Poeta, nada mais
Poetas não tem corpos, para serem tocados
Sentidos, para serem feridos
São penas, tinta, papel.
Poetas não têm dor,
Não sofrem, e sentem
Mas mentem, em corpos de papel.
Poetas não são vários, diferentes, diversos
É a tinta, benta, aspergida aos ventos
Em gotas, em versos.
Poetas não são plurais, mortais
Poetas são fatais,
São versos.
Nada mais !
À toa...
Vamos ser juntos,
em separados ?
Galho e folha
Céu e mar...
II
A solidão
nos leva a qualquer pão:
de queijo, de gente
Solidão no olhar
perdido no mar
Solidão humana,
Deus preenche !
III
Voltou esfuziante
Olhou para o céu,
e viu estrelas no dia.
Viu passarinhos
rouquinhos de cantar
Viu a poesia
entristecida e comum,
dançar de alegria
Brando é o vento
da sabedoria !
IV
Vira-lata cibernético
Homem das esquinas e meninas
É minha cachaça,
meu porre diário,
minha poesia
É meu chapa
mestre da prosa,
atiçador da palavra.
meu número de sorte!
Meu Lancelot, mito,
vício,
homem e lorde !
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