por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 16 de julho de 2011

A DESCRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA- por José do Vale Feitosa


A palavra descriminalização se traduz como o ato de tornar sem efeito a criminalização (tratar algo como crime) de um fato abstrato antes considerado crime. Nesta semana num fórum de alto nível da América Latina foi proposta a descriminalização do usuário da maconha. Outro fato político relevante foi assistir-se como por voz do tema o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fazendo um dos papéis mais relevantes de um ex-presidente além do meramente papel oposicionista. O relevante papel de um cidadão que após exercer o mais alto comando da nação, volta-se com equilíbrio para assuntos tão importantes quanto aqueles de governo, só que agora na esfera da sociedade civil. E qual a importância da descriminalização da maconha como tema relevante se tantas iniqüidades nos rodeiam?

É que este debate abre uma porta de compreensões que nos serão bastante úteis quanto ao futuro do Estado repressor e da sociedade civil construtora de democracia. Um exemplo: o ex-ministro, gênio musical de uma geração, ativíssimo em sua atividade de pensar o mundo e realizar arte, Gilberto Gil alguns anos passados foi preso por policiais por uso de um cigarro de maconha. Foi execrado, notícia de primeira página por uma transgressão das normas vigentes, mas normas com base em conteúdo duvidoso. O malefício arrasador da maconha. O malefício arrasador não apenas ao seu usuário, mas a fantasia maléfica de que o usuário seria induzido a praticar crimes violentos contra a economia popular e contra as pessoas físicas.

Agora após anos de estudo o que se sabe? A maconha é uma das drogas, ao lado inclusive do álcool e do tabaco mais usadas no mundo todo. A geração de FHC conheceu a maconha, daí em diante o seu uso ficou mais freqüente tanto na juventude quanto entre adultos mais velhos. Basta buscar as referências culturais a partir dos anos 60 que a maconha faz parte do cenário dos personagens e das manifestações destes. Mesmo assim, um policial qualquer de uma delegacia de periferia pode achacar, ameaçar e prender um usuário com a desculpa de ser um traficante. Aí se considere que não se trata de preconceito contra o policial, apenas demonstrar o quanto de papel discricionário a sociedade lhe deu.

O outro dado é que a maconha tem efeitos danosos para a saúde. Provoca problemas respiratórios, pode afetar o coração e ser um fator de risco que se some ao aparecimento do câncer de pulmão. A pessoa tem um efeito embriagador com a maconha e quando dirige fica mais vulnerável a provocar acidentes. A maconha entre 5 a 10% dos seus usuários pode desencadear crises psicóticas. Sabe-se que um grupo igual de pessoas pode ficar dependente dela e que no geral os usuários contumazes tendem a perder eficiência nos estudos e no trabalho.

Visto assim os estudos da maconha dão efeitos danosos num perfil parecido ao tabagismo e ao uso, mesmo que eventual, do álcool, claro que com as especificidades de cada um. Por isso este debate da descriminalização em boa hora desloca o assunto da repressão policial e da justiça para o campo natural da saúde pública. Junto com o alcoolismo, o tabagismo, o sexo seguro, alimentação saudável, exercícios e assim por diante.

por José do Vale Pinheiro Feitosa

Billie Holiday


Billie Holiday (Filadélfia, 7 de Abril de 1915 — Nova Iorque, 17 de Julho de 1959), Lady Day para os fãs, é por muitos considerada a maior de todas as cantoras do jazz.

Universitários Kariri: AUCI VENTURA, um canto de resistência!

Universitários Kariri: AUCI VENTURA, um canto de resistência!: "Foto: Auci Ventura 'O Palco sonoro é o que ta salvando...' por: Hidegardis Ferreira A mídia Caririense, orquestrada pelo Governo, se 'der..."

Pensamento para o Dia 15/07/2011


“Guru Purnima é o dia em que você decidir se tornar mestre de seus sentidos e intelecto, de suas emoções e paixões, de seus pensamentos e sentimentos através de disciplina espiritual (Sadhana). Mesmo durante a meditação (Dhyana), o ego vai perturbá-lo. Portanto, ofereça-se totalmente a Deus. Essa total dedicação não pode emergir de erudição. Um estudioso pode estar poluído por ego; ele deleita-se em colocar prós e contras uns contra os outros; ele levanta dúvidas e perturba a fé, misturando o secular com o espiritual, a fim de obter lucros mundanos. Mas, você deve oferecer orações a Deus para alcançar o progresso espiritual. Portanto, envolva-se em Sadhana (prática espiritual) sem demora. Cultive virtudes; livre-se de maus hábitos, pensamentos, palavras e ações. Cresça no amor e acolha a todos com amor. Esse é o caminho para o contentamento (Ananda).”
Sathya Sai Baba

Colaboração de Ângela Lôbo


Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mais tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...
(Florbela Espanca)

Programação do Palco Sonoro URCA-BNB na Expocrato

Sábado – Dia 16

17:00 – Os Monastérios

18:00 - Black Boy Dance/ Filhos De Maria

19:00 - Rinaldo

19:40 - MPB Trio

20:00 - Soul Musical

20:40 - Alvaro Holanda

21:00 - Herdeiros do Rei

Fugacidade- por socorro moreira





Tudo às pressas
Correndo para não perder
Um possível gran finale
Adiamos o encontro do desencontro
O beijo incompleto
Viajou na completude da flor

Rosa amarela tem na casa dela

Meu amor
Por que não voltou?

Fecho a porta devagar ...
Que os astros não descubram
O que deixei passar:
Um cometa
Me queimando com a sua luz.

Por Lupeu Lacerda


Uma noite uma mulher me chamou como se chama um homem. Percebi? Senti. Sem que ela falasse, seus olhos queimaram meus braços, pernas. Quis me entender. Ser homem. Tomar atitude. Não entendi nada. Bateu medo. O pau dando sinal de vida dentro da minha velha calça jeans sem cueca. Pensei: ela tem os olhos de sangue. Ela tem os olhos de quem comete um crime. Ela tem os olhos... ela tem os olhos mais bonitos que eu já vi na porra da minha vida. O copo tremia na minha mão. Olhava. E quando ela olhava, firme, certeiro, eu desviava os olhos. Como uma presa indefesa. Devagar. Devagar ela veio. Lenta como um bicho que vai pegar um bicho menor. – eu sei teu nome. Sei onde você mora. Sei o nome da bebida que você tá bebendo. Só não sei quando é que você vai jogar esse cigarro fora pra eu te dar uma chupada na boca. Medo. Puta que pariu. Ela me assustou de verdade. Joguei o cigarro fora. Sem charme. Rápido demais talvez. Ela se encostou em mim. Não, não é verdade. Ela quase entrou em mim com roupa e tudo. Não escutei mais nada. Tinha alguém tocando no palco? Tinha alguém perto? Ela se encostava mais. Imaginei que nunca mais ia descolar dela. Não queria. Não podia. Se ela saísse naquele momento acho que morreria. Tinha um cheiro doçe. Não sei o nome do perfume. Mas ainda hoje, trinta e tantos anos depois, se sinto alguém passando com esse cheiro na rua, paro. É ela. O fantasma dela. Cheguei em casa naquela noite com um gosto que superava a falta de gosto de todo o resto. Namoramos duarante um ano. E todos os dias, era como a primeira vez. Um entrando no outro. Depois do medo da primeira vez, o tezão absoluto. O vício. O gosto bom da boceta dela na minha boca. O riso sem motivo aparente.Os olhos cor de jabuticaba tatuados nas minhas retinas. Saias coloridas. Jeans desbotados. Sandálias de couro amarradas nas pernas. O cheiro... o cheiro... um dia ela veio se despedir. Me comeu como quem sabe que vai passar fome depois. Me mordeu. Me arranhou. Lambeu o sangue. Chorou. No outro dia eu olhei o céu de manhã e rezei: - por favor, eu nunca te peço nada. Não anoiteça! Não anoiteça, pelo amor de deus. Quando a noite chegou eu tomei um porre, e chorei. Como os guerreiros vencidos. Como os países que são invadidos. Como os bichos. Ela me ensinou a ser bicho. E depois, me soltou na cidade. Um menino com a dor de um homem. O cheiro... o cheiro...
 por lupeu lacerda

ELIZETH CARDOSO- Por Norma Hauer

 A DIVINA
Elizeth Cardoso nasceu no Rio de Janeiro no dia 16 de julho de 1920.
Seu pai era um seresteiro que tocava violão e sua mãe era uma cantora amadora, daí seria justo que enveredasse pelo caminho da música.

Porém, antes de conhecer seu “padrinho” (Jacó do Bandolim), Elizeth Cardoso começou a trabalhar em várias atividades.
“Descoberta” por Jacó, em sua festa de aniversário de 16 anos, ele viu que ali estava uma grande cantora. Assim a levou para cantar na Rádio Guanabara no “Programa Suburbano”, onde se apresentavam “cobras”, como Vicente Celestino,Aracy de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa, Marília Batista...em agosto de 1936.

Uma semana depois, ela foi contratada para se apresentar em um programa semanal e daí, tornando-se conhecida, começou a aparecer em várias emissoras de rádio, além de clubes e cinemas.

Somente em 1950 ela teve oportunidade de gravar, graças ao apoio de Ataulfo Alves. Sua primeira gravação não fez sucesso, mas seu nome ficou conhecido quando gravou “Canção do Amor!” (de Chocolate e Elano de Paula) seu “carro-chefe”.
Graças ao êxito de “Canção do Amor” foi convidada a se apresentar na televisão (então “engatinhando”) na pioneira TV Tupi, em 1951 o que a levou a ser convidada por Gilda de Abreu para tomar parte no filme “Coração Materno”, com Vicente Celestino.

Em 1958, Elizeth Cardoso foi convidada por Vinicius de Moraes para ser a cantora de um álbum de canções escritas por ele e Tom Jobim, que recebeu o nome de: “Canção do Amor Demais”., o primeiro no gênero “bossa nova”..

Elizeth Cardoso viajou por vários países, lançou discos fora do Brasil e fazia “shows” em vários estados brasileiros, até que a morte veio buscá-la no dia 7 de maio de 1990, sem completar 70 anos. 

Norma