por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 16 de março de 2015

1.123.160 – SUSPEITA EXATIDÃO – José Nilton Mariano Saraiva

Realçando o clima pacífico do evento, há que se focar em constatações emblemáticas e representativas da essência das manifestações contra a corrupção, ocorridas ontem no país, dentre as quais poderíamos elencar:

01) a prova ou certeza de que a nossa democracia realmente já detém fundamentos sólidos e consistentes capazes de suportar pacificamente e sem maiores atropelos o contraditório ou o embate entre divergentes políticos;

02) a ignorância (pra não falar em má fé) de alguns que desfraldaram a bandeira do “impeachment” da presidenta Dilma Rousseff, insuflados pela “tucanalhada”, quando até uma criança de jardim de infância sabe que para se chegar a tão extremada atitude há que se ter os instrumentos jurídicos necessários, conforme reza a Constituição Federal; e todos sabemos que contra a presidenta Dilma Roussef nada consta (ao contrário do “playboy do Leblon” – Aécio Neves – que se auto-incriminou ao se considerar “homenageado” pelo Procurador da República com a retirada do seu nome dentre os a serem investigados);

03) a irresponsabilidade de alguns “filhotes de papai”, analfabetos e despreparados, que sem saber as conseqüências (porque não a vivenciaram) de uma intervenção militar - naquela de ouvir o galo cantar sem saber aonde - desfilavam com faixas pedindo a volta dos milicos, sem levar em conta a flagrante inconstitucionalidade da sua adoção;

04) a desonestidade da Rede Globo em superdimensionar e anunciar com visível satisfação dos seus repórteres o quantitativo de manifestantes presentes no ato paulista: num primeiro momento, seriam mais de um milhão de pessoas; posteriormente, no site da Revista Época (de propriedade da Globo) a coisa chegou às raias da desfaçatez, ao precisar que exatos 1.123.160 manifestantes se encontravam na Avenida Paulista (ou seja, para se chegar a tal precisão, teoricamente os manifestantes foram contados um a um, cabeça a cabeça); só que, com a “apuração científica” do DataFolha (metros X pessoas), a  mentira ficou às claras: foram cerca de 210 mil; e finalmente, 

05) a surpresa com o ocorrido em Brasília – a sede do Poder Central -  quando os participantes de forma consciente e espontânea decidiram protestar exatamente em frente ao Congresso Nacional, “habitat” dos políticos corruptos e mafiosos (e não em frente ao Palácio do Planalto ou Palácio do Alvorada, onde a Presidenta da República despacha e mora). Traduzindo: é no meio político que os brasilienses farejam e enxergam o suprassumo da velhacaria e da desonestidade institucionalizada.

A propósito dentre os diversos senadores e deputados a serem investigados, os presidentes das duas casas legislativas – Senado e Câmara Federal – encabeçam a lista, numa prova inconteste de que o principal antro de safadezas, corrupção e falcatruas ali se encontra; particularmente, entendemos que não são apenas 300 ou 400 picaretas; do total de 594 parlamentares (513 deputados e 81 senadores) com muito, mas muito esforço poderíamos livrar a cara de 10% e olhe lá (ou alguém desconhece por exemplo que nas tais “emendas parlamentares” liberadas para as bases, cada um deles embolsa  pelo menos 20% de cada uma; ou que praticamente em todas as eleições das quais participaram todos receberam dinheiro das empresas hoje envolvidas na operação Lava Jato).

Chega de hipocrisia. Há que se achar uma reforma política que obste toda essa cafajestice.


domingo, 15 de março de 2015

As bandeiras na Avenida Paulista - José do Vale Pinheiro Feitosa

Quando setores da classe média brasileira, especialmente de São Paulo, protestam como se carregassem todo o coração do povo eu fico a imaginar. Quem não viu, nos acontecendo do 2015 pouca gente é testemunha, mas no dia 23 de agosto de 1954 a fuzarca envolvendo a classe média brasileira, especialmente a “lacerdista” (como categoria política explicativa), a mídia nacional, os militares e setores do empresariado, a queda de Getúlio era uma unanimidade nacional.

No dia seguinte, uma multidão jamais vista nas ruas do Rio, furiosa, depredando jornais, querendo matar generais, era a revelação de que unanimidades podem ser forjadas. Getúlio havia dado um tiro no coração e o povo que se acuara diante da avalanche discursivo-mediática, explodiu em ódio aos algozes do presidente. Este povo aí que foi à Paulista hoje à tarde, não fala pelos corações dos brasileiros.

Mas é preciso reconhecer que há um processo discursivo-mediático operando e que continuará o exercício. E isso significa contra especificamente um partido, genericamente contra a esquerda e fundamentalmente com ódio de classe. Mesmo que o caldo da crise econômica, que as ações do imperialismo americano tenham interesses inconfessáveis no financiamento de tão bem articulada campanha, especialmente nas redes sociais e no WhatsSpp, a verdade é que há um “plus” operativo com núcleos bem identificados: empresários, setores financeiros, a rede Globo, as organizações Abril e, como sempre, as empresas de mídia com sede em São Paulo.  

Por isso é preciso que reconheçamos: a partir de hoje a política no Brasil será uma luta contínua visando um desfecho logicamente político. Todo mundo fará seus cálculos. O que acontecerá neste desfecho segundo os objetivos do programa político de cada partido e de setores da sociedade (incluindo empresários, sociedade civil etc.). Isso levará a todos a pensar no futuro dentro de uma lógica muito mais acelerada.

Outro fator a se revelar, especialmente em algumas manifestações de rua e nas redes sociais, é o surgimento de um sectarismo que rompe diálogos e favorece o porrete tanto no linguajar como de fato pelas mãos. Mas, mesmo este sectarismo costuma ser autodestrutivo e quando muito servir a propósitos mais bem organizados que depois os transformam em “milícias” a serviço de um projeto político de poder. Ensaios foram feitos na Paulista hoje quando uma faixa carregou o símbolo do nazismo.

De qualquer modo esta é a previsão do imediato. O que acontecerá daqui ao fim do ano e nos próximos anos é um exercício mais complexo que descamba para a adivinhação. Como a bandeira é o fora PT e o impeachment da Dilma, pode ser que surjam outras bandeiras nas ruas mais vantajosas para o país e que deem vazão ao futuro no qual a unidade da América Latina e um projeto popular de melhoria do povo brasileiro possa democraticamente seguir adiante.


Neste sentido é bom que tenham clareza nesta questão: todo avanço coletivo, portanto político, seja entre nações e relativo a uma nação é sempre um projeto de tensões. Depende apenas que o povo o compreenda.   


No dia da poesia!

Águas de Maio - Por João Nicodemos de Araújo Neto

(Imagem do Rio Apa-MS)

Águas de maio chegando em meus olhos
São águas que um rio me quer navegar
Águas de maio lavando as correntes
São águas de um rio sonhando com o mar

Águas serenas brotando da fonte
Num leito de pedras que vem renovar
São águas que lavam que levam lembranças
Em águas tranqüilas quero navegar

São águas de chuvas, são gotas de orvalho
Vertidas no tempo de tudo molhar
São águas que seguem, são águas que passam
Correndo da serra seguindo pro mar

Águas que banham que sonham sementes
Brotando nos campos, encantos de amar
São águas que cantam serenas, tranqüilas
Movendo montanhas pra outro lugar


Água clara, água fina. Água ensina a navegar
Água cura pura água. Água e Luz a clarear.


João Nicodemos

quinta-feira, 12 de março de 2015

A Besta-fera está solta! - Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Como que de repente, a besta-fera, esse ser mítico que povoava o imaginário da nossa infância, está de volta. Agora com múltiplas cabeças, braços e pernas alongados, a colocar em risco a frágil democracia brasileira. Interesses internacionais poderosos insuflam o momento político. Nem a extinta UDN ousou chegar a tanto servilismo, quanto seus herdeiros de hoje, alinhados em grupos que representam as políticas delineadas e, quem sabe até financiadas pelo poderio bélico da grande nação imperialista do norte. 

Ser derrotado numa eleição, faz parte do jogo democrático. Mas desrespeitar um resultado, com a forma virulenta que vimos nos dias de hoje, onde impera antes de tudo o ódio, não é apenas um simples desconsolo de um mocinho mimado. Mas o desejo inadiável que tem esse grupo de atender às necessidades de seus chefes supremos do hemisfério norte. E quais são esses desejos? Qualquer pessoa com o mínimo senso de entendimento será capaz de responder que em primeiro lugar está a colossal reserva de petróleo escondida sob as águas do nosso mar territorial. Em seguida a dissolução dos BRICS, a aliança dos cinco países não alinhados, do qual faz parte o Brasil, aliança essa que coloca em xeque a liderança opressiva do Banco Mundial e marcha em busca da independência total desses cinco países.    

A besta-fera entra em nossos lares, destroem as famílias, a inocência das crianças, aliena nossos jovens e reduz a capacidade de discernimento dos adultos. A besta-fera, vagueia pelos ares, nos morros, nas dunas do nosso extenso litoral, na imensidão da floresta amazônica e nos mais escondidos socavões do nosso sertão. Sempre a serviço do capitalismo internacional, a besta-fera atende agora pelo nome de Rede Globo, os partidos políticos a ela pertencentes e todos os demais meios de comunicação que lhe copiam o script, e cujo objetivo principal é a tomada do poder, doa a quem doer.  

É com muita apreensão que vejo as duas manifestações marcadas para os próximos dias 13 e 15 desse final de semana. Bastará um grave acidente com algum manifestante para desencadear o golpe, já de longa data orquestrado. E o que virá depois? Naturalmente a repetição de uma ópera bufa já orquestrada pela UDN há cinqüenta anos, com a imediata ocupação do vácuo de poder pelos militares, principalmente aqueles com treinamento nas academias militares do governo americano. Será uma ditadura, cujo final, muitos da minha idade não conseguirão ver. É triste, mas é a mais pura e cristalina verdade. Quem conseguir viver, verá!

Por Carlos Eduardo Esmeraldo  

terça-feira, 10 de março de 2015

Evitemos o Desprezo da Cidade - Por Pedro Esmeraldo

Ultimamente, temos viajado ao município de Bodocó-PE. Causou-nos admiração e entusiasmo pela grandeza do seu empreendimento agropecuário. Com isso queremos dizer que os políticos daquela pequena extensão territorial têm por objetivo alumiar o povo com muita força de vontade e com intuito de acelerar o barco do crescimento econômico. Tornam-se rápido na movimentação pecuária. Livram o cidadão cair no fraco desempenho nas atividades rurais.

Empregam novas tecnologias favorecendo o aumento da produção bovina. Favorecem o efeito de crescimento econômico. Desenvolvem o cidadão campesino, dando emprego ao rurícola sem precisar deslocar-se aos grandes centros. Evitam assim a imigração do homem, prendendo-o a terra, pois não tem preparo intelectual e psicológico para enfrentar a luta desesperada das grandes cidades.

Orientam o cidadão para a prática do bom desempenho do manejo de gado vacum. Aqui e ali, surgem pequenas fabricas de queijo dando serviço, obrigando o homem a se dedicar com mais amor ao emprego das atividades rurais, já que fazem grandes melhoramentos para favorecer o crescimento econômico.
Aquela gente mostra raça e disposição de trabalho, visto que em terras adustas, “período seco” empregam métodos adequados para sobressaírem-se com bom desempenho na luta cotidiana. Procuram evitar o ócio estabelecido pela constante secas periódicas que afligem o grande sertão. Avantajam-se com preeminência, superando todas as dificuldades provocadas pela dureza dos caracteres rudimentares.

São possuidores de proveitosos desejos, procuram-se amoldar-se o homem ao meio sem se opor claramente aos efeitos positivos, tudo isso causado pelo trabalho eficaz.
Agora queremos lembrar ao cidadão cratense, principalmente o politico que mude de atitude e deixe de lado o trabalho inócuo e venham provocar melhores condições de trabalho ao homem do campo, pois temos condições favoráveis de criar aqui uma bacia leiteira nos tipos modernos, empregando aplicações de força a fim de alcançar o meio favorável ao desenvolvimento agrícola e econômica da cidade do Crato.
Tivemos visitando a secretaria de agricultura local e notamos que o nobre secretario da agricultura Sr. Henrile Pinheiro tem lutado por a boa aparência agrícola, mas, infelizmente falta apoio eficiente e avantajado para implantar aqui uma grande bacia leiteira que venha favorecer o desprezo da cidade que atualmente estamos passando, pela má conduta dos políticos superiores a cidade do Crato.
Não podemos nos conformar que cidade menos importante que o Crato foram contempladas com Faculdades de níveis superiores e o Crato fica na estagnação, entregue ao Deus dará.  Temos como objetivo que nós deveremos lutar contra esse desprezo e que o povo evite a mentalidade de piegas, pois veem acompanhando com pessimismo a desigualdade e a perseguição do outro município, inimigo número um do Crato.
Cratenses reajam, não deixem o Crato entregue às baratas, façam forças e queiram lutar pelo grande desenvolvimento do Crato. Não queremos ver o Crato estagnado. 

Por Pedro Esmeraldo

domingo, 8 de março de 2015

Homenageando um amigo!- Poesia de Fracilda Costa

 
 
Este é um poema que nossa amiga Francilda Costa fez para Francisco Ramiro (Miro)
LEMBRANDO MIRO
Ramiro que do pai não somente herdou o nobre nome espanhol,
...
mas também a sábia paciência sem reclamos
e o sorriso manso e bom de homem forte,
levando nos ombros, não importa quão frágeis fossem,
o peso invisível de um sonho inconcluso.
Não te ví pela última vez
pela razão aparente de uma chuva desatada
que o céu chorou desde a madrugada nessa triste manhã,
fechando os caminhos a me levarem onde estavas, por enquanto.
Entendo tua morte como trajetória da libertação definitiva
de um morrer devagarinho, em sofrimento atravessado com estoicismo e esperança.
Fica no entanto em mim
a sensação de viagem inacabada,
precisando de prazo maior para vencer a dor e retomar o que se tinha a fazer.
Finalmente, irmãozinho de minhas amigas, dormes em quietude plena
sem que te venham despertar procedimentos agora felizmente descartados.
Teu inimaginável despertar além desta curta vida cujo sentido tantas vezes nos escapa
dá-nos o consolo nunca entendido de que a Morte é via condutora para horizontes largos,
livrando-nos desse contorcionismo de trilhar a passagem estreita, inaprendível e difícil do ato de morrer.

Francilda Costa.
 
  •  

quinta-feira, 5 de março de 2015

Duas covas

J. Flávio Vieira

“A justiça é a vingança do homem em sociedade,
 como a vingança é a justiça do homem
 em estado selvagem.”
Epicuro       
            
                                               Nestes dias que antecederam o Carnaval, um fato algo inusitado preencheu os nossos noticiários locais. Um dentista e estudante de Medicina aqui em Juazeiro, após ser assaltado próximo a um bar na Lagoa Seca, por dois motoqueiros, acelerou sua Hylux e, pouco mais à frente, atropelou e matou os dois pretensos assaltantes. Feito o que, calmamente, esperou a chegada da polícia e explicou, sem nenhum constrangimento aparente, o ato heroico que terminara de executar. Foi preso, imediatamente, em fragrante delito, por duplo homicídio confessadamente doloso.
                                
   Até aí, a história parece não ter muitas circunvoluções. Qualquer um de nós, posto em situação similar, seria capaz, por impulso,  de providenciar uma ação parecida. Há, em todos , aquele instinto de defesa, quase reflexo, e é sempre impossível a gente saber como se comportaria se colocado em iguais condições de temperatura e pressão. O mais impressionante e sintomático foi a imediata reação da população nas Redes Sociais, apoiando abertamente a coragem do estudante e o alçando à categoria de herói. “É dessa maneira que se deve proceder com bandido!”, gritavam alguns. “Bandido bom é bandido morto”, teclavam outros. “Agora só falta mesmo vir aquela turminha dos direitos humanos que só defende salafrários”, sussurravam muitos. Organizou-se até uma passeata em defesa do dentista detido e o certo é que, mesmo diante do fragrante, ele terminou solto, poucos dias depois,  e vai responder em liberdade.
                                   O caso, não de todo estranho e talvez até perfeitamente esperado nos seus desdobramentos, nos impulsiona para algumas reflexões de final de semana. Depreendemos dele, claramente, uma total    desconfiança do populacho para com a Justiça do seu país. As penas parecem sempre brandas e com progressão vergonhosa; a morosidade nos julgamentos e penalidades é de fazer sorrirem as tartarugas; cadeia é sempre dependência de pobres , negros e mulatos; a boa condição econômica torna malfeitores totalmente blindados para o Código Penal. Basta ver a tranquilidade do estudante depois do atropelamento e morte dos dois assaltantes. Ficou ali impassível, certo que havia cometido um ato épico , esperando os encômios de todos, que, aliás,  não tardaram de pulular na imprensa e Redes Sociais. Contou à polícia tudo , informando que depois do assalto perseguira os criminosos e os atropelara intencionalmente. Acreditou, piamente, que a justiça, por fim, havia sido feita; o que não teria acontecido se esperasse os policiais, os investigadores e o juiz. Quando lhe deram ordem de prisão, com certeza ficou confuso, não entendendo aquela inversão de valores absurda.
                                   Não sou advogado , mas percebo a enrascada jurídica em que nosso estudante se meteu ao confessar um duplo homicídio doloso  com confessa  intenção de matar. Além de tudo, como revanche de um assalto anterior cometido pelas vítimas que ele relata, mas de que não há aparentemente testemunhas e nem foi registrado Boletim de Ocorrência. Por conta de algum dinheiro e objetos afanados, vai ser achacado por ações penais sérias e de danos morais, de defesa complicada- quem viver, verá !
                                   Entendo o desencanto da população com os sempre morosos caminhos da justiça. Mas, em pleno Século XXI, é impossível  defender que as pessoas saiam no meio da rua fazendo justiça com as próprias mãos. A luta da Sociedade, se desolada com a ineficiência do judiciário, deve ser no sentido de aperfeiçoá-lo e não retornar às Cavernas, deixando que os Códigos Civil e Penal sejam escritos e reescritos dia a dia por cada um que se queira arvorar de juiz.
                                   Por outro lado, imaginem o risco que, estatisticamente, o estudante correu, ao reagir ao assalto. A probabilidade de êxito, tem se mostrado, a todo momento, é mínima. Depois, em se tornando esta prática uma regra dos cidadãos a partir daqui, como estimulam os internautas nos seus comentários, a reação previsível dos bandidos, nas próximas “paradas”, será de roubar e matar logo, para não sofrerem perseguições. Vacilão bom, vai ser vacilão morto. As pessoas que defendem os Direitos Humanos querem , tão-somente, que todos sejam julgados à luz da lei e que era seja igualitária para todos independentemente de cor, sexo, influência política, poderio econômico.   
                                   Podemos todos achar que a Justiça além de cega, está com os pratos da balança tortos e o fio da espada também cego, como dizia Millôr.  Temos, ao menos, por onde começar. Nossa função é providenciar-lhe a cirurgia de catarata , mandar aferir-lhe a balança e amolar o fio da espada. Quem toma para si a missão única de combater monstros deve cuidar para não se tornar um deles . Alerta a sabedoria chinesa   que quem embarcar para a vingança deve cavar duas covas.

Crato, 05/03/15
                                           PARA MEUS AMIGOS DO AZUL SONHADO

Esotérico



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O "ANIVERSÁRO" - José Nilton Mariano Saraiva

Há exatos quatro meses (26.10.14), a “tucanalhada” sofria sua oitava derrota consecutiva (em 12 anos) na disputa para a Presidência da República, porquanto a maior parte da população brasileira negou-se peremptoriamente a sufragar em segundo turno (e em oito eleições), seus insossos e despreparados candidatos (Serra, Alkmin e Aécio Neves).

Esperava-se, compreensivelmente, que de tanto levar “peia”, levando-os quase à “depenação” absoluta, que os tucanos, depois de tanto apanhar, enfim tivessem aprendido a lição e respeitassem o resultado das urnas, portando-se dignamente ante o fato consumado. Mera ilusão, puro devaneio.

Comandados pelo “sociólogo-gagá” (FHC) e secundado pelo “playboy do Leblon” (Aécio Neves), a “tucanalhada” fez foi partir pra atitudes radicais e inimagináveis, na tentativa de criar uma espécie de “terceiro turno”, cujo clímax deu-se agora, com a idiotice extrema de tentar insuflar a população para que desfralde a bandeira do “impeachment”, num atentado eloquente à democracia.

Como qualquer motivo constituir-se-ia desculpa para a tomada de tão estapafúrdia medida, o “gancho” encontrado foi atribuir uma falsa paternidade ao “esquema” (descoberto na Petrobras por uma instituição do governo) e aliar-se à parte podre da mídia tupiniquim, a fim de repercutir com estardalhaço os “malfeitos” perpetrados por uma quadrilha que atuava “com apetite desvairado” naquela estatal.

Só que, na pressa, por descuido, e ignorando que a mentira tem pernas curtas, “esqueceram” que os ladrões tinham ramificações eminentemente tucanas, porquanto introduzidos na Petrobrás desde o “primeiro-reinado-mandato” de FHC (conforme restou comprovado após declaração de um dos componentes) e cujo objetivo maior era sangrar de morte a Petrobras a fim de entregá-la de mão beijada aos “gringos” (nem que para isso fosse necessário mudar o próprio nome para Petrobax).

Descoberta a “maracutaia” e obstadas as operações-bandidas (graças à excelência dos órgãos governamentais envolvidos na apuração), a Petrobras salvar-se-á, porque é uma das maiores empresas do mundo em termos de tecnologia e “know-how” na exploração do petróleo, porque tem milhares de funcionários que “vestem a camisa” e dela se orgulham, porque possui reservas inimagináveis de um produto que metade do mundo e mais uma banda almeja e necessita, porque a maioria dos brasileiros dela sente orgulho e, principalmente, porque o governo já avisou que dela não pretende se livrar (pondo-a à venda, como certamente fariam os tucanos). 

Será, sim, saneada e fortalecida em seus controles, e continuará contribuindo de forma decisiva para alavancar o Brasil ao seleto grupo de nações do primeiro mundo. Independentemente do mau humor e do “entreguismo” da “tucanalhada”, que insiste, persiste e não desiste para que os brasileiros enxerguem a Petrobrás apenas e tão somente a partir de 2003, ignorando os portentosos roubos do passado.

Se são tão "puros", estão com receio de quê ??? 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Os Muros da Cidade Alta


J. FLÁVIO VIEIRA

                                               Findo o período momino, o Governador da Bahia,  Rui Costa ,  debruçando-se sobre os crescentes índices de violência no Carnaval, chegou a uma conclusão polêmica : a separação dos foliões que pagam dos que não pagam, por cordas, nos trios elétricos, é o principal motor das cenas de agressividade. “Quanto menos cordas, menos violência teremos no Carnaval”, fechou o governador em entrevista.
                        
           Dias antes, um dos maiores compositores brasileiros, Gilberto Gil, dono de um camarote exclusivíssimo no Circuito Barra-Ondina, citou uma frase não menos polêmica, ao ser perguntado sobre o esgotamento daquela modalidade de Carnaval baiano, extremamente industrializado. Gil disse que sempre foi assim no Brasil : As elites nos camarotes assistindo ao povo brincando e se divertindo na avenida. Para ele, essa modalidade de festa à baiana só cresce por conta da tecnologia e dos negócios. A tendência seria, neste oásis da classe rica que são os camarotes, acontecerem festas específicas outras, enquanto na rua, rolaria o carnaval propriamente dito. As duas frases me parecem perfeitas para uma reflexãozinha, neste período quando sacudimos os confetes e serpentinas e deslanchamos o início real de 2015.
                                   O Carnaval, desde seus primórdios, teve sua força no potencial anárquico que carregava consigo. De repente, o mundo virava de ponta cabeça : homens se vestiam de mulher; escravos esguichavam água nos amos; amores ganhavam a eternidade de  quatro dias; maridos escapavam à sorrelfa a despeito da vigilância das esposas. Charangas, blocos de sujos ganhavam a rua e  cada um  se travestia , de repente, dos seus desejos mais íntimos, banhados numa certa cortina de anonimato. A irreverência da festança caiu no gosto dos brasileiros e o Carnaval foi tomando um vulto inesperado, principalmente em alguns polos que se foram tornando mais tradicionais : Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
                                    O Mercado, o deus dos dias atuais, rapidamente percebeu que existia ali uma enorme possibilidade de lucro. Só que numa festa tão anárquica era preciso colocar regras fixas para poder cobrar o ingresso. Aí vieram os cordões de isolamento, os camarotes exclusivos, o desfile fechado dos blocos na Sapucaí, a venda de fantasias e adereços, os bailes mominos  em clubes. O Rio de Janeiro terminou por acabar com seu invejável e vultoso carnaval de rua, resumiu-o a um mero espetáculo de arquibancada. As Marchinhas picantes e bem humoradas de outrora foram substituídas pela monotonia de Sambas-Enredos repetitivos e chatos.   Só nos últimos anos, o Rio  vem tentando correr atrás do prejuízo com “A Banda de Ipanema”, o “Monobloco” e outros tantos que tais.
                                   Salvador, que começou com o sonho de Dodô-Armandinho-Osmar,  industrializou seu Carnaval, com seus trio-elétricos fechados por cordão de isolamento e os foliões todos com seus abadás uniformizados e seus camarotes todos caríssimos. O povão ,se quiser brincar, fica de “pipoca” do lado de fora, sujeito aos safanões e aos descuidistas . Talvez muitos dos trombadinhas  contratados pelos mesmos blocos para forçar os pipoqueiros a comprarem seu ingresso nos próximos carnavais. A Axé Music, monocórdica, depois de trinta anos espatifando tímpanos, perdeu fôlego e percebe-se, claramente, que já não traz o fervor e a alegria dos velhos tempos. O formato do Carnaval de Salvador parece estar em pleno declínio.
                                   Restou Recife que mantém a tradição do Carnaval de Rua, com seu frevo que carrega uma bagagem lúdica de mais de um século e sua dança esfuziante e malabarística. Não há cordões de isolamento nos blocos, as fantasias são simples e perfeitamente criativas e não existe apartheid. Todos estão juntos na avenida. Há 25 anos acompanho o Carnaval de Olinda e Recife e conto nos dedos as brigas que presenciei. O “Galo da Madrugada” que arrasta mais de um milhão de foliões de todas as classes sociais dá , anualmente, um exemplo de como é possível juntar tantos , mesmo sob o poder do álcool, alegres, irmanados e tolerantes.
                                   A citação de Rui Costa, assim, me parece perfeita. Vivemos em uma sociedade de castas, apesar de propalarmos a beleza da nossa miscigenação. Os bacanas não querem se misturar com o povaréu. Infelizmente, um dia esses conjuntos têm alguma intersecção. Não dá para morrer de fome quieto  no morro, vendo o vizinho logo abaixo comendo caviar. O Cordão de Isolamento faz com que essas diferenças surjam claras e translúcidas : dentro da corda os cidadãos, fora da corda, a corja.
                                   A frase de Gil, com todo respeito que tenho ao meu compositor brasileiro preferido, me parece muito infeliz. Primeiramente, passa essa separação como uma coisa natural. Os ricos nos camarotes e a pobreza na rua. E mais , transparece uma tendência de imutabilidade: sempre foi assim, meu povo, nunca vai mudar! Por outro lado, Gil esquece que não foi bem isso que aconteceu no Carnaval de Salvador. A Elite já não se conforma em ficar no camarote, ela invadiu a avenida, impermeabilizando-se pelas cordas do blocos  e não permite mais ao povão brincar: “Xô, carniça ! O Carnaval, agora, é privilégio dos bacanas!” Gil que  um dia já morou na Cidade Baixa, deveria lembrar-se como é difícil a vida para quem quer ir à Cidade Alta e  não lhe dão acesso ao Elevador Lacerda.  
                                   Felizmente, essas fórmulas industriais de Carnaval parecem estar se exaurindo. Organizar uma festa anárquica por natureza é, simplesmente, arrancar-lhe a essência. Depois, os festins da Elite são contidos, cheio de regras, seguranças e arrebites extracurriculares. Um dia ruirão todas os camarotes, os trios sairão dos caminhões e virão para rua, as cordas se esfacelarão e todos serão exatamente iguais:  partilhando a alegria, a dança e o milagre da vida.

Crato, 24/02/15

                                   

PETROBRAS

DEFENDER A PETROBRÁS É DEFENDER O BRASIL

Há quase um ano o País acompanha uma operação policial contra evasão de divisas que detectou evidências de outros crimes, pelos quais são investigadas pessoas que participaram da gestão da Petrobrás e de empresas fornecedoras. A ação institucional contra a corrupção tem firme apoio da sociedade, na expectativa de esclarecimento cabal dos fatos e rigorosa punição dos culpados.
É urgente denunciar, no entanto, que esta ação tem servido a uma campanha visando à desmoralização da Petrobrás, com reflexos diretos sobre o setor de Óleo e Gás, responsável por investimentos e geração de empregos em todo o País; campanha que já prejudicou a empresa e o setor em escala muito superior à dos desvios investigados.
A Petrobrás tem sido alvo de um bombardeio de notícias sem adequada verificação, muitas vezes falsas, com impacto sobre seus negócios, sua credibilidade e sua cotação em bolsa. É um ataque sistemático que, ao invés de esclarecer, lança indiscriminadamente a suspeita sobre a empresa, seus contratos e seus 86 mil trabalhadores dedicados e honestos.
Assistimos à repetição do pré-julgamento midiático que dispensa a prova, suprime o contraditório, tortura a jurisprudência e busca constranger os tribunais. Esse método essencialmente antidemocrático ameaça, hoje, a Petrobrás e suas fornecedoras, penalizadas na prática, enquanto empresas produtivas, por desvios atribuídos a pessoas físicas.
Ao mesmo tempo, o devido processo legal vem dando lugar ao tráfico seletivo de denúncias, ofensivo à consciência jurídica brasileira, num ambiente de obscuridade processual que propicia a coação e até o comércio de testemunhos com recompensa financeira. Na aparente busca por eficácia, empregam-se métodos que podem – isto, sim – levar à nulidade processual e ao triunfo da impunidade.
E tudo isso ocorre em meio a tremendas oscilações no mercado global de energia, num contexto geopolítico que afeta as economias emergentes, o Brasil, o Pré-Sal e a nossa Petrobrás.
Não vamos abrir mão de esclarecer todas as denúncias, de exigir o julgamento e a punição dos responsáveis; mas não temos o direito de ser ingênuos nessa hora: há poderosos interesses contrariados pelo crescimento da Petrobrás, ávidos por se apossar da empresa, de seu mercado, suas encomendas e das imensas jazidas de petróleo e gás do Brasil.
Historicamente, tais interesses encontram porta-vozes influentes na mídia e nas instituições. A Petrobrás já nasceu sob o ataque de “inimigos externos e predadores internos”, como destacou a presidenta Dilma Rousseff. Contra a criação da empresa, em 1953, chegaram a afirmar que não havia petróleo no Brasil. São os mesmos que sabotaram a Petrobrás para tentar privatizá-la, no governo do PSDB, e que combateram a legislação do Pré-Sal.
Os objetivos desses setores são bem claros:
- Imobilizar a Petrobrás e depreciar a empresa para facilitar sua captura por interesses privados, nacionais e estrangeiros;
- Fragilizar o setor brasileiro de Óleo e Gás e a política de conteúdo local; favorecendo fornecedores estrangeiros;
- Revogar a nova Lei do Petróleo, o sistema de partilha e a soberania brasileira sobre as imensas jazidas do Pré-Sal.
Para alcançar seu intento, os predadores apresentam a Petrobrás como uma empresa arruinada, o que está longe da verdade, e escondem do público os êxitos operacionais. Por isso é essencial divulgar o que de fato aconteceu na Petrobrás em  2014:
- A produção de petróleo e gás alcançou a marca histórica de 2,670 milhões de barris equivalentes/dia (no Brasil e exterior);
- O Pré-Sal produziu em média 666 mil barris de petróleo/dia;
- A produção de gás natural alcançou 84,5 milhões de metros cúbicos/dia;
- A capacidade de processamento de óleo aumentou em 500 mil barris/dia, com a operação de quatro novas unidades;
- A produção de etanol pela Petrobrás Biocombustíveis cresceu 17%,  para 1,3 bilhão de litros.
E, para coroar esses recordes, em setembro de 2014 a Petrobrás tornou-se a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto, superando a ExxonMobil (Esso).
O crescente sucesso operacional da Petrobrás traduz a realidade de uma empresa capaz de enfrentar e superar seus problemas, e que continua sendo motivo de orgulho dos brasileiros.
Os inimigos da Petrobrás também omitem o fato que está na raiz da atual vulnerabilidade da empresa à especulação de mercado: a venda, a preço vil, de 108 milhões de ações da estatal na Bolsa de Nova Iorque, em agosto de 2000, pelo governo do PSDB.
Aquela operação de lesa-pátria reduziu de 62% para 32% a participação da União no capital social da Petrobrás e submeteu a empresa aos interesses de investidores estrangeiros sem compromisso com os objetivos nacionais. Mais grave ainda: abriu mão da soberania nacional sobre nossa empresa estratégica, que ficou subordinada a agências reguladoras estrangeiras.
Os últimos 12 anos foram de recuperação e fortalecimento da empresa. O País voltou a investir em pesquisa e a construir gasodutos e refinarias. Alcançamos a autossuficiência, descobrimos e exploramos o Pré-Sal, recuperamos para 49% o controle público sobre o capital social da Petrobrás.
O valor de mercado da Petrobrás, que era de 15 bilhões de dólares em 2002,  é hoje de 110 bilhões de dólares, apesar dos ataques especulativos. É a maior empresa da América Latina.
A participação do setor de Óleo e Gás no PIB do País, que era de apenas 2% em 2000, hoje é de 13%. A indústria naval brasileira, que havia sido sucateada, emprega hoje 80 mil trabalhadores. Além dos trabalhadores da Petrobrás, o setor de Óleo e Gás emprega mais de 1 milhão de pessoas no Brasil.
É nos laboratórios da Petrobrás que se produz nosso mais avançado conhecimento científico e tecnológico. Os royalties do petróleo e o Fundo Social do Pré-Sal proporcionam aumento significativo do investimento em Educação e Saúde. Este é o papel insubstituível de uma empresa estratégica para o País.
Por tudo isso, o esclarecimento dos fatos interessa, mais do que a ninguém, aos trabalhadores da Petrobrás e à população brasileira, especialmente à parcela que vem conquistando uma vida mais digna.
Os que sempre tentaram alienar o maior patrimônio nacional não têm autoridade política, administrativa, ética ou moral para falar em nome da Petrobrás.
Cabe ao governo rechaçar com firmeza as investidas políticas e midiáticas desses setores, para preservar uma empresa e um setor que tanto contribuíram para a atração de investimentos e a geração de empregos nos últimos anos.
A direção da Petrobrás não pode, nesse grave momento, vacilar diante de pressões indevidas, sujeitar-se à lógica dos interesses privados nem agir como refém de uma auditoria que representa objetivos conflitantes com os da empresa e do País.
A investigação, o julgamento e a punição de corruptos e corruptores, doa a quem doer, não pode significar a paralisia da Petrobrás e do setor mais dinâmico da economia brasileira.
É o povo brasileiro, mais uma vez, que defenderá a empresa construída por gerações, que tem a alma do Brasil e simboliza nossa capacidade de construir um projeto autônomo de Nação.
Pela investigação transparente dos fatos, no Estado de Direito, sem dar trégua à impunidade;
Pela garantia do acesso aos dados e esclarecimentos da Petrobrás nos meios de comunicação, isentos de manipulações;
Pela garantia do sistema de partilha, do Fundo Social e do papel estratégico da Petrobrás na exploração do Pré-Sal;
Pela preservação do setor nacional de Óleo e Gás e da Engenharia brasileira.
Defender a Petrobrás é defender o Brasil – nosso passado de lutas, nosso presente e nosso futuro.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

"DECISÃO POLÍTICA" - José Nilton Mariano Saraiva

E acabou restando vergonhosa e infrutífera a tentativa de alguns maus brasileiros de, em se aproveitando dos problemas surgidos na Petrobras, entregar para a banca internacional aquela que é uma das principais empresas do mundo, porquanto detentora das fabulosas reservas petrolíferas do pre-sal.

É que a presidenta Dilma Rousseff, contrariando o tão poderoso “mercado” e a parte podre da mídia tupiniquim, optou por colocar no comando daquela estatal um técnico da sua irrestrita confiança, com especialidade em finanças e não em petróleo, a fim de conseguir não só estancar a corrupção praticada por bandidos de alta periculosidade que por lá agiam impunemente desde o governo FHC, bem como também continuar explorando em sua plenitude o nosso “passaporte para o futuro” (o pre-sal).

Claro que, em virtude do rombo descomunal praticado pelos marginais-engravatados comprovadamente vinculados à “tucanalhada” (Pedro Barusco, Paulo Roberto & Cia) o estrago foi significativo, e somente descoberto em razão da “decisão política” da Presidenta Dilma Rousseff de “ir fundo” nas investigações (atitude pra lá de comprobatória de quem não tem o que temer).

Cabe agora à justiça (principalmente ao Supremo Tribunal Federal) agir com rigor em relação aos marginais que se locupletaram, impondo-lhes penas compatíveis com os crimes perpetrados, independentemente da posição e filiação partidária.

Quanto à Petrobras, agora livre dos ladrões-engravatados e contando mais que nunca com o apoio do povo brasileiro e do seu excelente corpo técnico e funcional, certamente recuperar-se-á do baque muito em breve e, mais importante, sem perder sua identidade, já que livre de ser entregue aos “gringos”, como a “tucanalhada” apostava e faria, se por acaso assumisse o poder o despreparado “Aébrio Never”.




sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

José Carlos Brandão disse...

Amor é loucura?
Então quero ser louco!
Mais louco quero ser
quanto amor pode me dar.
Quero um amor de mulher
para me extasiar.
Amor sempre é pouco,
meu coração no peito
nunca está satisfeito.
Amor é loucura?
Desse mal ninguém me cura!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Antonio César-Amigo querido!

Perdemos muita gente querida, nos últimos meses. Meu coração a cada dia fica mais triste. E pensar que essa cadeia de perdas é contínua...! Porque a morte faz parte da vida. Quando iremos encara-la  com naturalidade?
O tempo  transforma a tristeza em saudade!

 Renasceu hoje, num plano superior, onde não existe a dor. Espaço de luz! Tua presença enchia de alegria o coração dos amigos.Guardo para mim a lembrança do teu sorriso. Te conheci criança. Ficamos amigos, na tua juventude...E este afeto é para sempre!
 
Dia 17 de fevereiro de 2015 foi mais um dia de luto para mim e para muitos.
Deus nos fortaleça para que possamos salvar a nossa alegria interior, e continuar louvando a vida como um bem maior, mas passageiro.
Meus sentimentos se irmanam aos de Dona Almina, Joaquim, José, Maria Edite, Bida, Maria Amélia  e a todos desta família por quem tenho afeto e respeito especial
 
socorro moreira
 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Fotos do Carnaval 2015 no CTC

Palco das homenagens!
foto de Samuk

Aurélia e Socorro Moreira


Clóvis e Aurélia Milfont



foto de Samuk

No palco, os homenageados!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

As Histórias Vividas- Por Aurélia Milfont

Quando eu era criança
gostava de dormir no quarto de Mãe São.
Cama enorme com lençóis branquinhos e cheirosos, lavados por Maria Pretinha-
no rio das piabas.
Lembro-me das palavras da minha avó.
-Leve o seu lençol, e eu levava enrolado debaixo do braço.
E bem antes do galo cantar,
no quintal da D.Maria Romão.
 Lá estava vovó rezando o ofício
de Nossa Senhora(...Deus nos salve relógio,
que anda atrasado...).
Mas o nosso relógio não atrasava.
Pontualmente o galo cantava
alto e em bom tom.
Era a hora do levantar.
Eu ficava deitada só mais um pouquinho
escutando os versos assobiados,
na cumeeira da casa.
Então eu ouvia a voz do Sr.Vicente,
o padeiro.
-Olha o pão!
-Olha o pão D.Conceição!
Minha avó abria a porta
e de mão lavadas,
recebia o pão nosso de cada dia,
ainda quentinho.
Era sempre assim, o pão era cortado
e ela fazia a chamada dos presentes:
Aurélia, Alísio,Arcy,\Emílio, Fernando...
Eu, menina gulosa, sentava-me à mesa
e esperava impaciente
que o café cheiroso e esfumaçante
fosse servido da velha chaleira de ferro.
Com os olhos compridos, pidão,
namorava as tapiocas feitas por Ninãn.
-Vó, vou guardar o pão,
quero a tapioca
-Quem guarda com fome,
o gato vem e come.
Dizia sorrindo
Eita vida boa!
Tranquila, sem pressa.
Eita tempo bom!
 
 
 
 
*  Maria Aurélia Milfont Benício é filha do Maestro Hidelgardo Benício, e esteve no carnaval da saudade 2015, representando o pai, na homenagem prestada pelo  CTC.
Tive o prazer de conviver com ela e Clóvis( seu esposo), neste final de semana  festivo.
Revelou-se grande poetisa popular, quando na sua primeira postagem, no Azul Sonhado, atingiu  o maior número de nossos leitores. Espero que tenhamos oportunidade de postar mais alguns dos seus inúmeros versos brancos e cordéis.
 
Hoje considero Aurélia minha amiga de infância, pelas afinidades, inclusive de sangue. Somos trinetas do Cel.Maiinha. 
 
Socorro Moreira
 
 

Fotos de Samuel Gregório- Carnaval da saudade 2015




 Fabiana e Zé Flávio: sucesso nas fantasias!


A nossa geração está reduzida  em presenças, a cada ano. Mas a festa continua muito bem participada e apreciada.
Animada por duas bandas, relevamos  a performance de Hugo Linard, Leninha Linard e o grande Peixoto( nosso eterno cantor).

E é como disse Mauricinho( um dos homenageados): Não vamos viver do passado. Vivamos o Carnaval 2015!


 

Carnaval da Saudade,2015 !




Maria Aurélia Milfont  representou o pai, nesta justa homenagem. Foi emocionante!















 Fotos de Samuel Gregório