por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 24 de março de 2015

"TEFF" - José do Vale Pinheiro Feitosa

Três razões para se ir à Etiópia: geografia, história e onde se notificou o último caso da única doença já erradicada pela humanidade (varíola). Amigos lembrando a pobreza, a violência africana e a insurreição islâmica, que apesar motivam mais que os circuitos do consumo e das fotos no “face”.

A geografia da Etiópia é belíssima, um platô elevado, montanhoso, cheio de vales, incluindo o famoso Vale do Rift (fenda geológica vindo da Península Arábica e penetra a África até a região dos lagos) e muitos lagos que dispersam, generosamente, águas para os países vizinhos.

Ao mesmo que tem um semideserto (Ogaden) de terras baixas, aí a depressão de Afar dos primeiros seres humanos. Vulcões extintos, alguns que espirram, lagos em crateras, vegetação de estepe, florestas em terras altas e nas encostas onde o café surgiu, grande evento cultural (falaremos a respeito).

Existe a belíssima fauna e flora africana. A fauna com elefantes, leões, jacarés, hipopótamos, girafas, monos. Tudo que é África. E a flora das estepes e florestas, das zonas semidesérticas arbustivas e acácias, de espinhos longos e agudos, produtora de tanino, que só as girafas tornam comida.

A história da Etiópia é a antiguidade. Especialmente pela proximidade do Mar Vermelho e do Oceano Indico, como métrica das rotas de navegação para a Índia, Península Arábica, Oriente Médio, Egito e Roma. Sobre a mirra e o incenso, pense na Etiópia e sua vizinha Eritréia. No comércio do golfo de Aden e as trocas com as riquezas das terras altas.

A mitologia que envolve a formação imperial e de antigas civilizações é outro eixo africano qual foi o Egito. Vamos a outra exclusividade, não exportável qual aconteceu com o café. O grão de “teff”: o menor cereal do mundo, quase do tamanho do alpiste. A sua farinha é um alimento riquíssimo em minerais, especialmente ferro e nos aminoácidos formadores da vida.


O teff é a base da alimentação do povo da Etiópia. Como “injera”, o principal prato feito com o “teff”. Ali se domesticou o “teff” há milhares de ano com um dos principais produtos de sua agricultura. No vídeo vê-se um resumo desta história, inclusive como a alimentação feito a “injera”.  Mas veremos como o “teff” começa a ser “apropriado” pelo “experto” nutricionismo de “famosos” como a panaceia de mais um milagre alimentar a secar gorduras e muscular as exposições narcísicas. 


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