por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Poeta, nada mais

Poetas não tem corpos, para serem tocados
Sentidos, para serem feridos

São penas, tinta, papel.

Poetas não têm dor,

Não sofrem, e sentem

Mas mentem, em corpos de papel.

Poetas não são vários, diferentes, diversos

É a tinta, benta, aspergida aos ventos

Em gotas, em versos.

Poetas não são plurais, mortais

Poetas são fatais,

São versos.

Nada mais !




À toa...


Vamos ser juntos,

em separados ?

Galho e folha

Céu e mar...


II


A solidão

nos leva a qualquer pão:

de queijo, de gente

Solidão no olhar

perdido no mar

Solidão humana,

Deus preenche !

III

Voltou esfuziante
Olhou para o céu,

e viu estrelas no dia.

Viu passarinhos

rouquinhos de cantar

Viu a poesia
entristecida e comum,

dançar de alegria

Brando é o vento

da sabedoria !


IV

Vira-lata cibernético

Homem das esquinas e meninas

É minha cachaça,

meu porre diário,

minha poesia

É meu chapa

mestre da prosa,

atiçador da palavra.

meu número de sorte!

Meu Lancelot, mito,

vício,
homem e lorde !

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