por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 3 de agosto de 2018

UM PAÍS DESTRUÍDO PELO "TOGADOS" - José Nilton Mariano Saraiva


Desde tempos imemoriais, enfática e peremptoriamente temos manifestado neste espaço que a esculhambação jurídica vigente no país nos dias de hoje deve ser creditada única e exclusivamente às preguiçosas, prolixas e medrosas “excelências” togadas com assento no Supremo Tribunal Federal.

Não tivessem de forma vergonhosa se omitido naquele momento extremamente grave e delicado no qual se armou o golpe parlamentar capitaneado por um marginal visando o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, hoje não estaríamos a experimentar tamanha desventura (há, inclusive, a suspeita que sabiam de tudo antecipadamente e que se aliaram aos executores, conforme se depreende do diálogo Romero Jucá/Sérgio Machado).

Tanto é verdade que, lá adiante, as “excelências” de novo cruzaram os braços e puseram venda nos olhos ao permitir que, impunemente, um deslumbrado juiz de primeira instância atropelasse a própria Constituição Federal ao divulgar conversas da mandatária maior do país, afora outros abusos flagrantemente ao arrepio da lei.

Fato é que, adepto dos holofotes, incensado pela mídia desonesta e parcial, picado pela mosca azul e vislumbrando que os covardes integrantes do STF não se manifestariam com medo da reação popular (já que teoricamente tratando de um tema de tremendo apelo popular, qual seja a corrupção), referido juiz é hoje quem manda e desmanda no país e, inclusive, determina a própria agenda daquele tribunal.

Assim, há que se prosseguir o golpe, com uma “ruma” de ladrões de alta periculosidade instalado no Planalto Central a “liquidar” com o Brasil, a preço de banana em fim de feira (o retrato emblemático é o “pré-sal”, nosso outrora passaporte para o futuro, que está sendo literalmente “doado” às grandes petrolíferas internacionais), enquanto que, sob o comando de um juiz de primeira instância, a “República de Curitiba” trata de impedir, por cima de pau e pedra e mesmo que inexistam provas contra, que o candidato francamente favorito às próximas eleições, Lula da Silva, se viabilize como candidato. Apenas e tão somente pela “convicção” de um juiz pop-star deslumbrado e raivoso.

Portanto (e rememorando para que fique absolutamente claro o que pensamos), às “excelências” togadas, (prolixas, medrosas e covardes) com assento no tal Supremo Tribunal Federal (que de “supremo” não tem nada) devem ser dirigidos, sim, todos os créditos pelo iminente “extermínio” de um país que tinha tudo pra dar certo.

Definitivamente, o “complexo” de vira-lata voltou. 

Que pena.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

A BRUTA "LETALIDADE" DE UMA DITADURA JUDICIAL - José Nilton Mariano Saraiva


A Lei das  Eleições (Nº 9504/97, DE 30.09.1997) é um calhamaço com centenas e centenas de páginas, onde estão distribuídos seus 107 artigos (alguns deles estendidos para a versão A) e trata só de tudo em relação às eleições no Brasil (para presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, prefeito e vice-prefeito, senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador). Se você se interessa, vale a pena conferir.

Se, na prática, o processo eleitoral brasileiro fosse seguido tal qual lá se acha explicitado, dificilmente haveria “brechas” para casuísmos de qualquer espécie, tal o detalhamento contido.

Como, entretanto, no Brasil de hoje a esculhambação jurídica é uma realidade, já que nem a própria Constituição Federal é respeitada (em razão da frouxidão do Supremo Tribunal Federal), temos algo inusitado: pelo fato do “presidiário-analfabeto-nove-dedos” (líder disparado nas pesquisas de opinião) pretender exercer seu direito de concorrer à Presidência da República, comenta-se que já está sendo arquitetada uma manobra que o impeça de sequer obter o registro da chapa majoritária.

A “melada” teria como “madrinha-mor” a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, e seria operacionalizada pelo próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz “Peruca” Fux, coincidentemente um daqueles integrantes do Supremo Tribunal Federal que faz parte do “esquemão” que tem o objetivo precípuo de inviabilizar a candidatura vitoriosa de Lula da Silva, a qualquer custo. Para tanto, na marra seria suprimido da tal Lei das Eleições, de cabo a rabo, o seguinte artigo:

“Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior” (ipsis litteris).

A vergonhosa “excrescência” já está sendo gestada nos porões do Judiciário brasileiro e se trata apenas e tão somente do prosseguimento do golpe que começou lá atrás, quando tomaram na marra o poder da honesta Presidenta da República, Dilma Rousseff, mesmo que sem nenhum crime de responsabilidade por ela praticado (como não o há com relação ao ex-presidente Lula da Silva).

Isso nos leva a refletir seriamente sobre a premonição, lá atrás, do jurista e pensador Rui Barbosa (também um grande pilantra), que, ao discorrer sobre a “letalidade” de uma ditadura judicial, afirmou peremptoriamente: “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário; contra ela não há a quem recorrer”.

Resumo de tudo isso: Estamos phudidos (com ph mesmo). É o Estado de Exceção em toda a sua cruel plenitude, que ninguém pode antecipar onde nos levará.

Adeus, direitos e garantias constitucionais.


STF: O "PUXADINHO" DE CURITIBA EM BRASÍLIA - José Nilton Mariano Saraiva


Tirante os países totalitários, em qualquer nação do planeta Terra os povos se regem por um tal “livrinho” (Constituição Federal, Carta Maior, Lei Suprema, Carta de Direitos ou outra denominação que se lhe queira outorgar) onde estão contidas as regras, ordenamentos, cláusulas (inclusive pétreas) e por aí vai, às quais todos devem subordinação e respeito.

É, para todos os efeitos, a lei maior de um país, à qual todas as demais leis, códigos e tais devem obediência. A origem, o principiar de tudo, terá sempre ela como protagonista.

No Brasil, já tivemos isso, até pouco tempo atrás.

Hoje, entretanto, após o Poder Judiciário, através do Supremo Tribunal Federal (STF), literalmente “abrir as pernas” para o juiz de primeira instância, Sérgio Moro, de Curitiba, que diuturnamente o estupra, o “livrinho” brasileiro se presta (aqui em casa, pelo menos)  a substituir o papel higiênico nos banheiros da vida (apesar da má qualidade do papel, mais áspero).

Fato é que, a desmoralização do nosso Judiciário chegou a tal ponto que, mesmo confirmando que o tal juiz vem agindo em desacordo com Constituição (já há algum tempo),  os prolixos, preguiçosos e covardes Ministros que integram o Supremo Tribunal Federal não tomam qualquer atitude contra seus desmandos; admitem, sim, que houve excessos; assentem, sim, que limites foram ultrapassados; reclamam, sim, que a Constituição foi violada e por aí vai.

Mas, temendo a reação popular se forem de encontro ao juiz pop-star (que, na teoria, agarrou-se a um tema de apoio midiático, a corrupção) se limitam a tecer-lhe críticas circunstancias e amenas, sem, entretanto, terem a coragem de tomar uma atitude mais drástica ou moralizadora para barrar seus rompantes. Ou seja, a agenda do próprio Supremo Tribunal Federal é hoje determinada pelo que emana lá de Curitiba. Se Sérgio Moro fez, tá feito, e não tem como e porque mudar, mesmo que não se coadune com o que consta do tal “livrinho”.

O retrato emblemático de tal assertiva deu-se agora quando, mesmo em gozo de férias (e fora do país), aquele juiz de piso se insubordina com a determinação de um Desembargador Federal (seu superior hierárquico) e determina (lá de fora) que os seus subordinados (aqui) não cumpram uma ordem judicial da lavra daquela autoridade, simplesmente porque ele, o único juiz do Brasil, não concorda com o que ali foi explicitado.

E o mais esdrúxulo disso tudo é que o “puxadinho” de Curitiba, em Brasília (Supremo Tribunal Federal) passivamente aceitou tamanha excrescência sem qualquer contestação. Afinal, Sérgio Moro não pode ser contrariado.

A que ponto chegamos. Que vergonha.


segunda-feira, 30 de julho de 2018


A CULPA É, SIM, DO "SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL" - José Nilton Mariano Saraiva

A hoje famosa e temida “Lava Jato” nada mais é que um “genérico” da Operação Mani Pulite, desenvolvida na Itália ao alvorecer dos anos 90, que exterminou tradicionais partidos políticos, levou a nocaute os mais influentes líderes do país, desorganizou de forma inexorável a economia e jogou o país numa convulsão social que ainda hoje é lembrada, mas que, ao final, ante o vazio de lideranças políticas que ficou, entregou o destino da nação ao pior dos mafiosos italianos: Sílvio Berlusconi.

Portanto, a Mani Pulite foi a “musa inspiradora” do juiz de primeira instância Sérgio Moro para deflagrar a sua operação “Lava Jato”, depois do fracasso rotundo de que se revestiu o rumoroso caso das “contas CC5”, onde os dois principais atores eram os mesmos dos dias atuais: Sérgio Moro e Alberto Youssef e que ao final deixou o Brasil na situação vexatória em que se encontra.

Mesmo assim (e até por isso mesmo), frustrado e ressabiado, à época Moro foi premonitório: “No Brasil, encontram-se presentes várias das condições institucionais necessárias para a realização de ação judicial semelhante à Mani Pulite; como na Itália, a classe política não goza de grande prestígio junto à população, sendo grande a frustração pelas promessas não-cumpridas após a restauração democrática”.

Para tanto, elencou cuidadosamente uma espécie de “catecismo” a ser seguido, que basicamente contemplaria os seguintes pontos: 01) A “DESLEGITIMAÇÃO”, de cabo a rabo, da classe política (essencial para o sucesso da operação) que compreendia detonar os partidos e exterminar as suas principais lideranças; 02) Largo uso da imprensa (a fim de vazar para o público informações tidas como “segredo de justiça”, garantindo o apoio da população às ações judiciais); 03) Prender suspeitos sem necessidade de provas, mantendo-os isolados no fundo de uma cela, espalhando a suspeita que outros já teriam confessado, até que se dispusessem a “dedurar” quem a polícia desconfiasse (delação premiada); 04) Mandar às favas essa tal “presunção de inocência” na perspectiva de que a prisão sem provas seria uma forma de destacar a seriedade do crime e evidenciar a eficácia da ação judicial (não haveria óbice moral em submeter o investigado a ela).

Além do mais, Sérgio Moro não contava com uma espécie de “bônus” especial ao introduzir tais métodos por essas bandas: a anuência, chancelamento ou aprovação de métodos tão heterodoxos por parte do Supremo Tribunal Federal, que esquecendo sua condição de “guardião da sociedade”, permitiu que a Constituição Federal fosse estuprada diariamente, já que desrespeitada em princípios básicos.

E aqui caberia uma séria reflexão: qual a “forma” ou “método” de tortura mais eficiente; a física, tal qual a perpetrada por Hitler na Alemanha contra os judeus, ou a psicológica, adotada por Moro contra quem tiver o infortúnio de “descer” pra Curitiba ???

Sabe-se, por exemplo, que após mais de um ano fiel aos seus princípios morais e éticos, Marcelo Odebrecht capitulou irremediavelmente e fez aquilo que anunciou pela televisão que jamais faria: “dedurar” alguém; e que Sérgio Machado, mesmo antes de ser preso, botou a boca no trombone e entregou meio mundo de gente. 

Ou seja, a perspectiva de “mofar na cadeia” (arma preferencial do Moro) tem um efeito devastador sobre o ser humano, levando-o até mesmo a esquecer quem é (e tudo isso é encarado pelo Supremo Tribunal Federal como uma coisa “normal”).

Resultado de tudo isso ??? A esculhambação jurídica que atravessa o país na atualidade. Responsável por tudo isso ??? O Supremo Tribunal Federal, hoje um simples "puxadinho" da Vara do Moro, de Curitiba.


sábado, 28 de julho de 2018

SÉRGIO MORO: O MALABARISTA - José Nilton Mariano Saraiva


Para os menos chegados à morfologia (estudo da constituição das palavras e dos processos pelos quais elas são constituídas a partir de suas partes componentes, os morfemas) o prefixo “IN” guarda perfeita similitude com o nosso cáustico, seco e tradicional “NÃO” (ou seja, o IN funciona como um prefixo de negação da palavra original). 

Assim, quando o juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Lula da Silva por “ato de ofício INdeterminado”, na realidade deixou cristalinamente explícito que NÃO tinha nenhum motivo determinado ou prova para fazê-lo, mas o faria com base em suas convicções, condicionantes e achismos, pura e simplesmente.

Segundo o constitucionalista da PUC-SP, PIETRO DE JESUS ALARCON (ipsis litteris): “o ‘ato de ofício indeterminado’ não só não é pacífico, senão que, constitucionalmente, constitui uma grave ilação com intuito punitivo e em detrimento da tese - esta sim amplamente consolidada na história do ato de ofício. O QUE EXISTE JURIDICAMENTE É O ATO DE OFÍCIO QUE, POR SUA NATUREZA, É DETERMINADO. Porque constitui manifestação decorrente de competência atribuída pela Constituição, ou pela lei. Ou seja: é ato de quem exerce função pública. Ele implica manifestação que produz um efeito na realidade e emana do agente competente. O que aconteceu no caso julgado pelo juiz Sergio Moro, por exemplo, no qual o ex-presidente Lula era réu, é que Moro atribuiu ao petista um ATO DE OFÍCIO INDETERMINADO, inaugurando um MALABARISMO DEDUTIVO JURÍDICO para algo desconhecido na doutrina. Os atos indeterminados teriam a qualidade da indeterminação, isto é, seriam duvidosos quanto à sua extensão e natureza. JULGAR E, SOBRETUDO, ARGUMENTAR PARA PUNIR POR CORRUPÇÃO PASSIVA FUNDADO NUMA CATEGORIA COMO ESSA É INCONSTITUCIONAL E ANTICONVENCIONAL” (grifos nossos).

Ante o exposto, a dedução a que se pode chegar é que, não só Lula da Silva foi preso de forma inconstitucional, imoral, ilegal e irregular, assim como que o juiz-malabarista Sérgio Moro mais cedo ou mais tarde deverá pagar por toda a lambança que introduziu nos julgamentos que dirige.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

ATO DE OFÍCIO "INDETERMINADO" - José Nilton Mariano Saraiva


Após o fracasso rotundo que protagonizou quando chefiou a investigação sobre o mega-esquema-criminoso conhecido como “Contas CC5” (em Foz do Iguaçu-PR), que enviou bilhões e bilhões de reais para o exterior (lavagem de dinheiro de rodo, e que tinha como principal artífice o bandido Alberto Youssef), o juiz de primeiro instância, Sérgio Moro, arquitetou e pôs em prática a tal Operação Lava Jato. E, coincidentemente, contando de novo com a colaboração do mesmo bandido (Alberto Youssef, que fora libertado sem qualquer justificativa).

Em verdade, além de ter se prestado a funcionar como marionete e comandante de um “esquemão” (com ramificações até no exterior (EUA)), o “objeto de desejo” de Sérgio Moro foi, sempre e sempre, patrocinar uma “caçada implacável” contra o ex-presidente Lula da Silva, franco favorito a qualquer eleição séria que se dispute no Brasil, em termos majoritários, evidentemente que objetivando destruir o seu benfazejo e profícuo legado e inviabilizá-lo politicamente, a posteriori.

Liderando uma espécie de “milícia-judiciária”, composta por dezenas e dezenas de figurantes (procuradores, delegados e por aí vai), e dispondo de um aparato tecnológico de fazer inveja à “gringarada”, ainda assim Sérgio Moro não conseguiu, ao longo de longevos quatro anos, levantar qualquer prova, por ínfima que fosse, contra Lula da Silva.

Assim, e contando com a criminosa leniência de um Supremo Tribunal Federal corrupto e indigno da própria denominação (responsável direto pela esculhambação jurídica que ora vivenciamos) aquele juiz de primeira instância findou por prender Lula da Silva sob a pueril justificativa de prática de um “ato de ofício indeterminado” (ou seja, sem qualquer prova comprobatória de um suposto malfeito).

E foi o próprio Sérgio Moro que, inadvertidamente, confirmou toda a “papagaiada” que houvera patrocinado, ao afirmar que, com relação ao tal triplex de Guarujá (que propiciou a prisão de Lula da Silva)... “este Juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela construtora OAS nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-presidente".
Fato é que, por termos uma corte maior (???) composta por irresponsáveis, desonestos e improdutivos integrantes, o ex-presidente Lula da Silva, que lidera com folga as pesquisas de intenção de voto para a próxima eleição presidencial, literalmente “mofa” nas masmorras do juiz Moro e corre sério risco de ficar de fora da disputa, simplesmente em razão dos achismos e convicções do parcial juiz e sua troupe.
A esperança é que, devido ao clamor internacional cada vez mais intenso em relação à prisão sem provas do ex-presidente, o movimento “LULA LIVRE” consiga sensibilizar e trazer de volta à realidade o que resta de honradez dos ministros que integram o STF, fazendo-os partícipes daquilo que meio mundo e a outra banda almejam: a permissão para que o ex-presidente dispute em igualdade de condições a próxima eleição.
Em português límpido e contundente: que seja entregue ao povo a decisão final sobre o futuro do Brasil.  





sábado, 14 de julho de 2018

QUE SE PUNA O JUIZ MORO - José Nilton Mariano Saraiva


O Poder Legislativo brasileiro, todos sabemos (e salvo as exceções de praxe), é composto de mafiosos que fizeram do exercício do mandato político uma maneira fácil de se estabelecer da vida (e em bem pouco tempo).

O modus operandi é por demais franciscano: valendo-se do fato de que o “regime presidencialista” literalmente obriga o chefe do poder executivo (o Presidente da República e de Assembleias Legislativas) a com eles negociar (sob pena de não conseguir aprovar qualquer projeto), seus integrantes conseguem manter o Executivo refém das suas trapaças e falcatruas através da formação de grandes bancadas com interesses nem sempre convergentes (bancada da bola, da bala, dos evangélicos, dos banqueiros e por aí vai), daí a “propinagem” em larga escala.

Restava-nos a esperança de contar com a altivez, clarividência e seriedade do Poder Judiciário, na perspectiva que fizesse cumprir os ditames constitucionais pré-estabelecidos.

E aí – quanta ironia – descobrimos que o Poder Judiciário é o mais corrupto dos poderes da república, em seus mais diversos níveis (municipal, estadual e federal).

Aqui em Fortaleza, por exemplo, descobriu-se que em plantões de final de semana Desembargadores recebiam a “irrisória” quantia de R$ 150.000,00 pela concessão de um simples habeas corpus para soltar bandidos de alta periculosidade. Já em Brasília, a recorrente procura pelos serviços do Ministro Gilmar Mendes (e só ele), por parte da turma que tem “bala na agulha”/muita grana (o banqueiro Daniel Dantas, o médico tarado de São Paulo, o tal Barata, dono de frotas e frotas de ônibus e mais outros)  nos põe em alerta se algum “agrado” lhe é destinado.

Já no tocante à nossa Corte Maior, se constituída por magistrados sérios e cônscios das suas responsabilidades, a essa altura o juiz curitibano de primeiro piso, Sérgio Moro, estaria atrás das grades (basta atentar que, no documento “10 medidas contra a corrupção”, patrocinada por ele e seus procuradores, sugere-se que o habeas corpus seja extinto, que se aceite o testemunho sobre tortura, que se valide a prova ilegal “obtida de boa fé” e outras excrescências, claramente afrontosas à Constituição Federal).

Registre-se, ainda, que na sua “perseguição implacável” ao maior Presidente da República que esse país já teve, Lula da Silva, o juiz Moro passou por cima da própria Constituição Federal (e em diversas oportunidades), a fim de viabilizar sua prisão, visando eliminá-lo da disputa para a Presidência da República, onde é franco e inquestionável favorito.

Portanto, credite-se às “excelências togadas” do nosso hoje desacreditado Supremo Tribunal Federal, a situação caótica em que se acha mergulhado o Brasil nos dias atuais, em razão de terem chancelado in totum os flagrantes e recorrentes abusos do juiz Moro e demais componentes da República de Curitiba.

A blindagem foi tão despudorada, que o que vemos é um juiz de primeiro piso peitar o próprio STF e Desembargadores Federais, pelo simples fato de não concordar com as ordens dali emanadas. E (quanta soberba) mesmo estando em gozo de férias e ausente do país, insubordina-se e determina aos seus subordinados não cumprirem uma decisão judicial proferida por uma autoridade superior.

Portanto, em sã consciência não podemos deixar de reconhecer que a esculhambação jurídica hoje vigente no país nada mais é que o reconhecimento, por parte dos que se preocupam com o futuro do Brasil, da podridão que impera no Poder Judiciário brasileiro, com seus integrantes atuando impunemente à margem da lei, com a chancela do Supremo Tribunal Federal.  

Portanto, a detenção de Sérgio Moro teria o condão de propiciar o ressurgimento da esperança na Justiça, por parte do cidadão.

domingo, 1 de julho de 2018


TRATA-SE DE UM IMBECIL

Luis Inácio Lula da Silva deve ser um imbecil. Completo. O cara se elegeu e reelegeu presidente, elegeu e reelegeu a sucessora, tornou-se uma personalidade internacional e era candidato a presidente nas próximas eleições (se tinha ou não chance de ganhar, isso é outra coisa; agora, com a campanha patrocinada por Moro, é líder em todas as pesquisas). Mas, na hora de roubar, em vez de roubar um apartamento e um sítio, pelo menos, roubou apenas as reformas.

Não li, vi ou ouvi ninguém dizer que o Luis Inácio tenha recebido o apartamento do Guarujá e o sítio de Atibaia como propinas. O que os delatores (réus confessos) disseram foi que tinham pagado pelas reformas no apartamento e na casa do sítio. Reformas (Moro até ouviu Maradona, pedreiro, acho, sobre a reforma no banheiro da casa). E, para isso, o imbecil do Inácio teria achacado as maiores empreiteiras do país, que tiveram que fazer uma "vaquinha" pra rachar as despesas. Ora, ora, seu Inácio. Os sacripantas informaram que tinham assaltado a Petrobras. Bilhões, e propina de bilhões não se paga com reformas.

De uma tacada Temer ia levar 20 bilhões de Wesley Batista. Os quinhentos mil que estavam na mala de Rocha Loures filmado pela PF correndo pelas ruas era apenas a primeira das 40 parcelas que Temer estava esperando. Viu aí, Luis Inácio ? Reformas, rapaz ? Com essa grana dava para comprar um apartamento na Avenue Foch, em Paris. Não era no Guarujá, não. Mas, fazer o quê ? Gente fina e doutorada é outra coisa, né ?

O feito, pelo dito, mostrou que o cara era um ladrãozinho cocô de louro.  Mas em duas coisas, convenhamos, mostrou ser mestre: esconder a grana e não deixar pistas. Alguém diz que viu, outra diz que ouviu, num sei quem mostrou uma planilha (feita na sua própria empresa) e por aí vai. Mas nem um papelzinho, só, um bilhete, uma anotação, um garrancho que seja com a caligrafia ou assinatura do cabra. Escritura, então, nem pensar. Neca de gravação, e-mail, conta no exterior, ou telefonema gravado. (isso é coisa de amador; profissional não cheira em serviço).  

Onde tá o dinheiro do Lula ?  Os caras, hoje, rastreiam tudo, até pensamento. (Moro, mesmo, cita ilações); o sistema financeiro registra dinheiro que entra, dinheiro que sai, dinheiro que fica, dinheiro que ia mas não foi, Vai ver, tá tudo aqui. Numa botija. Enterrada em Caetés, no agreste desse fim de mundo chamado Pernambuco.

Joca Sousa Leão.

domingo, 24 de junho de 2018

O "SERESTEIRO" DO PLANALTO - José Nilton Mariano Saraiva


(artigo publicado há quatro anos; mas, mais atual que nunca)


O “SERESTEIRO” DO PLANALTO – José Nílton Mariano Saraiva

Como ninguém é de ferro, em determinadas ocasiões o então Presidente da República, Lula da Silva, reunia nos fins de semana alguns membros do governo, na Granja do Torto (uma das residências oficiais do Presidente da República), a fim de confraternizar e jogar conversa fora.

Evidentemente, predominava a informalidade (nada de agenda, assuntos sérios, paletó, gravata e por aí vai), até porque o objetivo era esquecer por algumas horas os grandes problemas da nação, a pressão diuturna e se reoxigenar para a batalha da semana seguinte.

Alguns dos frequentadores, entretanto, intimamente miravam mais à frente, porquanto já se falava abertamente, àquela altura, sobre a sucessão presidencial, vez que Lula da Silva se achava impossibilitado de concorrer mais uma vez (já houvera sido reeleito). E isso, claro, mexia com o ego e a vaidade de uns, que sonhavam ostentar o “passaporte” homologatório da candidatura sucessória das mãos do todo-poderoso “chefe”.

Para tentar viabilizar-se como tal (candidato indicado pelo presidente, sim, senhor), alguns fugiam do lugar-comum e adotavam a heterodoxia plena, naturalmente partindo do pressuposto de que “não importam os meios empregados, conquanto o objeto de desejo seja alcançado” (nem que tivessem que se expor ao ridículo e à chacota de muitos, no decurso da engenharia política afeta).

Um dos frequentadores assíduos de tais noitadas, Ciro Gomes (um megalomaníaco que se julgava uma espécie de “messias”) bolou um jeito todo peculiar de se achegar ao “chefe” e agradá-lo mais que todos, na perspectiva de ser o escolhido.

Assim é que, sabedor da preferência musical do “chefe”, deu um jeito de colocar no “cardápio-noturno”, da Ganja do Torto, o “momento musical”. E aí, em plena madrugada do cerrado do planalto central, ecoava a sofrível voz do “seresteiro do planalto”, tanto melosa quanto interesseira.

O resto todo mundo já sabe: Lula da Silva não se deixou levar pelo “puxa-saquismo” desenfreado do dito-cujo, preferindo privilegiar a ministra Dilma Rousseff para concorrer (com sucesso), à sua sucessão.

Cartas postas à mesa, Ciro Gomes, preterido e sentindo-se injustiçado, procurou as televisões para, em horário nobre, afirmar em alto e bom som que entre a candidata de Lula da Silva e a de José Serra (seu arqui-inimigo declarado), este seria muito mais preparado, porquanto, como ele, Ciro Gomes, já houvera sido governador, ministro e tal, enquanto Dilma Rousseff não tinha nenhum atrativo em seu currículo.

Foi então que, orientada pelo mentor, Lula da Silva, a candidata a presidente ofereceu-lhe uma simples “coordenação de campanha”, no Nordeste. Foi o suficiente e bastante para emudecê-lo de vez. Tanto é que trocou de novo de posição: voltou com mala, cuia e bagagens para a candidatura Dilma Rousseff.

Portanto, agora, que Ciro Gomes volta a concorrer à Presidência da República, as indagações a serem feitas, são: um cara desses, sem qualquer consistência programático-ideológica, é confiável ???  Um cara desses, tão verdadeiro quanto uma nota de 3 reais, merece alguma credibilidade ??? Um cara desses, que já transitou por siglas partidárias às mais disformes (sete, até aqui, dependendo das conveniências do próprio), merece seu voto ???

Pense nisso.



sábado, 23 de junho de 2018



MAIS ATUAL QUE NUNCA – José Nilton Mariano Saraiva

Pela atualidade, trazemos de volta artigo de nossa lavra publicado após a acachapante derrota da seleção brasileira de futebol ante a seleção alemã (7x1), quando da Copa do Mundo realizada no Brasil em 2014. E o fazemos porque estamos a incorrer no mesmo erro. E isso todos sabemos onde nos levará. Portanto, segue o texto, publicado quatro anos atrás.

***************************************** 

A “PRESENÇA” da “AUSÊNCIA” – José Nílton Mariano Saraiva

Claro que, em razão da Copa do Mundo de 2014 ter se realizado NO” Brasil, tinha que ser “DO” Brasil, principalmente em razão do nosso “pedigree” na matéria.

Claro que, mesmo e apesar das limitações do nosso time, num jogo normal e incentivados por uma torcida numerosa e vibrante, tínhamos, sim, absoluta e plena condição de bater a seleção da Alemanha e seguir em frente.

Claro que, tal não aconteceu em razão da escolha de uma opção tática pra lá de equivocada da nossa experimentada comissão técnica (que, sabe-se agora, lamentavelmente não envelheceu só biologicamente) e pisou feio na bola (e isso em plena semifinal de uma Copa do Mundo) já que oferecendo “de bandeja” o meio campo aos alemães, onde eles sempre são mais fortes e trafegam com extrema facilidade.

Claro que, ao contrário dos alemães (como era previsível) quem tremeu foram alguns dos nossos (Fernandinho e Bernard, por exemplo) e isso comprometeu o desempenho do time como um todo.

Claro que, um placar desmoralizante e imoral desses (7 x 1) é algo improvável e atípico em um jogo de duas seleções poderosas, principalmente em uma disputa de Copa do Mundo e dificilmente (ou jamais) repetir-se-á (mas será lembrado, ad eternum, exatamente pela atipicidade).

Enfim, foi uma partida desastrada, surreal mesmo, tanto que os próprios alemães (demonstrando um “respeitoso constrangimento”), se abstiveram de comemorar como mereciam (e trataram de enfatizar isso, pós-jogo), porquanto claramente diminuíram o ritmo durante o segundo tempo (poderiam, sim, ter feito 10 ou mais gols, se continuassem com o mesmo vigor, tal a pasmaceira que tomou de conta dos nossos jogadores e seu “comando-caduco”).

No mais (e nisso parece ser proibido falar), tivemos também a derrota da mídia esportiva brasileira. É que, antes de se preocupar com os adversários do Brasil propriamente, a atenção maior foi, antes e durante a Copa (e até agora, após) tentar incutir da mente dos torcedores que a seleção tinha um novo “LÍDER” capaz de guiá-la ao “olimpo”, levá-la aos píncaros da glória, guindá-la ao panteão dos heróis imortais: o tal Neimar (cai-cai) que é apenas um bom jogador e não esse fenômeno que propagam.

Ora, amigos, “LIDERANÇA” não se encontra disponível nas prateleiras das bodegas do interior desse Brasilzão, nas gôndolas dos grandes supermercados das capitais ou nas bancas das feiras livres da periferia; “LIDERANÇA” não se compra, não se impõe, não se transfere e nem se atribui via decreto, bilhete, norma, portaria ou coisa que o valha. “LIDERANÇA” é algo de berço, natural, carismática, única, personalíssima. E disso o tal Neimar é desprovido, do dedão do pé à cabeleira moicana-tingida.

Assim, nada mais hipócrita que a recorrente imagem da TV mostrando no túnel de acesso ao gramado o tal Neimar  abraçando um a um os colegas, antes de cada partida, ao tempo em que o narrador global, empostando a voz, destacava sua forte “LIDERANÇA” ante os demais; nada mais cafona do que a imagem dos jogadores entrando em campo para uma semifinal de Copa do Mundo usando “bonés” personalizados, saudando o tal Neimar (fora do jogo, por contusão); nada mais ridículo que exibir, durante o canto do Hino Nacional, a camisa do tal Neimar, como se fora ele um “herói” já falecido, a quem todos devêssemos reverência (passa longe disso).

E talvez por isso mesmo, por se preocuparem demasiadamente com um “AUSENTE”, foi que os jogadores da seleção brasileira literalmente não se fizeram “PRESENTE” no jogo decisivo. Burra e irrestrita solidariedade.

Ainda por cima, nada mais inapropriado e extemporâneo que, a posteriori, trazê-lo de volta da boa vida que desfrutava na praia (para a concentração), depois de tê-lo dispensado (já que contundido), objetivando “LIDERAR” os colegas na batalha pelo terceiro lugar do torneio (aí, a emenda saiu pior que o soneto, porquanto o “distinto” se sentiu à vontade para, do banco, desrespeitosamente “assumir” o lugar do Felipão, no tocante à orientação dos que estavam em campo (e você já parou pra pensar num time “orientado” pelo tal Neimar ???). Deu no que deu.

Vida que segue.

A lamentar, que a menininha que “...não tava nem na barriga da minha mãe quando o Brasil foi campeão”, vá ter que esperar por um pouco mais de tempo pra ver isso (o Brasil ser campeão). Ou, quem sabe, seja a sua futura filha que terá o privilégio de).



segunda-feira, 11 de junho de 2018


MANIFESTO AO POVO BRASILEIRO  (por Luiz Inácio Lula da Silva)
"Há dois meses estou preso, injustamente, sem ter cometido crime nenhum. Há dois meses estou impedido de percorrer o País que amo, levando a mensagem de esperança num Brasil melhor e mais justo, com oportunidades para todos, como sempre fiz em 45 anos de vida pública. 

Fui privado de conviver diariamente com meus filhos e minha filha, meus netos e netas, minha bisneta, meus amigos e companheiros. Mas não tenho dúvida de que me puseram aqui para me impedir de conviver com minha grande família: o povo brasileiro. Isso é o que mais me angustia, pois sei que, do lado de fora, a cada dia mais e mais famílias voltam a viver nas ruas, abandonadas pelo estado que deveria protegê-las.

De onde me encontro, quero renovar a mensagem de fé no Brasil e em nosso povo. Juntos, soubemos superar momentos difíceis, graves crises econômicas, políticas e sociais. Juntos, no meu governo, vencemos a fome, o desemprego, a recessão, as enormes pressões do capital internacional e de seus representantes no País. Juntos, reduzimos a secular doença da desigualdade social que marcou a formação do Brasil: o genocídio dos indígenas, a escravidão dos negros e a exploração dos trabalhadores da cidade e do campo.

Combatemos sem tréguas as injustiças. De cabeça erguida, chegamos a ser considerados o povo mais otimista do mundo. Aprofundamos nossa democracia e por isso conquistamos protagonismo internacional, com a criação da Unasul, da Celac, dos BRICS e a nossa relação solidária com os países africanos. Nossa voz foi ouvida no G-8 e nos mais importantes fóruns mundiais.

Tenho certeza que podemos reconstruir este País e voltar a sonhar com uma grande nação. Isso é o que me anima a seguir lutando. Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora, assim como não me conformo com minha situação. 

Os que me acusaram na Lava Jato sabem que mentiram, pois nunca fui dono, nunca tive a posse, nunca passei uma noite no tal apartamento do Guarujá. Os que me condenaram, Sérgio Moro e os desembargadores do TRF-4, sabem que armaram uma farsa judicial para me prender, pois demonstrei minha inocência no processo e eles não conseguiram apresentar a prova do crime de que me acusam. Até hoje me pergunto: onde está a prova?

Não fui tratado pelos procuradores da Lava Jato, por Moro e pelo TRF-4 como um cidadão igual aos demais. Fui tratado sempre como inimigo. Não cultivo ódio ou rancor, mas duvido que meus algozes possam dormir com a consciência tranquila.

Contra todas as injustiças, tenho o direito constitucional de recorrer em liberdade, mas esse direito me tem sido negado, até agora, pelo único motivo de que me chamo Luiz Inácio Lula da Silva.

Por isso me considero um preso político em meu país. 

Quando ficou claro que iriam me prender à força, sem crime nem provas, decidi ficar no Brasil e enfrentar meus algozes. Sei do meu lugar na história e sei qual é o lugar reservado aos que hoje me perseguem. Tenho certeza de que a Justiça fará prevalecer a verdade.

Nas caravanas que fiz recentemente pelo Brasil, vi a esperança nos olhos das pessoas. E também vi a angústia de quem está sofrendo com a volta da fome e do desemprego, a desnutrição, o abandono escolar, os direitos roubados aos trabalhadores, a destruição das políticas de inclusão social constitucionalmente garantidas e agora negadas na prática.

É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República.  

Assumo esta missão porque tenho uma grande responsabilidade com o Brasil e porque os brasileiros têm o direito de votar livremente num projeto de país mais solidário, mais justo e soberano, perseverando no projeto de integração latino-americana.

Sou candidato porque acredito, sinceramente, que a Justiça Eleitoral manterá a coerência com seus precedentes de jurisprudência, desde 2002, não se curvando à chantagem da exceção só para ferir meu direito e o direito dos eleitores de votar em quem melhor os representa.

Tive muitas candidaturas em minha trajetória, mas esta é diferente: é o compromisso da minha vida. Quem teve o privilégio de ver o Brasil avançar em benefício dos mais pobres, depois de séculos de exclusão e abandono, não pode se omitir na hora mais difícil para a nossa gente. 

Sei que minha candidatura representa a esperança, e vamos levá-la até as últimas consequências, porque temos ao nosso lado a força do povo. Temos o direito de sonhar novamente, depois do pesadelo que nos foi imposto pelo golpe de 2016. 

Mentiram para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita.  Mentiram que o país iria melhorar se o PT saísse do governo; que haveria mais empregos e mais desenvolvimento. Mentiram para impor o programa derrotado nas urnas em 2014. Mentiram para destruir o projeto de erradicação da miséria que colocamos em curso a partir do meu governo. Mentiram para entregar as riquezas nacionais e favorecer os detentores do poder econômico e financeiro, numa escandalosa traição à vontade do povo, manifestada em 2002, 2006, 2010 e 2014, de modo claro e inequívoco. 

Está chegando a hora da verdade. Quero ser presidente do Brasil novamente porque já provei que é possível construir um Brasil melhor para o nosso povo. Provamos que o País pode crescer, em benefício de todos, quando o governo coloca os trabalhadores e os mais pobres no centro das atenções, e não se torna escravo dos interesses dos ricos e poderosos. E provamos que somente a inclusão de milhões de pobres pode fazer a economia crescer e se recuperar. 

Governamos para o povo e não para o mercado. É o contrário do que faz o governo dos nossos adversários, a serviço dos financistas e das multinacionais, que suprimiu direitos históricos dos trabalhadores, reduziu o salário real, cortou os investimentos em saúde e educação e está destruindo programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Pronaf, Luz Pra Todos, Prouni e Fies, entre tantas ações voltadas para a justiça social.

Sonho ser presidente do Brasil para acabar com o sofrimento de quem não tem mais dinheiro para comprar o botijão de gás, que voltou a usar a lenha para cozinhar ou, pior ainda, usam álcool e se tornam vítimas de graves acidentes e queimaduras. Este é um dos mais cruéis retrocessos provocados pela política de destruição da Petrobrás e da soberania nacional, conduzida pelos entreguistas do PSDB que apoiaram o golpe de 2016.  
A Petrobrás não foi criada para gerar ganhos para os especuladores de Wall Street, em Nova Iorque, mas para garantir a autossuficiência de petróleo no Brasil, a preços compatíveis com a economia popular. A Petrobrás tem de voltar a ser brasileira. Podem estar certos que nós vamos acabar com essa história de vender seus ativos. Ela não será mais refém das multinacionais do petróleo. Voltará a exercer papel estratégico no desenvolvimento do País, inclusive no direcionamento dos recursos do pré-sal para a educação, nosso passaporte para o futuro.

Podem estar certos também de que impediremos a privatização da Eletrobrás, do Banco do Brasil e da Caixa, o esvaziamento do BNDES e de todos os instrumentos de que o País dispõe para promover o desenvolvimento e o bem-estar social. 

Sonho ser o presidente de um País em que o julgador preste mais atenção à Constituição e menos às manchetes dos jornais. Em que o estado de direito seja a regra, sem medidas de exceção. Sonho com um país em que a democracia prevaleça sobre o arbítrio, o monopólio da mídia, o preconceito e a discriminação.

Sonho ser o presidente de um País em que todos tenham direitos e ninguém tenha privilégios. Um País em que todos possam fazer novamente três refeições por dia; em que as crianças possam frequentar a escola, em que todos tenham direito ao trabalho com salário digno e proteção da lei. Um país em que todo trabalhador rural volte a ter acesso à terra para produzir, com financiamento e assistência técnica. 

Um país em que as pessoas voltem a ter confiança no presente e esperança no futuro. E que por isso mesmo volte a ser respeitado internacionalmente, volte a promover a integração latino-americana e a cooperação com a África, e que exerça uma posição soberana nos diálogos internacionais sobre o comércio e o meio ambiente, pela paz e a amizade entre os povos.

Nós sabemos qual é o caminho para concretizar esses sonhos. Hoje ele passa pela realização de eleições livres e democráticas, com a participação de todas as forças políticas, sem regras de exceção para impedir apenas determinado candidato. Só assim teremos um governo com legitimidade para enfrentar os grandes desafios, que poderá dialogar com todos os setores da nação respaldado pelo voto popular. É a esta missão que me proponho ao aceitar a candidatura presidencial pelo Partido dos Trabalhadores. Já mostramos que é possível fazer um governo de pacificação nacional, em que o Brasil caminhe ao encontro dos brasileiros, especialmente dos mais pobres e dos trabalhadores.

Fiz um governo em que os pobres foram incluídos no orçamento da União, com mais distribuição de renda e menos fome; com mais saúde e menos mortalidade infantil; com mais respeito e afirmação dos direitos das mulheres, dos negros e à diversidade, e com menos violência; com mais educação em todos os níveis e menos crianças fora da escola; com mais acesso às universidades e ao ensino técnico e menos jovens excluídos do futuro; com mais habitação popular e menos conflitos de ocupações nas cidades; com mais assentamentos e distribuição de terras e menos conflitos de ocupações no campo; com mais respeito às populações indígenas e quilombolas, com mais ganhos salariais e garantia dos direitos dos trabalhadores, com mais diálogo com os sindicatos, movimentos sociais e organizações empresarias e menos conflitos sociais. 

Foi um tempo de paz e prosperidade, como nunca antes tivemos na história.
Acredito, do fundo do coração, que o Brasil pode voltar a ser feliz. E pode avançar muito mais do que conquistamos juntos, quando o governo era do povo.

Para alcançar este objetivo, temos de unir as forças democráticas de todo o Brasil, respeitando a autonomia dos partidos e dos movimentos, mas sempre tendo como referência um projeto de País mais solidário e mais justo, que resgate a dignidade e a esperança da nossa gente sofrida. Tenho certeza de que estaremos juntos ao final da caminhada.

Daqui onde estou, com a solidariedade e as energias que vêm de todos os cantos do Brasil e do mundo, posso assegurar que continuarei trabalhando para transformar nossos sonhos em realidade. E assim vou me preparando, com fé em Deus e muita confiança, para o dia do reencontro com o querido povo brasileiro. E esse reencontro só não ocorrerá se a vida me faltar.

Até breve, minha gente
Viva o Brasil! Viva a Democracia! Viva o Povo Brasileiro!”

Luiz Inácio Lula da Silva
Curitiba, 8 de junho de 2018"


sábado, 14 de abril de 2018

LEVARAM NOSSA RADIO NA MARRA? Por Carlos Eduardo Esmeraldo


A Rádio Araripe do Crato foi a primeira emissora de rádio instalada no interior do Estado do Ceará, um régio presente do Sr.Assis Chateaubriand ao Crato. A sua concessão foi feita à nossa cidade e jamais a sua sede poderia ter sido mudada para outra cidade. Porém, seus proprietários aproveitaram a migração da transmissão em Amplitude Modulada, (AM) para a Freqüência Modulada (FM) e transferiram para outro município a sede da Rádio Araripe, assim como a mudança do seu nome. Na minha modesta opinião, os poderes constituídos do nosso município deveriam reivindicar ao Ministério da Comunicações o retorno dessa emissora para nossa cidade. E melhor seria se um grupo de empresários adquirisse essa importante meio de comunicação.