A “CIDADE MARAVILHOSA” - José Nilton Mariano Saraiva
por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
quarta-feira, 7 de abril de 2021
A "CIDADE MARAVILHOSA" - José Nilton Mariano Saraiva
terça-feira, 6 de abril de 2021
O "CORONÉ" TÁ LELÉ" ??? - José Nilton Mariano Saraiva
O “CORONÉ” TÁ “LELÉ” ??? – José Nilton Mariano Saraiva
sábado, 3 de abril de 2021
SIM À MORTE, NÃO À VIDA - José Nilton Mariano Saraiva
SIM À MORTE, NÃO À VIDA – José Nilton Mariano Saraiva
sábado, 27 de março de 2021
"FORA DE CONTROLE" - José Nilton Mariano Saraiva
“FORA DE CONTROLE” - José Nilton Mariano Saraiva
O bucéfalo genocida que está
Presidente da República Federativa do Brasil, intimamente deve estar satisfeito
com o estrago monumental provocado pela fulminante, progressiva e insaciável
fome do coronavírus: em apenas um ano, 315.000 mortos, com tendência de
crescimento diário sem precedentes (dia após dia o número de vítimas cresce,
não em progressão aritmética, mas sim, geométrica – só ontem foram acrescidos
3.600).
Ou alguém tem alguma dúvida que o
quadro atual tem tudo a ver com o seu (dele) recorrente, desumano, burro e
teimoso estímulo a que o brasileiro o imitasse e o seguisse, NÃO usando
máscara, NÃO mantendo o competente distanciamento social, NÃO tendo o cuidado
com os seus idosos, e, SIM, aglomerando nas ruas e praças (e até entre
familiares), porquanto a “gripezinha” era coisa passageira, não provocaria
danos e logo iria embora ???
Segundo o
cientista brasileiro Miguel Nicolelis (neorocientista e pesquisador da
Universidade Duke, nos Estados Unidos), se tivéssemos adotado esse “kit básico”
(acima citado) poderíamos ter evitado que 04 em 05 das mortes atuais ocorressem
(ou seja, 80,0%).
Não
esquecer, também, que cientistas e organizações internacionais dos mais
diversos recantos alertaram com antecedência e clamaram por providências, ante
a iminência do que poderia acontecer por aqui; debalde, ouvidos moucos
prevaleceram.
E o mais sombrio e apavorante em
tudo isso é que, definitivamente, a fera está “fora de controle”: já NÃO
existem leitos hospitalares para atender aos milhares de infectados que dia a
dia chegam aos hospitais; já NÃO temos UTIs, imprescindíveis para tal tipo de
demanda; já NÃO temos seringas, respiradores e demais instrumentos necessários;
já NÃO temos a medicação adequada aos procedimentos atinentes; e,
principalmente, já NÃO temos o quantitativo de pessoal especializado (médicos,
enfermeiros e intensivistas), e os que lá heroicamente estão já mostram
compreensíveis sinais de esgotamento físico e mental, ante tanta ocorrência
fúnebre, tamanha barbárie.
E como o idiota que está no poder
em nenhum momento se preocupou em adquirir vacinas (porquanto, segundo ele,
eram as farmacêuticas que tinham obrigação de vir oferecê-las) também não as
temos em número suficiente e nem podemos adquiri-las com a urgência necessária,
já que outros países ocuparam o nosso lugar na fila para tal, quando o Brasil
não demonstrou interesse.
Em consequência, hoje estamos
humilhantemente a “mendigar” pelo imunizante, conforme demonstrou o novo
presidente do Senado Federal (não o Presidente da República) ao firmar de
próprio punho um apelo humanitário à vice-presidente dos Estados Unidos (Kamala
Harris), no sentido de nos fornecer a “sobra” ou o “resto” que certamente se
dará por lá, já que previdentemente adquiriram quantidade mais que suficiente.
E aqui, temos de lembrar que o
governo brasileiro, através da dupla Bolsonaro/Ernesto Araújo, foi um dos
últimos a reconhecer a vitória de Joe Biden/Kamala Harris nas eleições
americanas, porquanto adeptos da tese professada pelo troglodita Donald Trump
de que a eleição teria sido roubada, só o fazendo por mera formalidade. Haverá
retaliação ou prevalecerá o humanismo ???
Hoje, nossa realidade é que, a
passo de tartaruga grávida, depois de um mês de vacinação conseguimos oferecer
a primeira dose (são duas) a apenas 6,5% (seis e meio por cento) da nossa
população e, se mantidas as condições atuais, necessários serão longos e
intermináveis 03 anos para imunizar a população brasileira (se até lá não tiver
sido implacavelmente dizimada).
Assim, assusta e estarrece a
tragédia sanitária que estamos a vivenciar, e é até compreensível que governos
de todo o mundo (que também têm problemas, embora não na mesma magnitude)
comecem a “isolar” o Brasil, proibindo que os “seus” se dirijam pra cá e não
permitindo que os “nossos” aportem por lá (por terra, espaço ou por mar). Nos
tornamos um estorvo, um povo indesejado, um povo marginal, “pária” para o mundo
(como aliás expressou tal desejo o desclassificado que ocupa o Ministério das
Relações Exteriores, Ernesto Araújo).
E pensar que toda essa tragédia
poderia ter sido evitada, se a população brasileira tivesse escolhido para
dirigir a nação alguém preparado para enfrentar desafios, e fosse dotado do
mínimo de senso humanitário e de responsabilidade para com o seu povo.
quarta-feira, 24 de março de 2021
"LULA LIVRE" REQUER SEGURANÇA MÁXIMA - José Nilton Mariano Saraiva
“LULA LIVRE” REQUER SEGURANÇA MÁXIMA - José Nilton Mariano
Saraiva
Adstringindo-se tão única e exclusivamente aos “autos” (as conversas
aéticas e escabrosas de Moro e sua quadrilha, interceptadas por hackes,
aconteceram muito depois de lavrada a
reclamação), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal houve por bem reparar a
tendenciosa decisão do ex-juiz de primeira instância Sérgio Moro, que houvera
condenado sem nenhuma prova o ex-presidente Lula da Silva, no tocante ao tal
triplex de Guarujá, tanto que o fez sob o hipócrita argumento do cometimento de
“atos de ofício indeterminado” (algo absolutamente inédito e inusual em nosso receituário
jurídico, porquanto, se “indeterminado”, inexistente).
Impetrado pela defesa do ex-presidente, o julgamento da “suspeição”
do ex-juiz houvera sido iniciado nos primórdios de 2018 e já apontava um placar
de 2 x 0 favorável àquele magistrado, (votos de Edson Fachin e Carmen Lúcia) quando
o ministro Gilmar Mendes solicitou “pedido de vistas” em novembro daquele ano.
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Nesse meio tempo, surpreendentemente o ministro Edson Fachin
(logo ele, que sempre demonstrou ojeriza ao ex-presidente), em decisão
monocrática opta por “anular” todas as decisões tomadas pelo ex-juiz Sérgio
Moro em relação aos processos envolvendo o ex-presidente, porquanto a Vara de
Curitiba seria incompetente para julgá-los, remetendo os autos para Brasília
(onde tudo recomeçará do começo).
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Voltando ao fio da meada: retomado no final de 2019 o processo
da suspeição do ex-juiz, Gilmar Mendes e Roberto Lewandowski, VALENDO-SE
APENAS DE DADOS CONTIDOS NOS “AUTOS”, (nada sobre as interceptações dos
hackes, é bom que se repita, já que estas aconteceram muito depois) decidiram-se
favoráveis à defesa do ex-presidente, igualando o placar em 2 x 2, deixando que
o voto decisivo (que seria dado pelo decano Celso de Melo, hoje aposentado) fosse
proferido pelo “novato” Nunes Marques (piauiense), que houvera sido escolhido a
dedo e nomeado meses antes pelo bucéfalo que está Presidente da República.
Coincidentemente, na véspera da retomada do julgamento do
pedido de suspeição de Moro, indagado pela imprensa se temia um confronto com o
ex-presidente Lula nas eleições de 2022, o “traste” que ocupa a Presidência da
República, sarcástico e arrogante, arrotou que Lula da Silva era “inelegível”,
como que anunciando antecipadamente qual seria o voto do seu indicado: ou seja,
Nunes Marques proferiria o voto que seria a pá de cal e definitivamente inviabilizaria
o ex-presidente de concorrer. Dito e feito, e assim, aos 45 minutos do segundo
tempo o placar aponta 3 x 2 para o ex-juiz (e, pois, Lula da Silva inelegível).
Surpreendentemente (mas de forma legal) já nos acréscimos do julgamento
Carmen Lúcia pede para se manifestar e, de forma incisiva e contundente (logo
ela, que sempre votou contra o ex-presidente) decide rever seu voto, em razão
de “dados novos apensados aos autos”: 3
x 2, agora pela suspeição do ex-juiz e, consequentemente, pela anulação da pena
imposta a Lula da Silva.
Resumo de tudo isso: em
duas frentes, o ex-presidente Lula da Silva tem de volta o passaporte homologatório
à sua candidatura na próxima eleição, enquanto Sérgio Moro e a quadrilha de procuradorizinhos
raivosos de Curitiba são desmascarados de vez (agiram, sim, e de forma
tendenciosa, ao arrepio da lei e merecem ser julgados pelo crimes cometidos).
Quanto ao “novato” Nunes Marques, que no seu “debut” em
grandes causas no Supremo Tribunal Federal, proferiu seu voto equivocadamente (já
que claramente em obediência ao seu tutor), porquanto baseado unicamente nas
interceptações dos hackes (que a defesa, Gilmar Mendes, Roberto Lewandowski e
Carmen Lúcia não usaram) mostrou que ainda tem muito que aprender (aliás, o próprio
lembrou a quem dele discordou, que tenham paciência porque ele ainda tem 26
anos como ministro daquela corte).
No mais, não custa lembrar: como o assassinato da vereadora
Marielle Franco, no Rio de Janeiro, foi comprovadamente obra de “milicianos” de
aluguel, seria de bom alvitre que O PT E LULA DA SILVA REFORÇASSEM DE
IMEDIATO A SEGURANÇA DO EX-PRESIDENTE, porquanto Fabrício Queiroz (apesar
de tudo o que fez) está livre e solto para servir de elo entre a família
Bolsonaro e a “nata” da criminalidade que habita não só morros, mas até
condomínios luxuosos no Rio de Janeiro (lembremo-nos que o provável assassino
da vereadora Marielle Franco, o tal do Lessa, era morador e vizinho de
condomínio da família Bolsonaro).
sexta-feira, 19 de março de 2021
ADEUS..."MANTOS SAGRADOS" - José Nilton Mariano Saraiva
ADEUS... “MANTOS-SAGRADOS” - José Nilton Mariano Saraiva
Confeccionados em edições limitadas, virgens, intocados e inocentes, assim eram os uniformes dos nossos principais clubes de futebol, até bem pouco tempo. E tais predicados serviam para realçar a beleza, o esplendor e a magia de cada um deles. Havia até uma certa timidez, um certo receio, um excessivo respeito que nos impedia de maculá-lo, acessá-lo, tocá-lo sequer. Como se fora algo... “sagrado”.
O símbolo do clube, e só ele, soberano e galhardo, pontificava e realçava à altura do peito esquerdo, sobreposto às cores respectivas. A camisa de um Vasco da Gama, um São Paulo, um Flamengo, um Fluminense ou um Palmeiras se nos apresentava sóbria, elegante, indevassável, imaculadamente soberana em sua pureza. Nada capaz de nodoá-las.
Além do símbolo-emblema à frente, apenas a numeração às costas. Era, pois, motivo de orgulho pra todos nós, torcedores. Pode-se inferir que foi ali, via imaginário popular, que se materializou seu batismo como “manto sagrado” ou “segunda pele”.
Mas, aí, adentrou no campo de futebol um parceiro que mais tarde se revelaria por demais “guloso”, a televisão, já que trazendo a reboque um avassalador e temível rolo-compressor: os “patrocinadores”.
Extremamente profissionais, poderosos, fortes, exigentes e cheios da grana, comendo pelas “beiradas”, começaram o processo de demolição progressiva do romantismo imiscuído numa atividade até então praticamente amadora.
Assim é que, num primeiro momento, as bordas do próprio campo de futebol (laterais) outrora vazias, solitárias, desprezadas e sem qualquer valor mercantil, repentinamente se viram povoadas ou “premiadas” com dezenas de placas, anúncios, propagandas diversas; estáticas, em formatos variáveis e multicoloridos, tais instrumentos anunciavam desde bebidas alcoólicas a peças íntimas femininas, do másculo aparelho de barbear ao suave desodorante direcionado à mulher. Tudo isso veiculado pela televisão, para milhões de telespectadores, tornou muita gente milionária (o Kleber Leite, à época repórter de campo da Rádio Globo e hoje poderoso empresário futebolístico no Rio de Janeiro, começou a “se fazer”, ficar milionário, via negociação das respectivas placas).
Estava dado o primeiro passo para a “profissionalização” definitiva das nossas principais equipes. E então, mais que rapidamente, foi dado o passo seguinte: “vapt-vupt”, sem que sequer nos déssemos conta, das bordas do campo o insaciável e esperto “patrocinador” resolveu pular adiante, alçar voo rumo a um espaço mais visível, generoso, abrangente e em permanente exposição: e dessa forma, agindo sem quaisquer concessões ou escrúpulos, foi que os “mantos-sagrados” das nossas principais agremiações foram fria e calculadamente desvirginados, violentados, estuprados. Irreconhecíveis ficaram.
Ainda insatisfeitos, a partir de então os jogadores de futebol foram literalmente obrigados a funcionar como eficientes “outdoors ambulantes”, a anunciar um produto qualquer. Para tanto, os novos “donos do futebol” trataram de instruí-los e catequiza-los a trocarem as camisas entre si, ao final de cada pugna, ou mesmo as arremessaram para a torcida, objetivando, evidentemente, difundir a “marca”, fazê-la circular, se tornar conhecida além do campo de jogo ou do próprio estádio.
E tem mais: se antes os nossos craques se notabilizavam pelo belo sentimento amadorístico do “amor à camisa” (pela qual só faltavam se matar em campo) ou pela siderúrgica fidelidade ao clube de origem a ponto de dificilmente se transferirem para um outro, chegando mesmo a serem confundidos com a própria instituição (Pelé, no Santos, Roberto Dinamite, no Vasco e Zico, no Flamengo são exemplos emblemáticos), pois bem, como se não bastasse isso, repentinamente o patrocínio se individualiza na figura do próprio craque, avança sobre o esportista, peita e corrompe inexoravelmente o homem.
E haja “direito de imagem” pra cá, “direito de imagem pra lá”, que implica em usar um boné de uma determinada marca, uma chuteira de uma cor tal, uma prosaica “fitinha” (com a marca estampada) a prender o cabelo e por aí vai, em troca de montanhas de dinheiro (você já notou que certos jogadores, antes do início da partida, se agacham para amarrar as chuteiras, quando poderiam ter tomado tal providência no vestuário ??? pois é, trata-se de uma ação previamente ensaiada com a emissora de TV).
Resumo desse capitalismo selvagem ??? A TV transformou o futebol num rendoso, inesgotável e próspero negócio, com dirigentes e jogadores “nadando” em dinheiro. E haja propina. Nem que para isso o torcedor seja dia-a-dia desrespeitado, ignorado, relegado a ser um mero objeto de consumo, simplório coadjuvante, sem nenhum poder de escolha ou decisão; assim, os jogos tanto podem começar ao sol inclemente do meio-dia, como avançar pela madrugada e terminar no dia seguinte; o calendário vai de segunda a domingo e quem não achar correto, que se exploda.
Quanto ao nosso querido “manto sagrado”, foi pro beleléu, voou pro espaço, escafedeu-se, sumiu; é mais fácil encontrar uma agulha no palheiro que localizar, mesmo com uma possante lupa, o “símbolo do clube” em camisas repletas de propagandas às mais diversas (e normalmente de um tremendo mau gosto). Até a seleção nacional se rendeu ao mercantilismo do patrocínio e a “amarelinha” já ostenta as tais “marcas”.
O torcedor não gosta do que está vendo ??? Que vá reclamar ao papa. E estamos conversados.
PT saudações: o patrocinador.
quinta-feira, 18 de março de 2021
O "JOGO PESADO"... DO VATICANO - José Nilton Mariano Saraiva
O “JOGO PESADO”... DO VATICANO - José Nilton Mariano Saraiva
Quem conhece um pouco da história da Igreja Católica Apostólica Romana sabe, perfeitamente, que por trás dos indevassáveis muros do Vaticano e ao longo dos seus incontáveis corredores e porões, entre abraços de tamanduá, tapinhas nas costas e falsos sorrisos, existe uma espécie de briga de foice em quarto escuro, na oportunidade em que se tem de escolher um novo Papa; conchavos, corrupção, falsidade, traição, oferecimento de vantagens, tráfico de influência, concessões e o escambau são a essência dos encontros cardinalícios quando da escolha do sucessor de Pedro.
Assim, quando a “fumaça branca” emerge da cafonérrima chaminé do Vaticano, anunciando ao mundo a escolha do novo Papa, o jogo jogado até ali terá sido pesado e desleal, e nem sempre o resultado do conclave é do agrado de todos.
Quem não lembra do alegre cardeal italiano Luciane, que após entronizado e rebatizado como João Paulo I, em pouco mais de um mês no exercício da função foi encontrado morto em seus aposentos, suspeito de ter sido envenenado por discordar do “modus operandi” vigente ???
Assim, no Vaticano nada difere das diversas arenas políticas espalhadas pelo mundo, quando da eleição de mandatários nos mais diversos países. É o tal “componente político”, que na cúpula da Igreja Católica também se faz presente, sim.
Por essa razão, aquele que consegue “chegar lá”, trata de segurar o bastão por cima de pau e pedra (se possível até o instante em que “bate as botas”), nem que para tanto tenha que enfrentar constrangimentos mil (conforme nos mostrou o carismático polonês João Paulo II, que, acometido de todo tipo de doença - Parkinson, demência, dificuldade motora, etc), não largou o osso de forma alguma. Foi duro na queda.
Surpresa, sim, houve, quando, quase chegando aos 80 anos, o cardeal alemão Joseph Ratzinger, radical ex-integrante da juventude nazista e ultraconservador, conseguiu sucedê-lo, após acirrado conclave; afinal, havia a expectativa de uma nova era para a Igreja, uma nova postura ante os desafios do mundo moderno.
No entanto, pós eleição, Ratzinger (agora Bento XVI) manteve sua postura de distanciamento ao que acontecia no seu entorno, já que os ultrapassados e envelhecidos dogmas da Igreja Católica jamais foram ameaçados; assim, celibato, divórcio, aborto, contraceptivos, punição de padres pedófilos, alinhamento político do clero com causas sociais e políticas do terceiro mundo, enfim, desafios típicos do contemporâneo mundo foram deixados de lado.
Para surpresa de todos, eis que, apenas oito anos após sentar-se no trono papal, cansado, abatido e sob uma pressão insuportável, Bento XVI anunciou que iria “se mandar” (renunciar ao trono de Pedro), deixando seu rebanho na orfandade (e de um pai vivo).
E aí, a revelação “bombástica”: na cúpula da Igreja Católica, anunciou ele, vige, sim,... "a hipocrisia religiosa, o comportamento dos que querem aparentar, as atitudes que buscam os aplausos e a aprovação" (ipsis litteris).
Portanto, se nada fez de produtivo durante sua gestão de 08 anos à frente da Igreja Católica Apostólica Romana, o alemão de certa forma se redimiu ao anunciar aos seus pares, de viva voz, aquilo que todo mundo já desconfiava: no Vaticano, cerne do cristianismo, impera a discórdia, o jogo sujo, a luta (fratricida e desonesta) pelo poder. Enfim, o “componente político”.
quarta-feira, 17 de março de 2021
"BIOGRAFIAS" - José Nilton Mariano Saraiva
“BIOGRAFIAS” – José Nilton Mariano Saraiva
Embora poucos tenham se dado
conta, na República Federativa do Brasil existe um “cantinho” onde seu povo, por
conta própria, decidiu adotar o “regime monárquico”. E, gulosos que são, para fazer
inveja a quem de direito, os integrantes desse “cantinho” acharam por bem que
teríamos não um, mas “dois reis”, independentemente de alguém aprovar ou não;
assim, temos o “rei” Roberto Carlos (cantor romântico) e o “rei” Pele (no futebol).
Sobre o “rei” Pele, já foram
escritas milhares e milhares de páginas, realçando, sempre, sua performance “nos
gramados” do mundo inteiro e os encontros sociais com seus “iguais” (reis de
tudo que é canto). Hoje, o questionamento é sobre a retidão do seu “caráter”,
porquanto teria deixado de reconhecer
uma filha legítima, porque gerada fora do casamento.
No tocante ao rei Roberto
Carlos, embora de vida discreta, sabe-se que já
casou uma “ruma” de vezes, gerou um prole considerável, mas, outro dia
foi manchete na mídia nacional em razão de ter ameaçado processar um jornalista
que decidira lhe fazer uma homenagem, escrevendo sua biografia, sem consultá-lo.
Portanto, a “reflexão”, seria:
biografias devem ou não ser autorizadas ?
O bafafá a respeito nos remete
a uma entrevista concedida pelo jornalista Lira Neto, depois que colocou no
mercado, em 2009, a volumosa (e cara) biografia que produziu enfocando o padre
Cícero Romão Batista (são centenas e centenas de páginas).
Pois bem, após narrar o
conceito “objetivo” da Igreja Católica a respeito (tanto que na prática
redundou na expulsão do sacerdote das suas hostes), bem como as “subjetividades”
dos fanáticos adeptos (tanto que sem nenhuma comprovação dos pretensos
milagres), aquele jornalista foi instado a pronunciar-se se acreditava realmente
na ocorrência do tal “milagre da hóstia”.
Depois de tergiversar, gaguejar,
tossir e pigarrear, Lira Neto diplomaticamente “tirou o braço da seringa”, ao
afirmar que àquela época, lá (em Juazeiro do Norte) houvera acontecido “ALGUMA
COISA”, mas que não poderia precisar o “quê”. Ou seja, até o biógrafo levanta dúvidas a
respeito da veracidade da informação que acabara de divulgar.
Sem dúvida, uma ducha de água
fria nos adeptos de Cícero Romão Batista, que aguardavam um depoimento incisivo
e contundente de sua parte, confirmando a sua convicção a respeito (afinal, não
manifestada).
Assim , o “houvera acontecido alguma
coisa”, do biógrafo Lira Neto, deixa a porta entreaberta para que livremente
trafeguem versões outras e mais consistentes, inclusive e principalmente a da
própria Igreja Católica, segundo a qual o tal “milagre da hóstia” não
passou de uma grotesca farsa e desbragado charlatanismo, tanto
que seu arquiteto-idealizador (o próprio Cícero Romão Batista) foi sumariamente
desautorizado, excomungado e expulso da instituição.
Particularmente, entendemos
que ancorados no generoso e amplo sentido embutido no conceito “liberdade de
expressão”, ninguém tem o direito de sair por aí devassando a vida de outrem,
sem prévia autorização (do próprio, se vivo, ou de pessoas autorizadas, pós
morte), já que objetivando puramente fins mercantis.
domingo, 14 de março de 2021
O "GARANHÃO HOLANDÊS" - José Nilton Mariano Saraiva
Visualmente, ele não tem nada de especial ou que chame a atenção da mulherada: barriga tipo tanquinho, óculos fundo de garrafa e um tanto quanto desengonçado devido à altura, o holandês Ed Houben de repente virou celebridade, tornou-se um verdadeiro pop star, atração por onde anda, em razão da nova e interessante profissão que adotou: potencial “reprodutor humano” (tanto que apareceu no “Fantástico”, da Globo).