por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 6 de abril de 2024

 

A “PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR” – José Nílton Mariano Saraiva  

Preparar-se antecipadamente, focando principalmente os aspectos psicológico (ocupação do ocioso tempo disponível) e financeiro (capacidade de atendimento às novas demandas), sob pena de não o fazendo, à frente colher frustrações e desenganos mil, eis aí a tarefa prioritária dos que rompem as amarras do vínculo empregatício e se aposentam após anos e anos de labuta diária, almejando, a partir de então, compreensivelmente, o “aproveitar a vida” com intensidade, qualidade e sem pressa.


Há, no entanto, alguns óbices a serem vencidos: 1) em razão do “teto-limite” estabelecido pelo Governo Federal (INSS) para o “benefício previdenciário” jamais equiparar-se à remuneração percebida por aqueles que têm uma renda um pouco mais expressiva que o salário mínimo, corre-se o risco de “sobrar dias ao final do mês” (ou seja, faltar grana pra pagar as contas); 2) como o índice de reajuste desse mesmo “benefício previdenciário” já se nos apresenta defasado há bastante tempo, não guardando consonância com os índices de reajuste dos preços dos produtos em geral, torna-se evidente que a remuneração do aposentado brasileiro experimenta dia-a-dia um corrosivo desgaste ou achatamento, via diminuição do seu poder de compra; e,  3) por consequência, fica ele impossibilitado de levar uma velhice serena, tranquila e sem problemas, como mereceria (e aqui, os maldosos e gozadores sociólogos de plantão se aproveitam para, num misto de ironia e sarcasmo, cunhar a expressão “melhor idade”, ao se referirem ao período pós laborativo - a aposentadoria).


Pois é exatamente nesse estágio que se destaca, por fazer a diferença em favor dos que dela fazem uso, a tal “PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR” (gerenciada pelos chamados Fundos de Pensão) que tem por objetivo a fundação de reservas para benefícios futuros e (como o próprio nome sugere) possibilita um necessário “complemento da renda” aos seus usuários (para se ter uma ideia da defasagem, normalmente o “benefício complementar” é maior que o “benefício previdenciário”).


A questão é tão importante, que o próprio Governo Federal trata de propagar e estimular a adesão aos Fundos de Pensão (principalmente nas empresas estatais), tendo em vista a sua pujança e capacidade de indução na formação de uma sólida poupança, assegurando um grande volume de recursos internos (a custos baixos e de longo prazo), adequados ao financiamento de obras estruturantes pelo setor público; isso aquece a economia, estimulando a geração de emprego e renda (só pra exemplificar, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, é hoje um dos principais parceiros do Governo Federal em obras de grande vulto).


Só que, apesar de tal estímulo governamental, no Brasil como um todo os números poderiam ser bem mais alentadores, tendo em vista que a
 previdência complementar fechada brasileira é composta por 277 entidades e o total do patrimônio administrado ultrapassa a R$ 1,19 trilhão, correspondendo a razoáveis 12,0% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Se, entretanto, compararmos tais números aos de outros países, vamos perceber que ainda engatinhamos no manuseio e uso efetivo de tão importante ferramenta econômica, a saber: na Holanda o montante atingido representa 110% do PIB e em países como o EUA, França, Inglaterra, Espanha, Canadá e Japão o volume desses recursos chega a 60% dos PIBs respectivos.


No entanto, como o rincão é promissor e de retorno garantido para quem nele investir, a esperança é que as campanhas educativas sobre, surtam o efeito desejado, possibilitando uma maior adesão dos empregados vinculados às empresas particulares a essa nova realidade, de forma que a PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR cumpra com os seus dois nobres objetivos sociais: 01) complemente o ganho dos que se aposentam, possibilitando-lhes uma melhora na qualidade de vida; e, 02)  atue como forte indutor do processo desenvolvimentista do país, aliando-se ao governo no atendimento aos grandes projetos geradores de emprego e renda.

 

segunda-feira, 1 de abril de 2024

 RELEMBRANDO UM “PEQUENO GRANDE GESTO" (da série, recordar é viver) - José Nilton Mariano Saraiva


E de repente, de uma área não muita afeita a manifestações da espécie, porquanto povoada por “machões sarados”, aparentemente embrutecidos, e ainda por cima praticantes de um esporte onde o contato físico forte e ríspido é uma constante, uma atitude inusitada, um laivo de ternura e afeto, um “PEQUENO GRANDE GESTO”, que parece ter passado despercebido pela maioria dos que o vivenciaram, ao vivo ou via telinha (pelo menos não se ouviu ou se leu nada, a respeito).

Deu-se na frienta noite londrina do dia 28.05.2011, no novo e monumental estádio de Wembley, por ocasião da partida final da Copa dos Campeões da Europa 2010/11, quando se enfrentaram as tradicionais e caras esquadras do Barcelona (Espanha) e Manchester United (Inglaterra), dois dos maiores expoentes do mundo futebolístico da atualidade. Final: Barcelona 3 x 1 Manchester United.

Aos fatos.

Quase ao final do aguardado confronto, que mobilizou adeptos do futebol em todo o mundo (aos 43 minutos do segundo tempo) com o jogo já definido e o título assegurado em favor do excepcional Barcelona (3 x 1), o técnico Guardiola (ex-jogador do próprio clube), numa atitude de grandeza e desprendimento, resolve prestar uma justa homenagem ao seu correto “capitão”, o aguerrido zagueiro PUYOL, que, lesionado, não tivera condição de adentrar ao gramado, de início; então, faltando dois minutos para o término da pugna, convoca-o a substituir um companheiro, com o claro intuito de, naquele momento maior, no ápice daquela gloriosa jornada, braçadeira de capitão no braço, fazê-lo erguer o troféu de campeão e, consequentemente, aparecer para a posteridade nas TVs de todo o mundo, ao vivo e a cores, e na primeira página dos principais jornais do mundo, dia seguinte.

Providenciada a substituição, daí a pouco o juiz determina o término da partida. E foi então, no momento da premiação, ante um batalhão de fotógrafos e centenas de canais de televisão de todo o mundo, que deu-se o inusitado, aquilo que denominamos um “PEQUENO GRANDE GESTO”, pelo espontaneidade e nobreza do ato: o guerreiro PUYOL, evidentemente que fugindo do script armado pelo técnico Guardiola, mostra toda a sua humildade e excelência de caráter ao abdicar de tamanha honraria ao delegar ao discreto companheiro ABIDAL (lateral esquerdo), o privilégio de erguer o troféu, como se fora o verdadeiro “capitão” da equipe catalã.

Explica-se: meses atrás, ABIDAL fora desenganado pelos médicos, em razão da descoberta de uma grave e normalmente letal enfermidade (“câncer” no fígado) e fora afastado sumariamente das atividades esportivas; agora, após um tratamento pra lá de penoso, ali, ante um estádio ocupado por 80 mil pessoas e com a partida sendo transmitida pra bilhões de telespectadores em todo o mundo, além da confiança do técnico Guardiola em escalá-lo e mantê-lo durante toda a partida, PUYOL, o “capitão” de todos eles, que entrara ao final do jogo unicamente pra “exercitar o que lhe conferia a patente”, humilde e simbolicamente transferia pra ele, ABIDAL, o privilégio de erguer o troféu de campeão.

Uma cena de cortar corações e levar qualquer um às lágrimas (embora alguns teimem em afirmar que “homem que é homem não chora”). Pois, acreditem, não resistimos à cena e “abrimos o berreiro” (e prestamos esse depoimento, sem nenhum constrangimento).

sábado, 30 de março de 2024

 SOLIDARIEDADE FEMININA ou a..."POSIÇÃO" – (autor desconhecido)


O grande segredo de todas as mulheres com relação aos banheiros é que, quando pequenas, quem as levava àquele recinto era a própria mãe. Ela ensinava a limpar o assento com papel higiênico e cuidadosamente colocava tiras de papel no perímetro do vaso e instruía: "Nunca, mas nunca mesmo, sente em um vaso sanitário de banheiro público". E, em seguida, mostrava a “POSIÇÃO", que consiste em se equilibrar sobre o vaso sem que, no entanto, o corpo entre em contato com o próprio.

A "POSIÇÃO" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, super importante e necessária, e irá acompanha-la por toda a vida. No entanto, ainda hoje, em nossa vida adulta, a “POSIÇÃO" é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está cheia, estourando.

Quando você TEM que ir ao banheiro público, normalmente encontra uma fila de mulheres que faz você pensar que o Brad Pitt deve estar lá dentro. Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres, que também estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "ESTOU ME MIJANDO". Finalmente, chega a sua vez. Isso, se não entrar a típica mamãe com a menina que não pode mais se segurar. Você, então, verifica cada cubículo por baixo da porta para ver se há pernas. Todos estão ocupados!

Finalmente, um se abre e você, desesperada, se lança em sua direção, quase que puxando a pessoa que está saindo. Você entra e percebe que o trinco não funciona (nunca funciona); não importa... Você imagina pendurar a bolsa no gancho da porta, mas...não há gancho. Então, você inspeciona a área. O chão está cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a bolsa ali; então, você a pendura no pescoço mesmo, enquanto observa como ela balança sob o teu corpo, sem contar que você é quase decapitada pela alça porque a bolsa está cheia com os 50 kg de bugigangas que você foi enfiando lá dentro, a maioria das quais você não usa, mas que você guarda lá, porque ...nunca se sabe, né ???

Mas, voltando à porta... Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto, com a outra, você abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição". Alívio...... AAhhhhhh.....finalmente...

Aí é quando os seus músculos começam a tremer ...Porque você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e uma bolsa de 50 kg pendurada no pescoço. Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento, nem de cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai acontecer, mas a voz de tua mãe ecoa na tua cabeça "jamais sente em um banheiro público!!!" e, assim, você mantém a “POSIÇÃO" com o tremor nas pernas... E, por um erro de cálculo na distância, um jato finíssimo salpica na tua própria bunda e molha até tuas meias!! Por sorte, não molha os sapatos.

Adotar a “POSIÇÃO" requer grande concentração. Para tirar essa desgraça da cabeça, você procura o rolo de papel higiênico, maaassss... puuuuta que o pariuuuu...! O rolo está vazio...! (sempre).

Então você pede aos céus para que, nos 50 kg de bugigangas que você carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel. Mas, para procurar na bolsa, você tem que soltar a porta. Você pensa por um momento, mas não há opção...E, assim que você solta a porta, alguém a empurra e você tem que freia-la com um movimento rápido e brusco, enquanto grita, OCUPAAADOOOO!!!

Aí, você considera que todas as mulheres esperando lá fora ouviram o recado e você pode soltar a porta sem medo, pois ninguém tentará abri-la novamente (nisso, as mulheres se respeitam muito) e você, enfim, pode procurar seu lenço sem angústia. Você gostaria de usar todos, mas quão valiosos são em casos similares e você guarda um, por via das dúvidas.

Você então começa a contar os segundos que faltam para sair dali, suando em bicas, porque você está vestindo o casaco, já que não há gancho na porta ou cabide para pendurá-lo. É incrível o calor que faz nestes lugares tão pequenos e nessa posição de força, que parece que as coxas e panturrilhas vão explodir. Sem falar da porrada que você levou da porta, da dor na nuca pela alça da bolsa, do suor que corre da testa, das pernas salpicadas...

Heroicamente você resiste a tudo, já que prevalece a lembrança de tua mãe, que estaria morrendo de vergonha se te visse assim, já que sua bunda nunca tocou o vaso de um banheiro público, porque, "você não sabe que doenças você pode pegar ali".... Você está exausta. Ao ficar de pé, você não sente mais as pernas.

Você acomoda a roupa, rapidíssimo, e tira a alça da bolsa por cima da cabeça!...Você, então, vai a pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água, então você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura em um ombro, e não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca até que consegue fazer sair um filete de água e estende a mão em busca de sabão.

Você se lava na posição de “corcunda de notre dame” para não deixar a bolsa escorregar para baixo do filete de água.... O secador, você nem usa. É um traste inútil; então, você seca as mãos na roupa porque nem pensar usar o último lenço de papel que sobrou na bolsa para isso. Você então sai..

Sorte sua se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado no sapato e você sair arrastando-o; ou pior, a saia levantada, presa na meia-calça, que você teve que levantar à velocidade da luz, e te deixou com a bunda à mostra!

Nesse momento, você vê o teu carinha que entrou e saiu do banheiro masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto esperava por você. "Por que você demorou tanto?" pergunta o idiota. Você se limita a responder: "A fila estava enorme"

E esta é a razão porque as mulheres vão ao banheiro em grupo. Por SOLIDARIEDADE, já que uma segura a tua bolsa, outra o casaco, a outra segura a porta e assim fica muito mais simples e rápido, já que você só tem que se concentrar em manter a “POSIÇÃO" e a dignidade.

Autor: desconhecido

sexta-feira, 29 de março de 2024

 DE VOLTA ÀS SALAS DOS CINES “MODERNO”, “CASSINO” E “EDUCADORA” (ou o “IR LONGE PRA FICAR MAIS PERTO”) - José Nilton Mariano Saraiva


Depois de duzentos anos alguns meses e poucos dias morando em Fortaleza, eis que recentemente fomos surpreendidos agradavelmente ao tomar conhecimento da existência de uma locadora (perto de casa, no Bairro de Fátima) onde literalmente qualquer um é capaz de “desenterrar” (ou “ressuscitar”), de acordo com o gosto do freguês, grandes e épicas produções cinematográficas “do tempo do bumba”, na perspectiva de desejar compor um respeitável acervo particular (tanto que já tomamos a iniciativa de).

Ao razoável preço de R$ 10,00 a unidade, os CD/DVDs são entregues em sua própria casa e possuem uma qualidade muito boa (com alguns guardando as características originais, evidentemente, como a projeção em preto e branco), permitindo-nos empreender uma inolvidável “viagem de retorno” às origens (meninice/adolescência) e reviver momentos mágicos, via agradáveis “sessões nostálgicas” e... solitárias, porquanto os meninos e a mulher acham tudo isso muito “cafona”.

Fato é que, de posse de autênticas “raridades” (algumas abaixo elencadas), adquirimos a propriedade de nos autotransportar às salas dos cines Moderno, Cassino e Educadora, aí do Crato, onde tudo começou, a saber: No Tempo da Diligências (John Waine), Uma Rua Chamada Pecado (Marlon Brando), Gata em Teto de Zinco Quente (Paul Newman), Candelabro Italiano (Troy Donahue), A Bela da Tarde (Catherine Deneuve), A Piscina (Alain Delon), Crepúsculo dos Deuses (William Holden), Os Desajustados (Clark Gable), Bem Hur (Charlton Heston), A Face Oculta (Marlon Brando), Os Imperdoáveis (Clint Eastwood), Juventude Transviada (James Dean), Paixão de Fortes (Henry Fonda), Flechas de Fogo (James Stewart), Os Girassóis da Rússia (Sophia Loren), Doutor Jivago (Omar Sharif), Os Canhões de Navarone (Gregory Peck), Cidadão Kane (Orson Welles), A Ponte do Rio Hway (Willian Holden), A Escolha de Sofia (Meryl Streep), Fugindo do Inferno (Steve McQueen), Guerra e Paz (Audrey Hepburn), Casablanca (Ingrid Bergman), dentre outros.

Apesar de todas serem “joias raras”, particularmente torcíamos e tínhamos uma verdadeira obsessão por rever dois “filmaços” que assistimos no Moderno e que ficaram como que “presos” em nossa mente: SAYONARA (Marlon Brando) e 36 HORAS (James Garner). Inesquecíveis.

Acreditamos que tal tipo de resgate expressa com fidedignidade o “IR LONGE PRA FICAR MAIS PERTO”, porquanto, ao forçar a memória a ir procurar lá na sua parte mais recôndita a lembrança de momentos inolvidáveis, implicitamente estamos a querer manifestar o nosso desejo de ficar “mais perto” do Crato de outrora (de imorredouras recordações) que jamais voltarão.

Haja coração !!!

quinta-feira, 28 de março de 2024

 

O “OVO-DE-PÁSCOA” - José Nilton Mariano Saraiva 

Grosso modo e sem maiores delongas, sob a ótica da Ciência Econômica “fetichismo” seria o artifício de se “dourar a pílula”, valorizando um determinado produto ou mercadoria, aplicando-lhe um caprichado “banho de loja”, agregando-lhe, consequentemente, um valor simbólico ou irreal, calcado na mais “pura fantasia”,  estimulando, assim, pessoas dos mais diferentes extratos sociais (mesmo aqueles que não têm onde cair morto) a o adquirirem avidamente (pra consumo ou pra presentear alguém), em conformidade com a bem elaborada e desonesta ditadura do marketing.


O exemplo acabado e perfeito de tal definição se nos apresenta exatamente nesta época de Semana Santa, quando as grandes redes de supermercado literalmente bombardeiam os consumidores, via telinha, apresentando-lhes desde o “suculento” processo de produção até a exibição de gôndolas apinhadas de “ovos-de-pascoa” dos mais diferentes e variados matizes, privilegiando embalagens chamativas e atraentes, tamanhos variados, ovos com recheio ou não (normalmente um vagabundo “sonho de valsa” de R$ 0,50), e por aí vai. E haja exploração em cima do pobre e indefeso coitado.


E, no entanto, se nos déssemos ao trabalho de friamente analisar a relação “custo-benefício” embutida em transações da espécie, constataríamos a mais absoluta e pura “enrolação”, a desonestidade em essência, bastando para tanto nos darmos conta que uma simplória barra de chocolate, também embalada com esmero, com o mesmo peso do tal “ovo-de-pascoa” e de valor nutritivo semelhante, poderá custar a metade do dito-cujo.


Isto posto, não há como deixar de reconhecer que sábio foi o Marx, que lá atrás já profetizara, em definitivo: “...o fetiche relaciona-se à fantasia (simbolismo) que paira sobre o objeto, projetando nele uma relação social definida, estabelecida entre os homens”.


E aí, vai um ovo-de-pascoa, no capricho (de 100 gramas e custando os olhos da cara) ??? Com ou sem recheio especial ??? Quer embalado pra presente ou vai degluti-lo aqui mesmo ???

terça-feira, 26 de março de 2024

 BOLSONARO, NA DEFINIÇÃO DE ..... BOLSONARO – José Nílton Mariano Saraiva


Com o “sigilo de justiça” retirado pelo Ministro Alexandre de Moraes, agora, à disposição de qualquer mortal comum se acha o vídeo da reunião de Bolsonaro com os integrantes da sua quadrilha, em 05.07.2022, onde ele próprio se autodefiniu:

"COMO É QUE EU GANHO UMA ELEIÇÃO ? UM FUDIDO, UM FUDIDO COMO EU, BAIXO CLERO, ESCROTIZADO DENTRO DA CÂMARA, SACANEADO, GOZADO. UMA PORRA DE UM DEPUTADO, UMA PORRA DE UM DEPUTADO, DE 513. NÃ0 CONSIGO ENTENDER COMO ALGUNS NÃO ENTENDEM O QUE ESTÁ ACONTECENDO. ESSA CADEIRA AQUI É UMA CAGADA, ESTAR COMIGO É UMA CAGADA. VOU EXPLICAR A CAGADA. NÃO VAI TER UMA CAGADA DESSA NO BRASIL".

Alô, gadolândia indomesticável, ajudem o chefe a pelo menos entender a razão dele se achar altamente gabaritado pra ir morar na Papuda (presídio federal de Brasília), dentro de poucos dias.

segunda-feira, 25 de março de 2024

TEMENDO SER PRESO BOLSONARO SE REFUGIOU NA EMBAIXADA DA HUNGRIA NO BRASIL DURANTE O CARNAVAL. (VÍDEOS)

Bolsonaro teve seu passaporte apreendido pela PF e quatro dias depois buscou abrigo na Embaixada da Hungria, onde não poderia ser preso por autoridades brasileira (25 de março de 2024, 15,02 hs)
O jornal norte-americano The New York Times revelou que Jair Bolsonaro (PL) buscou refúgio na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval, temendo ser preso em decorrência das investigações que pesam contra ele, desde tentar um golpe de Estado até falsificar certificados de vacinação.
Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das investigações sobre uma trama golpista. Quatro dias depois, na noite de 12 de fevereiro, Bolsonaro foi filmado entrando na Embaixada da Hungria, onde permaneceu até o dia 14.
Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e foi recebido pelo embaixador húngaro e sua equipe. A estadia de Bolsonaro na embaixada sugere uma tentativa de utilizar sua conexão com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita, como um meio de escapar da Justiça. Uma vez na embaixada, o ex-mandatário não poderia ser preso pelas autoridades brasileiras. A proximidade entre Bolsonaro e Orban tem sido evidente ao longo dos anos.
O The New York Times realizou uma análise detalhada das imagens das câmeras de segurança da embaixada, confirmando a presença de Bolsonaro durante o período de sua estadia. Além disso, a verificação das imagens foi complementada por evidências adicionais, incluindo dados de satélite que mostraram o veículo utilizado por Bolsonaro estacionado na garagem da embaixada durante sua visita.
Um funcionário da embaixada húngara, que preferiu permanecer anônimo, confirmou a cooperação na acolhida de Bolsonaro. A defesa de Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto, assim como a Embaixada da Hungria.
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BOLSONARO ADMITE QUE PEDIU ABRIGO NA EMBAIXADA DA HUNGRIA APÓS APREENSÃO DO PASSAPORTE
Ex-presidente admite permanência de dois dias na representação diplomática em Brasília após a apreensão de seu passaporte pela Polícia Federal (25 de março de 2024, 15:16 h. Atualizado em 25 de março de 2024, 15:23 h)

O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou, em declaração ao Metrópoles segunda-feira (25), ter passado dois dias na embaixada da Hungria em Brasília, logo após ter seu passaporte apreendido em uma operação da Polícia Federal, ocorrida em fevereiro.
A revelação, inicialmente reportada pelo jornal americano The New York Times, teve acesso a vídeos do sistema de segurança da representação diplomática no Brasil, mostrando Bolsonaro chegando à embaixada em 12 de fevereiro. "Não vou negar que estive na embaixada sim. Não vou falar onde mais estive. Mantenho um círculo de amizade com alguns chefes de estado pelo mundo. Estão preocupados. Eu converso com eles assuntos do interesse do nosso país. E ponto final. O resto é especulação", afirmou Bolsonaro.
As câmeras da embaixada registraram a presença do ex-presidente brasileiro acompanhado por dois seguranças, onde teria permanecido do dia 12 ao dia 14 de fevereiro. A apreensão de seu passaporte pela PF ocorreu apenas quatro dias antes, como parte de uma investigação sobre uma suposta trama golpista liderada por Bolsonaro após sua derrota nas eleições de 2022.
Bolsonaro, que mantém uma relação amistosa com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, já havia se reunido com o líder conservador em dezembro, durante uma visita à Argentina para a posse de Javier Milei.