputado Federal, repetindo a dose em sete oportunidades, a partir de então (durante esse tempo, pulou de galho em galho, demonstrando nenhuma fidelidade partidária), já que transitou por 08 agremiações: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL.
Nesse ínterim (e aqui podemos constatar a irresponsabilidade do eleitor carioca) , conseguiu com que três dos filhos fossem eleitos e ingressassem para o legislativo (municipal, estadual e federal) aos quais repassou “nobres ensinamentos” da atividade política (dentre os quais as famosas “rachadinhas”, hoje por eles exercitadas com vigor e entusiasmo).
Conclusão: paradoxalmente, o processo de decadência do Rio de Janeiro (“cidade abençoada por Deus” no dizer dos poetas) parece ter servido de rampa de lançamento para a ascensão do não abençoado clã Bolsonaro.
Lamentável, sob todos os aspectos.

terça-feira, 6 de abril de 2021

O "CORONÉ" TÁ LELÉ" ??? - José Nilton Mariano Saraiva

 O “CORONÉ” TÁ “LELÉ” ??? – José Nilton Mariano Saraiva

Eleito (em 2002) e reeleito (em 2006), Lula da Silva governou com estrondoso sucesso o Brasil por 08 anos (2003 a 2010), tanto que ainda hoje é considerado o maior presidente do Brasil até os dias atuais.

À época, em reconhecimento ao trabalho por ele desenvolvido na campanha, privilegiou o senhor Ciro Gomes convidando-o para compor sua equipe e fazendo-o Ministro de Estado.

Como a Constituição Federal não permitia (e ainda hoje não o permite) que um mesmo candidato se submeta ao escrutínio popular por três vezes seguidas, durante o exercício do último mandato (2007/2010) Lula da Silva, após criteriosa análise das potencialidades de cada um dos que pretendiam concorrer (dentre os quais o senhor Ciro Gomes), resolveu que à sua sucessão seria lançada a também Ministra de Estado, Dilma Rousseff, mercê da sua dinâmica, profícua e ilibada atuação como Ministra-Chefe da Casa Civel do Governo.

Foi o bastante para que o senhor Ciro Gomes se rebelasse contra Lula da Silva (porquanto achava-se o favorito) e protagonizasse o maior “auê” do mundo ao dirigir-se às principais emissoras de TV do país (Globo, Record, Band, SBT, Cultura e por aí) e, no espaço nobre dos telejornais noturnos, “baixasse o malho” sem dó nem piedade na ex-colega de ministério, rotulando-o de despreparada, inexperiente e inapta a substituir o chefe.

Então, matreiro e vivido, Lula da Silva orientou sua candidata que procurasse o senhor Ciro Gomes e lhe oferecesse a coordenação da sua campanha na Região Nordeste do país; foi o bastante e suficiente a que ele desdissesse e engolisse tudo o que havia dito e se integrasse “full time” à campanha.

Numa prova inconteste do prestígio obtido por sua atuação à frente da nação (quando o país voltou a ser respeitado e partícipe ativo dos grandes fóruns mundiais) e, ainda, por conseguir catapultar da pobreza absoluta milhões e milhões de patrícios, Lula da Silva conseguiu eleger e reeleger, com folga, Dilma Rousseff. O povo, definitivamente, estava feliz e o país, mudado.

O resto da história todo mundo já sabe: “sacaneada” por políticos corruptos com assento no Congresso Nacional (por se negar a participar de falcatruas mil), a presidenta, durante o segundo mandato, acabou por enfrentar um processo de “impeachment” (com cartas marcadas), já que por supostamente praticar “pedaladas fiscais” (nunca comprovadas).

Impedida Dilma Rousseff e obedecendo o script detalhadamente traçado, o “inferno astral” de Lula da Silva (que à época as pesquisas já apontavam líder na corrida presidencial de 2018) foi detonado por uma tal Operação Lava Jato (2014), comandada por um provinciano e desonesto juizeco de primeira instância e seus procuradorizinhos raivosos, de Curitiba, ao lhe acusarem – sem nenhuma prova – de comandar uma quadrilha que atuava na Petrobras.

Insuflado por uma mídia tendenciosa e desonesta (rádios, jornais, revistas, TVs e blogs da Internet) e, contando com o apoio dos políticos corruptos do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas Estadual e Municipal, o povo se deixou levar e, num crescendo incontrolável, até aplaudiu quando Lula da Silva foi condenado e preso, a mando do juizeco de Curitiba (com a inexplicável chancela do próprio Supremo Tribunal Federal, que por isso mesmo tornou-se partícipe ativo, sim, do golpe).

E aí chegamos ao tenebroso e impensável: um medíocre Deputado Federal (o Bozo), integrante do baixo clero e com 30 anos de nenhuma produtividade, lança-se e é eleito Presidente do Brasil (com o apoio, mesmo que indireto, de Ciro Gomes, porquanto, mais uma vez derrotado no primeiro turno, se negou a apoiar o candidato de Lula da Silva, viajando para Paris).

Desde que o Bozo assumiu, o caos logo se fez presente devido ao despreparo e incompetência, assim como pelas más companhias que convocou para assessorá-lo em Palácio: uma ruma de generais de pijama, anacrônicos, raivosos e igualmente incompetentes, além dos filhos arrogantes, desonestos e metidos com a milícia carioca. Um caldeirão fervilhante próximo a explodir.

Um retrato emblemático do desgoverno é o momento epidêmico que atravessamos, que comprovadamente chegou a tal ponto em razão da sua posição negacionista e genocida no trato da questão, porquanto desde o princípio fez pouco caso do recomendado pela ciência para um embate tão crucial, assim como deliberadamente prolongou a procura por vacina, impedindo o povo de ser imunizado, lá nos primórdios. Hoje, o Brasil causa pavor ao mundo todo por ter-se transformado num celeiro do vírus letal.

Mas, retomando o fio da meada.
Depois de fracassar em mais uma tentativa de chegar ao Palácio do Planalto (já se candidatou em 03 oportunidades), Ciro Gomes tenta aproveitar o vácuo deixado pela detenção de Lula da Silva, tanto que, junto com o irmão, Cid Gomes, não cansaram (os dois) de repetir quando o inquiriam se não temia a entrada do ex-presidente no embate: “Lula está preso, seu babaca”.

Com as voltas que o mundo dá, eis que os processos contra o ex-presidente e comandados pelo juizeco (em Curitiba) são anulados e redirecionados para a vara competente (Brasília), o próprio juizeco é considerado suspeito por comandar a quadrilha de procuradorizinhos raivosos de Curitiba e, pois, tem suas decisões anuladas e Lula da Silva volta a ser “elegível” em 2022.

Como que atingido por um míssil nuclear (mas sempre legislando em causa própria) ontem, 05.04.21, de público e pateticamente Ciro Gomes apela para que Lula da Silva não se candidate em 2022:

Ipsis litteris: “A gente devia pedir generosidade a quem tá teve oportunidade, como o Lula, que é um grande líder da história brasileira” e que... “tal qual Cristina Kirchner fez na Argentina, desse “um passo atrás” (na sua intenção de candidatar-se), porquanto... “ao contrário do que estão dizendo, a tarefa não é derrotar o Bolsonaro, que é uma tarefa muito grande; são duas tarefas: a segunda grande tarefa, mais difícil, que pede muita reconciliação, é botar uma coisa nova nesse ambiente de terra arrasada” (aqui pra nós, a “coisa nova”..... seria o Ciro Gomes ???).

Alfim, urge indagar: O “CORONÉ” TÁ “LELÉ” ???
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sábado, 3 de abril de 2021

SIM À MORTE, NÃO À VIDA - José Nilton Mariano Saraiva

 SIM À MORTE, NÃO À VIDA – José Nilton Mariano Saraiva

Detendo atualmente a impressionante e assustadora marca de 4.000 mortes diárias e 320.000 no total (vítimas da Covid), nossa sofrida pátria amada Brasil tende a se superar (negativamente) nos próximos dias, já que as previsões (sombrias) são de que atingiremos os 5.000 óbitos/dia já lá pra meados de junho, com tendência de chegarmos aos 500.000 brasileiros desaparecidos (no interstício de um ano). Um ultrajante recorde mundial.

E o mundo todo sabe e tem consciência plena que tão horripilante e incompreensível cortejo fúnebre por essas bandas é resultante do descaso com que o governo federal, comandado por um mentecapto, tratou a questão desde os seus primórdios, já que não mostrou nenhum interesse em combater o inimigo de frente e com a única arma capaz de obstar sua trajetória: a vacina.
O resultado é que hoje, com uma assiduidade que incomoda sobremaneira, muitos países já se negam a nos receber e proíbem os seus de por aqui aparecerem. Assim, as fronteiras com os povos vizinhos nos foram subtraídas e por lá não podemos transitar – Uruguai, Paraguai, Bolívia, Equador, Peru, Colômbia, Venezuela e até a Argentina, enquanto que os voos internacionais da Europa e outras partes do mundo progressivamente estão sendo cancelados.

É que, literalmente esgrimindo de forma irresponsável a bandeira do “SIM À MORTE, NÃO À VIDA”, esse idiota que aí está desafiou toda a comunidade científica mundial ao não aceitar as recomendações da Organização Mundial da Saúde no tocante à necessidade de se adotar o protocolo padrão de conhecimento e uso do mundo: o distanciamento social, o uso contínuo de máscaras, e o “ficar em casa”, até que aparecesse a vacina salvadora tão desejada.
Navegando na contramão disso tudo, o psicopata que infelizmente está a nos dirigir sempre fez questão de não só contrariar o imprescindível bom senso e clarividência, como ainda tratou (e trata) de estimular seus adeptos e evanjegues (igualmente idiotas) a o imitarem, a o seguirem, pari-passu.

Além disso, lhes recomenda uma espécie de “tratamento preventivo”, (algo inédito nos compêndios que tratam sobre) e, para tanto, o laboratório do Exército recebeu ordem expressa de produzir milhões e milhões de caixas de cloroquina (medicamento não recomendado pelas autoridades competentes, por seus efeitos danosos, a posteriori). Milhões de reais foram gastos e o resultado é que o estoque tá lá encalhado.

Para um melhor vislumbre da situação, só no Palácio do Planalto, onde despacha o traste, foram dezenas e dezenas de pessoas/servidores a contrair o vírus, tendo em vista que o simples ato de USAR a máscara seria entendido pelo chefe como insubordinação e desrespeito (o vírus, agradecido, circulava no ar sorrateiramente).

Nas recepções palacianas (e mesmo fora do palácio), a recomendação sempre foi a de não contrariar o chefe, a partir dos ministros de estado (teoricamente pessoas esclarecidas), de sorte que o que víamos era aquele ruma de baba-ovos e puxa-sacos se expondo sorridentes (embora, intimamente, “cortando prego”). Muitos devem ter contraído o vírus.

Evidentemente que ninguém pode prever o futuro, mas aqueles que conseguirem sobreviver hão de registrar aos seus pósteros e à própria História, que no Brasil dos anos 2020/2021 um genocida demoníaco foi o principal responsável pelo tremendo estrago provocado pelo Coronavírus, ao adotar e praticar o lema “SIM À MORTE, NÃO À VIDA”.

Aos que se negarem a acreditar em tão pavoroso quadro, nos cemitérios de todo o Brasil os milhares de mortos, resignados e silentes, serão a prova inconteste de tanta desgraça.

sábado, 27 de março de 2021

"FORA DE CONTROLE" - José Nilton Mariano Saraiva

 “FORA DE CONTROLE” - José Nilton Mariano Saraiva

O bucéfalo genocida que está Presidente da República Federativa do Brasil, intimamente deve estar satisfeito com o estrago monumental provocado pela fulminante, progressiva e insaciável fome do coronavírus: em apenas um ano, 315.000 mortos, com tendência de crescimento diário sem precedentes (dia após dia o número de vítimas cresce, não em progressão aritmética, mas sim, geométrica – só ontem foram acrescidos 3.600).

Ou alguém tem alguma dúvida que o quadro atual tem tudo a ver com o seu (dele) recorrente, desumano, burro e teimoso estímulo a que o brasileiro o imitasse e o seguisse, NÃO usando máscara, NÃO mantendo o competente distanciamento social, NÃO tendo o cuidado com os seus idosos, e, SIM, aglomerando nas ruas e praças (e até entre familiares), porquanto a “gripezinha” era coisa passageira, não provocaria danos e logo iria embora ???

Segundo o cientista brasileiro Miguel Nicolelis (neorocientista e pesquisador da Universidade Duke, nos Estados Unidos), se tivéssemos adotado esse “kit básico” (acima citado) poderíamos ter evitado que 04 em 05 das mortes atuais ocorressem (ou seja, 80,0%).

Não esquecer, também, que cientistas e organizações internacionais dos mais diversos recantos alertaram com antecedência e clamaram por providências, ante a iminência do que poderia acontecer por aqui; debalde, ouvidos moucos prevaleceram.

E o mais sombrio e apavorante em tudo isso é que, definitivamente, a fera está “fora de controle”: já NÃO existem leitos hospitalares para atender aos milhares de infectados que dia a dia chegam aos hospitais; já NÃO temos UTIs, imprescindíveis para tal tipo de demanda; já NÃO temos seringas, respiradores e demais instrumentos necessários; já NÃO temos a medicação adequada aos procedimentos atinentes; e, principalmente, já NÃO temos o quantitativo de pessoal especializado (médicos, enfermeiros e intensivistas), e os que lá heroicamente estão já mostram compreensíveis sinais de esgotamento físico e mental, ante tanta ocorrência fúnebre, tamanha barbárie.

E como o idiota que está no poder em nenhum momento se preocupou em adquirir vacinas (porquanto, segundo ele, eram as farmacêuticas que tinham obrigação de vir oferecê-las) também não as temos em número suficiente e nem podemos adquiri-las com a urgência necessária, já que outros países ocuparam o nosso lugar na fila para tal, quando o Brasil não demonstrou interesse.

Em consequência, hoje estamos humilhantemente a “mendigar” pelo imunizante, conforme demonstrou o novo presidente do Senado Federal (não o Presidente da República) ao firmar de próprio punho um apelo humanitário à vice-presidente dos Estados Unidos (Kamala Harris), no sentido de nos fornecer a “sobra” ou o “resto” que certamente se dará por lá, já que previdentemente adquiriram quantidade mais que suficiente.

E aqui, temos de lembrar que o governo brasileiro, através da dupla Bolsonaro/Ernesto Araújo, foi um dos últimos a reconhecer a vitória de Joe Biden/Kamala Harris nas eleições americanas, porquanto adeptos da tese professada pelo troglodita Donald Trump de que a eleição teria sido roubada, só o fazendo por mera formalidade. Haverá retaliação ou prevalecerá o humanismo ???

Hoje, nossa realidade é que, a passo de tartaruga grávida, depois de um mês de vacinação conseguimos oferecer a primeira dose (são duas) a apenas 6,5% (seis e meio por cento) da nossa população e, se mantidas as condições atuais, necessários serão longos e intermináveis 03 anos para imunizar a população brasileira (se até lá não tiver sido implacavelmente dizimada).

Assim, assusta e estarrece a tragédia sanitária que estamos a vivenciar, e é até compreensível que governos de todo o mundo (que também têm problemas, embora não na mesma magnitude) comecem a “isolar” o Brasil, proibindo que os “seus” se dirijam pra cá e não permitindo que os “nossos” aportem por lá (por terra, espaço ou por mar). Nos tornamos um estorvo, um povo indesejado, um povo marginal, “pária” para o mundo (como aliás expressou tal desejo o desclassificado que ocupa o Ministério das Relações Exteriores, Ernesto Araújo).

E pensar que toda essa tragédia poderia ter sido evitada, se a população brasileira tivesse escolhido para dirigir a nação alguém preparado para enfrentar desafios, e fosse dotado do mínimo de senso humanitário e de responsabilidade para com o seu povo.

 

 

quarta-feira, 24 de março de 2021

"LULA LIVRE" REQUER SEGURANÇA MÁXIMA - José Nilton Mariano Saraiva

“LULA LIVRE” REQUER SEGURANÇA MÁXIMA - José Nilton Mariano Saraiva

Adstringindo-se tão única e exclusivamente aos “autos” (as conversas aéticas e escabrosas de Moro e sua quadrilha, interceptadas por hackes, aconteceram  muito depois de lavrada a reclamação), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal houve por bem reparar a tendenciosa decisão do ex-juiz de primeira instância Sérgio Moro, que houvera condenado sem nenhuma prova o ex-presidente Lula da Silva, no tocante ao tal triplex de Guarujá, tanto que o fez sob o hipócrita argumento do cometimento de “atos de ofício indeterminado” (algo absolutamente inédito e inusual em nosso receituário jurídico, porquanto, se “indeterminado”, inexistente).

Impetrado pela defesa do ex-presidente, o julgamento da “suspeição” do ex-juiz houvera sido iniciado nos primórdios de 2018 e já apontava um placar de 2 x 0 favorável àquele magistrado, (votos de Edson Fachin e Carmen Lúcia) quando o ministro Gilmar Mendes solicitou “pedido de vistas” em novembro daquele ano.

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Nesse meio tempo, surpreendentemente o ministro Edson Fachin (logo ele, que sempre demonstrou ojeriza ao ex-presidente), em decisão monocrática opta por “anular” todas as decisões tomadas pelo ex-juiz Sérgio Moro em relação aos processos envolvendo o ex-presidente, porquanto a Vara de Curitiba seria incompetente para julgá-los, remetendo os autos para Brasília (onde tudo recomeçará do começo).

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Voltando ao fio da meada: retomado no final de 2019 o processo da suspeição do ex-juiz, Gilmar Mendes e Roberto Lewandowski, VALENDO-SE APENAS DE DADOS CONTIDOS NOS “AUTOS”, (nada sobre as interceptações dos hackes, é bom que se repita, já que estas aconteceram muito depois) decidiram-se favoráveis à defesa do ex-presidente, igualando o placar em 2 x 2, deixando que o voto decisivo (que seria dado pelo decano Celso de Melo, hoje aposentado) fosse proferido pelo “novato” Nunes Marques (piauiense), que houvera sido escolhido a dedo e nomeado meses antes pelo bucéfalo que está Presidente da República.

Coincidentemente, na véspera da retomada do julgamento do pedido de suspeição de Moro, indagado pela imprensa se temia um confronto com o ex-presidente Lula nas eleições de 2022, o “traste” que ocupa a Presidência da República, sarcástico e arrogante, arrotou que Lula da Silva era “inelegível”, como que anunciando antecipadamente qual seria o voto do seu indicado: ou seja, Nunes Marques proferiria o voto que seria a pá de cal e definitivamente inviabilizaria o ex-presidente de concorrer. Dito e feito, e assim, aos 45 minutos do segundo tempo o placar aponta 3 x 2 para o ex-juiz (e, pois, Lula da Silva inelegível).

Surpreendentemente (mas de forma legal) já nos acréscimos do julgamento Carmen Lúcia pede para se manifestar e, de forma incisiva e contundente (logo ela, que sempre votou contra o ex-presidente) decide rever seu voto, em razão de “dados novos apensados aos autos”:  3 x 2, agora pela suspeição do ex-juiz e, consequentemente, pela anulação da pena imposta a Lula da Silva.

Resumo de tudo isso:  em duas frentes, o ex-presidente Lula da Silva tem de volta o passaporte homologatório à sua candidatura na próxima eleição, enquanto Sérgio Moro e a quadrilha de procuradorizinhos raivosos de Curitiba são desmascarados de vez (agiram, sim, e de forma tendenciosa, ao arrepio da lei e merecem ser julgados pelo crimes cometidos).

Quanto ao “novato” Nunes Marques, que no seu “debut” em grandes causas no Supremo Tribunal Federal, proferiu seu voto equivocadamente (já que claramente em obediência ao seu tutor), porquanto baseado unicamente nas interceptações dos hackes (que a defesa, Gilmar Mendes, Roberto Lewandowski e Carmen Lúcia não usaram) mostrou que ainda tem muito que aprender (aliás, o próprio lembrou a quem dele discordou, que tenham paciência porque ele ainda tem 26 anos como ministro daquela corte).

No mais, não custa lembrar: como o assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, foi comprovadamente obra de “milicianos” de aluguel, seria de bom alvitre que O PT E LULA DA SILVA REFORÇASSEM DE IMEDIATO A SEGURANÇA DO EX-PRESIDENTE, porquanto Fabrício Queiroz (apesar de tudo o que fez) está livre e solto para servir de elo entre a família Bolsonaro e a “nata” da criminalidade que habita não só morros, mas até condomínios luxuosos no Rio de Janeiro (lembremo-nos que o provável assassino da vereadora Marielle Franco, o tal do Lessa, era morador e vizinho de condomínio da família Bolsonaro).

 


sexta-feira, 19 de março de 2021

ADEUS..."MANTOS SAGRADOS" - José Nilton Mariano Saraiva

 ADEUS... “MANTOS-SAGRADOS” -  José Nilton Mariano Saraiva

Confeccionados em edições limitadas, virgens, intocados e inocentes, assim eram os uniformes dos nossos principais clubes de futebol, até bem pouco tempo. E tais predicados serviam para realçar a beleza, o esplendor e a magia de cada um deles. Havia até uma certa timidez, um certo receio, um excessivo respeito que nos impedia de maculá-lo, acessá-lo, tocá-lo sequer. Como se fora algo... “sagrado”.

O símbolo do clube, e só ele, soberano e galhardo, pontificava e realçava à altura do peito esquerdo, sobreposto às cores respectivas. A camisa de um Vasco da Gama, um São Paulo, um Flamengo, um Fluminense ou um Palmeiras se nos apresentava sóbria, elegante, indevassável, imaculadamente soberana em sua pureza. Nada capaz de nodoá-las.

Além do símbolo-emblema à frente, apenas a numeração às costas. Era, pois, motivo de orgulho pra todos nós, torcedores. Pode-se inferir que foi ali, via imaginário popular, que se materializou seu batismo como “manto sagrado” ou “segunda pele”.

Mas, aí, adentrou no campo de futebol um parceiro que mais tarde se revelaria por demais “guloso”, a televisão, já que trazendo a reboque um avassalador e temível rolo-compressor: os “patrocinadores”.

Extremamente profissionais, poderosos, fortes, exigentes e cheios da grana, comendo pelas “beiradas”, começaram o processo de demolição progressiva do romantismo imiscuído numa atividade até então praticamente amadora.

Assim é que, num primeiro momento, as bordas do próprio campo de futebol (laterais) outrora vazias, solitárias, desprezadas e sem qualquer valor mercantil, repentinamente se viram povoadas ou “premiadas” com dezenas de placas, anúncios, propagandas diversas; estáticas, em formatos variáveis e multicoloridos, tais instrumentos anunciavam desde bebidas alcoólicas a peças íntimas femininas, do másculo aparelho de barbear ao suave desodorante direcionado à mulher. Tudo isso veiculado pela televisão, para milhões de telespectadores, tornou muita gente milionária (o Kleber Leite, à época repórter de campo da Rádio Globo e hoje poderoso empresário futebolístico no Rio de Janeiro, começou a “se fazer”, ficar milionário, via negociação das respectivas placas).

Estava dado o primeiro passo para a “profissionalização” definitiva das nossas principais equipes. E então, mais que rapidamente, foi dado o passo seguinte: “vapt-vupt”, sem que sequer nos déssemos conta, das bordas do campo o insaciável e esperto “patrocinador” resolveu pular adiante, alçar voo rumo a um espaço mais visível, generoso, abrangente e em permanente exposição: e dessa forma, agindo sem quaisquer concessões ou escrúpulos, foi que os “mantos-sagrados” das nossas principais agremiações foram fria e calculadamente desvirginados, violentados, estuprados. Irreconhecíveis ficaram.

Ainda insatisfeitos, a partir de então os jogadores de futebol foram literalmente obrigados a funcionar como eficientes “outdoors ambulantes”, a anunciar um produto qualquer. Para tanto, os novos “donos do futebol” trataram de instruí-los e catequiza-los a trocarem as camisas entre si, ao final de cada pugna, ou mesmo as arremessaram para a torcida, objetivando, evidentemente, difundir a “marca”, fazê-la circular, se tornar conhecida além do campo de jogo ou do próprio estádio.

E tem mais: se antes os nossos craques se notabilizavam pelo belo sentimento amadorístico do “amor à camisa” (pela qual só faltavam se matar em campo) ou pela siderúrgica fidelidade ao clube de origem a ponto de dificilmente se transferirem para um outro, chegando mesmo a serem confundidos com a própria instituição (Pelé, no Santos, Roberto Dinamite, no Vasco e Zico, no Flamengo são exemplos emblemáticos), pois bem, como se não bastasse isso, repentinamente o patrocínio se individualiza na figura do próprio craque, avança sobre o esportista, peita e corrompe inexoravelmente o homem.

E haja “direito de imagem” pra cá, “direito de imagem pra lá”, que implica em usar um boné de uma determinada marca, uma chuteira de uma cor tal, uma prosaica “fitinha” (com a marca estampada) a prender o cabelo e por aí vai, em troca de montanhas de dinheiro (você já notou que certos jogadores, antes do início da partida, se agacham para amarrar as chuteiras, quando poderiam ter tomado tal providência no vestuário ??? pois é, trata-se de uma ação previamente ensaiada com a emissora de TV).

Resumo desse capitalismo selvagem ??? A TV transformou o futebol num rendoso, inesgotável e próspero negócio, com dirigentes e jogadores “nadando” em dinheiro. E haja propina. Nem que para isso o torcedor seja dia-a-dia desrespeitado, ignorado, relegado a ser um mero objeto de consumo, simplório coadjuvante, sem nenhum poder de escolha ou decisão; assim, os jogos tanto podem começar ao sol inclemente do meio-dia, como avançar pela madrugada e terminar no dia seguinte; o calendário vai de segunda a domingo e quem não achar correto, que se exploda.

Quanto ao nosso querido “manto sagrado”, foi pro beleléu, voou pro espaço, escafedeu-se, sumiu; é mais fácil encontrar uma agulha no palheiro que localizar, mesmo com uma possante lupa, o “símbolo do clube” em camisas repletas de propagandas às mais diversas (e normalmente de um tremendo mau gosto). Até a seleção nacional se rendeu ao mercantilismo do patrocínio e a “amarelinha” já ostenta as tais “marcas”.

O torcedor não gosta do que está vendo ??? Que vá reclamar ao papa. E estamos conversados.

PT saudações: o patrocinador.  

quinta-feira, 18 de março de 2021

O "JOGO PESADO"... DO VATICANO - José Nilton Mariano Saraiva

 “JOGO PESADO”... DO VATICANO - José Nilton Mariano Saraiva

Quem conhece um pouco da história da Igreja Católica Apostólica Romana sabe, perfeitamente, que por trás dos indevassáveis muros do Vaticano e ao longo dos seus incontáveis corredores e porões, entre abraços de tamanduá, tapinhas nas costas e falsos sorrisos, existe uma espécie de briga de foice em quarto escuro, na oportunidade em que se tem de escolher um novo Papa; conchavos, corrupção, falsidade, traição, oferecimento de vantagens, tráfico de influência, concessões e o escambau são a essência dos encontros cardinalícios quando da escolha do sucessor de Pedro.

Assim, quando a “fumaça branca” emerge da cafonérrima chaminé do Vaticano, anunciando ao mundo a escolha do novo Papa, o jogo jogado até ali terá sido pesado e desleal, e nem sempre o resultado do conclave é do agrado de todos.

Quem não lembra do alegre cardeal italiano Luciane, que após entronizado e rebatizado como João Paulo I, em pouco mais de um mês no exercício da função foi encontrado morto em seus aposentos, suspeito de ter sido envenenado por discordar do “modus operandi” vigente ???

Assim, no Vaticano nada difere das diversas arenas políticas espalhadas pelo mundo, quando da eleição de mandatários nos mais diversos países. É o tal “componente político”, que na cúpula da Igreja Católica também se faz presente, sim.

Por essa razão, aquele que consegue “chegar lá”, trata de segurar o bastão por cima de pau e pedra (se possível até o instante em que “bate as botas”), nem que para tanto tenha que enfrentar constrangimentos mil (conforme nos mostrou o carismático polonês João Paulo II, que, acometido de todo tipo de doença - Parkinson, demência, dificuldade motora, etc), não largou o osso de forma alguma. Foi duro na queda.

Surpresa, sim, houve, quando, quase chegando aos 80 anos, o cardeal alemão Joseph Ratzinger, radical ex-integrante da juventude nazista e ultraconservador, conseguiu sucedê-lo, após acirrado conclave; afinal, havia a expectativa de uma nova era para a Igreja, uma nova postura ante os desafios do mundo moderno.

No entanto, pós eleição, Ratzinger (agora Bento XVI) manteve sua postura de distanciamento ao que acontecia no seu entorno, já que os ultrapassados e envelhecidos dogmas da Igreja Católica jamais foram ameaçados; assim, celibato, divórcio, aborto, contraceptivos, punição de padres pedófilos, alinhamento político do clero com causas sociais e políticas do terceiro mundo, enfim, desafios típicos do contemporâneo mundo foram deixados de lado.

Para surpresa de todos, eis que, apenas oito anos após sentar-se no trono papal, cansado, abatido e sob uma pressão insuportável, Bento XVI anunciou que iria “se mandar” (renunciar ao trono de Pedro), deixando seu rebanho na orfandade (e de um pai vivo).

E aí, a revelação “bombástica”: na cúpula da Igreja Católica, anunciou ele, vige, sim,... "a hipocrisia religiosa, o comportamento dos que querem aparentar, as atitudes que buscam os aplausos e a aprovação" (ipsis litteris).

Portanto, se nada fez de produtivo durante sua gestão de 08 anos à frente da Igreja Católica Apostólica Romana, o alemão de certa forma se redimiu ao anunciar aos seus pares, de viva voz, aquilo que todo mundo já desconfiava: no Vaticano, cerne do cristianismo, impera a discórdia, o jogo sujo, a luta (fratricida e desonesta) pelo poder. Enfim, o “componente político”.





quarta-feira, 17 de março de 2021

"BIOGRAFIAS" - José Nilton Mariano Saraiva

 “BIOGRAFIAS” – José Nilton Mariano Saraiva

Embora poucos tenham se dado conta, na República Federativa do Brasil existe um “cantinho” onde seu povo, por conta própria, decidiu adotar o “regime monárquico”. E, gulosos que são, para fazer inveja a quem de direito, os integrantes desse “cantinho” acharam por bem que teríamos não um, mas “dois reis”, independentemente de alguém aprovar ou não; assim, temos o “rei” Roberto Carlos (cantor romântico) e o “rei” Pele (no futebol).

Sobre o “rei” Pele, já foram escritas milhares e milhares de páginas, realçando, sempre, sua performance “nos gramados” do mundo inteiro e os encontros sociais com seus “iguais” (reis de tudo que é canto). Hoje, o questionamento é sobre a retidão do seu “caráter”, porquanto  teria deixado de reconhecer uma filha legítima, porque gerada fora do casamento.

No tocante ao rei Roberto Carlos, embora de vida discreta, sabe-se que já  casou uma “ruma” de vezes, gerou um prole considerável, mas, outro dia foi manchete na mídia nacional em razão de ter ameaçado processar um jornalista que decidira lhe fazer uma homenagem, escrevendo sua biografia, sem consultá-lo.

Portanto, a “reflexão”, seria: biografias devem ou não ser autorizadas ?

O bafafá a respeito nos remete a uma entrevista concedida pelo jornalista Lira Neto, depois que colocou no mercado, em 2009, a volumosa (e cara) biografia que produziu enfocando o padre Cícero Romão Batista (são centenas e centenas de páginas).

Pois bem, após narrar o conceito “objetivo” da Igreja Católica a respeito (tanto que na prática redundou na expulsão do sacerdote das suas hostes), bem como as “subjetividades” dos fanáticos adeptos (tanto que sem nenhuma comprovação dos pretensos milagres), aquele jornalista foi instado a pronunciar-se se acreditava realmente na ocorrência do tal “milagre da hóstia”.

Depois de tergiversar, gaguejar, tossir e pigarrear, Lira Neto diplomaticamente “tirou o braço da seringa”, ao afirmar que àquela época, lá (em Juazeiro do Norte) houvera acontecido ALGUMA COISA”, mas que não poderia precisar o “quê”.  Ou seja, até o biógrafo levanta dúvidas a respeito da veracidade da informação que acabara de divulgar.

Sem dúvida, uma ducha de água fria nos adeptos de Cícero Romão Batista, que aguardavam um depoimento incisivo e contundente de sua parte, confirmando a sua convicção a respeito (afinal, não manifestada).

Assim , o “houvera acontecido alguma coisa”, do biógrafo Lira Neto, deixa a porta entreaberta para que livremente trafeguem versões outras e mais consistentes, inclusive e principalmente a da própria Igreja Católica, segundo a qual o tal “milagre da hóstia” não passou de uma grotesca farsa e desbragado charlatanismo, tanto que seu arquiteto-idealizador (o próprio Cícero Romão Batista) foi sumariamente desautorizado, excomungado e expulso da instituição.

Particularmente, entendemos que ancorados no generoso e amplo sentido embutido no conceito “liberdade de expressão”, ninguém tem o direito de sair por aí devassando a vida de outrem, sem prévia autorização (do próprio, se vivo, ou de pessoas autorizadas, pós morte), já que objetivando puramente fins mercantis.

domingo, 14 de março de 2021

O "GARANHÃO HOLANDÊS" - José Nilton Mariano Saraiva

Visualmente, ele não tem nada de especial ou que chame a atenção da mulherada: barriga tipo tanquinho, óculos fundo de garrafa e um tanto quanto desengonçado devido à altura, o holandês Ed Houben de repente virou celebridade, tornou-se um verdadeiro pop star, atração por onde anda, em razão da nova e interessante profissão que adotou: potencial “reprodutor humano” (tanto que apareceu no “Fantástico”, da Globo).

Sem cobrar nada, mas unicamente imbuído em “prestar favor”, ele vem ajudando mulheres de todo o mundo a engravidar, naquilo que ele considera “um dever moral”. A condição é uma só: que a “operacionalização” se dê através do método tradicional, ou seja, via prática do “ato sexual”.

Magnânimo, para Ed não há nenhum tipo preferencial de mulher: pode ser alta ou baixa, negra ou branca, gorda ou magra, rica ou pobre, olhos verdes ou castanhos, cabelo liso ou pixaim e por aí vai (ele "traça" todas, sem qualquer preconceito).

E a “coisa” parece que “pegou” de vez e de uma forma tal, porquanto o distinto garante que já engravidou mulheres na Holanda, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Inglaterra, Itália, Israel, França, Áustria, Canadá e Vietnã (de tais encontros, assegura que já vieram ao mundo mais de 100 filhos).
Pois bem, a fama do distinto é tanta que meses atrás Ed “pintou no pedaço” (Brasil) a fim de atender pedidos de mais de 100 (cem) mulheres no eixo São Paulo-Brasília-Rio de Janeiro (e a próxima parada, já agendada, será na longínqua China, onde já foi requisitado por dezenas de mulheres).

Todo gabola e picado pela mosca azul, o cosmopolita "GARANHÃO HOLANDÊS" garante que a qualidade e a quantidade dos seus espermatozoides são acima do normal, mas que... “essa rotina é muito estressante, já que eu perco um tempão nisso” (será que tá “abusando da fruta"???).

E atenção para o detalhe: o único custo para as mulheres que têm interesse em “encomendar” um rebento robusto e saudável é fornecer-lhe passagem (ida e volta) e estadia em hotéis cinco estrelas. Só isso, nada mais.

E aí, será que Ed Houben deixou algum fruto por aqui ??? As mulheres cearenses ficaram satisfeitas ???